Gazeta Rural nº 419

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www.gazetarural.com 1 www.gazetarural.com • Largo de São Bernardo recebe XV Feira do Míscaro de Sátão • “A melhor Feira do Mel e da Castanha do país” é na Lousã • Mostra Gastronómica da Caça em dez restaurantes de Mora • Toy e Barbara Bandeira na XXI Feira do Montado de Portel Sirvam-se! Há pratos de caça em Mora e míscaros em Sátão

CIDADE DE PINHEL DIVULGA VINHOS E SABORES DA BEIRA INTERIOR

A cidade de Pinhel vai receber, de 18 a 20 de novembro, a sétima edição do certame Beira Interior - Vinhos & Sabores, que pretende divulgar os vinhos e a gastronomia da região. O evento anual é organizado pelo município de Pinhel e pela Co missão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), que tem sede na cidade da Guarda.

FICHA TÉCNICA

Ano XIX | N.º 419

Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A)

E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320

Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Júlio Sá Rego | Gabriel Costa | Nuno Melo Departamento Comercial: Ana Pinto Email: anapinto@gazetarural.com Sede de Redacção: Lourosa de Cima 3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400

E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com

ICS: Inscrição nº 124546

Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda

Administrador: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Capital Social: 5000 Euros

CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339

Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04

Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299

Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/

Tiragem Média Mensal: 2500 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

sumário

Município do Fundão realiza Míscaros - Festival do Cogumelo

Lousã recebe “a melhor Feira do Mel e da Castanha do país”

Toy e Barbara Bandeira são destaques na XXI Feira do Montado de Portel

Mercado dos Sabores de Natal regressa a Proença-a-Nova

Largo de São Bernardo recebe XV Feira do Míscaro de Sátão

Mostra Gastronómica da Caça decorre em dez restaurantes de Mora

Festival Cultural e Gastronómico “O Chícharo da Serra” volta com novidades

Leiria Natal regressa com expectativa e poupança energética

Dão Capital está de regresso a Lisboa com 21 produtores

Vinho do Dão aumentou o volume de negócios em 15,8% no mercado externo

Enóphilo Wine Fest Porto dá à prova cerca de 250 vinhos

Rota do Vinho de Talha percorre 22 concelhos do Alentejo

“Vinhos do Alentejo em Lisboa” regressa em grande com 450 vinhos em prova

Adega de Favaios celebra 70 anos e lança livro sobre história desta vila do Douro

Portugal está entre os 15 países com melhor desempenho climático

Município de Seia vai plantar 22 mil árvores na Mata do Desterro

Miranda do Douro investe um milhão de euros na criação de um Pulmão Verde

Associação transfronteiriça defende certificação do Caminho da Geira

Câmara de Bragança pede apoio ao Governo para os produtores de castanha

Valor da produção agrícola portuguesa subiu para 9.600 milhões em 2021

Estão abertas as candidaturas para apoio ao sector da viticultura no âmbito do PDR

Concurso premeia o melhor fumeiro da Feira Gastronómica do Porco

Mercado Produtos da Terra apresentam “Bolos de Todos os Santos”

José Laranjo foi o convidado do Capítulo de Outono da Confraria ‘Grão Vasco’

Cidade de Pinhel divulga vinhos e sabores da Beira Interior

Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva debate presente e o futuro do setor

“Queijos do Centro Portugal” quer diferenciar as DOP da Região Centro

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De 18 a 20 de novembro, na aldeia do

Município do Fundão realiza Míscaros - Festival do Cogumelo

Irá realizar-se, entre os dias 18 a 20 de novembro, na aldeia do Alcaide, no concelho do Fundão, o Míscaros –Festival do Cogumelo 2022, um evento que tem intuito de explorar o forte património fúngico do país com mais de 530 espécies, entre as quais se destacam os míscaros que nascem nas encostas da serra da Gardunha.

Este é um evento único pois, sob o pretexto do lazer e da ani mação, procura evidenciar o património paisagístico, cultural e ambiental do Alcaide e de toda a serra da Gardunha.

Durante três dias, esta aldeia de montanha irá celebrar uma das suas maiores riquezas e paixões – os cogumelos – naque la que é a 13ª edição do festival. Este ano, sob a inspiração do mundo mágico de Harry Potter, mais de 50 tasquinhas e res taurantes vão servir iguarias que terão como elemento central o cogumelo.

Mais uma vez, o festival irá receber um conjunto de chefs de cozinha que irão demonstrar toda a sua criatividade na Arena de Show Cooking Joe Best. Entre os chefs confirmados para a edição de 2022 contam-se nomes como Duarte Batista, Maria Caldeira de Sousa, Cristina Sá Marques, Marlei Cardoso, Tony Martins, Sérgio Mendes e Ricardo Besteiro.

Na Arena Joe Best haverá ainda uma prova de harmoni zação de vinhos da Beira Interior com cogumelos ou uma sessão multicultural em que a comunidade migrante do Fundão irá confecionar pratos da sua cultura gastronómica, assim como a promoção de novos talentos da cozinha.

De forma a reforçar a componente do conhecimento e da ciência, a organização criou a Arena da Floresta e do Conhecimento, onde decorrerão palestras, debates, ex posições e exibição de documentários dedicados ao co

nhecimento e proteção da floresta, com enfoque es pecial na riqueza e diversidade micológica da serra da Gardunha, num programa com curadoria científica da Professora Anabela Marisa Azul.

Ao longo do festival irão decorrer diversos passeios micológicos, orientados pelos preletores Anabela Mari sa Azul, Sílvia Leão, Ricardo Torres e Eduardo Reis. Me diante inscrição prévia, os participantes poderão fazer um passeio pela floresta, apanhar cogumelos e fazer uma prova de degustação na Casa do Cogumelo.

Além destes passeios, irá decorrer uma prova de geo caching, “Geomiscarada”, o passeio “Cãogumelo” e a caminhada “Vamos aos Míscaros” organizada pelos Ca minheiros da Gardunha. Em exibição estará também um conjunto de ilustrações intitulada “Cogumelos da Gardu nha”, de José Matos, que identificou e catalogou 533 dife rentes espécies de cogumelos da Gardunha.

O Festival Míscaros irá ter um espetáculo show cooking com o chef Ricardo Besteiro, promovido em conjunto com a APPACDM do Fundão e uma equipa, “Companheiros de Festa”, que irão acompanhar pessoas com necessidades especiais.

Relativamente a programação cultural e musical, as ruas do Alcaide serão o palco para performances e espetáculos, estando já confirmadas bandas como Khaganiço Orchestra, Fanfarra 4xx, Brabosa Bass Band, Brass Dass, Fanfarra BFC ou Moustache Brass Band ou grupos de animação de rua como Manta de Ourelos, Kairós, Sarrabecos, Fonte da Pipa, Bordões da Beira e Ronda dos Serranos. Este evento tem a organização da Liga dos Amigos do Alcai de, da Câmara do Fundão e da Junta de Freguesia do Alcaide.

Alcaide

Lousã recebe “a melhor Feira do Mel e da Castanha do país”

O Município da Lousã promove, de 18 a 20 de novembro, a XXXI Feira do Mel e da Castanha da Lousã, que regressa nesta edição aos moldes habituais ao Parque Municipal de Exposições. A feira vai contar com mais de 60 expositores, com destaque para os produtores de castanha e mel, mas também de outros produtos locais.

Luis Antunes, presidente da Câmara da Lousã, diz que esta feira pretende continuar a afirmar-se como a “melhor do país”. “Esta é a melhor Feira do Mel e da Castanha do país e queremos que seja uma festa que exalte dois produtos de grande qualida de e de grande expressão no nosso território, complementados por todos os outros produtos endógenos caraterísticos desta re gião”, afirmou o autarca.

nol Faduncho, a 18 de novembro, e Fernando Alvim, a 19 de novembro, bem como a participação de vários grupos do concelho.

Produção de mel com quebra de 70%

Luís Antunes detalhou que vão estar na feira 20 apicultores com o mel certificado DOP Serra da Lousã e 41 expositores com produtos endógenos, 19 dos quais ligados à produção e comércio da castanha. Para além da vertente expositiva, no recinto do even to não faltará a gastronomia, com cinco tasquinhas dinamizadas por coletividades e instituições das quatro freguesias do concelho, que não deixarão de apresentar pratos típicos do concelho, como a chanfana e o cabrito.

O ano foi difícil para várias culturas e a produção de cas tanha e de mel não foram exceção. A quebra de produção de mel na região rondou os 70%. Ainda assim, o presiden te da Câmara da Lousã assegura que “a feira será pau tada, como habitualmente, pela qualidade”. Luis Antunes quer que continue a funcionar “como um estímulo para todos os produtores do concelho que, apesar das difi culdades, continuam empenhados em manter as suas atividades”. Para além disso “estamos a trabalhar para que, mais do que uma feira, esta seja uma festa do ter ritório, da comunidade lousanense e dos visitantes”, reafirmando que esta feira faz parte da “identidade do concelho, que aposta em produtos de grande qualida de e que vai promover momentos de grande diversão”, assegura Luis Antunes.

O autarca da Lousã destacou “a forte presença da comunidade educativa” no evento, representada por 14 projetos e que vão trazer “colorido e muita alegria” à feira, que aposta também na sensibiliza ção da comunidade, em especial os mais jovens, “para a importân cia dos produtos endógenos para a economia e para a promoção do concelho”. Para além de outras presenças institucionais, destaque para o Licor Beirão e da Delta Cafés.

No plano de animação, destaque para Marco Horácio, com Rouxi

Já a diretora executiva da cooperativa Lousamel realçou a dimensão da Feira do Mel e da Castanha, evento que “não é só da Lousã, mas do país” e que é o “pináculo da resiliência no acreditar nas poten cialidades dos produtos endógenos, num momento particularmente desafiante, naquilo que é a produ ção do mel”, afirmou Ana Paula Sançana.

A abertura da feira está marcada para o dia 18, às 18 horas. No dia 19 o certame abre às 10 e no do mingo às 11 horas.

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De 18 a 20 de novembro, no Parque Municipal de Exposições

De 30 de novembro a 4 de dezembro

Toy e Barbara Bandeira são destaques na XXI Feira do Montado de Portel

O município de Portel vai promover, de 30 de novembro a 4 de dezembro, a XXI Feira do Montado de Portel, certame que este ano tem como cabeças de cartaz Toy e Barbara Bandeira. O certame visa promover e divulgar o montado em todas as suas vertentes e potencialidades.

O presidente da Câmara de Portel, José Manuel Grilo, diz que a Feira do Montado “continua a afirmar-se no contexto nacional, regional e local como um evento de referência no debate e discussão políticas suberícolas, contribuindo de forma decisiva para uma maior visibi lidade do montado em todas as suas dimensões”. O autarca considera que “valorizando e promovendo o Montado estamos a potenciar um instrumento estratégico de desenvolvimento e de combate à desertificação física e humana”.

Por outro lado, acrescenta José Manuel Grilo, “a consolidação da Feira do Montado abre uma gran

de janela de oportunidades, capaz de viabilizar as potencia lidades endógenas do concelho e da região a trilhar um ca minho na promoção do desenvolvimento local, na criação de emprego e na fixação das populações”, pois “torna-se hoje difícil abordar qualquer temática relacionada com o montado sem lhe associarmos o concelho de Portel”.

Apontando à importância económica, o autarca de Portel refere que “desde sempre o tipo de ocupação de solo predo minante e mais característico deste território é o montado e a sua particular relação com uma exploração agrosilvopastoril, que se reveste de grande peso e importância local, em termos económicos e sociais, e que tem representado ao longo dos tempos um enorme ativo e suporte económico das nossas po pulações, resultante dos seus múltiplos produtos e atividades de natureza diversificada”.

Voltando ao certame, José Manuel Grilo destaca a realização este ano da vigésima primeira edição do certame temático, con siderando que este “já atingiu um patamar bastante atrativo e interessante”, garantindo que a autarquia “está de novo empe nhada em prosseguir e dar continuidade ao que tem vindo a ser realizado nos últimos anos”. Contudo, sustenta, “de olhos postos no futuro e nas potencialidades por explorar”.

Para o presidente da Câmara de Portel, “a qualidade dos expo sitores e os seus produtos, o número grande de visitantes, o am biente acolhedor, a gastronomia, as publicações e debates cien tíficos dos seus colóquios e a diversidade e programação cultural e artística da nossa feira, são prova do nível de qualidade deste evento que ao longo destas duas décadas, tem sido sempre distin guido pela positiva, na valorização e caracterização de um território impar”, referiu José Manuel Grilo.

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Mercado dos Sabores de Natal regressa a Proença-a-Nova

O Mercado dos Sabores de Natal está de regresso ao Pavilhão Municipal de Proença-a-Nova no fim de semana de 17 e 18 de dezembro, promovendo os produtos gastronómi cos associados a esta época, em especial as filhós, e apre sentando propostas de artesanato e produtos locais que podem fazer parte da mesa de Natal.

“Paralelamente à venda de produtos, o Mercado dos Sabores de Natal conta com o programa de animação, de onde se destaca a presença do Pai Natal no espaço infantil com diversas atividades para os mais pequenos; as cozinhas ao vivo com as associações presentes que assim entenderem dinamizar uma sessão sobre um dos seus pratos típicos; e arruadas com concertinas. Fora do Pa vilhão Municipal, estão ainda previstas duas outras iniciativas. Na manhã de dia 17 de dezembro uma plantação de árvores no âmbito do projeto Fôlego, resultado do projeto “Planta Party”; e na manhã do dia 18 de dezembro o tradicional passeio pedestre “NaTal Rota Gourmet”, este ano a realizar-se em redor da aldeia de Giesteiras.

No Pavilhão Municipal, nos dias 17 e 18 de dezembro

Largo de São Bernardo recebe XV Feira do Míscaro de Sátão

O Largo de São Bernardo, em Sátão, recebe no dia 20 de novembro, domingo, a XV Feira do Míscaro, certame que promove e divulga um produto que é a marca do concelho. A ‘Capital do Míscaro’ vai estar em festa e à espera de milhares de visitantes, ávidos de degustar uma das iguarias desta época, que é o míscaro amarelo.

De cebolada, estufados, em ovos mexidos, com arroz ou em açorda, o míscaro é um produto versátil na gastronomia, que pode acompanhar outros produtos. Na Feira do Míscaro de Sátão um dos pontos altos do

programa é um show coocking, pelo chef Paulo Cardoso, que mostrará outras formas de confecionar o mís caro amarelo.

O presidente da Câmara de Sátão admite que este não é um ano bom para o míscaro, admitindo alguma quebra de produ ção devido ao ano seco, para além dos efeitos que o nemáto do tem tido na floresta da região. Acredita, contudo, que haverá muito míscaro na feira. Quanto a uma eventual regulamentação da apanha, Alexandre Vaz, em conversa com a Gazeta Rural, diz que mais do que legislar é necessário “sensibilizar” quem anda nesta atividade para as boas práticas da apanha dos cogumelos silvestres.

Gazeta Rural (GR): Que expetativa tem para a feira, num ano em que há menos míscaro?

Alexandre Vaz (AV): Sim, provavelmente teremos menos mís caro, porque o tempo foi muito seco. Temos já muitos vendedores inscritos e julgo que a Feira do Míscaro, que também é uma festa, irá decorrer normalmente e só esperamos que o São Pedro não nos iluda e nos dê um domingo com tempo bom.

A festa vai decorrer nos moldes de anos anteriores. Durante a ma nhã irá atuar a Contituna, de Contige, do nosso concelho. Ao final da

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No próximo domingo, dia 20 de novembro

manhã haverá o show cooking com o Chef Paulo Cardoso, que irá confecionar o míscaro de forma diferente daquilo a que estamos habituados.

De tarde, depois da prova do míscaro, a que se guirá a atuação da Romana, terminando com um magusto convívio.

Espero que tenhamos bastante gente na feira, como é habitual. Aliás, muita gente tem ligado para a Câmara Municipal a perguntar pela realização da fei ra, o que mostra não só o interesse, mas também a importância da mesma. Os restaurantes do concelho aderiram à iniciativa e vão ter nas suas ementas pra tos à base deste cogumelo, nomeadamente o arroz ou a açorda de míscaro.

e conheça o nosso concelho. Há, depois o aspeto económico, pois esta atividade da apanha dos cogumelos tornou-se num comple mento que compõe o orçamento familiar.

GR: Uma das questões que tem sido bastante abordada tem a ver com a apanha dos cogumelos, pois há quem entenda que é urgente regular para esta atividade. Que opinião tem?

Estamos expectantes quanto ao míscaro que estará à venda na feira, mas vamos esperar para ver, pois nos últimos dias têm chovido bastante e isso pode ajudar a produção. Pode haver menos míscaro, até porque cho veu pouco, para além de que o nemátodo está a afetar bastantes pinhais, que os proprietários têm cortado, facto provoca alterações nos ecossistemas e que pro duzem os cogumelos silvestres, como o míscaro. Ainda assim, já notámos nos últimos muita gente a deslocar -se para as áreas florestais do concelho para a apanha de míscaro. Acredito que haverá produto suficiente para quem se deslocar à feira, que lhes permita provar o mís caro de Sátão, que tem um paladar diferente dos outros.

GR: O que representa a feira para o concelho?

AV: Ao longo de diversas edições da Feira do Míscaro procurá mos sensibilizar as pessoas para as boas práticas da apanha dos cogumelos. Penso que esta é o caminho. É preciso formação e sensibilização da forma como se deve apanhar o míscaro, bem com o recipiente que devem usar para o transportar. Não devem usar sacos plásticos ou baldes de plástico, mas sim, por exemplo, cestos de vime, que já deixando cair os esporos enquanto se faz a apanha, permitindo desse modo deixar ‘sementes’ para os anos seguintes.

Esta é a regulamentação que deve ser feita, sobretudo de for ma pedagógica, para que continuemos a ter míscaros. Quanto a haver legislação sobretudo à impossibilidade de proceder à apanha em matas privadas é um pouco difícil, pois esta é uma atividade que tem muitas décadas ou séculos. Se um pinhal estiver vedado, a situação é diferente, contudo sabemos tam bém que 90 ou 95% dos pinhais não estão vedados, pelo que será muito difícil regulamentar e dizer que ali não se podem apanhar míscaros. De outra maneira o Estado Central teria de ter muitos meios para fiscalizar esta atividade e fazer com que isso não acontecesse.

AV: A Feira do Míscaro é um evento que contribuiu para que o Sátão, como Capital do Míscaro, seja mais conheci do, para além de que faz com que muita gente se desloque

Repito. Sou defensor da sensibilização de quem se dedi cam à apanha dos cogumelos e à forma como devem apa nhados e transportados, bem como o tipo de utensílios que devem utilizar nesta atividade.

De 26 de novembro e 11 de dezembro

Mostra Gastronómica da Caça decorre em dez restaurantes de Mora

A vigésima sétima edição da Mostra Gastronómica da Caça do Concelho de Mora vai decorrer entre os dias 26 de novembro e 11 de dezembro. Tem como objetivo promover a gastronomia local, envolvendo os restaurantes numa atividade de promoção económica e turística. Segundo o município, trata-se de um evento que dura há 27 edições e que “já faz parte da tradição gastronómica” deste concelho do distrito de Évora e que vai ter lugar nas suas qua tro freguesias: Brotas, Cabeção, Mora e Pavia.

“O aproveitamento das espécies cinegéticas existentes é a base para a realização do evento” e os restaurantes aderentes apresentam nas ementas variados pratos de caça, sublinha aquela autarquia alentejana. Para além disso, a mostra é um contributo para o desenvolvimento turístico e económico local, através da tão importante valorização da gastronomia típica de excelência.

A Mostra Gastronómica da Caça terá lugar nos estabelecimen tos de restauração do concelho e tem início com um jantar de di vulgação dos diferentes pratos em ementa. O jantar terá lugar no dia 26 de novembro, na Quinta de Santo António, em Mora, a partir das 18 horas e, além da prova dos pratos de caça de cada um dos estabelecimentos, contará com espetáculos teatrais e musicais. A mostra decorre em dez restaurantes: “O Poço” (em Brotas); “A Palmeira”, “Os Arcos” e “O Solar da Vila” (os três em Cabeção); “Afonso”, “Hélder Ganhão”, “O Alentejano”, “Sabores de Mora” e “O Espanhol” (os cinco em Mora); e “O Forno” (em Pavia).

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2023...

Festival Cultural e Gastronómico “O Chícharo da Serra” volta com muitas novidades

O maior festival de inverno da zona centro está de volta com muitas novidades. A décima sexta edição do Festival Cultural e Gastronómico “O Chícharo da Serra” vai decorrer de 17 a 21 de novembro, em Santa Catarina da Serra, no concelho de Leiria.

Este ano uma das novidades será o “Chícharo KIDS”, um espaço dedicado aos mais novos, com um mini circo, es petáculo gratuito de música direcionado aos mais peque nos, insufláveis, jogos, entre tantas outras atividades.

A vertente desportiva adquire um novo destaque com a segunda edição da Caminhada Solidária, num percurso de 10 kms, e um Raid BTT 35´e 55´pelos trilhos da freguesia, no sábado de manhã, dia 19. De 18 a 20 de novembro decor re o “Chícharo PADEL”, um torneio social de padel que decor re no Cork Padel Arena. Outra novidade será um “Passeio de Clássicos” pela região, em colaboração com o Clube de Auto móveis Antigos de Santa Catarina da Serra, na manhã do dia 20 de novembro.

O tradicional prato de Chícharo com Bacalhau assado, de gustado no espaço dedicado à gastronomia, é a estrela do festival. Com uma média de três toneladas de chícharos con sumidas e duas toneladas e meia de bacalhau, confecionados à maneira tradicional da região pelas associações locais, este é um dos maiores atrativos dos milhares de visitantes. No palco das já famosas “Noites do Chícharo” este ano esta rão Lon3r Johny, Sebastião Antunes e Quadrilha, Dj Nuno Lo pes, Bateu Matou, I Love Baile Funk, 4 Mens, entre outros nomes que animarão as noites de inverno. Os bilhetes de acesso estão disponíveis para venda na bilheteira online em www.ochicharo daserra.com, em alguns estabelecimentos locais ou à porta do festival dos dias do evento. No espaço dedicado às exposições podem encontrar-se trabalhos de artesãos, exposição e venda de produtos regionais e tradicionais e a apresentação de empresas da região.

A organização do evento, a cargo da ForSerra - Associação De senvolvimento e Gestão Património de Santa Catarina da Serra, conta ainda com o apoio de várias entidades civis, nomeadamente a Junta de Freguesia e o Município de Leiria, bem como com a co laboração das várias associações locais.

A iniciativa surgiu em 2005 com o objetivo de promover e contri buir para o desenvolvimento e dinamização da freguesia de Santa Catarina da Serra, com um caráter fortemente associativo, resulta do da força conjunta das associações e comunidade locais.

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De 17 a 21 de novembro, em Santa Catarina da Serra, no concelho de Leiria

Leiria Natal regressa com expectativa e poupança energética

De 30 de novembro a 1 de janeiro, o Leiria Natal regressa às ruas da cidade, evento que decorrerá dentro da normalidade, após dois anos de pandemia, mas num ambiente associado à poupança energética.

A edição 2022 mantém a tradicional Casa do Pai, o Recreio dos Duendes com animação para todas as idades, a pista de gelo, o carrossel, o comboio de carril, tasquinhas, teatro, mú sica, dança, concertos, entre outras atividades, que chegam a Leiria para trazer o espírito natalício e a magia da época. Se gundo o Município, o evento tem como tema “Natal e magia, é em Leiria” e vai decorrer ao longo de 33 dias, “em que as ruas da cidade e os espaços culturais terão iniciativas diárias”.

grandes eventos, afirmou que nesta edição vão ser usadas 700 mil lâmpadas na iluminação natalícia (o ano passado fo ram na ordem de 1,25 milhões de lâmpadas). Adiantou que “as novidades este ano prendem-se muito com o contexto social e económico atual do país”, pelo que a autarquia op tou “por uma redução, quer em termos de iluminação de Natal, quer em termos de programação”. “No que se refe re à iluminação de Natal, para além da redução do número de lâmpadas, obrigámos à instalação apenas de lâmpadas LED de alta eficiência e acabámos por reduzir, também, a iluminação decorativa em alguns edifícios municipais e al gumas ruas”, assinalou. Por outro lado, explicou que as ati vidades de Natal, como o Recreio dos Duendes ou a pista de gelo, “serão encerradas no dia 27 de dezembro”.

A inauguração da iluminação natalícia decorre às 21,30 ho ras do dia 30, estando prevista a chegada do Pai Natal no dia seguinte, às 16:00, à Praça Rodrigues Lobo. “Como medida de poupança, a totalidade das horas da iluminação, que terá um investimento de 130 mil euros, sofre um corte de 50 por cento, já que a decoração de ruas e espaços públicos utilizará apenas lâmpadas LED de elevada eficiência e estará ligada diariamente por seis horas e meia”, das 17,30 às 24 horas. Nesta matéria, a ex ceção é o Castelo de Leiria, que “estará iluminado durante mais tempo”, em vez das nove horas das edições anteriores, além do Largo da Fonte Luminosa, que “terá apenas uma árvore iluminada, menos duas do que em 2021”.

A Câmara acrescentou que os comerciantes são também cha mados a participar no evento e, em parceria com a Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria (ACILIS), vão desenvolver um concurso de montras de Natal, “sendo que será também apresentado o desafio solidário de cada estabelecimento receber e decorar um pinheiro, que será plantado em janeiro, numa ação de reflorestação a realizar na área que ardeu este ano”.

A autarca afirmou-se convicta de que haverá muitas pessoas a visitar a iniciativa e notou que “os eventos des te ano têm tido uma adesão fora de série e `Leiria Natal` não será exceção com certeza”. “Temos é de, ao mesmo tempo, implementar estas medidas de contenção de vido à subida da despesa e todas estas situações de correntes do atual contexto”, declarou Catarina Louro. De acordo com a vereadora, a redução do número de dias de iluminação (em 2021 o evento começou em 26 de novembro e terminou em 06 de janeiro), do número de horas diárias de iluminação e do número de dias da programação leva a autarquia a calcular “uma pou pança do consumo energético na ordem dos 30%”. A iluminação de Natal será desligada no dia 01 de janei ro.

O ano passado, o evento teve uma estimativa de custos de meio de milhão de euros e, este ano, em bora o programa ainda não esteja fechado, “garanti damente” que vai baixar, acrescentou a vereadora.

A vereadora Catarina Louro, que tem, entre outros, o pelouro dos

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De 30 de novembro a 1 de janeiro

Pedrógão Grande lança festival gastronómico para promove o bucho recheado

A Câmara de Pedrógão Grande promove, nos dias 3 e 4 de dezembro, um festival gastronómico em nove restau rantes aderentes, para dar visibilidade ao bucho rechea do, adiantou o vereador da autarquia Luís Correia.

"A Câmara decidiu lançar o festival, porque sentimos que há necessidade de colocar este produto tão carac terístico e endógeno do nosso concelho na ementa dos portugueses e dos turistas que nos visitam", afirmou Luís Correia, vereador com o pelouro do turismo.

Referindo que "há já vários operadores que confe cionam diariamente" o bucho recheado, o autarca sa lientou a necessidade de dar "especial atenção" a esta iguaria, para alcançar "maior visibilidade".

Luís Correia adiantou que o Município espera uma "grande adesão", quer ao nível da população local, como dos turistas, "para provar ou reprovar o bucho recheado", e que "os restaurantes possam tirar retor no deste festival lançado pela Câmara".

Numa nota de imprensa, a Câmara de Pedrógão Grande refere que o bucho recheado de Pedrógão Grande "consiste no aproveitamento do estômago do porco (bucho), previamente preparado e poste riormente recheado com uma mistura de carnes de produção caseira que, depois de cozinhadas, são desfiadas à mão".

Até 11 de dezembro, em nove restaurantes do concelho

Vila Nova da Barquinha promove mostra gastronómica “À mesa com azeite”

Pelo 22.º ano consecutivo, Vila Nova da Barquinha pro move a mostra gastronómica “À mesa com azeite”, entre 12 de novembro e 11 de dezembro. A edição de 2022 con ta com a participação de 9 restaurantes – Almourol, Café Estrela, Loreto, O Remo, Ribeirinho, Sabores do Parque, Stop, Tasquinha da Adélia e Trindade.

A iniciativa da Câmara Municipal tem como objetivo di versificar a oferta turística, como complemento de visita ção aos muitos atrativos, homenageando em simultâneo este ingrediente emblemático na história do concelho, em tempos um imenso e generoso olival que fornecia matéria -prima para alimentar a laboração de cerca de duas dezenas de lagares.

Desde há seculos presentes na paisagem destas terras, as oliveiras e os seus frutos negros integram desde sempre a heráldica do Município, fator demonstrativo da sua importân cia na economia local.

A degustação do azeite à mesa é a melhor forma de preser var esta memória. Durante um mês, os restaurantes aderen tes dão o azeite a provar como entrada e servem pratos como Petingas no forno, Polvo à Lagareiro, Sopa de couve e muitas outras receitas que têm no azeite um denominador comum.

Na edição deste ano há também a possibilidade de fazer vi sitas guiadas ao Lagar do Casalinho, na Praia do Ribatejo, que podem ser agendadas através do telefone 919929393.

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No Pavilhão Municipal, nos dias 17 e 18 de dezembro

A região apresentará nesta oitava edição do evento, organizado pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR do Dão), vinhos de 21 produtores e proporcionará provas comentadas por reconhecidos especialistas. A entrada é livre e o preço de aquisição do copo é de 10 euros.

Dão Capital está de regresso a Lisboa com 21 produtores de vinho da região

Lisboa está mais uma vez na rota dos Vinhos do Dão. Nos dias 26 e 27 de novembro realiza-se a oitava edição do Dão Capital e o Mercado da Ribeira acolherá, mais uma vez, os produtores da região, que apresentarão dezenas de vinhos, e as provas comentadas por especialistas.

Com a proximidade da chegada da estação mais fria do ano, uma das provas será dedicada ao tema “Brancos de Inverno”, comentada por Rodrigo Costa, no dia 26, pelas 16 horas. E já a pensar na época mais festiva do ano, duas horas depois, Sónia Martins dirá aos visitantes quais os “Vinhos para a Consoada”.

Já no dia 27, às 16 horas, Patrícia Santos apresentará a “Gran de Prova de Varietais”. Como também não nos esquecer que es tamos em contagem decrescente para um novo ano, às 18 ho ras, João Oliveira comentará a prova “Dão para 31 de dezembro”, prometendo surpreender os participantes com alguns dos espu mantes produzidos na região.

acertada para a divulgação dos nossos vinhos e da nos sa região. Lisboa é uma cidade que proporciona aos pro dutores o contacto com potenciais clientes, sejam eles nacionais, ou internacionais, que estão de visita à nossa capital. Não temos dúvida que este ano não será dife rente e esperamos mais uma vez centenas de visitan tes”, referiu Arlindo Cunha.

Arlindo Cunha, presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR do Dão), refere que este um evento importante que faz parte do calendário de promoção dos vinhos da região. “O Dão Capital realiza-se já há oito anos, tendo sido interrompido apenas durante a pandemia, e edição após edição prova que é uma aposta

Entre as 15 e as 21 horas de sábado (dia 26) e as 15 e as 20 horas de domingo (dia 27), os visitantes pode rão provar os vinhos de 21 produtores e as iguarias da Casa da Ínsua e ficar a conhecer melhor a região e a Rota dos Vinhos do Dão. A entrada é livre, sendo que a aquisição do copo de prova tem o custo de 10 euros. Participam os produtores de vinhos Amora Brava; Ladeira da Santa; Casa da Ínsua; Quinta do Carva lhão Torto; Julia Kemper Wines; Vinhos Donnaires; Chão da Quinta; Cabriz; Palácio Anadia; Quinta dos Monteirinhos; Adega de Penalva; Taboadella; Adega de Mangualde; Quinta do Perdigão; Pedra Cancela; ALLGO; Quinta dos Carvalhais; Messias; Vinhos Bor ges; Niepoort e Magnum. A Casa da Ínsua estará presente como outros produtos, nomeadamente o queijo Serra da Estrela DOP.

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Nos dias 26 e 27 de novembro no Mercado da Ribeira
APOIO cm-lousa.pt PATROCÍNIO
TASQUINHAS PRODUTOS REGIONAIS ANIMAÇÃO PARQUE MUNICIPAL DE EXPOSIÇÕES

Os vinhos do Dão apresentam um crescimento do valor do volume de negócios de 15,8% no mercado externo no terceiro trimestre deste ano, comparado com igual período do ano passado, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). O presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Arlindo Cunha, manifestou “satisfação” pela subida da valorização dos vinhos da região no mercado externo, assim como pelo aumento do volume de negócios.

terceiro trimestre deste ano

Vinho do Dão aumentou o volume de negócios em 15,8% no mercado externo

No terceiro trimestre deste ano, os vinhos do Dão no estrangeiro tiveram um aumento de 14,8% no preço médio do litro, que passou de 3,33 euros para 3,82 euros, ou seja, mais 0,49 cêntimos que em 2021. Também no volume de negócios o vinho do Dão registou um crescimento de 0,9% no mercado externo, ou seja, no terceiro trimestre deste ano foram vendidos 4.709.609 litros de vinho, comparado com os 4.668.737 de 2021. “Tendo em conta o fator crise, os dados são bons, sobretudo o preço, já que a valorização do vinho é sempre uma das grandes lutas do produtor, o de ver o produto valorizado”, disse Arlindo Cunha.

os produtores estão “tranquilos e felizes, por enquan to, sobretudo no fator da valorização, mais do que pela quantidade que se vende, porque é isso que cria valor ao produtor” do vinho.

“O Dão caracteriza-se por estar em mercados que pa gam bem, como é o caso dos Estados Unidos da Amé rica, Canadá, Brasil, Alemanha, Bélgica e Suíça e, só es tes países representam mais de 80% das exportações do vinho do Dão”, contou.

Arlindo Cunha justificou que “em todos estes mer cados há um nível de rendimento bastante elevado e, portanto, há consumidores que estão dispostos a pagar um bom preço por um bom produto como é o vinho do Dão”.

Este responsável não escondeu que “é com bastante agrado” que vê os dados do terceiro trimestre do ano, relativamente ao mercado externo do vinho do Dão, a “subirem desta forma”, ape sar de reconhecer que “podem mudar a qualquer altura”. “Num momento de grande instabilidade nos mercados mundiais, so bretudo pelas ameaças do abrandamento da economia, neste caso, para já, temos uma procura consistente e estável e que vem já de uma tendência de trás”, considerou.

Tendo em conta os dados positivos, Arlindo Cunha admitiu que

Estes números, sustentou ainda o responsável, também são fruto de um “forte investimento” da CVR na promoção externa do vinho, já que “cerca de 40% do orçamento é para promover lá fora o Dão, porque os vinhos são um mercado muito concorrencial”. “É preciso fazer muita promoção para se ter alguma notoriedade no mercado do vinho, principalmen te nestes onde é mais valorizado, tendo em conta a enorme, diria mesmo maciça, concorrência que existe”, sublinhou.

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No

Enóphilo Wine Fest Porto dá à prova cerca de 250 vinhos

A 19 de Novembro, entre as 14,30 e as 20 horas, o Crowne Plaza Hotel recebe a sexta edição do Enóphilo Wine Fest Porto - a décima sexta a nível nacional -, “um evento para quem gosta de vinho” que reúne mais de 35 produtores para mostrar os cerca de 250 vinhos que representam as principais regiões vitivinícolas nacionais, oferecendo adicionalmente o acesso limitado a um conjunto de Provas Especiais, que têm como protagonistas alguns vinhos nacionais de exceção.

Pensada para surpreender enófilos, amadores ou pro fissionais, a edição do Enóphilo que antecede o Natal traz três presentes especiais, limitados a um máximo de 20 participantes cada: “O Alvarinho do Capitão-Mor” é a prova especial que, entre as 15 e as 16 horas, propõe uma rara prova vertical de Alvarinho de uma das casas da Quinta de Paços, localizada na prestigiada sub-re

gião de Monção e Melgaço. Entre as 16,30 e as 17,30 horas, é possível rumar ao Douro e provar “10 anos de Somnium”, um sonho de dois jovens enólogos, Joana Pinhão e Rui Lopes, que se juntaram para criar um projeto focado na produção de vinhos tranquilos de excelência. Por fim, entre as 18 e as 19 horas, é tempo de “Redescobrir Carcavelos” e assistir a uma masterclass dedicada ao vinho generoso português que este ve perto da extinção e que é hoje uma distinção no mundo dos vinhos fortificados.

“O Enóphilo Wine Fest é já uma referência no panorama ví nico nacional e regressamos à cidade do Porto pela sexta vez para mostrar que Portugal é cada vez mais apetecível e reco nhecido junto dos consumidores e especialistas do sector. Te mos cerca de 250 vinhos de mais de 35 produtores de Norte a Sul do País, que atestam a qualidade e a diferenciação de terroirs e, ao mesmo tempo, destacamos experiências únicas nas pro vas especiais que criamos para cada edição”, salienta Luís Gra díssimo, fundador do Enóphilo Wine Fest.

A 19 de Novembro há provas especiais de diferentes regiões

Rota do Vinho de Talha percorre 22 concelhos do Alentejo

A Rota do Vinho de Talha resulta de um projeto liderado pela Câmara de Vidigueira e envolve outros 21 municípios do Alentejo e as direções regionais de Cul tura e de Pescas e Agricultura, entre outras entidades.

“A ideia é criar um produto turístico que una o Alentejo em torno do vinho da talha e que este ‘chapéu’ promova o territó rio e o património cultural, gastronómico e arqueológico”, afir mou o presidente da Câmara de Vidigueira, Rui Raposo.

Segundo o autarca, a rota surgiu na sequência do trabalho feito pelo município para candidatar a produção de vinho de ta lha a Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organi zação das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Esta iniciativa, sublinhou o presidente do município, permite “associar o vinho de talha a um projeto turístico” e, ao mesmo tempo, “reforçar a candidatura” deste tipo de ‘néctar’ a Patrimó nio da Humanidade com “a componente intermunicipal”.

Com a rota, será também criada uma página de Internet com a identificação e informação de todos os espaços que a integram para que os visitantes possam definir os seus próprios percursos. O visitante vai poder escolher “onde quer almoçar, que museu quer visitar, que adega quer conhecer e que vinhos quer provar” em cada um dos 22 concelhos que integram a iniciativa, realçou o autarca alentejano. A par desta possibilidade, serão também dis ponibilizados “cinco ou seis pacotes” com propostas de visitas “já predefinidas”, adiantou Rui Raposo, referindo que a rota e a respetiva página de Internet ficam dispo níveis este mês.

Além de Vidigueira, integram a rota os concelhos de Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Arronches, Borba, Beja, Campo Maior, Cuba, Elvas, Estremoz, Évora, Ferreira do Alentejo, Marvão, Mora, Moura, Mourão, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Santiago do Cacém, Serpa e Viana do Alentejo.

O vinho de talha “é um produto único, muito tradicional e autên tico” e “cria experiências completamente diferentes” relacionadas com “a técnica da produção” e o seu “conceito natural e biológico”, frisou.

Para o autarca, existe espaço para valorizar este produto vínico e contrariar “a fama de sazonalidade”, de que “só se bebia em deter minada altura do ano, e que não podia ser engarrafado, porque não tinha qualidade”. “Todas estas questões foram pensadas” quando foi desenvolvido o projeto da rota, disse, sustentando que a iniciati va vai ajudar a “preservar uma técnica ancestral com 2.000 anos e a desenvolver o território, que tem um produto único e de excelência”.

No concelho de Vidigueira, o Dia de São Martinho incluiu um momento especial, porque, pela primeira vez, a abertura das talhas foi feita em simultâneo, em Vila de Frades, às 15 horas, nas oito adegas e dois restaurantes aderentes, numa organização da câ mara municipal.

O vinho de talha distingue-se essencialmente pelo facto de fermentar de modo ancestral e espon tâneo na talha, através do contacto com o barro, ao invés de em cubas, o que lhe confere característi cas únicas.

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Projeto liderado pela Câmara de Vidigueira

“Vinhos do Alentejo em Lisboa” regressa em grande com 450 vinhos em prova de mais de 70 produtores

Mais de 70 produtores alentejanos promovem vinhos da região num evento que vai ainda debater a sustentabilidade no setor vitivinícola. Com mais de uma dezena de edições, os “Vinhos do Alentejo em Lisboa” estão de regresso à capital, num evento marcado para o Centro Cultural de Belém.

Cerca de 450 vinhos do Alentejo vão estar em prova, nos dias 18 e 19 deste mês, no Cen tro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, num evento com mais de 70 produtores. Organizado pela Comissão Vitivinícola Regional Alen tejana (CVRA), o evento “Vinhos do Alentejo em Lisboa” pretende promover os vinhos da região e “regressa em grande” à capital, com 450 vinhos em prova, após dois anos de interregno devido à pandemia de covid-19.

A décima segunda edição da iniciativa, no âmbito da qual vai ser debatida a sustentabilidade no setor vitivinícola, “promete mostrar as características singulares das castas alentejanas”, disse a CVRA, em comunicado.

No evento, com início às 16 horas do dia 18, “os fãs de uma boa experiência de degustação” vão

poder apreciar brancos, tintos e rosés de mais de 70 pro dutores do Alentejo, adiantou a CVRA. Em ambos os dias, os visitantes vão poder também conhecer o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA), “uma ini ciativa pioneira em Portugal” e que tem como objetivo “me lhorar as práticas utilizadas nas vinhas e adegas, produzin do uvas e vinho de qualidade e economicamente viáveis”.

O programa integra um ‘workshop’ liderado por João Bar roso, coordenador do PSVA, e que vai juntar os produtores com Certificação de Produção Sustentável. Provas temáti cas com direito a debates relacionados com as castas e as particularidades dos vinhos da região é outra das iniciativas previstas na programação, acrescentou a CVRA.

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana disse esperar “contar com a presença de mais de 3.500 visitantes” neste certame, no qual vai “dar a conhecer as novidades e novas co lheitas dos produtores do Alentejo”. Todos os que pretenderem aceder às provas dos vinhos, com “castas e aromas singulares”, podem adquirir o copo reutilizável no valor de 10 euros, segun do o comunicado.

O Alentejo é líder nacional em vinhos certificados, sendo responsável por cerca de 40% de valor total das vendas, num universo de 14 regiões vitivinícolas em Portugal. Com oito sub -regiões vitivinícolas (Portalegre, Borba, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vidigueira, Moura, Évora e Granja/Amareleja), o Alente jo, possui uma área de vinha de 23,3 mil hectares, disse a CVRA. Um total de 30% da sua produção tem como destino a expor tação, sendo atualmente o Brasil, Suíça, Estados Unidos da Amé rica, Reino Unido e Polónia os principais mercados. O Alentejo, é também “uma das duas únicas regiões do mundo que produz Vi nho de Talha há mais de dois mil anos”, segundo o comunicado da comissão vitivinícola.

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Nos dias 18 e 19 de novembro no Centro Cultural de Belém
2023...

Adega de Favaios celebra 70 anos e lança livro sobre história desta vila do Douro

Património da Humanidade.

A história de Favaios confunde-se com a da adega cooperativa que deu vida própria ao Moscatel mais vendido em Portugal. Esta aldeia vinhateira do Douro tem uma longa história e diversificados patrimónios que agora se resgatam em livro.

A aldeia vinhateira do Douro, onde nasce o Moscatel de Favaios, tem muita história para contar. Povoada desde tempos pré-romanos, foi importante centro económico na Idade Média e tem tido um papel fundamental no território duriense, nomeadamente pela intervenção de vários dos seus líderes na defesa do planalto e desta região vinhateira

“A riqueza de património da nossa comunidade”, entendeu a Adega de Favaios, deveria ficar registada “para memória futu ra”, justificou Rui Paredes, membro da direção da cooperativa, no lançamento do livro “Favaios, História e Património”, na Ade ga de Favaios.

“Este livro representa também o sentido de responsabilida de social” da adega, uma das primeiras cooperativas do Douro, lembrou igualmente o historiador Gaspar Martins Pereira, coor denador do livro: “A mais importante empresa de Favaios quis oferecer à população de Favaios um livro sobre a sua história, sobre os seus patrimónios e sobre si, enquanto integradora, ela própria, do património e da economia de Favaios”.

Gaspar Martins Pereira elogiou igualmente “o forte envolvimento dos viticultores de Favaios na cooperativa” e lembrou a importân cia que a participação coletiva pode ter para o futuro sustentável da freguesia, também ela marcada pelo despovoamento e enve lhecimento da população que afeta o interior de país. Se Favaios soube manter “aspetos identitários com dois mil anos de história”, só podemos concluir que estamos perante “um povo com futuro”, concluiu o reputado historiador.

O lançamento do livro insere-se nas celebrações dos 70 anos da Adega Cooperativa de Favaios, as quais incluem o lançamento, em

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Memórias pelo futuro do povo do Moscatel

dezembro próximo, de um Moscatel comemorativo, uma edição limitada que integra as melhores sete colheitas das últimas sete décadas de Moscatel guar dado na Adega.

Líder nacional em moscatéis

Reconhecida pelos seus moscatéis, a Adega de Fa vaios é o principal produtor deste tipo de vinho fortifi cado na Região Demarcada do Douro (80%) e líder no mercado nacional (52%).

Para esta boa prestação contribuem os investimen tos realizados nos últimos 20 anos na modernização do centro de vinificação e a criação de uma equipa coesa e estável. O pagamento da uva aos sócios, 481 no total, a um preço superior à média da região tem contribuído também para o crescimento sustentado da cooperativa.

A par do património de Moscatéis, a Adega produz vi nhos DOC Douro, rosé, brancos, tintos e espumantes, estando atualmente a preparar investimentos para a am pliação das instalações, a pensar nestas gamas, nomea damente nos brancos que beneficiam das condições mais frescas do planalto.

Bravos do Douro

A casta Moscatel tem um percurso no Douro muito ligado ao do Vinho do Porto, sendo o processo de vinificação idên tico. Desde cedo, no entanto, a casta terá revelado excelen te adaptação ao planalto duriense, dado que o Moscatel de Favaios era considerado um vinho do Porto especial, de uma única casta, particularidade que as grandes casas do Douro destacavam, a partir do século XIX, em garrafas rotuladas com o nome Moscatel.

A distinção do Moscatel face ao Vinho do Porto aconteceu a partir da crise provocada pelo excesso de produção de vinho no Douro, no início do século XIX, e que culminou por decretar a interdição de aguardentar mostos de uvas vindimadas acima dos 500 metros de altitude. Por força desse decreto de 1935, Favaios ficou proibido de produzir vinho fortificado, o único que tinha valor económico à época.

Esta limitação de produção – e de comercialização, uma vez que só as casas exportadoras do Porto e Gaia podiam vender o vinho fortificado do Douro – motivou a criação da Adega Coo perativa de Favaios, em 1952. A partir de então, Favaios adquire uma capacidade reivindicativa que, a par da persistência, acaba em bom porto para os seus viticultores. Em 1967, a direção da cooperativa regista a marca Moscatel de Favaios, ficando sua úni ca proprietária. Em 1982, a denominação Moscatel do Douro pas sa a ser reconhecida e protegida.

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Portugal está entre os 15 países com melhor desempenho climático

Portugal está no grupo dos 15 países com melhor desempenho climático, subindo mesmo duas posições, segundo o Índice de Desempenho das Alterações Climáticas, publicado esta segunda-feira e que analisa o progresso em 59 países com as emissões mais elevadas.

O Índice de Desempenho das Alterações Climáticas (Climate Change Performance Índex, CCPI, na sigla original) traduz o desempenho das políticas climáti cas de 59 países, numa lista com 63 posições, mas na qual as três primeiras não são ocupadas, como usualmente, por nenhum país estar completamen te alinhado com o objetivo, saído do Acordo de Paris de 2015, de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C (graus celsius).

Na lista divulgada conferência da ONU sobre o cli ma (COP27) que decorreu em Sharm el-Sheikh, no Egito, surge primeiro (no quarto lugar) a Dinamarca, seguida da Suécia e depois do Chile.

Num sistema de cores, os países a verde são clas

sificados como tendo um alto desempenho climático, depois a amarelo os países com um desempenho médio, a laranja um desempenho baixo e a vermelho um desempenho muito baixo. Portugal surge no grupo dos países a verde, na décima quarta posição, depois de Marrocos, Índia ou Estónia, com uma grande subida, ou a Noruega e Reino Unido, que desceram quatro luga res em relação ao anterior índice. A Finlândia, a Alemanha, o Lu xemburgo e Malta surgem depois de Portugal e “fecham” a lista verde.

A amarelo está a União Europeia como um bloco, o Egito, que organiza a COP27, Espanha, com uma subida de 11 lugares, Indo nésia, Itália, França (que desceu 11 posições) ou Nova Zelândia, entre outros. E na lista laranja, também entre outros, a Irlanda, o Brasil, a Bélgica, a África do Sul, a Turquia e a Argentina.

Com a pior performance, no vermelho, estão 14 países, a come çar pelo Japão e com o Irão em último lugar da lista, da qual fazem parte os maiores emissores de gases com efeito de estufa do mun do, a China e os Estados Unidos, além de outros como a Federação Russa, a Austrália, o Canadá ou a Arábia Saudita.

Os progressos em matéria de mitigação climática, e destacando Portugal, foram esta segunda-feira divulgados pela associação am

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Na lista divulgada conferência da ONU sobre o clima

bientalista Zero, que participou no CCPI, e que expli ca que para os cálculos são usadas as estatísticas mais recentes da Agência Internacional de Energia relativas ao ano 2020 (o último ano disponível) e uma avaliação de peritos.

“O CCPI é uma ferramenta importante para aumen tar a transparência na política climática internacional e permite a comparação dos esforços de proteção do clima e do progresso feito por cada país”, diz a asso ciação, acrescentando que o índice pretende também pressionar política e socialmente os países que não tomaram medidas que contribuam o suficiente para a estabilidade climática global, destacando ao mesmo tempo os que têm melhores práticas.

combustíveis fósseis, cujo fim está apenas previsto para 2030”. E releva que, nos transportes, as emissões não estão contidas, por falta de “políticas eficazes para o setor”, e não é suficientemente promovida a agricultura sustentável, com a agricultura intensiva e a monocultura a receberem “muitos incentivos”.

Em termos gerais, o destaque vai para países como Chile, Marro cos e índia, que têm vindo a subir no índice, e pelo lado negativo os Estados Unidos e a China, que desceu 13 lugares (a maior descida) pelos novos investimentos em centrais a carvão.

Na análise da posição de Portugal, que subiu dois lu gares graças ao fecho das centrais a carvão do Pego e de Sines, levando a uma melhoria na categoria de emis sões de gases com efeito de estufa, e da publicação da Lei de Bases do Clima, nota-se o fraco desempenho no setor dos transportes, floresta e agricultura. Já as cate gorias de utilização de energia, energias renováveis e po lítica climática a classificação é média, tendo em conta especialmente a elevada quota de energias renováveis.

A Zero nota as melhorias alcançadas por Portugal, mas diz também que “há falta de ambição em algumas áreas, nomeadamente no que diz respeito aos subsídios aos

A Zero destaca ainda a subida de três lugares do bloco União Europeia, especialmente pelo pacote legislativo “Objetivo 55”, que visa reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em pelo menos 55% até 2030. Mas nota as diferenças entre Estados. A Polónia e a Hungria estão na lista vermelha e a Dinamarca e a Suécia ocupam as primeiras posições (quarto e quinto lugar, res petivamente).

O índice, publicado anualmente desde 2005, é da responsabi lidade da organização não-governamental de ambiente alemã Germanwatch e do NewClimate Institute e avalia quatro catego rias: emissões de gases com efeito de estufa (40% de peso na classificação final), energia renovável, uso de energia e política climática. É publicado em conjunto com a Rede Internacional de Ação Climática (CAN International). Os países que com põem o índice são responsáveis coletivamente por cerca de 90% das emissões globais de gases de efeito de estufa.

No âmbito de um protocolo celebrado com a Springfield e a ANEFA

Município de Seia vai plantar 22 mil árvores na Mata do Desterro

A Mata do Desterro, no Parque Natural da Serra da Estrela, tem uma área de cerca de 136 hectares e é ocupada sobretudo por pinheiro-bravo. Esta reflorestação “vem no seguimento do projeto de recuperação florestal de área ardida e incidirá numa área de cerca de 20 hectares”.

A Câmara de Seia vai plantar 22 mil árvores na Mata do Desterro, no âmbito do projeto de recuperação florestal de área ardida iniciado em 2020. A autarquia refere que, no âmbito de um protocolo celebrado com a Springfield e a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Am biente (ANEFA), “que resulta na oferta de 22 mil árvores”, vai realizar, no dia 27 de novembro, uma ação de reflorestação em área protegida, na Mata do Desterro.

A ação de reflorestação “vem no seguimento do pro jeto de recuperação florestal de área ardida, iniciado em 2020, e incidirá numa área de cerca de 20 hecta res”. “Neste dia serão efetuadas ações de retancha de plantas autóctones, nas áreas intervencionadas no ano passado (abrangendo perto de oito hectares) em continuidade ao trabalho de controlo de vegetação es pontânea, e o plantio de árvores em 12 hectares. No total, serão plantadas 22 mil árvores, entre amieiros, carvalhos, medronheiros, salgueiros e sobreiros”, ex plicou na nota o município de Seia, presidido por Lu

ciano Ribeiro.

A Mata do Desterro é propriedade da EDP e é gerida pela Câmara de Seia desde 2007, através do regime de comodato, tendo em vista o aproveitamento dos recur sos existentes no local para o desenvolvimento de ativi dades de investigação, educação ambiental, turismo e lazer.

Com uma área de cerca de 136 hectares, a Mata do Desterro, situada em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, é ocupada essencialmente com pinheiros-bra vos.

À semelhança de outras iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas neste âmbito, a ação de reflorestação agendada para o dia 27, um domingo, está aberta à partici pação de todos os que pretendam colaborar, em regime de voluntariado, lembrou a autarquia de Seia.

A organização aconselhou aos participantes o uso de botas, agasalho, impermeável, luvas de trabalho e que se façam acompanhar de um pequeno lanche e de água. A par ticipação na atividade inclui seguro, sendo o transporte da responsabilidade de cada um.

Os interessados em participar podem inscrever-se na pá gina de internet do município de Seia.

Miranda do Douro investe um milhão de euros na criação de um Pulmão Verde

O município de Miranda do Douro vai investir cerca de um milhão de euros na reflorestação com espécies autóctones no Parque do rio Fresno e criar o “Pulmão Verde da cidade”. “Com este projeto, pretende-se potenciar a promoção dos valores naturais, a valorização das áreas protegidas, das paisagens e da biodiversidade, privilegiando as espécies autóctones e dos ser viços dos ecossistemas neste espaço da cidade”, explicou a presidente da câmara Helena Barril.

Este município do distrito de Bragança pretende com este projeto potenciar a promoção dos valores naturais, a valorização das áreas protegidas, das paisagens e da bio diversidade, privilegiando as espécies autóctones e dos serviços dos ecossistemas.

“Abraçámos este projeto com todo empenho e carinho e sentimos que este projeto é urgente para o concelho. Ten

do em conta o aquecimento global, plantarmos árvores e criar mos um Pulmão Verde na cidade faz todo o sentido para ameni zar os efeitos de estufa”, vincou a autarca.

Esta intervenção abrange os terrenos envolventes do rio Fres no que atravessa Miranda do Douro, onde serão plantadas es pécies como carrascos, olmos ou freixos. “Com este projeto pretendemos promover o território assente nos princípios de sustentabilidade, com a valorização da paisagem, dos recur sos endógenos, do património natural e cultural, e beneficiar as comunidades locais e construir pontos de atração para os visitantes e residentes”, enfatizou Helena Barril.

Com este projeto, o município de Miranda do Douro pretende colmatar algumas falhas provocadas por anteriores projetos de reflorestação com espécies não autóctones, como acon teceu por todo o planalto Mirandês

Este é um projeto avaliado em mais de um milhão de euros e totalmente financiado por Fundos Europeus e cuja candi datura foi aprovada.

Rua Capitão Salomão, nº 121-123 | 3510-106 VISEU | Tel.: 232 411 299 | E-mail: novelgrafica1@gmail.com
Projeto a executar no Parque do rio Fresno

Associação transfronteiriça defende certificação do Caminho da Geira

Uma assembleia de peregrinos portugueses e ga legos reunida em Caldelas, no concelho de Amares, nomeou um grupo de trabalho com o objetivo de constituir a Associação Transfronteiriça do Caminho da Geira e dos Arrieiros (ATCGA).

O grupo de trabalho, constituído pelo presidente União das Freguesias de Caldelas, Sequeiros e Paranhos, José Manuel Almeida, e pelos peregrinos António Devesa, Luís Miguel Sampaio e Vítor Cunha, tem como missão contac tar os municípios portugueses por onde passa este itine rário jacobeu, “com a intenção de perceber o seu interes se e motivá-los a envolverem-se no projeto”.

“Em face dos resultados obtidos, que esperamos pos sam corresponder às nossas melhores expetativas, será criada a comissão instaladora da ATCGA”, explica o mo derador da assembleia de peregrinos, Carlos Ferreira, adiantando que a associação “poderá integrar pessoas coletivas ou individuais, como peregrinos, municípios ou coletividades, sejam portugueses ou galegos”.

“A ATCGA terá como objetivos representar e defender os interesses dos peregrinos e do Caminho, mas sem descorar os relacionados com a cultura, património, economia, ambiente, tradições e outros valores das povoações por onde passa”, refere Carlos Ferreira.

Para melhor responder a estes desafios, as pes soas envolvidas na iniciativa “entendem que é muito importante a certificação deste itinerário pelas auto ridades governamentais portuguesas e galegas, das áreas da Cultura e do Turismo, à semelhança do que já fez o Arcebispado de Santiago, e vão empenhar

-se nesse sentido”, destaca o moderador da assembleia de peregrinos. No entanto, o trabalho da ATCGA não está “exclu sivamente dependente da homologação pelas autoridades ci vis e deverá manter-se para além disso, embora se reconheça que é um dos aspetos fundamentais”.

Além dos membros do grupo de trabalho e, naturalmente, do moderador, participaram na assembleia, que decorreu no Auditório da Vila de Caldelas, o vereador do Município de Ama res com o pelouro do Turismo, Delfim Rodrigues, e os peregri nos Abdón Fernández (Plataforma Berán no Caminho/ACJMR), Carlos de Barreira (Associação Codeseda Viva), Manuel Rocha (Confrade Maior da Archicofadía Universal del Apostol Santiago), Leonel Pereira e Paulo Silva.

O Caminho da Geira e dos Arrieiros começa na Sé de Braga e passa pelos municípios de Amares, Terras do Bouro, Castro La boreiro e Melgaço, entrando em território galego pela Portela Homem. Nos últimos cinco anos foi percorrido por mais de três mil peregrinos, um terço dos quais no corrente ano, sobretudo de Portugal e Espanha, mas também de Itália, Inglaterra, Alemanha, Croácia, Ucrânia, Rússia, Polónia, Brasil, EUA, Austrália ou Países Baixos.

Este itinerário foi apresentado em 2017 em Ribadavia (Galiza) e Braga, reconhecido pela Igreja em 2019 e pela associação de muni cípios transfronteiriços Eixo Atlântico em 2020, sendo um itinerário oficial da Peregrinação Europeia de Jovens do Ano Santo Jacobeu 2021/22.

O percurso tem 240 quilómetros e destaca-se por incluir patrimó nios únicos no mundo, como a Geira Romana, a via do género mais bem conservada do mundo, e a Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés. Além disso, o seu traçado é um dos escassos cinco que ligam diretamente à Catedral de Santiago de Compostela.

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Reunidos em Caldelas, no concelho de Amares

Câmara de Bragança pede apoio ao Governo para os produtores de castanha da região

A Câmara de Bragança quer que o Governo atribua uma compensação financeira aos produtores de castanha pelas quebras na produção, que aponta “em média, superiores a 80%” devido à seca, divulgou o município transmontano.

A tomada de posição foi aprovada por unanimidade, em reunião de Câmara, para ser enviada ao Governo, presidente da República e entidades nacionais e regio nais, nomeadamente organizações do setor. O municí pio faz uma exposição em que recorda a importância desta cultura agrícola na região de Trás-os-Montes, que concentra cerca de 85% da produção nacional de castanha, a maior parte nos concelhos de Bragança e Vinhais.

A somar às doenças que têm afetado o setor nos últimos anos, como a tinta, o cancro e a vespa-das -galhas-do-castanheiro, a autarquia argumenta que a seca extrema que se verificou no verão e a falta de chuva nos meses de setembro e outubro, acabaram por comprometer a campanha deste ano. “Nesta data, é possível afirmar que a quebra da produção de castanha, nesta região, é superior, em média, a 80%, com evidentes perdas de rendimentos para os agricultores e famílias, acentuada pelo aumento exponencial dos custos energéticos, entre outros”, sustenta.

Pela “expressiva importância que a fileira da cas

tanha tem para a Terra Fria do Nordeste Transmontano e para Portugal”, a Câmara de Bragança propõe ao Governo “medi das urgentes e muito concretas de apoio aos produtores de castanha”. “Por exemplo, através do apoio financeiro direto, a título compensatório, tendo por base o diferencial entre a fatu ração desta campanha e a média aritmética dos últimos três anos”, concretiza.

A autarquia salienta que “a castanha é dos produtos agríco las com maior potencial económico e rentabilidade na região de Bragança, representando o comércio, só do produto em fresco, um volume de negócios estimado em cerca de 100 milhões de euros”. Refere ainda que a produção tem aumentado nos últimos anos e este produto agrícola “mantém um saldo muito positivo na balança comercial, com cerca de 80% da produção a ser ex portada para países como Espanha, França, Itália e Brasil”.

As quebras na produção vão privar muitas famílias transmonta nas daquele que é um suplemento económico numa região onde predomina a agricultura familiar. A campanha deste ano está atra sada e em algumas zonas só agora está a começar a apanha da castanha quando num ano normal, nesta altura, estaria a terminar a campanha.

As organizações do setor têm dado conta de que permanece a incerteza relativamente aos resultados desta campanha, apesar de as quebras na produção serem evidentes nalgumas zonas.

O preço pago ao produtor aumentou atingindo os três euros e meio, quando em anos anteriores ficava pelos dois euros, porém a perspetiva é de que o aumento do preço não chegue para compensar as perdas na produção.

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Face a quebras de produção superiores a 80%”

O quarto maior crescimento de toda a União Europeia

Valor da produção agrícola portuguesa subiu para 9.600 milhões em 2021

O valor da produção agrícola portuguesa aumentou 14,6% para 9.600 milhões de euros em 2021, o quarto maior crescimento de toda a União Europeia (UE), segundo dados do Eurostat, citados pelo Governo.

“Segundo dados tornados públicos hoje pelo Eurostat [gabinete de estatísticas da União Europeia], o valor da pro dução agrícola portuguesa, em 2021, ultrapassou os 9,6 mil milhões de euros, representando uma taxa de crescimento de 14,6% face a 2020”, destacou, em comunicado, o Minis tério da Agricultura.

Portugal apresentou assim, neste período, a quarta maior taxa de crescimento valor de produção agrícola na UE. No total, a produção agrícola na UE situou-se nos 449.500 mi lhões de euros (preços básicos), o que representou uma progressão de 8% face a 2020.

“A resiliência do setor agrícola nacional fica, mais uma vez, comprovada através dos números e dos resultados”, afirmou a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes. A governante assegurou ainda que o Governo vai continuar a trabalhar para criar “as melhores condições para viabilizar este crescimento e a competitividade do setor”.

Maria do Céu Antunes sublinhou que esse crescimento deve ser “sustentável, sólido e assente em mais conheci mento, por uma transição digital e climática justa e inclu siva”.

Jornada de Biotecnologia da Beira Interior

www.gazetarural.com 31 APOIO: ORGANIZAÇÃO:
CONTRIBUTOS PARA NOVOS DESAFIOS NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA 18 de Novembro | 2022 das 14H - 18H n’A Moagem - Cidade do Engenho e das Artes, Fundão

Estão abertas as candidaturas para apoio ao sector da viticultura no âmbito do PDR

Estão abertas as candidaturas destinadas ao sector da viticultura no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR 2014-2020), com uma dotação orçamental de 12,5 milhões de euros. Este apoio destina-se a investimentos superiores a 25.000 euros nas explorações agrícolas com o objetivo de reforçar a viabilidade e a com petitividade das explorações agrícolas, promovendo a inovação, a formação, a capacitação organizacional e o redimensionamento das empresas; preservar e melhorar o ambiente, assegurando a compatibilidade dos investimentos com as normas ambientais e de higiene e segurança no trabalho e apoiar a instalação de novas plantações de vinha, devidamente auto rizadas.

Localização do investimento, adesão a regimes de seguros ou realização de investimentos de pro

teção de colheitas, adesão a organizações de produtores reco nhecidas, a natureza do investimento produtivo associados à utilização de tecnologias de precisão, investimentos com im pacto ambiental relevante ou o modo de produção (certificação biológica, Global GAP, Produção Integrada (PI) ou Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP)), são alguns dos critérios de seleção ou desempate das candidaturas que são objetivo de hierarquização e pontuação obtida na Valia Global da Operação.

Os apoios são concedidos sob a forma de subvenção não reem bolsável, limitada ao valor de investimento máximo elegível de 500.000 euros por candidatura e podendo incluir o custo de ins talação de vinha para vinho; de instalação de painéis fotovoltaicos; de aquisição de tratores; de construção de charcas; de construção de armazéns; ou reembolso de despesas realizadas e pagas.

As candidaturas são submetidas através de formulário eletró nico disponível no sítio no portal do Portugal 2020 em www.por tugal2020.pt, ou do PDR2020 em www.pdr-2020.pt, e devem ser efetuadas até às 17 horas do dia 22 de dezembro de 2022.

No Município de Proença-a-Nova o Gabinete de Apoio ao Empre sário e Agricultor prestará todos os esclarecimentos.

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Com uma dotação orçamental de 12,5 milhões de euros

Melhor fumeiro será premiado na Feira Gastronómica do Porco de Boticas

A Câmara de Boticas volta a promover, na edição de 2023 da Feira Gastronómica do Porco o Concurso de Melhor Chouriça e Melhor Salpicão que premeia melhores exemplares da Feira Gastronómica do Porco. O objetivo é valorizar a qualidade do trabalho realizado pelos produtores de fumeiro e, simultaneamente, catapultar os produtos endógenos de excelência apresentados na Feira Gastronómica do Porco.

A Câmara de Boticas implementou, em 2019, o concur so, criado com o intuito de distinguir os melhores exem plares de dois dos produtos mais vendidos no certame, a

chouriça e o salpicão do lombo. Em cada edição da feira, os pro dutores são convidados a apresentar aquele que consideram o melhor modelo destes enchidos para serem alvo de avaliação.

O júri, constituído por profissionais qualificados, analisa ao pormenor as caraterísticas de cada produto, desde a cor ao aroma, passando também pela textura e, naturalmente, pelo sabor. As distinções são envergadas com orgulho pelos pro dutores vencedores, que fazem questão de expor na sua ban ca os troféus e diplomas alusivos à prova.

A XXV Feira Gastronómica do Porco, agendada para os dias 12, 13, 14 e 15 de janeiro de 2023, contará com a realização da terceira edição do concurso que elegerá o top 3 da Melhor Chouriça e do Melhor Salpicão do certame.

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15 de janeiro de 2023
Certame vai decorrer de
a

InnovPlantProtect debate “A Agricultura precisa de Cultura Científica?”

A agricultura é tida por muitos como uma atividade tradicional, executada manualmente e gerida de acordo com os ditames do Borda d’Água. Mas será mesmo assim? Ou será uma atividade orientada por conhecimentos científicos e que apresenta saltos de qualidade, sustentabilidade e produtividade quando a ciência é aplicada com critério nos campos agrícolas?

Este é o tema do debate, organizado pelo InnovPlantProtect (InPP), que decorrerá no Dia Nacional da Cultura Científica, a 24 de novembro, pelas 18 horas, no Auditório do InPP, em Elvas, e que junta um CEO, António Serrano; uma cientista, Rosário Félix; uma comunicadora de Ciência, Cristina Nobre Soares, e um produtor agrícola, Paulo Maria, à mesma mesa para responderem à questão: “A agricultura precisa de Cul tura Científica?”. O debate contará com a moderação de Pe dro Fevereiro, diretor executivo do InPP.

A iniciativa integra-se na Semana da Ciência e Tecnologia 2022, promovida pela Ciência Viva, que decorre de 19 a 27 de novembro, e em que se celebra a Ciência e a Tecnologia que se faz a nível nacional, com o objetivo de aproximar a Ciência da Sociedade, promovendo a cultura científica e tecnológica em Portugal.

A 20 de novembro, na Alameda da Carvalha, na Sertã

Mercado Produtos da Terra apresentam “Bolos de Todos os Santos”

Os “Bolos de Todos os Santos” vão adoçar o próximo mercado “Produtos da Terra” que se realiza a 20 de novembro, domingo, na Alameda da Carvalha, na Sertã, entre as 9 e as 17 horas. Para além do produto em destaque, neste mercado é possível adquirir todo o tipo de hortofrutícolas, transformados e artesanato, constituindo uma montra do melhor que se produz na região. Promovida pelo Município da Sertã, a iniciativa fomenta a proxi midade entre os consumidores e os produtores regionais, ofere cendo produtos de qualidade, num local de extraordinária beleza natural.

A iniciativa “Produtos da Terra” baseia-se numa lógica de proxi midade entre o cidadão e os produtores regionais: quem procura produtos de qualidade pode assim fazê-lo num local próximo e sem recorrer às grandes superfícies. Após o mercado de novembro, os Produtos da Terra regressarão nos dias 17 e 18 de dezembro com a edição “Espírito de Natal”.

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No Dia Nacional da Cultura Científica, a 24 de novembro

Com a participação de mais de meia centena de participantes

José Laranjo foi o orador no Capítulo de Outono da Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’

A castanha foi o mote para o Capítulo de Outono que a Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’ levou a cabo numa unidade hoteleira da cidade de Viseu. José Laranjo, docente e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) foi o orador convidado. Entre outros, estiveram tam bém presentes Pedro Ribeiro, vereador da Câmara de Viseu; Costa Pinto, em representação da Freguesia de Viseu; Flávio Martins, presidente do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, e de Alexandre Rocha, da nova Confraria das Febras e Enogastronomia de Mangualde.

dos nacional e internacional em dificuldades, pois não con seguiram competir com os preços praticados pelos produ tores italianos, franceses e espanhóis, acabando por perder alguns negócios, com reflexo nos próximos anos. Alertou também para a grande aposta que o Chile está a fazer na produção de castanha, que chega ao mercado europeu em contraciclo, nos meses de abril e maio.

Cerca de meia centena de participantes marcaram presen ça no Capítulo de Outono da Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’. Este encontro convívio teve como orador José Laranjo, um dos mais conceituados investigadores a nível internacional no que ao castanheiro e à castanha diz respeito, e foi aproveitado para comemorar o São Martinho. Serviu também para retomar das atividades normais da Confraria, depois de dois anos atípicos.

O docente da UTAD defendeu a aposta nas variedades regionais, como a Martaínha, que considerou a ‘rainha’ das castanhas, pois concentra “o melhor que podemos encon trar neste fruto”. A título de curiosidade, José Laranjo lem brou que a castanha “não é um fruto seco” e que não deve ser guardada na despensa, mas sim no frio para travar o desenvolvimento de alguns fungos, que levam à podridão da castanha, ou a ficar seca, em poucos dias.

Na ocasião, Pedro Ribeiro, vereador com os pelouros da Educação e do Ambiente da Câmara de Viseu, des tacou a importância da Confraria Grão Vasco no meio associativo da cidade, mas também o papel que tem desempenhado na aproximação às comunidades por tuguesas espalhadas pelo mundo.

Num repasto em que a castanha foi o ingrediente principal, José Laranjo deu ‘uma aula’ à volta do tema. Num ano em que a quebra de produção foi significativa, o investigador disse que, em termos nacionais, “houve perdas a rondar os 40%”. O também presidente da REFCAST - Associação Portuguesa da Castanha e vice-presidente da EuroCastanea – Rede Europeia da Castanha re feriu que a quebra de produção “teve a principal origem na altura da floração”, defendendo que a seca não foi a razão principal para a baixa produtividade do castanheiro nesta campanha.

José Laranjo apontou algumas das lacunas deste setor, impor tantíssimo para a economia das regiões de interior, nomeadamente a falta de competitividade, num ano em que os preços à produção subiram e deixaram os agentes económicos que operam nos merca

A encerrar o Capítulo, o Almoxarife da Confraria ‘Grão Vasco’ agradeceu a presença de José Laranjo, a quem foi entregue o certificado de Confrade Titular. José Ernesto Silva apelou à participação de todos nas ati vidades da Confraria, que tem marcado para abril do próximo ano um Capítulo de Entronização de novos confrades. De referir que, nesta iniciativa, o certifica do de Confrade Titular foi entregue a mais cinco futu ros confrades.

Na sala estavam dois ex-alunos de José Laranjo. O enólogo Carlos Silva e a esposa, Susana Abreu, também membros da Confraria Grão Vasco, oferta ram-lhe uma caixa de vinho ‘Índio Rei’, produção da Amora Brava.

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Cidade de Pinhel divulga vinhos e sabores da Beira Interior

A cidade de Pinhel vai receber, de 18 a 20 de novembro, a sétima edição do certame Beira Interior - Vinhos & Sabores, que pretende divulgar os vinhos e a gastronomia da região. O evento anual é organizado pelo município de Pinhel e pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), que tem sede na cidade da Guarda.

Segundo as entidades promotoras, que apresentaram o programa do certame na Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo, o Beira Interior - Vinhos & Sabores vai ter lugar no Cen tro Logístico de Pinhel e, a par do salão de vinhos, incluirá provas comentadas, degustações de produtos locais, ‘showcooking’, gastronomia e animação musical. O certame contará com a participação de 55 expositores de vinhos e sabores (enchidos, queijo, mel, frutos secos, doces e compotas, doçaria tradicional, entre outros).

O presidente da Câmara de Pinhel, Rui Ventura, disse que a iniciativa também inclui, no dia 19, um sábado, a realização da gala de encerramento do projeto Pinhel - Cidade do Vinho 2020/2022, com passagem de testemunho à região do Douro - Ci dade Europeia do Vinho 2023. Também estão pro

gramadas duas atividades paralelas, como o 6.º Raid TT Vi nhos da Beira Interior, promovido pelo Clube Escape Livre, e a Maratona BTT - Pinhel Cidade do Vinho, uma iniciativa do município de Pinhel, a realizar no dia 20.

Rui Ventura referiu que o certame é importante para afir mar os vinhos produzidos na região da Beira Interior: “O nos so país é um país de vinho, mas nós precisamos de afirmar a Beira Interior”. O autarca adiantou que o Presidente da Re pública, Marcelo Rebelo de Sousa, foi convidado e estará na inauguração do certame.

O presidente da CVRBI, Rodolfo Queirós, referiu que o fim de semana do evento permitirá fazer “uma afirmação muito gran de” não só dos vinhos, como também do território da Beira In terior. O responsável lembrou que o setor do vinho “tem estado a ter notoriedade” e a região “tem mostrado o seu potencial”. Carlos Condesso, presidente da Câmara de Figueira de Caste lo Rodrigo, deu conta da satisfação por o seu concelho ter rece bido a conferência de imprensa de apresentação do evento Beira Interior - Vinhos & Sabores, onde estarão presentes os produto res locais. Lembrou que “grande parte” dos agricultores do seu município “vive da vinha e do vinho”, um setor importante para a economia local.

A Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo, presidida por António Madeira, onde decorreu a apresentação da iniciativa, foi fundada em 1956 e possui cerca de 500 sócios.

A CVRBI tem sede na cidade da Guarda, no Solar do Vinho, e abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco, que correspon dem a uma área de 20 municípios, onde se contabilizam cerca de cinco mil viticultores. Na área da CVRBI, com perto de 16 mil hecta res de vinhas e uma grande variedade de castas (destacando-se as brancas Síria, Arinto e Fonte Cal, e as tintas Tinta Roriz, Rufete, Tou riga Nacional, Trincadeira e Jaen), existem cerca de 70 produtores de vinho, sendo quatro adegas cooperativas e os restantes produtores particulares.

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No Centro Logístico de Pinhel, de 18 a 20 de novembro

Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva vai realizar-se nos dias 1 e 2 de dezembro em Cáceres e será

de profissionais portugueses e espanhóis para debater sobre o presente e o futuro da pecuária extensiva.

Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva debate presente e o futuro do setor

O III Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Ex tensiva, que decorrerá em Cáceres nos dias 1 e 2 de dezembro com o lema ‘Sustentabilidade Garantida’, irá refletir sobre os desafios do setor em matéria de produção e sanidade, o contributo social e económico da pecuária, a sustentabilidade e os desafios da nova Política Agrícola Comum (PAC).

Este congresso internacional é organizado pelas Coopera tivas Agro-alimentares de Espanha, com a participação das uniões territoriais da Andaluzia, Castilha e Leon e Extrema dura, pela Federação Andaluza de Agrupamentos de Defesa Sanitária Animal, a ACOS - Associação de Agricultores do Sul e a União dos Agrupamentos de Defesa Sanitária do Alentejo, contando com o AgroBank como patrocinador principal, bem como o apoio de diversas outras entidades patrocinadoras e colaboradoras.

O congresso prossegue, da parte da tarde, com análise do ecossistema do montado/dehesa como gerador de valor, as sim como a promoção e comercialização de produtos deste sistema agrosilvopastoril. Entretanto, e a acontecer duran te todo o congresso, serão apresentadas comunicações de investigação científica relacionadas com os assuntos abor dados no decorrer do congresso.

A jornada do dia 2 de dezembro do congresso iniciará com o tema sobre a sustentabilidade e a futura Política Agrícola Comum (PAC). Mais tarde, a partir das 12,30 ho ras, terá lugar a apresentação de conclusões, entrega de prémios e encerramento do evento, que ficará a cargo da conselheira de Agricultura, Desenvolvimento Rural, Popu lação e Território da Junta da Extremadura, Begoña Gar cía Bernal.

A comunicação de abertura terá lugar às 9,30 horas de 1 de dezembro, a cargo do Chefe Adjunto da Unidade de Previsões da PAC DG AGRI da Comissão Europeia, Ricard Ramón, que ana lisará as estratégias europeias para a pecuária extensiva, dando lugar à primeira Mesa Redonda, que abordará a produção pecuá ria em extensivo em Espanha e em Portugal, e a contribuição das novas tecnologias aplicadas.

A sanidade animal e vegetal será o tema central de outra das Mesas que compõem este congresso, em que, entre outros te mas, serão abordados os avanços da investigação no que diz res peito à vacina contra a Peste Suína Africana e o montado/dehesa como recurso.

O III Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva surge com o objetivo de abordar os aspetos técnico -científicos em torno da produção, comercialização e novas tecnologias, assim como de política agrícola, as sociados à pecuária extensiva, a valorização ambiental, territorial, económica e social.

Durante todo o congresso serão apresentadas comu nicações orais e vídeos de investigação científica rela cionados com os assuntos abordados no congresso, como a produção em extensivo, a sanidade animal e vegetal, a sustentabilidade e a promoção e comercia lização, para o que os organizadores contam com a colaboração da Universidade da Extremadura.

Posteriormente terá lugar a inauguração oficial do III Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva, às 13 horas, a cargo do pre sidente da Junta da Extremadura, Guillermo Fernández Vara, da Mi nistra da Agricultura e Alimentação de Portugal, Maria do Céu Antu nes, e do Ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação de Espanha, Luis Planas Puchades.

Toda a informação referente a esta iniciativa in ternacional está disponível na web www.congreso ganaderia.com, na qual é possível realizar as inscri ções para este evento, que espera reunir mais de 300 profissionais provenientes de toda a Espanha e de Portugal.

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Terceira edição decorre a 1 e 2 de dezembro em Cáceres
ponto de encontro

“Queijos do Centro Portugal” quer diferenciar as DOP da Região Centro

A Inovcluster - Associação do Cluster Agroindustrial do Centro, a par da parceria do Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro, lançou uma nova marca que, através de uma nova imagem identitária, pretende diferenciar os queijos com DOP da Região Centro no mercado e assim ajudar a acrescentar-lhes valor bem como a toda a sua fileira.

A nova marca foi apresentada no evento InovFood Summit’22, dedicado à Inovação, à Transição Digital, à Sustentabilidade e à Valorização do Queijo com DOP da Região Centro, que teve lugar no Centro de Cultura Con temporânea em Castelo Branco e contou com a pre sença de diversas personalidades, incluindo a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

Criada pela Ivity Brand Corp, a nova marca “Queijos do Centro Portugal” abarca três submarcas figurati vas, inspiradas em elementos culturais e icónicos de cada território criando uma distinção e identidade própria para os queijos com DOP da Região Centro: o Queijo da Serra da Estrela DOP, Queijo da Beira Baixa DOP e Queijo Rabaçal DOP.

O objetivo é capacitar estas regiões para a preser vação e reconhecimento do valor o seu passado as sociado ao fabrico de queijo, mas também reforçar e incentivar para um futuro mais sustentável e com mais amor pelas artes e ofícios da cultura nacional.

Unidos por esta nova marca, os queijos com DOP da Região Centro partilham entre si a “cura”

ou uma maturação rigorosa e o tempo de espera necessá rio para uma afinação perfeita do seu sabor. A assinatura da marca desenvolvida pela Ivity – “Guardados pelo Sabor”, reflete isso mesmo. “Inspirámo-nos no ambiente que envol ve a produção destes queijos, verdadeiras relíquias guarda das do Centro do nosso país: na tradição, nos trajes, no ritmo lento da natureza, no amor à terra e, por fim, mas não menos importante, a figura do pastor, que surge destacada em toda a comunicação da marca. É com muito orgulho que, na Ivity, lançamos mais uma marca 100% portuguesa que tem como objetivo não deixar cair a tradição e enaltecer o que de melhor de faz em Portugal”, refere Carlos Coelho, presidente da Ivity Brand Corp.

“O futuro dos nossos queijos passará certamente pelo seu re conhecimento como produtos de Qualidade diferenciada, pro dutos que são um legado histórico que é preciso manter e pro move como únicos”. Queremos valorizar toda a fileira do queijo, por um futuro capaz de produzir mais valor para o leite, mais valor para o queijeiro e mais valor para o consumidor que, fazendo par te desta história, será o verdadeiro impulsionador e disseminador da importância de saborear os queijos com DOP da Região Cen tro”, refere Patrícia Coelho, presidente da Inovcluster.

As 15 entidades parceiras do programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro tomaram este como um dos grandes desafios do projeto. A parceria foca-se agora na próxima etapa que será a boa implementação destas marcas no mercado, conseguin do uma boa adesão por parte dos produtores e consumidores. Esta é uma iniciativa inserida no Programa de valorização da fi leira do queijo DOP na Região Centro”, Financiado pelo Centro2020, Portugal 2020 e pela União europeia através do FEDER.

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Homenageia os pastores e as técnicas ancestrais de pastorícia

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“Queijos do Centro Portugal” quer diferenciar as DOP da Região Centro

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