Gazeta Rural nº 421

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www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 421 | Periodicidade Quinzenal | 15 de Dezembro de 2022 | Preço 4,00 Euros 75 anos a ajudar as pessoas na mobilidade 2 0 2 2 Opel Suzuki Isuzu Dfsk Massey Ferguson Antonio Carraro Valtra R e ps ol H su q v a r an w w w .l em osi r ma o . pt Piaggio Commercial Spoticar El ect r i cB r and s Bom Ano Novo!

FEIRA GASTRONÓMICA DO PORCO FESTEJA 25 ANOS A PROMOVER PRODUTOS LOCAIS

Após interregno de dois anos devido à Covid-19, que obrigou à suspensão da realização presencial do evento, a XXV Feira Gastronómica do Porco regressa mais forte do que nunca, de 12 a 15 de janeiro de 2023, com a qualidade a que habitou os milhares de visitantes.

Ovibeja 2023 lança desafio para reflexão conjunta

Portugueses e espanhóis em maioria no Natal e fim de ano na região Centro

Feira Gastronómica do Porco festeja 25 anos a promover produtos locais

Município de Azambuja promove “Jardim do Natal” 2022

Cabeça volta a ser a mais genuína e ecológica Aldeia Natal

Parque Urbano da Vila de Sever do Vouga recebe Dlim Dlão

Natal em Seia com programa de animação variado

“É Natal em Beja” até dia 6 de janeiro

Madeiro volta a ‘aquecer’ a tradição em Penamacor

Câmara de Penacova reforçou cabazes de Natal para famílias carenciadas

Governo concretiza certificação de sustentabilidade para setor vitivinícola

FICHA TÉCNICA

Ano XIX | N.º 421

Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com Telemóvel: 968 044 320 (chamada para rede móvel nacional)

Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Júlio Sá Rego | Gabriel Costa Departamento Comercial: Ana Pinto Sede de Redacção: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Telefone: 232 436 400 (chamada para a rede fixa nacional) E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com

ICS: Inscrição nº 124546

Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda Administrador: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Capital Social: 5000 Euros CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339

Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04

Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu Telefone: 232 411 299 (chamada para a rede fixa nacional)

Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares

Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

Setor vitivinícola do Centro procura ‘selo nacional de sustentabilidade’

Adega de Mêda lançou novos “Convento de Marialva” Reserva e Espumante

Torres Novas aprova medidas para poupar energia e água

A 5 “Aldeias de Portugal” do GAL/ADD

Agricultores de Portugal e Espanha querem mais ajudas da UE à pecuária extensiva

Universidade da Beira Interior quer valorizar setor das plantas aromáticas e medicinais

Investigadores querem tornar castanheiro mais tolerante às alterações climáticas

Produção de azeite deverá cair até 50% nesta campanha

Opinião - Nuno Melo

Viseu Dão Lafões revela Carta dos Segredos Gastronómicos da região

Figueira da Foz vai promover o arroz carolino produzido no concelho

Marvão promove Quinzena Gastronómica da Caça

Há bolo-rei feito com maçã Bravo de Esmolfe

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“Comunicar, Um Grande Desafio para a Agricultura” é o tema da trigésima nona edição da Ovibeja, agendada para a semana de 27 de abril a 1 de maio de 2023.

“Comunicar, Um Grande Desafio para a Agricultura” é o tema da Ovibeja 2023

A Ovibeja é um palco privilegiado para a reflexão e debate sobre os grandes temas da atualidade, apresentados nos vários colóquios, seminários e workshops promovidos pela organização e por várias outras entidades ao longo do evento.

A comunicação é um dos temas mais prementes, tendo em conta que é fundamental estreitar laços entre o campo e a cidade e sedimentar o conhecimento sobre o mundo rural e o papel da agricultura como garante da alimentação humana e da fixação de pessoas no território.

Por outro lado, e ainda do ponto de vista dos desafios, é importante estimular a comunicação para dentro, ou

seja, entre agricultores e as associações que os representam, de modo a facilitar a transferência de conhecimento de novas tecnologias, assim como o reforço do apoio técnico de modo que o setor possa ter uma voz mais ativa e mais assertiva.

Com a visita de mais de 150 mil visitantes, a Ovibeja conta com mais de mil expositores, vários pavilhões temáticos dedicados ao agroalimentar, pecuária, institucional e serviços, artesanato, restauração, cante alentejano, maquinaria agrícola, atividades pedagógicas e comunicação de boas práticas agrícolas. Uma das imagens de marca da Ovibeja é ainda a abertura dos grandes festivais de primavera, com quatro grandes concertos e as inconfundíveis “ovinoites”.

A organização do evento é da ACOS - Associação de Agricultores do Sul.

Dados apontam para volumes de reservas e valor superiores a 2019

Portugueses e espanhóis em maioria no Natal e fim de ano na região Centro

Turistas portugueses e espanhóis lideram as reservas nas épocas de Natal e fim de ano na região Centro e as projeções da entidade regional de turismo apontam para volumes de reservas e valor superiores a 2019.

DÃO, UM SEGRED O A DESCOBRIR

A sua viagem começa aqui.

“Neste momento, são as duas nacionalidades que dominam claramente a procura das reservas: mercado interno e espanhóis. Depois, brasileiros, também, seguido de americanos e de outras nacionalidades, mas já com percentagens menos relevantes”, esclareceu.

As projeções da Turismo Centro de Portugal apontam ainda para um fim de ano de 2022 a superar, em volume de procura e de rendimento, os números de 2019, ano com que compara, o último antes da pandemia de covid-19. “Temos os fluxos de turistas a superarem 2019, mas essencialmente o rendimento. Primeiro, por força das circunstâncias do aumento dos custos operacionais, que aumentaram para toda a gente, a energia e outros, mas também porque o mercado está a fazer um ajustamento de preços, os operadores estão a vender com mais valor incorporado”, frisou Pedro Machado. “Não é mais caro, é com mais valor. Mas dentro daquilo que o mercado pode suportar”, enfatizou.

Como exemplo, Pedro Machado apontou restaurantes e unidades hoteleiras com “pacotes mais qualificados”. “Sobem o valor relativamente a 2021 ou 2019, mas também oferecem mais serviços. Parece-me estar a haver da parte dos empresários, e inteligentemente, um ajustamento do preço, mas também com mais serviços incorporados”, notou.

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Dados de um barómetro permanente da Turismo Centro de Portugal (TCP), que reúne cerca de 1.100 empresas da região, revelados por Pedro Machado, presidente daquela entidade, apontam para uma “esmagadora” procura de turistas portugueses, seguida dos espanhóis.

Feira Gastronómica do Porco festeja 25 anos a promover produtos locais

Após interregno de dois anos devido à Covid-19, que obrigou à suspensão da realização presencial do evento, a XXV Feira Gastronómica do Porco regressa mais forte do que nunca, de 12 a 15 de janeiro de 2023, com a qualidade a que habitou os milhares de visitantes.

O Pavilhão Multiusos de Boticas abre as portas para promover os produtos tradicionais do concelho, sobretudo o fumeiro e os derivados do porco, que continuam a ter um lugar de destaque. Em entrevista à Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Boticas considera que a edição 2023 é “um motivo de celebração”. O certame comemora 25 anos, numa edição em que, diz Fernando Queiroga, “não haverá grandes novidades” em relação a edições anteriores.

Gazeta Rural (GR): Depois de dois anos em que o certame não se realizou nos moldes habituais, que novidades apresenta a edição 2023?

Fernando Queiroga (FQ): Em 2023 a Feira Gastronómica do Porco assinala a sua vigésima quinta edição e este será o principal motivo de celebração. Depois do interregno de dois anos devido à pandemia de Covid-19, que obrigou à realização do certame apenas em formato online, o regresso presencial será, sem dúvida, a melhor forma para assinalar o quarto de século da Feira do Porco.

Não haverá grandes novidades nesta edição da feira, até porque o mais importante será sempre a promoção e divulgação dos nossos produtos endógenos, em especial do fumeiro, enchidos e derivados do porco.

Há 25 anos que promovemos o que de melhor há e se faz no concelho de Boticas e na região do Barroso, classificada em 2018 como Património Agrícola Mundial, pela FAO. Esta distinção veio reconhecer a agricultura, o comunitarismo e o vasto património paisagístico do nosso concelho como fator diferenciador e, ainda, fortalecer as potencialidades deste território em termos turísticos e económicos.

O carinho e confiança que os visitantes vão demonstrando, ano após ano, são o que de melhor podemos receber e que fazem toda a diferença quando organizamos este evento. Mais do que vender, aquilo que nos deixa naturalmente felizes é perceber que quem visita o concelho de Boticas e a Feira do Porco repete a experiência.

Somos um povo acolhedor, que sabe bem receber e estamos ansiosos por contactar pessoalmente com todos aqueles que anualmente se deslocam até Boticas para comprar os nossos produtos e, ao mesmo tempo, conhecer as maravilhas da nossa terra. O desafio é que venham até Boticas, visitem a Feira do Porco e deixem-se encantar por este território incrível.

GR: Tendo em conta a questão anterior, que expectativas tem?

FQ: As expetativas, como é óbvio, são as melhores. Todos os anos tentamos afinar arestas, corrigir pequenos pormenores e ver de que forma conseguimos ajudar os nossos produtores de fumeiro

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De 12 a 15 de janeiro de 2023 no Pavilhão Multiusos

para que possam ter a maior rentabilidade possível da feira.

Nem sempre corre tudo bem, mas felizmente o certame tem primado pelo sucesso, muito graças ao empenhamento de todos, sobretudo dos produtores que são fiéis aquilo que tão bem distingue o fumeiro de Boticas, a qualidade.

Após o interregno devido à pandemia de Covid-19, estamos ansiosos por voltar a abrir as portas do Pavilhão Multiusos e receber os milhares de visitantes que habitualmente nos brindavam com a sua presença.

“A Feira Gastronómica do Porco é, genuinamente, uma montra para o mundo daquilo que de melhor há e se faz no nosso concelho”

GR: O certame vai realizar-se pela vigésima quinta vez. O que mudou em Boticas com este evento?

FQ: Em primeiro lugar mudou a forma como o nome de Boticas é conhecido um pouco por todo o mundo, graças à qualidade sublime do fumeiro e enchidos produzidos neste território e, em segundo, a dedicação que os nossos produtores têm à Feira do Porco e à realização deste evento.

A Feira Gastronómica do Porco é, genuinamente, uma montra para o mundo daquilo que de melhor há e se faz no nosso concelho. A cada nova edição da feira foram feitas melhorias, ajustes e pequenas alterações tendo, sempre, em linha de conta o benefício e apoio dos produtores de fumeiro, pois este evento é organizado propositadamente para que eles possam escoar os seus produtos e ter uma rentabilidade extra do seu trabalho.

GR: A criação do porco e o setor dos enchidos, de uma forma geral, o que representa para o concelho?

cultores e ir ao encontro das suas expectativas e anseios. Nem sempre é fácil, nem sempre temos o retorno que desejamos, mas não desistimos de lutar por um futuro mais promissor para a nossa terra.

GR: A gastronomia, com este setor, é um bom meio de atração de gente ao território?

FQ: A maravilhosa gastronomia local é, sem dúvida, um dos motivos de atração ao nosso Concelho. Temos alguns dos melhores produtos, como são o caso do fumeiro e enchidos, da Carne Barrosã e do Mel de Barroso, ambos com Denominação de Origem Protegida (DOP) e detentores de inúmeros prémios conquistados em concurso nacionais e internacionais.

FQ: Sendo Boticas um concelho rural é natural que o setor primário, onde se incluem a agricultura, pecuária e, consequentemente, a produção de fumeiro artesanal, tenha um impacto significativo na economia não apenas para Boticas, mas para toda a região do Alto Tâmega e Barroso.

Tal como referi anteriormente, a produção e venda de fumeiro é uma fonte de rendimento extra para muitas famílias e isso reflete-se em termos económicos no nosso concelho.

É um trabalho árduo e cansativo, mas muito gratificante porque para os produtores de fumeiro, sendo que grande parte deles nasceram envoltos na ruralidade e no espírito de entreajuda que tão bem caraterizam a nossa terra.

São conhecimentos e técnicas que foram passando de geração em geração e que, atualmente, continuam a ser postos em prática, o que contribuiu para que o concelho de Boticas e da região do Barroso fossem considerados Património Agrícola Mundial, como mencionei anteriormente.

Além disso, as gentes de Barroso são conhecidas pelo hospitalidade e arte de bem receber, por isso lanço o repto para visitarem o concelho de Boticas por ocasião da XXV Feira Gastronómica do Porco, que decorrerá de 12 a 15 de janeiro de 2023, no Pavilhão Multiusos, pois de certeza que não se vão arrepender e vão ficar com vontade de regressar novamente a este território com tanto para descobrir em termos naturais, paisagísticos, culturais e gastronómicos.

GR: Como se viveu o ano de 2022 pelo concelho e que expectativas tem para 2023?

GR: Tem aparecido gente nova no setor primário e neste, em particular?

FQ: Nota-se que há mais pessoas, sobretudo jovens, a apostar na agricultura e pecuária e isso deixa-me naturalmente feliz e com esperança de um futuro mais sustentável para o nosso concelho. Infelizmente não são tantos quantos desejava, mas por poucos que sejam são importantes para tentar minimizar e reverter o flagelo da desertificação que afeta as regiões do interior do país.

Enquanto poder autárquico local fazemos o que está ao nosso alcance para apoiar a nossa população, para apoiar os nossos agri-

FQ: 2022 foi um ano difícil, de muita luta e perseverança, mas como não somos pessoas de desistir mantivemos a resiliência que tão bem nos caracteriza. Não baixamos os braços e estou certo de que juntos conseguiremos ultrapassar esta fase menos boa. Continuamos empenhados em fazer o melhor pelo nosso concelho, pela nossa população e contribuir para o desenvolvimento da nossa terra.

Esperamos que 2023 seja um ano auspicioso para todos. Para a autarquia, que continua empenhada em lutar por um futuro melhor e mais sustentável, para os empresários locais, que enfrentam uma fase de recuperação económica após a pandemia de Covid-19, e também para os nossos munícipes, que não desistem de contribuir para crescimento do concelho.

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Município de Azambuja promove

“Jardim do Natal” 2022

O Município de Azambuja promove a iniciativa “Jardim do Natal” até 6 de janeiro de 2023, no Jardim Urbano Dr. Joaquim A. Ramos, em Azambuja, com um conjunto de espaços e adereços alusivos a esta quadra.

O espaço é composto por um conjunto de atrativos, entre os quais uma Feira de Livros Usados, uma pista de gelo, uma mini-roda, casa dos doces, atividades infantis e ateliês onde não faltará animação. Os divertimentos do jardim estarão abertos de segunda a sexta-feira das 14 às 19 horas. Aos fins-de-semana e feriados o horário será das 10 às 19 horas, fechando entre as 13 e as 14 horas. A Feira do Livro Usado estará a funcionar nos dias úteis, das 17,30 às 19 horas, e aos fins-de-semana, das 10 às 19 horas, com pausa da 13 às 14 horas. Nos dias 24, 25 e 31 de dezembro e 1 de janeiro, o recinto estará encerrado.

A pista de gelo ecológica e a mini-roda serão destinadas somente aos mais novos. O bilhete de acesso tem um valor de 2 euros, sendo que, mediante a entrega de um talão de compra no comércio local durante o período do evento, terá direito a uma senha grátis por cada 10 euros em compras (limite de 10 senhas por talão).

Para ocupar e animar todas as crianças, haverá um espaço com pinturas faciais, modelagem de balões, magias, histórias divertidas, um espaço para fazerem as suas cartas ao Pai Natal e uma Aldeia do Pai Natal. Este espaço é gratuito, sendo as entradas por ordem de chegada e limitadas ao espaço disponível.

Destinado a crianças e jovens, haverá, igualmente nesta edição, um conjunto de ateliês, onde poderão aprender a confecionar os famosos coscorões das Avózinhas da Casa Mãe – O Pombal de Aveiras de Cima, os bolos de casamento de Vale do Paraíso, as broas de mel tradicionais desta quadra, com Maria João Coelho, ou então aprender a confecionar o típico Torricado d’Azambuja.

A nível musical, os interessados poderão participar num workshop para aprenderem a fazer a própria música, com Francisco Regateiro (dia 22). Oportunidade, ainda, para aprender a fazer diversos trabalhos manuais, com Bé Tristão (dias 15, 19 e 21) e também disfrutar de um ateliê de “Histórias com Postais”, orientado pela Rede de Bibliotecas do Município de Azambuja (dias 18 e 23). Todos os ateliês e workshops são gratuitos, por ordem de chegada e limitados ao espaço disponível.

A completar esta programação, haverá uma mão cheia de concertos de Natal, com as bandas filarmónicas e a orquestra do concelho de Azambuja.

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Até 6 de janeiro de 2023

Papa Francisco deseja que Natal traga “um raio de paz” à guerra

O Papa Francisco expressou o desejo de que o próximo Natal traga “um raio de paz” às guerras em todo o mundo, especialmente na Ucrânia, no final da oração do Ângelus. “Convido-vos a rezar diante do presépio para que o Natal traga um raio de paz às crianças do mundo inteiro, especialmente àquelas obrigadas a viver dias terríveis e sombrios de guerra, esta guerra na Ucrânia, que destrói tantas vidas e tantas crianças”, disse aos fiéis que o escutavam na Praça de São Pedro. O pontífice também benzeu as figuras do menino Jesus levadas por crianças à praça do Vaticano, uma tradição natalícia iniciada em 1969, pelo Papa Paulo VI.

Francisco tem-se mostrado preocupado com a invasão da Ucrânia, pela Rússia de Vladimir Putin, em 24 de fevereiro, e os seus apelos à paz são contínuos, tendo chegado a oferecer a mediação da Santa Sé para resolver o conflito.

PISTA DE GELO ∙ ATIVIDADES INFANTIS ∙ MINI RODA ∙ ALDEIA DO PAI NATAL ∙ CASA DOS DOCES ∙ ANIMAÇÃO 2022
Jardim Urbano Dr. Joaquim A. Ramos
No final da oração do Ângelus

Cabeça volta a ser “a mais genuína e ecológica Aldeia Natal”

A Aldeia de Montanha de Cabeça, em Seia, volta a ser, até 6 de janeiro de 2023, a “mais genuína e ecológica Aldeia Natal de Portugal”. Segundo os promotores, a décima edição do evento `Cabeça Aldeia Natal` “volta a dispensar o Pai Natal” e aposta em decorações que são naturais e 100% sustentáveis e feitas “com a vontade, criatividade e engenho das gentes da aldeia”.

O município de Seia referiu em comunicado que a serra da Estrela e a Aldeia de Montanha de Cabeça “servem como pano de fundo para a Festa de Natal mais ecológica de Portugal”. “O Natal é tão genuíno e puro como o ar que se respira na serra da Estrela. Nesta Festa de Montanha, que conta este ano com a sua 10.ª edição, o Pai Natal não foi convidado, pois tudo é feito de recursos naturais e com a vontade e engenho das gentes da aldeia”.

De acordo com a nota, “há muito que os habitantes de Cabeça trabalham na mais peculiar e sustentável aldeia de Natal”. “Tudo é feito com as mãos sábias dos cerca de 170 moradores desta Aldeia de Montanha e com materiais da Natureza, como as giestas, as videiras, os pinheiros, folhas de fetos, lã das ovelhas bordaleiras, canas de milho e ainda outros materiais reciclados e que resultam das limpezas cirúrgicas das florestas do Parque Natural da Serra da Estrela e terrenos vizinhos”.

A Câmara também explicou que “todo o trabalho é feito pela comunidade, com o empenho de todas as coletividades da aldeia, da Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede Aldeias de Montanha (ADIRAM) e do município de Seia”. “Não há empresas envolvidas, são apenas os habitantes que se encarregam de dar corpo e alma à decoração desta festa natalícia. Tudo é feito para que esteja em harmonia com o verdadeiro espírito natalício de comunhão, partilha e valorização de tradições como a missa do Galo, a fogueira de Natal, a confeção de iguarias no forno comunitário, o Mercado de Natal com produtos regionais”.

A organização lembrou que o cenário é único e quem visitar a localidade de Cabeça nesta altura do ano “pode vivenciar o verdadeiro Natal das gentes mais genuínas da montanha”. “As portas de casa dos habitantes estão abertas e dão vida ao pequeno mercado de Natal, as tasquinhas e as ruas são espaços em que a comunidade se funde com os visitantes”. “Mas é ao entardecer que a magia acontece com milhares de luzes de tecnologia led a iluminarem as ruelas e o casario típico desta Aldeia de Montanha”. Durante o evento haverá várias atividades como `workshops` e oficinas diversas, demonstração da moagem de farinha no moinho da aldeia, contos de Natal e “concertos para olhos vendados” (pelo paisagista sonoro Luís Antero), entre outras.

`Cabeça Aldeia Natal` faz parte do Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha, que está integrado na EEC PROVERE iNature e é cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do CENTRO 2020 - Programa Operacional Regional do Centro.

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Aldeia de Montanha do concelho de Seia
2023...

Programação de Natal arranca esta quarta-feira

Parque Urbano da Vila de Sever do Vouga recebe “Dlim Dlão”

A programação natalícia em Sever do Vouga, que abriu com a inauguração de uma instalação artística na ponte do Poço de Santiago elaborada por alunos da Escola Profissional de Aveiro -, volta a ter como destaque o projeto “Dlim Dlão”, este ano desenvolvido no Parque Urbano da Vila.

Criado em 2021, o “Dlim Dlão” estende-se de 17 de dezembro a 01 de janeiro, recriando ambientes natalícios e prometendo muita animação durante este período festivo. Uma das atrações será de novo a pista de gelo, de acesso gratuito.

Um dos momentos marcantes será a chegada do Pai Natal, agendada para as 15 horas do dia 17, logo após um desfile por algumas das principais artérias da vila

de Sever do Vouga.

Música, teatro, magia aulas de pilates, yoga, pinturas faciais, modelagem de balões, insufláveis, casas temáticas ou o comboio de Natal, são outras das propostas do “Dlim Dlão”, que tem como slogan “deixe a magia do Natal entrar”.

A programação - que fecha no dia 1 de janeiro com um concerto a cargo da Banda União Musical Pessegueirense, seguido de desfile de encerramento - inclui uma campanha de Natal para o comércio local, a decorrer até 6 de janeiro. Este é mais um motivo para fazer as suas compras nos estabelecimentos do concelho de Sever do Vouga.

Os participantes podem colocar os cartões das respetivas compras na tômbola que se encontra na entrada do edifício da Câmara Municipal. O sorteio irá acontecer no dia 9 de janeiro, pelas 15 horas, no Salão Nobre do Município.

Rua Capitão Salomão, nº 121-123 | 3510-106 VISEU | Telefone: 232 411 299 | E-mail: novelgrafica1@gmail.com (chamada para a rede fixa nacional)

Natal em Seia com programa de animação variado

A programação de Natal elaborada este ano pelo Município de Seia, inclui uma pista de gelo, um carrossel, um mercado de Natal, a casa do Pai Natal e ainda “um vasto programa de animação”. A programação de Natal termina a 6 de janeiro de 2023 também com um concerto, este na Casa Municipal da Cultura.

De acordo com a autarquia, os equipamentos de divertimento estão abertos ao público até 31 de dezembro e funcionam das 13 às 21 horas, nos dias úteis, e das 10 às 21 horas, aos fins de semana e feriados. Estão fechados no dia de Natal e encerram mais cedo, às 16 horas, nos dias 24 e 31 de dezembro. A programação conta ainda com o Circo de Natal, no Cineteatro.

Este ano haverá um mercado de Natal, onde podem ser adquiridos produtos e artesanato locais, e onde se pode assistir a oficinas, teatro infantil, contos de Natal e momentos musicais.

Decorre até 6 de janeiro

Com música no centro histórico e um Mercado de Natal

“É Natal em Beja” até dia 6 de janeiro

A iniciativa “É Natal em Beja” está de regresso para promover e dinamizar o comércio local até ao dia 6 de janeiro. Música no centro histórico, Mercado de Natal, animação de rua, prémios para quem faça compras no comércio tradicional, oficinas e exposição de fotografia, concursos, entre outras atividades. Este ano, a iluminação de Natal vai cumprir as orientações dadas pelo Governo, acesa apenas das 18 às 00 horas.

O tradicional Mercado de Natal decorre lugar no Pavilhão dos Sabores – Parque de Feiras e Exposições de Beja. Durante os quatro dias do Mercado de Natal toda a animação ir-se-á articulando entre o Centro da Cidade, assim o tempo o permita, e o Pavilhão dos Sabores. Neste espaço, e no período do Mercado teremos um Parque de Insufláveis para a diversão dos mais novos.

O antigo posto de turismo, no centro histórico, transforma-se na Casa do Pai Natal, o epicentro da iniciativa e onde os cupões atribuídos por cada 15 euros de compras no comércio local vão ser depositados na tombola por quem pretender habilitar-se ao grande sorteio de Natal (válido para compras até 6 de janeiro de 2023). Este espaço, aberto de terça a sábado, entre as 10 e

as 13 e das 14 e às 19 horas convida a brincadeiras no Jardim de Natal e fotografias com o Pai Natal.

Para incentivar as compras de Natal no centro histórico, até dia 6 de janeiro, os estacionamentos subterrâneos da Casa da Cultura e da Avenida Miguel Fernandes são gratuitos até três horas diárias, consecutivas. O estacionamento tarifado de superfície permite também duas horas de estacionamento gratuitas, por dia, mediante a simples inserção da matrícula da viatura no parquímetro, uma só vez por dia, não acumulável.

Há passeios de ‘tuk-tuk’, até 24 de dezembro, das 16 às 19 horas, agendados previamente na Casa do Pai Natal, exposições, teatro, atuações de bandas de música e outras animações de rua também constam do programa. No Parque Vista Alegre um Parque de Insufláveis (até 24 de dezembro) fará as maravilhas das crianças.

À semelhança de outros anos, serão realizados um concurso de montras e um concurso de fotografia que regista os melhores ângulos do nosso centro histórico embelezado com iluminação alusiva à época festiva e o brilho destes dias na cidade.

“É Natal em Beja” é o mote desta campanha que abrange um conjunto de atividades de animação e incentiva a que as compras de Natal sejam feitas no comércio local da cidade.

Madeiro volta a ‘aquecer’ a tradição em Penamacor

Penamacor recebe nesta quadra o evento ‘Vila Madeiro’, que alia as tradições daquele que é considerado o maior madeiro de Natal de Portugal com outras atividades festivas e culturais.

O certame é organizado pela Câmara de Penamacor com o objetivo de contribuir para preservar o património cultural daquele concelho, atrair mais visitantes à vila e dinamizar a economia local.

Para o presidente desta autarquia da Beira “é o regresso ao formato totalmente presencial e esperamos que este certame dê dinamismo à vila de Penamacor e que ajude o tecido económico, nomeadamente nas componentes comerciais, do artesanato e do agroalimentar”, afirmou António Luís Beites.

O autarca especificou que o investimento do município neste evento ronda os 150 mil euros, incluindo toda a animação e a iluminação natalícia das ruas, que terá um horário de funcionamento para os diferentes dias do evento, de modo a seguir as orientações governamentais com vista à poupança energética.

O adro da igreja de Penamacor é o local que decorrerá o momento alto da festa, na passagem do dia 23 para o dia 24 de dezembro, com o atear da fogueira, cuja dimensão tem atraído atenção mediática e muitos visitantes, além dos residentes e filhos do concelho que regressam à terra para passarem a quadra.

Nos restantes dias, está garantida a animação de rua, havendo também um mercado de Natal, tasquinhas, espaço infantil, concertos de Natal, animação itinerante, fóruns, colóquios, feira do livro, “showcooking”, passeios pedestres e equestres, e workshops, entre inúmeras atividades recreativas, gastronómicas e culturais.

Momento alto acontece a 23 de dezembro

Com a poupança na iluminação natalícia

Câmara de Penacova reforçou cabazes de Natal entregues a famílias carenciadas

A Câmara de Penacova decidiu cortar na iluminação natalícia, com apenas “alguns apontamentos nos centros das três vilas do concelho”, e aproveitou esta poupança para reforçar os cabazes de Natal entregues a famílias carenciadas.

Se em 2021 aquela Câmara no distrito de Coimbra gastou quase 18 mil euros em iluminação natalícia, este ano a verba cingiu-se a apenas 4.000 euros nuns apontamentos “mais singelos” no centro das vilas de Lorvão, São Pedro de Alva e Penacova, disse o vereador com a pasta da ação social, Carlos Sousa. A decisão deve-se ao aumento excecional dos custos com energia e a um contexto económico particularmente difícil para autarquias mais pequenas, notou.

Com a poupança no investimento em iluminação, o município de Penacova optou por reforçar os cabazes de Natal, “quer em quantidade, quer em qualidade”, para as famílias carenciadas do concelho, num investimento de cerca de três mil euros, salientou Carlos Sousa.

Ao todo, deverão ser contempladas pelo cabaz centena e meia de famílias, que já recebem cabazes alimentares todos os meses. “Além do investimento feito para melhorar os cabazes de Natal, contamos ainda com o apoio de grupos de ação social e solidariedade, que fazem recolha de bens alimentares e de prendas para as crianças”, frisou.

Moncorvo assinala Festa da Boa Nova com atividades lúdicas e culturais

O município de Moncorvo promove até 31 de dezembro as Festas da Boa Nova para celebrar, através de um conjunto de atividades lúdicas e culturais, a época natalícia naquele concelho do distrito de Bragança.

Em comunicado, a autarquia indica que um dos destaques vai para a realização de um mercado de Natal com a exposição e venda de vários produtos locais, que se realiza de 16 a 31 de dezembro, na Praça Francisco Meireles. Do programa fazem parte vários concertos, que terão lugar na Igreja da Misericórdia, na Igreja de S. Miguel no Castedo e na Igreja da Misericórdia de Torre de Moncorvo. Durante todo o mês de dezembro decorrem ainda outras iniciativas culturais, desportivas e sociais.

Já no Jardim Dr. Horácio de Sousa está instalado o espaço pinheirinho, até ao final do mês de dezembro, decorado com as árvores de Natal elaboradas pelo Agrupamento de Escolas Dr. Ramiro Salgado e Centro Paroquial de Assistência de Torre de Moncorvo. A encenação de um Presépio ao Vivo, a cargo do Grupo Alma de Ferro Teatro, no dia 18 de dezembro, no centro histórico da vila, será outro dos pontos altos das festividades.

A tradicional Fogueira do Galo que acontece no adro da basílica-menor de Moncorvo está marcada para a noite de consoada a partir das 15 horas com animação dos Gaiteiros da Escola Municipal Sabor Artes.

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Até final do mês de dezembro

Para

a criação de um produto sustentável

Governo concretiza certificação de sustentabilidade para setor vitivinícola

O executivo concretizou o modelo de governação do Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade para o Setor Vitivinícola, que permite ao operador adotar práticas para a criação de um produto com essas características.

“O objetivo é permitir ao operador económico conhecer e adotar as práticas adequadas à criação de um produto que apresente e exiba essa mesma qualidade, dotando-o da corresponde certificação, com assinaláveis ganhos de competitividade nos mercados internacionais”, lê-se num diploma publicado em Diário da República.

Segundo o mesmo despacho, a governação deste referencial é composta pelo Conselho Nacional para a Sustentabilidade Vitivinícola (CNSV) que, por sua vez, inclui o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), que nomeia dois representantes e preside ao órgão, a ViniPortugal, que escolhe cinco representantes, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (um representante), o Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (um representante), o Instituto da Vinha e do Vinho dos Açores (um representante) e a Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícola (um representante).

A governação deste órgão é ainda assegurada por um grupo técnico de especialistas qualificados, pela entidade gestora, assegurada pela ViniPortugal, e por organismos de certificação. O CNSV exerce funções de supervisão junto da entidade gestora, enquanto o grupo técnico fica com as funções de consultoria e aconselhamento técnico.

A entidade gestora, por sua vez, é responsável pela operacionalização e gestão do referencial, cabendo-lhe, por exemplo, a coordenação da certificação nacional junto dos operadores económicos, a admissão dos organismos de certificação, a apreciação de reclamações e a realização de ações de formação. Para assegurar estas funções, o Instituto da Vinha e do Vinho transfere, todos os anos, para a entidade gestora 55.000 euros.

O despacho, assinado pelo secretário de Estado da Agricultura, Rui Martinho, entrou em vigor a 15 de dezembro.

Setor vitivinícola do Centro procura ‘selo nacional de sustentabilidade’

A sustentabilidade é um dos temas mais prementes da atualidade, nomeadamente na área da vitivinicultura, face às crescentes exigências dos mercados internacionais e ao impacto das alterações climáticas. Nesse sentido, decorreu no Politécnico de Viseu um encontro que teve como mote a “Caracterização e os Caminhos para a Sustentabilidade Multirregional”, numa ação conjunta das Comissões Vitivinícolas Regionais (CVR) da Bairrada, Beira Interior, Dão, Lisboa e Tejo.

A criação de selo nacional de sustentabilidade é o objetivo final, segundo adiantou o presidente da ViniPortugal. Frederico Falcão “considera essencial haver um sistema único nacional”, defendendo que “é importante estamos envolvidos nestas matérias e termos um sistema único, inclusivo e nacional, porque não é possível para nós, enquanto país, irmos aos monopólios dos vários mundos ou às cadeias de supermercados e apresentarmos 14 sistemas e regras diferentes”, defendeu o dirigente.

Já a ministra da Agricultura salientou “a importância da ligação dos produtores ao referencial nacional da sustentabilidade, que é, para muitos consumidores, um fator de diferenciação”. Maria do Céu Antunes frisou o quão importante é “juntar os operadores e as entidades regionais do setor vitivinícola, que têm desenvolvido um projeto notável no âmbito da sustentabilidade, componente que queremos reforçar, através da certificação de âmbito nacional”. Para a governante “são os viticultores e o setor que, de forma proactiva, começam a falar sobre estas questões e nos pedem para as abordarmos, porque estão conscientes da sua crescente procura e interesse dos consumidores”, porque, lembrou Maria do Céu Antunes, “a sustentabilidade é hoje considerada como um instrumento de diferenciação e oportunidade para avalização dos produtos”.

Pedro Rodrigues, vice-presidente do Instituto Politécnico de Viseu, explicou que “a importância de um projeto de sustentabilidade tem a ver com a definição de práticas e medidas que cada uma das explorações e viticultores deverá adotar para o caminho da sustentabilidade económica, social e ambiental, e ela incorpora todas estas vertentes”. “O que me parece é que houve uma oportunidade das várias CVRs do Centro se reunirem e estabelecerem o ponto de partida para este plano”, exaltou Pedro Rodrigues.

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CVRs da Bairrada, Beira Interior, Dão, Lisboa e Tejo reuniram em Viseu

Agora “vem o trabalho de sapa”

O grupo de trabalho criado pelas cinco CVRs do Centro auscultou inúmeros agentes económicos e produtores da fileira do vinho, aferindo o ponto de situação, as boas práticas já implementadas e os desafios e necessidades dos produtores nesta matéria.

Desse modo, o cumprimento do conjunto de normas que os operadores económicos e produtores vitivinícolas vão ter de cumprir, se assim o entenderem, vai permitir-lhes obter o selo de certificação em sustentabilidade das produções, que será atribuído pela Vini Portugal.

conjunto de práticas que são mais amigas do meio ambiente”, nomeadamente, e entre outros, o “uso eficiente da água, a utilização de produtos agressivos para o ambiente ou a eficiência energética nas adegas”.

Para Arlindo Cunha, os grandes operadores da região centro já manifestaram interesse em avançar com este processo. O dirigente lembrou que “mesmo os pequenos produtores têm uma atividade exportadora muito importante e se no futuro esta exigência se tornar moda, todos temos que nos preparar para ela”. Arlindo Cunha lembrou que a adesão a esta certificação é facultativa, mas lembra a sua importância no futuro.

O presidente da CVR do Dão considera importante este passo e defende “uma certificação nacional, que vai implicar um trabalho de sapa muito denso a nível das regiões, do terreno”. Para Arlindo Cunha agora vem o trabalho de campo. “É preciso esclarecer as pessoas, dar-lhe formação e ajudá-las a adaptarem-se às exigências do referencial para a sustentabilidade”, refere o presidente da CVR do Dão, explicando que “este é um guião, um diagnóstico nas cinco comissões, sobre o que temos de fazer para podermos ser certificados como produtores e adegas sustentáveis”.

Contudo, e lembrando que este não é um processo imediato, o presidente da CVR do Dão admite que este processo terá custos para as empresas e que terá de haver apoios. Para Arlindo Cunha “as CVRs e as organizações agrícolas, terão de ser mobilizadas para ajudar a financiar este trabalho”, nomeadamente o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), “que recebe taxas de coordenação e controlo, também tem que dar algum retorno aos produtores através do cofinanciamento destas despesas de certificação para a sustentabilidade”, defende o dirigente.

Arlindo Cunha mostra-se consciente de que esta não é uma tarefa fácil, mas diz também que “esta ferramenta vai facilitar o trabalho dos produtores e das adegas, caso estes apresentem candidaturas ao selo de sustentabilidade”. No fundo, e em termos práticos, os produtores terão de “justificar que, na sua atividade vitivinícola, seguem um

Em termos nacional, a Comissão Vitivinícola do Alentejo já avançou neste processo, com cerca de uma dezena de produtores já certificados. O Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo foi galardoado na décima edição do “The Drinks Business Green Awards”, prémios internacionais que distinguem a liderança de organizações ou empresas no mundo do vinho e bebidas espirituosas no que concerne a boas práticas ambientais e de sustentabilidade.

Recorde.se que as CVRS do Dão, Bairrada, Beira Interior, Lisboa e Tejo representam cerca de 38% da produção de vinho em Portugal.

Lançados neste final de ano

Adega de Mêda lançou novos “Convento de Marialva” Reserva e Espumante

A Adega de Mêda lançou neste final de ano o novo “Convento de Marialva” Espumante, depois de recentemente ter lançado um Reserva com a mesma designação. As expetativas são “muito positivas” para estes dois produtos, como revelou à Gazeta Rural o presidente da Adega, César Figueiredo. Com cerca de quatro centenas de associados, a cooperativa divide a sua produção entre duas regiões demarcadas, o Douro e a Beira Interior. Cesar Figueiredo, também vice-presidente da Câmara de Mêda, diz que a aposta de mercado vai para a os vinhos engarrafados da Beira Interior, enquanto as uvas produzidas no Douro são, essencial mente, para produzir vinhos generosos.

Gazeta Rural (GR): A Adega de Mêda lançou um vinho novo “Convento de Marialva” Reserva?

Cesar Figueiredo (CF): Este vinho vem no seguimento do lançamento do “Convento de Marialva” há um ano. Face ao sucesso alcançado por este vinho, exigiu que lançássemos um vinho Reserva, com características particulares do nosso território, e que vão valorizar aquilo que são os vinhos da Beira interior, em especial do nosso território. É um vinho que está disponível nas grandes superfícies, nomeadamente no Pingo Doce, mas também no comércio local. Para este final de ano lançámos também o “Convento de Marialva” Espumante, já disponível no mercado.

GR: O “Convento de Marialva” é o primeiro vinho da Adega de Meda da Beira Interior?

CF: A nossa Adega está sedeada na Região Demarcada do Douro, mas pode laborar uvas da Beira Interior. Neste momento estamos a apostar mais nesta região, porque tem um património identitário e características próprias, que podem valorizar

o nosso concelho, mas também todos os territórios vizinhos que, não pertencendo ao Douro, têm qualidades especificas que devem ser divulgadas. O “Convento de Marialva” é o resultado dessa estratégia, que traçámos há uns anos.

GR: Como têm sido os últimos anos da Adega de Mêda?

CF: É do conhecimento publico que a Adega de Mêda atravessou um período de grandes dificuldades financeiras, que já ultrapassou, e neste momento tem credibilidade no mercado e que paga a tempo e horas aos seus associados. Devemos pagar a quem trabalha a terra, pois o património mais importante das adegas cooperativas são os sócios. O vinho que colocamos no mercado é o resultado do esforço e dedicação de quem trabalha a terra. Por isso, neste momento, com o desenvolver daquilo que são as nossas opções comerciais e financeiras, o resultado está a ser muito positivo, indo ao encontro das expectativas dos nossos associados, pagando a tempo e horas, para que eles possam continuar a trabalhar a próxima vindima e colocar ao dispor do mercado estes produtos de excelência do nosso território.

GR: Qual o número de sócio e qual a produção atual?

CF: Temos cerca de 400 associados, divididos entre as Regiões Demarcadas do Douro e Beira Interior. Laboramos cerca de dois milhões de quilos, sensivelmente metade de cada região.

No Douro trabalhamos mais os vinhos generosos e para um segmento de vinhos DOC que vendemos a granel. A nossa opção para os vinhos engarrafados é na Beira Interior, porque é onde a relação preço/qualidade nos permite colocar no mercado produtos de alta qualidade.

GR: Como foi a vindima deste ano?

CF: Este ano tivemos um aumento do número de sócios, mas houve uma quebra na produção. Isto significa que temos uma produção sensivelmente igual a 2021. A qualidade dos vinhos, apesar do ano difícil, é bastante boa.

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Torres Novas aprova medidas para poupar energia e água

A Câmara de Torres Novas aprovou medidas de poupança em equipamentos municipais e espaços públicos para responder à crise energética e às preocupações ambientais e cumprir a resolução do Conselho de Ministros aprovada no final de setembro.

Em comunicado, o município refere que as medidas, aprovadas por unanimidade em reunião privada do executivo, incluem uma redução em 25% da iluminação pública, a qual passará a ser ligada 20 minutos após o pôr-do-sol e desligada até 60 minutos antes do nascer do sol.

A iluminação pública em monumentos também será ligada 20 minutos após o pôr do sol, funcionando até às 23h00. Na época natalícia, a iluminação festiva funcionará entre as 17h30 e as 23h00.

As 5 “Aldeias de Portugal” do GAL/ADD

As 5 Aldeias do território de intervenção do GAL/ADD galardoadas pela ATA - Associação de Turismo de Aldeia, com a classificação “Aldeias de Portugal”, já assinaram o protocolo de Adesão à Rede Aldeias de Portugal.

A envolvência e mobilização da comunidade, personificada nos elementos que constituem os Grupos de Trabalho em cada uma das aldeias levou à Co-construção da ideia coletiva da aldeia, onde foram identificados os pontos fortes, as potencialidades, os elementos identitários, os fatores diferenciadores, as vivências, as tradições, o património, a gastronomia típica, em suma, aquilo que faz de cada de cada Aldeia um território singular.

Após a realização de reuniões periódicas dinamizadas pela equipa técnica do GAL/ADD e da ATA, em parceria com associações, entidades coletivas locais, juntas de freguesia, bem como Executivo e

Técnicos dos municípios envolvidos e outros representantes individuais da aldeia e, depois da reflexão e partilha de perceções sobre oportunidades e desafios visando a promoção da aldeia, foi elaborado o Plano de Valorização da Aldeia.

Este Plano reconhece os elementos da aldeia associados ao património histórico construído, às histórias de vida, às artes tradicionais, à espiritualidade, às experiências, às festas, aos sabores e aos elementos entendidos como diferenciadores e potenciadores da aldeia, identificados pelo Grupo de Trabalho. Faz parte integrante deste documento o Planeamento Anual da Aldeia, em que estão elencadas, calendarizadas, identificadas competências e recursos necessários ao desenvolvimento das atividades definidas como as mais emblemáticas e genuínas da Aldeia. Nestas, a comunidade será a protagonista de toda a ação, a que está subjacente a existência de vida na Aldeia, capaz de proporcionar experiências de ruralidade, com vivência dos seus usos, costumes e tradições. Este será um compromisso de longo prazo entre todos os atores, associado a uma cultura de acolhimento par-

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Promoção
Caldas da Felgueira, Nelas _ 25 de junho 2022 Castelo, Sátão _ 13 de agosto2022 Esmolfe, Penalva do Castelo _ 14 de agosto 2022 Quintela de Azurara, Mangualde_ 21 de agosto 2022 Barranha, Aguiar da Beira _ 06 de novembro 2022

tilhada por todos, pelo que, a par do Plano de Valorização foi também assinada a Carta de Compromisso de Adesão à Rede Aldeias de Portugal, que identifica os direitos e deveres de cada um dos intervenientes, sendo eles, em cada uma das Aldeias, a ATA, a ADD, o Município e a Freguesia a que pertence cada aldeia, e no caso de Barranha, também a Associação dos Amigos da Escola da Barranha.

As cerimónias de assinatura da Carta de Compromisso de Adesão à Rede Aldeias de Portugal decorreram durante o corrente ano, em Caldas da Felgueira, Nelas, a 25 de junho; a 13 de julho em Castelo, Sátão; a 31 de julho em Esmolfe, Penalva do Castelo; a 21 de agosto em Quintela de Azurara, Mangualde e, mais recentemente, em 6 de novembro em Barranha, Aguiar da Beira.

las múltiplas ações e atividades desenvolvidas, em cada uma das aldeias classificadas, estimuladas pelo Grupo de Trabalho. São exemplo dessas dinâmicas:

- Recriação da Via Sacra “viva”; a realização de percurso pedes tre com a intervenção do Rancho Folclórico para reprodução do ci clo do pão ao longo do percurso; participação na Feira do Míscaro de Sátão com uma mostra gastronómica das iguarias típicas e o Ornamentar da aldeia para o Natal, com a produção de Coroas de Natal, pela comunidade e distribuídas pelos moradores na Aldeia de Castelo;

- Organização das atividades “Vamos aos Míscaros” e de Almoço convívio confecionado no forno comunitário e degustado nas adegas e lojas de apoio agrícola, no rés-do-chão das casas de habitação da aldeia; realização de magusto comunitário e mercado de produtos locais, em Barranha, Aguiar da Beira;

A assinatura dos protocolos foi integrado em atividades festivas das próprias aldeias e que constam dos seus Planos de Valorização, pelo que, foi também uma forma de iniciar a promoção externa das aldeias, o que evidenciou o potencial da marca Aldeias de Portugal, atendendo aos inúmeros visitantes que acorreram à participação das atividades nestas cerimónias.

Com o desenvolvimento do Projeto de Cooperação “Aldeias de Portugal – consolidação e replicação nacional”, financiado pelo PDR2020, Medida - 10.3 LEADER - «Atividades de Cooperação dos GAL» do Programa de Desenvolvimento Rural 2020, objetiva-se a fixação da população das aldeias, a criação de emprego, o fomento das tradições, o aumento da autoestima e reforço da identidade das populações, a melhoria da qualidade de vida e, consequentemente, uma visibilidade positiva dos seus territórios.

- Em Esmolfe, a comunidade mobilizou-se para a confeção de peças de merchandising alusivas à Maçã Bravo de Esmolfe e utilizando, em algumas, objetos, restos das podas das árvores desse fruto; A Chocalhada foi outra atividade retomada na aldeia, à qual acorreram inúmeros participantes; está agendada para 24 de dezembro a realização da tradicional fogueira de Natal, com transporte dos troncos em carro de bois, puxado por homens e aberto a todos que queiram participar. Durante o percurso há degustação de iguarias tradicionais da época.

- Em Quintela de Azurara, o Carnaval com o jogo da Sacada e as Papas de Milho; a realização de Percursos Pedestres com passagem em locais emblemáticos da aldeia, tais como os moinhos do Coval e o tradicional Festival de Folclore, foram algumas das atividades de promoção da aldeia e que vêm atraindo muitos visitantes a esta Aldeia de Portugal.

Tal como consta da sua página web as “Aldeias de Portugal” são um novo conceito – da forma de abordar o Turismo Rural – são uma rede interativa e colaborativa de aldeias, assente na partilha e na utilização da metodologia e princípios da abordagem Leader para a co-construção de um projeto de desenvolvimento e valorização de cada aldeia, baseado nos seus recursos e potencialidades, no envolvimento da comunidade e atores locais (Câmara Municipal, Junta de Freguesia e Associações), liderado pelo Grupo de Ação Local do Território com o apoio da ATA| Aldeias de Portugal.

A esta metodologia de trabalho, de acordo com a ATA, e corroborada pelo GAL/ADD é atribuída uma missão mais audaz, cuja ambição envolve o desenvolvimento e a promoção dos territórios rurais, a promoção e valorização das aldeias, a promoção e divulgação dos recursos endógenos locais e regionais.

Esta valorização tem-se feito sentir designadamente, pe-

- Caldas da Felgueira promoveu diversas atividades de atração de turistas no período da Páscoa; em junho, no âmbito dos Festejos de São João, tendo como ponto alto o Banho Santo e ainda a realização do tradicional magusto aberto ao público em geral.

Em todas as Aldeias, os Grupos de Trabalho, com o apoio, sempre que necessário, dos técnicos do GAL/ ADD e da ATA, continuam a mobilizar-se para concretização das atividades constantes do Plano de Valorização da Aldeia por forma a alcançar aquele que é o objetivo primordial da Rede Aldeias de Portugal, “o desenvolvimento local, assente no protagonismo dos atores locais na conceção de estratégias socioeconómicas e na sua implementação, utilizando o turismo de aldeia, traduzido na oferta de experiências de ruralidade, como uma das ferramentas de dinamização dos seus recursos e ativos endógenos que caracterizam a sua identidade”.

Promoção

Dirigentes agrícolas de Portugal e de Espanha reclamam mais ajudas da União Europeia à produção pecuária extensiva, praticada no ecossistema do montado ou ‘dehesa’, por ir ao encontro das metas ambientais e sustentáveis europeias.

Agricultores de Portugal e Espanha querem mais ajudas da UE à pecuária extensiva

Num congresso em Cáceres, na Estremadura espanhola, o presidente da ACOS – Associação de Agricultores do Sul lembrou que vem aí uma nova Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia (UE), mas “ainda com muitas incertezas”. “E já com muitas vozes a considerarem” que o novo quadro comunitário de apoio está “desatualizado face às contingências provocadas pela pandemia e pela guerra”, disse Rui Garrido, ao intervir no III Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva e Desenvolvimento Rural. “Uma coisa é certa”, pelo menos para Portugal, de acordo com o presidente da ACOS, sediada em Beja: “Os produtores pecuários portugueses irão receber menos ajudas do que no quadro comunitário anterior. Isso é certo”.

À margem do congresso, Ángel Pacheco, presidente das Cooperativas Agroalimentarias de Extremadura, frisou que esta região e a do Alentejo, onde existe a ‘dehesa’/montado, estão separados por “uma fronteira fictícia” e têm “a mesma problemática e as mesmas oportunidades”. “Temos a oportunidade de demonstrar que a pecuária extensiva”, com o gado a pastar livremente num variado sistema agrosilvopastoril, “deverá ser a que mais cumpre com todos os objetivos marcados pela UE na Agenda 2030, no tema da sustentabilidade”, argumentou. Por isso, segundo o responsável da estrutura que conta com 189 cooperativas associadas, a pecuária extensiva

deveria ter “uma distinção de qualidade” da UE. “É graças ao trabalho que fazem agricultores e produtores pecuários que conseguimos já estar a cumprir estes objetivos que nos pede a UE ou que só tenhamos que nos adaptar numa escala muito reduzida para os poder cumprir perfeitamente”, argumentou.

Para o futuro, a nível europeu, as políticas para fomentar a sustentabilidade terão de “dar prioridade a quem está a trabalhar com essa sustentabilidade”, a quem o tem feito ao longo dos tempos, mas que ainda continua a “tentar convencer as gerações atuais que este tipo de produção extensiva é a mais viável”, sustentou.

Mais a sul, na região espanhola da Andaluzia, Agustín González, presidente da cooperativa OVIPOR, de Huelva, manifestou-se ainda mais desiludido, com a Europa e as promessas de políticos. “Querem o quadro verde e o nosso perfil como produtores cumpre perfeitamente todas as exigências da UE, mas é só falar, na hora da verdade não ajudam. É tudo muito bonito, contam-nos muitas histórias, mas para a pecuária extensiva nunca chegam as ajudas necessárias”, argumentou.

Com os elevados custos de produção em Portugal e em Espanha, os produtores pecuários em extensivo não têm “rentabilidade só com o mercado”, têm de “ser ajudados pela Europa”, defendeu. Depois, há “outros setores muito fortes, como os olivais intensivos como agora no Alentejo, que recebem uma ajuda muito grande”, quando até “podem viver só com o mercado”, comparou Agustín González, frisando já não ter esperança na PAC.

O congresso em Cáceres, de caráter bienal, é coorganizado pela ACOS, União dos Agrupamentos de Defesa Sanitária do Alentejo, Cooperativas Agroalimentares de Espanha e a Federação dos Agrupamentos de Defesa Sanitária Ganadeira (FADSG).

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Num congresso em Cáceres, na Estremadura espanhola

Município de Almeida

ALME DA

Projeto desenvolvido em parceria com o Instituto Politécnico de Castelo Branco

Universidade da Beira Interior quer valorizar setor das plantas aromáticas e medicinais

A Universidade da Beira Interior, na Covilhã, está a liderar um projeto que ambiciona desenvolver e valorizar o setor das plantas aromáticas e medicinais e cujo investimento global é de 950 mil euros.

Com a denominação “PAM4WELLNESS”, o projeto é desenvolvido em parceria com o Instituto Politécnico de Castelo Branco, já conta com financiamento no âmbito do programa Compete 2020 e decorrerá até junho de 2023. Apostará na caracterização e valorização do conhecimento técnico-científico” da fileira das plantas aromáticas e medicinais, bem como no desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que valorizem os sistemas de produção, explicou a responsável pelo projeto, Ana Palmeira de Oliveira.

“Este projeto não visa tanto conhecer as características das plantas que existem, porque parte desse conhecimento já está produzido, mas sim verificar se as plantas que estão atualmente a ser produzidas são aquelas que a indústria cosmética e farmacêutica procura, de modo que os produtores possam adequar a sua oferta às reais necessidades e assim integrarem as redes de fornecimento destes setores”, apontou.

Lembrando que a fileira das plantas aromáticas e medicinais “apresenta um enorme potencial de crescimento a nível mundial, capaz de alavancar uma estratégia de desenvolvimento nacional”, Ana Palmeira de Oliveira salientou que este projeto permitirá transferir o conhecimento para os produtores, valorizando o mercado interno e capacitando-o para a exportação.

Deverá ainda contribuir para “familiarizar os atores da indústria cosmética e farmacêutica para a

oferta de produção nacional de excelente qualidade”. “Trabalharemos as cadeias curtas e de baixa pegada de carbono”, referiu a investigadora, ressalvando ainda que uma das componentes também inclui o desenvolvimento de modelos de negócio”.

Esta responsável sublinhou que o facto de o circuito internacional de matérias-primas ser deficitário constitui uma “janela de oportunidade” para a oferta nacional, que já apresenta capacidade de resposta pela diversidade e qualidade de produtos”, nomeadamente ao nível da produção de extratos de plantas.

O projeto será implementado em territórios de baixa densidade das regiões Norte, Centro e Alentejo, e contará com a realização de estudos, pesquisas e diagnósticos com vista à valorização económica dos resultados, ao desenvolvimento tecnológico de sistemas de produção e aos modelos de organização e distribuição, bem como às práticas de sustentabilidade e economia circular. Estão igualmente previstas ações de sensibilização, informação e demonstração em contacto direto com os produtores.

O projeto também incorpora uma forte componente tecnológica, com o desenvolvimento de ferramentas e plataformas específicas, nomeadamente a criação de uma plataforma ‘online’ de gestão de dados (controlo e gestão do sistema de rega localizada) e de uma ferramenta informática de rastreabilidade das plantas aromáticas e medicinais, através da tecnologia ‘blockchain’.

O desenvolvimento de uma ferramenta computacional de simulação da pegada ambiental no setor, a criação de uma plataforma colaborativa em suporte ‘cloud computing’ e a criação de um painel de bordo com indicações de monitorização, são outras das ações previstas. Este projeto também prevê ações de informação e interação com produtores agrícolas e florestais.

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Investigadores querem tornar castanheiro mais tolerante às alterações climáticas

Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) lideram um projeto que visa tornar o castanheiro mais tolerante às alterações climáticas, em particular, em zonas onde a falta de água e os picos de temperatura são “alarmantes”.

Em comunicado, a FCUP adianta que o projeto, também liderado por investigadores do GreenUPorto – Centro de Investigação em Produção Agroalimentar Sustentável, foi recentemente distinguido com um financiamento de 250 mil euros pelo Programa Promove da Fundação “La Caixa”.

Citada no comunicado, a investigadora e líder do projeto, Fernanda Fidalgo, esclarece que o projeto pretende “contribuir para uma melhor gestão dos sistemas agroflorestais” do parque Nacional de Montesinho, em Bragança, que é “o principal ‘hotspot’ de castanheiro em Portugal”.

O objetivo do projeto, que arranca no próximo ano, é tornar o castanheiro mais resiliente às alterações climáticas, em particular, em zonas onde a falta de água

e os picos de temperatura “são alarmantes”. Nesse sentido, os investigadores vão desenvolver estratégias para “aumentar a tolerância do castanheiro às alterações climáticas”, selecionando e desenvolvendo “tolerantes” de castanheiro, o que contribui “para valorizar a produção da castanha em Portugal”.

O projeto vai ter por base duas técnicas já descritas, nomeadamente, o ‘stress priming’ e a micorrização. “No ‘stress priming’, as plantas são expostas a condições controladas de ‘stress’ moderado de modo que criem ou desenvolvam memória, tal como acontece nos animais, que lhes permitirá responder mais prontamente, em termos de defesa, a uma situação futura de stress”, acrescenta, também citado no comunicado, o investigador Cristiano Soares.

De acordo com o investigador, é como se as plantas recebessem “uma vacina” para que, em caso de necessidade, seja desencadeado um conjunto de respostas, “permitindo um melhor desempenho fisiológico em situação de ‘stress’”.

Os investigadores vão ainda explorar a potencialidade das micorrizas na proteção do castanheiro contra os efeitos das alterações climáticas, isto é, uma “associação entre fungos e as raízes das plantas que contribui para uma melhor absorção de água e de nutrientes”.

Para testar a aplicação destas estratégias, os investigadores vão recorrer a ensaios laboratoriais e a experiências de campo, previstas a serem desenvolvidas no Parque Natural de Montesinho. O projeto conta ainda com a colaboração de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), do Instituto Politécnico de Bragança e com a empresa portuguesa de biotecnologia vegetal Deifil.

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Projeto liderado pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Revela a secretária-geral da Casa do Azeite

Produção de azeite deverá cair até 50% nesta campanha

A produção nacional de azeite deverá registar uma quebra de até 50%, face à campanha anterior, devido à seca e ao facto de se estar a realizar em contrassafra, apontou a secretária-geral da Casa do Azeite.

“Estima-se que a produção nacional possa sofrer uma quebra de 30%-40% em relação à campanha anterior. Em algumas regiões de olival tradicional, essas quebras podem mesmo atingir os 50%”, afirmou a secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos.

Segundo esta responsável, a quebra na produção deve-se ao facto de esta ser uma “campanha de contrassafra”, mas também à seca. O olival tradicional, de sequeiro, é o mais afetado pela seca, destacando-se as regiões de Trás-os-Montes e Beiras, onde predomina este tipo.

No que diz respeito à região do Alentejo, com olivais em sebe, de regadio, verificou-se “alguma quebra” devido às elevadas temperaturas “na altura da floração e da contrassafra”.

Preço do azeite sem “aumentos significativos” em 2023

O preço do azeite não deverá ter “aumentos significativos em 2023”, depois de ter atingido um recorde na origem este ano, mas o consumo vai baixar, penalizado pela inflação, estimou a Casa do Azeite. “Os preços do azeite na origem estão ao nível mais alto de sempre e já se verifica uma quebra signifi-

cativa no consumo. Espera-se que não se verifiquem novos aumentos significativos, mas os preços deverão continuar a um nível bastante elevado”, antecipou a secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos.

Por sua vez, o consumo “seguramente vai baixar”, tendo em conta não só o preço para o consumidor final, mas também a inflação, que continua a penalizar o orçamento das famílias.

Questionada sobre as perspetivas da associação para o Natal, a secretária-geral da Casa do Azeite notou que esta é uma época de elevado consumo, “não só porque é um ingrediente chave para todas as ementas natalícias, mas igualmente porque começa a entrar nos hábitos nacionais a oferta de azeite como presente, à semelhança do que passa com os vinhos, pelo que se espera um aumento das vendas de azeite na época do Natal”.

Exportações de azeite aumentaram 36%

As exportações portuguesas de azeite aumentaram 36% em volume e 57% em valor, entre janeiro e outubro, mas as vendas internas recuaram cerca de 14% face a 2021, segundo dados avançados pela Casa do Azeite. Por mercado, destacam-se, com os maiores aumentos, Itália (+84%) e Espanha (+55%), no que se refere à exportação de azeite a granel. Já o Brasil continua a ser o principal mercado de destino do azeite embalado, com as exportações a crescerem 6,5%, face ao mesmo período de 2021. Com atividade desde 1976, a Casa do Azeite é uma associação patronal de direito privado, que representa a quase totalidade das associações de azeite de marca embalado em Portugal.

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A Câmara da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, quer divulgar e valorizar o arroz carolino produzido no concelho e admite a possibilidade de criação de um núcleo museológico.

Admite a possibilidade de criação de um núcleo museológico.

Figueira da Foz vai promover o arroz carolino produzido no concelho

O município vai iniciar a campanha de divulgação do arroz do Baixo Mondego e da Figueira da Foz, que visa a valorização deste produto, de modo a promover as suas características ligadas ao território local e ao modo de produção.

O objetivo desta campanha passa por, nomeadamente, “tornar conhecido para todas as pessoas que, no concelho da Figueira da Foz, há a maior parte da área de produção do arroz do Baixo Mondego e na generalidade dos anos, a maior parte da produção”, disse hoje, numa conferência de imprensa, no Palácio Conselheiro Branco, em Maiorca, o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes.

De acordo com o autarca, o arroz carolino, o arroz do Baixo Mondego é por vezes ligado a outros concelhos e com esta campanha a ideia é mostrar que a Figueira da Foz faz “parte” e é uma “parte muito importante nesta realidade económica”.

freguesias produtoras. Neste momento, ainda não há decisão sobre onde serão localizados os espaços, no entanto, a decisão será articulada entre o município e as juntas de freguesia.

“O desenvolvimento económico da Figueira tem de assentar no turismo, serviços, na indústria, no setor primário também. Naturalmente nesta área do arroz, é uma área-chave desse setor primário e por isso, o que queremos é puxar esta realidade económica também para a identidade do concelho da Figueira”, reafirmou.

Nesse sentido, a Câmara Municipal vai divulgar o arroz carolino pelos meios tradicionais, quer televisão e rádio, bem como através sensibilização ao nível da restauração para o uso deste produto.

Pedro Santana Lopes admitiu a possibilidade de criar um núcleo museológico, que poderá ficar localizado no Palácio Conselheiro Branco. Outra das apostas poderá passar pela criação de um centro de investigação, divulgação e valorização ligado ao arroz, numa das

A área geográfica de produção do arroz carolino do Baixo Mondego será circunscrita em várias localidades, no entanto, no que respeita à Figueira da Foz, a produção faz-se nas localidades de Alqueidão, Lavos, Paião, Borda do Campo, Maiorca, Ferreira-a-Nova, Santana e Vila Verde.

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Óbidos Vila Natal promete bater todos os recordes

O evento Óbidos Vila Natal 2022 promete ultrapassar todos os recordes. Durante 31 dias de festa, serão 248 horas de muitas iniciativas, proporcionadas por 50 animadores, em mais de 100 espetáculos de circo, magia, marionetas e concertos vários. Vão ser decoradas mais de 75 mil bolachas e, por dia, estão a ser feitos cerca de 1500 presentes reciclados. São números que refletem a magia que o Óbidos Vila Natal tem proporcionado a todos os que visitam o evento.

Segundo o presidente da Câmara de Óbidos, “mais do que os números que temos tido, estamos mais empenhados em ter os sorrisos de quem nos visita”. O Óbidos Vila Natal “é um evento de referência a nível nacional e internacional e, como tal, temos de manter a qualidade e, acima de tudo, temos de nos reinventar sempre e todos os dias, para que possamos continuar a surpreender quem nos visita”, assegura Filipe Daniel.

Uma ideia partilhada pelo administrador da empresa municipal Óbidos Criativa. Ricardo Duque afirma que “o Óbidos Vila Natal assume uma importância capital para o concelho e para a região e a prova disso é o constante reconhecimento na comunicação social e redes sociais como um evento de referência a não perder”. “Estamos muito entusiasmados para os próximos dias, principalmente porque as férias de Natal se avizinham e, como tal, prometem trazer muitos visitantes a Óbidos”, diz.

Recorde-se que o Óbidos Vila Natal abriu portas a 30 de novembro e prolonga as suas atividades até dia 31 de dezembro. Encerra dia 25 de dezembro.

Município de Gouveia promove “Natal Encantado” para dinamizar o comércio local

O município de Gouveia vai promover o “Natal Encantado”, entre 16 de dezembro e 7 de janeiro de 2023, um evento que aposta na animação e na dinamização do comércio local.

A Câmara de Gouveia, referiu em comunicado que, este ano, promove uma campanha de incentivo a compras no comércio local, um Mercado Encantado e um Concurso de Presépios de Rua. A campanha de incentivo às compras no comércio local tem como objetivo “estimular a economia local e incentivar as compras nos estabelecimentos de comércio e serviços do concelho”.

A campanha vai ser desenvolvida pelo município de Gouveia, localizado na Serra da Estrela, em parceira com a ADN – Agência de Desenvolvimento dos Negócios de Gouveia. Já o Mercado Encantado, que se irá realizar entre 16 de dezembro e 6 de janeiro de 2023, no espaço do Mercado Municipal, pretende ser uma iniciativa de dinamização daquele equipamento e do comércio local.

O Mercado Encantado é organizado pela Câmara Municipal em parceria com o Instituto de Gouveia – Escola Profissional. No âmbito da programação natalícia deste ano, será realizado um Concurso de Presépios de Rua para “estimular o espírito criativo e convidar todos os gouveenses a darem o seu contributo para a decoração natalícia”, num contexto em que “há a necessidade de promover a redução da iluminação decorativa e os respetivos gastos energéticos”.

Programação de Natal em Castelo Branco prolonga-se até 6 de janeiro

Uma exposição de 1.001 pais natais, espetáculos de teatro, concertos e um mercado com 60 barraquinhas são alguns dos atrativos da programação de Natal de Castelo Branco.

A programação de Natal em Castelo Branco prolonga-se até 6 de janeiro de 2023, inclui também “a maior exposição de construção com peças Lego”, um

comboio de Natal, a Aldeia do Pai Natal, o Mundo da Brincadeira e animação para toda a família. “Para quem acredita que esta é a época mais mágica do ano, Castelo Branco é a cidade encantada que vai querer conhecer”, garantiu a autarquia.

No Mercadinho de Natal, que este ano conta com 60 barraquinhas de todo o país e ilhas, será possível encontrar artesanato, produtos locais, bolos regionais, licores, ginja, papas de carolo e arroz-doce, produtos biológicos e até produtos árabes.

32 www.gazetarural.com Soltas

Opinião

O futuro da agricultura europeia

A autonomia alimentar é, a par da paz, uma das mais evidentes demonstrações do sucesso do projeto europeu. À Política Agrícola Comum devemos a oferta de alimentos de qualidade e em quantidade, a preços competitivos e com respeito pelas regras ambientais.

Não obstante, o envelhecimento da população que se dedica ao sector, é presentemente um motivo de enorme preocupação. Os dados mais recentes demonstram que a média de idade dos agricultores europeus aumentou um ano e meio, fixando-se nos 57 anos. Um terço dos responsáveis pelas produções agrícolas tem 65 anos, ou mais, sendo que apenas 11% são jovens com menos de 40 anos, com a pior expressão no Chipre (3,3%), Portugal (4,2%) e Reino Unido (5,3%), aqui considerado, apesar do Brexit. Já com maior expressão de jovens encontramos a Áustria (22,2%), a Polónia (20,3%) e a Eslovénia (19%).

Sem renovação geracional, teremos a prazo curto um problema muito grave para resolver.

A consciência de que assim é levou a que venha promovendo há anos em Bruxelas, em parceria com a CAP e a congênere espanhola ASAJA, o Congresso Europeu de Jovens Agricultores do PPE. A longevidade e o crescimento da iniciativa - a maior do género no nosso espaço comumsão a melhor demonstração do seu sucesso, testemunhado por sucessivas intervenções políticas da Presidente do Parlamento Europeu Roberta Metsola, do comissário para a Agricultora, Janusz Wojciechowski, e do presidente do PPE, Manfred Weber, para além dos representantes da CAP e da ASAJA, Luís Mira e Pedro Barato, respetivamente.

Simbolicamente, 2022 é o Ano Europeu da Juventude. O momento não poderia ser mais expressivo no que toca à afirmação do papel decisivo dos jovens, para a concretização de um sector agrícola mais forte, tecnológico, seguro e sustentável, garante da alimentação

dos povos europeus, contribuinte de países deficitários de outros continentes e aliado eficaz na defensa do meio ambiente e na luta contra as alterações climáticas.

Igualmente relevante é o facto de, após a pandemia de COVID 19, termos sido confrontados com a loucura da agressão russa na Ucrânia, que reforçou a necessidade estratégica da União Europeia depender cada vez mais de si, e cada vez menos dos mercados alheios. A demonstração inequívoca disto mesmo pode ler-se no forte impacto da guerra na alimentação mundial e nos preços de mercado, com a escassez de cereais e o aumento da inflação a imporem grandes dificuldades aos produtores e às famílias.

Devo realçar por último, no que ao Congresso de Jovens Agricultores respeita, o orgulho que devemos sentir pelas sucessivas participações portuguesas, algumas premiadas, demonstrando que Portugal está a par do que de melhor se faz no mundo. O projeto do jovem Henrique Regalado, concorrente em 2022, expressando a concretização da última vontade do avô, no sentido da família se manter ligada à terra, expressa numa moderna produção de azeitona e amêndoa em Montemor-o-Novo, foi mais um exemplo. Tenhamos consciência disto: da motivação dos jovens e da aposta no mundo rural, muito do sucesso e do futuro da própria União Europeia.

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Região de Coimbra lança Academia Gastronómica para reforçar distinção europeia

A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra vai promover, em 2023, um conjunto de iniciativas para reforçar o estatuto de Região Europeia de Gastronomia com que foi distinguida no biénio de 2021-2022.

Para “enfrentar novos desafios”, apostando num “crescimento inteligente, sustentável e inclusivo”, a Região de Coimbra apresentou, em Condeixa-a-Nova, a Academia Gastronómica, um programa de formação e capacitação que tem as primeiras realizações em fevereiro e março. “A Academia vai correr bem”, disse o vice-presidente da CIM, Raul Almeida, presidente da Câmara de Mira, realçando a necessidade de inovar nesta área, desígnio que “foi sempre o ponto central de partida” da candidatura a Região Europeia de Gastronomia, que se sagrou vencedora ao valorizar “aquilo que a diferencia”.

A Academia Gastronómica assumirá “uma abordagem aglutinadora em todos os `players`, posicionando aquilo que são os ativos da região”, sublinhou. Por duas vezes, de 16 a 17 e de 23 a 24 de fevereiro, a Academia organiza ações de “formação intensiva e especializada” (`bootcamps`), em Condeixa-a-Nova, para profissionais, estudantes e empreendedores, abrangendo a gastronomia e os negócios. “Promover a internacionalização e a aceleração de projetos”, bem como “a interação e a partilha” entre os participantes são alguns dos objetivos.

No dia 9 de março será realizado o Fórum Coimbra Food Region, destinado a apresentar ideias e conclusões dos trabalhos, para um público especializado que inclui parceiros e empreendedores diversos. “Grande parte do que de melhor se faz lá fora e no nosso país vai ter lugar nesses meses”, salientou Jorge Brito.

Com várias ações previstas para os primeiros meses de 2023
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Viseu Dão Lafões revela Carta dos Segredos Gastronómicos da região

São Pedro do Sul e Viseu acolheram as primeiras ações do projeto Mapa dos Segredos Gastronómicos, iniciativa que tem como objetivo dar a conhecer o importante património gastronómico e vínico do território de Viseu Dão Lafões. Em São Pedro do Sul foi apresentada a Carta dos Segredos Gastronómicos da região e decorreu a primeira sessão da Academia dos Segredos Gastronómicos.

Promovido pela Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva (ADDLAP), em parceria com a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, o projeto Mapa dos Segredos Gastronómicos visa desenvolver e estruturar um novo produto turístico de natureza intermunicipal, suportado na excelência do património gastronómico e vínico existente na região, nomeadamente nos municípios de Oliveira de Frades, São Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela.

A Carta dos Segredos Gastronómicos é o resultado de um dedicado processo de pesquisa, entrevistas e visitas a produtores da região, com testemunhos de pessoas entre os 70 e os 90 anos, e está já disponível para consulta na plataforma do projeto, em https://mapadossegredosgastronomicos.visitviseudaolafoes.pt.

Com base nesta carta, irão ser realizadas três sessões da Academia dos Segredos Gastronómicos, em três escolas profissionais: além da sessão de hoje, irão acontecer a 13 de dezembro, em Viseu, e 17 de janeiro, em Vouzela.

Esta manhã, a apresentação da Carta dos Segredos Gastronómicos foi moderada por Olga Cavaleiro e contou com a presença das gentes do território que estiveram envolvidas no processo de ausculta-

ção e entrevistas. Um momento de partilha que teve como objetivo dar a conhecer, contextualizar e sensibilizar os participantes para a gastronomia e a sua relação com este território.

No período da tarde, teve lugar um momento de reinterpretação das receitas mencionadas, a cargo do Chef com Estrela Michelin Diogo Rocha (Mesa de Lemos) e da Chef Inês Beja (DeRaiz). Este foi um momento de diálogo entre os Chefs e os participantes, que contribuiu para promover a proteção dos produtos endógenos e do receituário da Carta.

Entre outras temáticas, as sessões da Academia dos Segredos Gastronómicos incidirão sobre as práticas agrícolas associadas ao ciclo do centeio e do milho, as rotinas dos dias comuns e a abundância dos dias de festa, ou ainda os segredos das tabernas, casas de pasto e romarias.

Nuno Martinho, Secretário Executivo da CIM Viseu Dão Lafões, sublinha que “é com grande satisfação que a CIM Viseu Dão Lafões presta o seu contributo para um projeto tão significativo como é este Mapa dos Segredos Gastronómicos. A gastronomia e os vinhos são, desde há muito, produtos de referência e que distinguem a nossa região no país e no mundo. Esta iniciativa vem consagrá-los de forma superior, colocando-os no patamar de destaque que justificam. A presença da Olga Cavaleiro e dos chefs Diogo Rocha e Inês Beja nas ações constitui um selo de qualidade que muito nos honra”.

Para Carlos Cardoso, Coordenador Geral da ADDLAP, “com o Mapa dos Segredos Gastronómicos, vamos dar a conhecer a genuinidade da origem dos produtos gastronómicos e vínicos de Dão Lafões e do Alto Paiva e a forma exclusiva como são confecionados nestes territórios. A gastronomia e os vinhos são aspetos identitários e distintivos destas gentes e, simultaneamente, apresentam um grande potencial de atratividade e notoriedade turística que merece ser trabalhado. Estou certo de que estas duas primeiras ações, e aquelas que se seguirão, serão um grande sucesso”.

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De 17 de dezembro a 1 de janeiro

Marvão promove Quinzena Gastronómica da Caça

Os melhores pratos confecionados à base de carne de caça vão estar em destaque, de 17 de dezembro a 1 de janeiro de 2023, em sete restaurantes aderentes do concelho de Marvão.

Na décima segunda edição da Quinzena Gastronómica da Caça, promovida pelo Município de Marvão, os apreciadores vão poder degustar as melhores receitas de pombo, lebre, perdiz, tordo, coelho bravo, javali e veado. Esta iniciativa pretende dinamizar a economia local e promover, ao longo dos próximos quinze dias, o concelho de Marvão enquanto destino gastronómico de eleição.

Açorda de perdiz, canjinha de pombo bravo, coelho bravo de cachafrito, arroz de lebre malandrinho, peitos de codornizes com arroz de castanhas e cogumelos, tordos fritos em azeite, perdiz de tiro em escabeche, veado na sertã ao alhinho e javali ao caçador, são alguns dos pratos que vão enriquecer as ementas dos restaurantes aderentes, até ao primeiro dia do ano de 2023. Neste final de ano, Marvão volta a servir as melhores e mais variadas iguarias, relacionadas com a atividade cinegética nesta região.

Última Hora

Criação nasceu para evitar desperdício

Há bolo-rei feito com maçã Bravo de Esmolfe em Penalva do Castelo

O bolo-rei de maçã Bravo de Esmolfe é a mais recente criação de uma empresa de Penalva do Castelo para evitar desperdício da fruta que não é vendida, por diversos motivos. “A iniciativa pretende reaproveitar as maçãs com cariz não comercial e de baixo calibre, de forma a estimular a economia circular”, justificou o presidente do Centro Estratégico de Inovação Territorial (CEIT).

Cristóvão Monteiro adiantou que a plataforma drbravo.pt, onde é possível adquirir maçã Bravo de Esmolfe, tem “agora disponível e em exclusivo a venda do bolo-rei” desta maçã, desenvolvido por uma confeiteira local, a “partir do reaproveitamento” do fruto. “Desenvolveu uma nova iguaria que preserva todas as propriedades medicinais da maçã Bravo de Esmolfe, reduzindo a sazonalidade e contribuindo para a circularidade, reintroduzindo uma nova fase na cadeia de valor do produto”, acrescentou Cristóvão Monteiro.

Sandra Ferreira explicou que a maçã, “exclusivamente adquirida junto de produtores locais certificados que garantem a sua autenticidade, quando cozinhada não sofre alterações, mantendo assim as suas propriedades”. “A maçã é descascada, cortada e depois é preparada com açúcar moreno de cana integral, que, não sendo um açúcar refinado, mantém também as suas propriedades nutricionais”, acrescentou.

Neste sentido, pretendeu-se “desenvolver uma receita o mais natural possível e que garantisse “o sabor e as propriedades inerentes desta variedade

de maçã” existente em Esmolfe, no concelho de Penalva do Castelo, distrito de Viseu. “O ponto de partida foi a receita tradicional, garantindo o processo de base. No entanto, enquanto a outra massa é mais dura, esta é mais fofa e húmida”, esclarece a confeiteira, que, além da maçã, também usa “um pouco de amêndoa”.

Outra diferença do típico bolo-rei, continuou, é que, “enquanto o original leva fruta cristalizada”, este tem, em “substituição, “maçã Bravo de Esmolfe em estado natural” e “é feito sem qualquer aditivo artificial”. Assim, Sandra Ferreira esclareceu que, “naturalmente, terá menos validade do que o tradicional, por ser um bolo mais natural”, mas, mesmo assim, tem “uma validade mínima de duas semanas, o que já é considerável”.

A conservação da maçã, explicou Cristóvão Monteiro, foi um processo “articulado entre o CEIT, os produtores e a própria Sandra Ferreira, tendo em conta a preparação” do bolo-rei com base na fruta, uma vez que na altura da campanha da maçã “estava a ser trabalhada” a ideia.

“Foi reservada uma quantidade específica de maçãs com baixa calibre, precisamente por ter essa característica, e apresenta um estado de conservação natural mais longo, garantindo o seu valor nutricional”, sublinhou este responsável.

Cristóvão Monteiro lembrou que o bolo-rei “é um dos subprodutos” pensados pelo CEIT para “evitar desperdício e aproveitar toda a maçã dos produtores” locais e que, no futuro, “poderão aparecer outras iniciativas com base na maçã” Bravo de Esmolfe. “Esta ação é aplaudida pelos produtores, que podem agora atenuar os prejuízos gerados pelas intempéries de outubro, comercializando maçãs de baixo calibre”, destacou este responsável, adiantando que também estão a ser equacionadas “experiências turísticas” em Esmolfe.

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