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Você corta a Etiqueta?
from 42 Edição
Se está tudo do avesso, como é que vamos saber?
Saber, saber o quê?
Saber estar, saber comunicar e, principalmente, manter uma postura digna quando comunicamos.
E vem isto a propósito da maneira como aparecemos aos outros, a imagem que passamos aos que estão do outro lado, o respeito que demonstramos pelos nossos interlocutores.
Hoje comunicamos por skype, por zoom, webinando, por plataformas de streaming, por whatsapp, para falar dos instrumentos modernos.
E voltámos às cartas, à conversa à janela, ao postigo, ao portão ...
Mas é das modernisses que nos vamos ocupar por agora.
Todos os dias lidamos com este fenómeno a trabalhar e a lazeirar.
Quem está em tele-trabalho tem situações diversas que vêm da transposição do dia-adia que viveu no passado para este confuso e difícil tempo. Quando o número de contactos é reduzido, embora possa haver alguma preocupações com o aspecto com que nos apresentamos, podemos relaxar um pouco, e aparecer com algum à vontade - nunca à vontadinha. E, claro, nós, e o ambiente que nos rodeia, se é que me faço entender ....
O mesmo se aplica, obviamente, a quem está no seu local de trabalho e apenas fala, reune, discute, chefia e sei lá que mais, através do seu computador ou do seu telemóvel. Abandalhar o aspecto e a postura não é nunca uma boa opção, é sempre uma má escolha.
Quando vemos comentadores e entrevistados na televisão - para usar um exemplo fácil de analisar aqui convosco - através de skype, a maioria das vezes, ou a partir de outras plataformas, damos connosco a criticar todo o tipo de pormenores, a começar pela aspecto e a acabar na moldura que os rodeia. Pois é, o melhor mesmo é fazermos uns ensaios para o que der e vier, e pensarmos, como manda o figurino, nos detalhes, sempre os detalhes ...
Você corta a etiqueta?
Corta de certeza, mas já agora, não exagere e procure não apanhar um valente susto ou morrer de vergonha quando rebobinar. Ficam aqui algumas ideias para navegarem no seu horizonte. Quem sabe, podem fazer a diferença.
Pano de fundo: parece que não tem nada a ver com o filme, mas tem. A imagem tem que ter contrastes para ter impacto e ser agradável à vista.
Enquadramento: a sua imagem tem que estar enquadrada, centrada e tem que ter uma moldura agradável.
Cabelo: pois é, o cabelo é um trauma e por isso faça ensaios para saber em que posição é que não deve ter a sua cabeça. Há umas inclinações completamente proibidas.
Olhar: ah, o olhar vai marcar a sua intervenção. Teste, teste até ter a certeza de que do outro lado estão a sentir que os olha de frente. Se quer que as suas palavras cheguem ao receptor, este é um factor decisivo.
Não se pense que estas ideias se devem aplicar apenas no âmbito profissional. No actual panorama covidiano em que vivemos, é importante mantermos uma boa postura e uma boa qualidade na comunicação com os outros, mas é tão ou mais importante mantermos uma boa postura, uma boa apresentação, uma boa imagem para nós próprios e para os que connosco vivem e lidam todos os dias.