O "cabra da peste" sobreviveu
superando todos os sofrimentos, "da
dentição difícil, do sarampo certo, da
caxumba, da desidratação inevitável,
da catapora, da coqueluche, da maleita
e do amarelão, e de tudo mais que
atormenta a vida de um cristão nascido
no Nordeste", como sugere o folclorista
Mário Souto Maior no livro "Como
Nasce um Cabra da Peste".
Superar sofrimentos, torna-nos
valentes, destemidos e dispostos à luta.
Sem medos e no embalo do sol quente
destas terras, somos brasa fervilhando
em profusão.
No filme "O Bandido da Luz Vermelha"
de Sganzerla há a célebre frase:
"quando a gente não pode nada, a
gente se avacalha e se esculhamba". Foi
o que fizeram cangaceiros, indios
caetés, guerreiras de tejucupapo,
malunguinhos, piratas, vikings e
ainda fazem zapatistas, blac blocs,
pichadores, resistências quilombolas,
indígenas e de outras minorias e todxs
xs que, de alguma forma, se opõe à
tirania de qualquer opresssor.
As lutas, hoje como ontem, se devem
multiplicar