Editorial Será que o karting está “timidamente” a voltar à moda?
Ficha Técnica Direção Paulo Campos Redatores Paulo Campos e Tucha Campos Grafismo Paulo Campos Revisão António Campos Fotografia José Nunes, Ana Miranda, Paulo Campos e José Lourenço. Edição e Administração Rota K (Associação de Desportos Motorizados) Rua Porto Alegre, nº 18 4º Dto 2780-030 OEIRAS Periodicidade Trimestral Correspondência Avenida Cidade de Brasília, nº 16, r/c D Urbanização de São Marcos 2735-655 Agualva-Cacém Contactos 917247264 Parcerias Printofile,
O facto de estarmos a ter bastantes solicitações com vista a esclarecimentos acerca da modalidade, aparenta ter um crescimento substancial. Para isso, gostaríamos de crer que esta revista está a ter o resultado que se pretendia, pois não é raro recebermos mensagens, questionando-nos se a próxima edição está “muito atrasada”. As também transmissões “cibervisivas” em direto para o Facebook, parecem ter surtido o efeito de “curiosidade” nos adeptos das corridas, pois na sua maioria, esses não conhecem a modalidade e têm ideias bastante afastadas da realidade. Mas voltando ao tema, durante os três meses que levou esta edição para sair, tivemos nada mais nada menos que duas edições de 24 horas (Batalha e Almeirim) e fins-de-semana preenchidos com tantas provas, que fizeram imensos pilotos a andar a correr de um lado para o outro. Também houve bastantes pilotos Nacionais, a viajar para fora do Pais com o fim de participarem em provas internacionais. Além do já habitual Dubai, onde alguns pilotos continuam a correr, tivemos um grupo bastante grande de competidores a disputar o Sodi World Series 2018 em Itália e ainda a participação de duas equipas nas míticas 24 Horas de Le Mans. Embora já tudo isso nos pareça habitual, o que começa a não o ser, é o facto de se receber pedidos de informação e esses candidatos a pilotos “realmente” aparecerem nas provas. Esperamos que o tão desejado “sangue novo”, realmente apareça e tenha a “paciência” suficiente para evoluir, pois este desporto, é muitíssimo diferente da “PlayStation”. Pela nossa parte, continuaremos a fazer o melhor que sabemos, aumentando o número de páginas de edição para edição, tentando cativar e mostrar o que de melhor fazemos no Karting no nosso país e também no Brasil. Espero continuar a manter a vossa curiosidade e contributo para que cada edição da Karting em Revista tenha sempre algo inovador. Muito obrigado e “mantenham-se em pista”.
Os artigos contidos nesta edição, são da inteira responsabilidade dos seus autores.
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The Kart!.. Kart!... The K it’s on “fi
Embora muito raramente (fel “ignição” e gasolina, podem a o “fotógrafo” está por lá, as im
. The Kart!... re”.
lizmente), neste desporto de acontecer incêndios. Quando magens são espetaculares.
F l a s h de magnésio
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Briefing Página – 3 Editorial Páginas – 4 e 5 Flash de Magnésio Páginas – 8 a 10 História do Karting Páginas – 12 a 15 Personalidades “Miguel Neto” Páginas – 16 a 18 Merlett Team Kart Páginas – 20 e 21 KartBuzz Páginas – 23 a 25 Os Amigos do Vinho Páginas – 27 a 29 6 Horas TVI Páginas – 30 a 33 Escola de Karting do Oeste Páginas – 34 a 37 24 Horas Almeirim 2018 Páginas – 39 a 41 21º Camp. Nacional Kart Páginas – 43 a 45 Mineiro de Kart
Páginas – 46 a 49 Final do 20º Camp. UM Karting Páginas – 50 a 53 Campeonato Nacional de Karting Páginas – 55 a 57 Crónica de António Batista Páginas – 58 a 61 Cabo do Mundo Cup 2018 Páginas – 62 a 65 Troféu Rotax 2018 Páginas – 67 a 69 Troféu Pedro Chaves 2018 Páginas – 70 a 72 XVIII Campeonato ORMEI Páginas – 74 a 76 24 Horas da Batalha (Ferberto) Páginas – 78 e 79 O 22º Troféu Henrique Gonçalves Páginas – 81 a 83 Kartódromo de Almeirim Página – 85 Banda Desenhada
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História do Karting AS FACÇÕES O aparecimento de motores de duas cilindradas levou a que se criassem dois grupos, cada um defendendo o seu motor preferido, com Vítor Névoa a encabeçar o lote daqueles que apostavam numa maior potência e o Engº Heitor de Morais a defender que a modalidade se devia limitar à utilização dos motores de 100cc. Na fase inicial, a facção defensora dos motores de 200cc levou vantagem, mas com o andar dos tempos verificou-se uma inversão das preferências dos praticantes, como consequência das consecutivas vitórias que Casteliano Júnior, ao volante de um “Tec-noParilla GP15”, equipado com um motor de 100cc, alcançou perante aqueles que utilizavam motores de 200cc, mesmo depois dos motores “JLO” terem sido substituídos por outros mais potentes da marca “Sthill” dos modelos SK 120 e SK 150.
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Fotos: A. Coutinho
P.S. Os motores de 100cc estão no karting desde os seus primórdios, se bem que na fase de arranque ainda houve quem colocasse dois motores desta cilindrada para tentar ganhar mais velocidade. Ideia que não resultou…
O PRIMEIRO REGULAMENTO ESTRANGEIRO Em 1957 foi fundado nos Estados Unidos o Go Kart Club of América (GKAC), responsável pela definição das primeiras normas de segurança para o novo desporto, que se tornara num passatempo popular. Nessa altura existiam já cerca de 300 construtores destes pequenos bólides. Na tentativa de uniformizar a construção dos karts, o GKCA criou uma categoria denominada “Formula Club”, para a qual definiu os seguintes parâmetros: distancia entre
eixos, via, altura, tamanho dos pneus, rodas, chassis, parede protectora, direcção, motores, caixa de velocidades (não permitida), travões, sistema de escape, combustível, lubrificação, apêndices exteriores, acelerador e comutadores de contacto. Este foi o primeiro regulamento surgido, especificamente, para os karts. Depois dos americanos, foram os franceses a definirem as regras do jogo, adoptando muitas das medidas preconizadas do outro lado do Oceano Atlântico, mas aplicando algumas alterações à regulamentação já existente. Assim aconteceu com as categorias e motores. Enquanto os americanos continuavam a ter três categorias ( A – até 95cc ; B – de 95 a 190cc e C – de 190 a 270cc), os franceses só tinham duas: uma com 50cc, reservada aos juniores dos 12 aos 16 anos e outra de 50 a 100cc reservada aos seniores com mais de 16
anos. No que diz respeito à embraiagem, o regulamento americano não o mencionava, enquanto o francês dizia que, embora não fosse obrigatório, o Go Kart podia ser equipado com uma embraiagem automática. Na parte referente aos chassis, os americanos
máximo de 318mm e os franceses de 411mm.
não estabeleciam dimensões, enquanto os franceses definiam que a distância entre eixos tinha um mínimo de 101cm e um máximo de 127cm. A largura mínima (entre rodas) era igual a 2/3 da distância entre eixos, o comprimento máximo total era de 182cm e a altura máxima do kart, completamente equipado era de 60cm. O regulamento americano era omisso no que diz respeito à colocação do depósito de combustível, arco de segurança e pára-choques. No que dizia respeito aos diâmetros dos pneus, o mínimo era igual nos dois países (228mm), enquanto os americanos permitiam um diâmetro
A Secção de Motorismo do Sporting, entretanto extinta, teve um importante papel na divulgação do karting, já que adquiriu em Inglaterra, ao que se supõe a uma empresa que pertencia ao famoso piloto de F1 Stirling Moss, seis ou sets karts equipados com motores de cerca de 200cc (fala-se
SECÇÃO DE MOTORISMO DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
que os motores teriam 175cc de cilindrada), que seriam da marca «VILLIERS» e tinham caixa de velocidades. Nessa época, realizavam-se na pista de ciclismo do Estádio de Alvalade, muitos festivais de motorismo para motos e automóveis, com provas de perseguição. Os karts, por se tratar de um novo desporto, eram mais um motivo para atrair os amantes do desporto motorizado. O facto de estarem equipados com caixa de velocidades impedia-os de participar em provas oficiais, razão pela qual eram utilizados, apenas, nos festivais de motorismo realizados naquela pista. Por sua vez, o facto de esta só ter duas rectas e duas curvas fez com que, para tornar as corridas mais interessantes, tivessem sido colocados fardos de palha, em alguns locais, criando assim «chicanes», o que serviu para baptizar essas competições de «chicanes de karts»! Da história da Secção de Motorismo do Sporting faz parte Carlos Trigueiros da Costa, que foi o principal re-
Jorge Passanha festeja vitória na pista de atletismo do Estádio José de Alvalade. Arquivo: J. Passanha
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Sir Stirling Moss
sponsável pela aquisição dos pequenos bólides, tendo sido convidados para os conduzir alguns dos melhores pilotos da época como era o caso de de Giordano Ferreira, Vítor Névoa, Afonso Espalha, António Rodrigues, Carlos Fonseca Ferreira, Engº João Morais Sarmento, Vítor Fernandes, Luís Fernandes, Mário Araújo Cabral, Jorge Moura Pinheiro, Engº Vaz Guedes, Jorge Nascimento e Joaquim Pereira Gomes. Estes festivais eram abertos
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àqueles que já possuíam os seus próprios karts, com Vítor Névoa, Giordano Ferreira e Jorge Nascimento a serem os primeiros vencedores das competições realizadas no Estádio de Alvalade. Esta primeira presença dos karts em Alvalade mereceu o seguinte comentário: “As corridas de karts valem, apenas, pela curiosidade que a novidade desperta, mas a continuarem a ser feitas nas mesmas condições acabarão por se tornar monótonas,
Impressões Cor - P/B Digitalizações Impressão AUTOCAD Impressão de grandes e Pequenos formatos a Cores - Vários acabamentos - Entrega e Recolha de trabalhos - Design e Web-Design - Cartões de Visita - Mailing e entrega nos CTT - Impressão de Flyers - Impressão de teses de doutoramento
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desinteressando o público que não vê nesses espectáculo a emoção e o entusiasmo que as verdadeiras corridas de karts despertam”. Na origem deste comentário estava o facto de a pista ser quase uma oval, com duas rectas e curvas nas cabeceiras, sendo colocados fardos de palha para fazerem de «chicanes», pelo que estas provas começaram a chamar-se «chicanes de karts”. Perante o espectáculo a que assistia, o público só manifestava interesse quando havia algum despiste!… Curiosamente, apesar de todo o empenho colocado na divulgação do karting, graças à realização de inúmeros festivais, a Secção de Motorismo do Sporting apenas organizou uma prova oficial, o I Circuito de Karting da Feira de S. Mateus (Viseu). Retirado do livro de JOSÉ RIBEIRO – História do Karting em Portugal (FPAK) Os textos e imagens aqui postados, jamais substituem a aquisição de um livro único.
Rua Professor Eduardo Araújo Coelho Praça Central de Telheiras, Loja 14-F (Na saida do Metro de telheiras) 1600-614 Lisboa Telefone: 217 593 118/19 E-mail: printofile@netcabo.pt Horário Segunda a Sexta : 9h às 18h.
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Personalidades Luís Miguel Neto. Um talento “fora de normal”, nascido no País errado.
Almeirim ano 2000
Para os conhecedores do Karting Amador Nacional, o nome de Miguel Neto é uma referencia. Admirado pelos seus pares e receado pelos seus adversários, Miguel Neto foi descrito no inicio do século, como uma das melhores promessas do automobilismo nacional. É frio, calculista, fino a guiar e mantém um humor
“acutilante” onde tem resposta para tudo. Nasceu nos Campos Mártires da Pátria em Lisboa, no “dia mundial da criança” de 1979 e estudou até se formar em Arquitectura. É casado com Sofia Barreto e têm dois filhos com três e sete anos. O seu interesse pelo Karting, surgiu ainda muito novo, mas só com
Classe A Rota K 2001
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14 anos é que teve oportunidade de correr em 4 tempos na pista de Oiã. Embora ambicionasse participar no Nacional de Karting, só o conseguiu em algumas provas esporádicas com Karts a 2 tempos. Ao longo destes anos, foi nos troféus particulares, que Miguel Neto se afirmou como piloto de topo; e por isso, foi natural que integrasse as melhores equipas de resistência nacional. Além dos eventos particulares, onde se incluem a Rota K e Nacional Kart, Miguel fez parte da equipa Citroen/ Tottal/Gefco que venceu o 1º CNRK (Campeonato Nacional de Resistência Karting 4 Tempos) em 2004. Pertenceu à equipa Benfica de José
Rodrigues (a nossa personalidade da edição nº 6), onde conseguiu tantas glórias nacionais e internacionais, NKT e mais recentemente à EKT. Miguel Neto, é actualmente o único piloto Nacional com três vitórias nas 24 Horas de
edição da Taça Inter Troféus. A par da sua história no Karting, Miguel Neto deu, no início do século, o “pulo” para a competição automóvel e disputou o Troféu Saxo Cup onde conquistou o seu primeiro pódio. Quando o questionamos acerca da sua carreira como piloto profissional, Miguel disse-nos que: “…Existem bons talentos
Le-Mans em Karting e recebe constantemente convites para integrar as melhores equipas de resistência. Ultimamente, tem sido habitual vê-lo em países do Golfo Pérsico, onde representa equipas locais. É também dos poucos pilotos nacionais, que teve a honra de vencer todas as provas numa
no karting nacional, embora seja muito complicado fazer carreira em Portugal. O automobilismo não é visto com paixão nem move multidões, por isso não pode ser motivo de interesse das empresas no apoio aos pilotos. Acabei por correr em Portugal e Espanha entre 2000 e 2010, com interregnos em 2003, 2008 e 2009. Enquanto foi possível acho que demonstrei que poderia ter ido mais longe…”. “…Fiz apenas alguns testes, e em 2006 e 2007 acabei por correr como
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piloto profissional em Espanha nos Hyundai Coupés….” Quando questionado acerca das provas que mais gostou,
mobilismo em geral), segundo ele, existe um grande “fosso” entre os custos e o retorno dado ao apoiantes e patroci-
Miguel não tem dúvidas, elas foram as 24 horas Le-Mans em 2015, onde a sua equipa venceu com um veiculo que não ajudava nada, e as 600 voltas de resistência do Dubai, realizadas este ano. No entanto, para si, só a vitória interessa, deixando-lhe sempre um “sabor amargo” quando tal não acontece. A sua visão acerca do Karting atual, não é muito positiva (assim como o auto-
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nadores, levando a que, ou se tem capacidade financeira e participa-se no que se quer, ou não, e assim torna-se quase impossível de o fazer. As suas ambições/previsões imediatas, passam por continuar a participar nas provas de resistência e irá participar nas finais mundiais (em Junho) pela equipa “BinDrai Karting Team”, com a qual venceu a competição nos Emiratos Árabes Unidos. Miguel Neto, ainda tem a esperança de regressar ao Au-
tomobilismo antes da reforma. Como outros no nosso País, Miguel Neto é um talento nato. Continua a fazer o desporto que mais gosta, com custo pessoal e embora seja reconhecido como um dos melhores da atualidade, esse reconhecimento foi mais evidente vindo de fora do nosso País, onde realmente lhe foi dada uma oportunidade. Continua-se a apostar muito pouco no que temos de melhor cá dentro e a considerar que o que é “internacional é que é bom”. Ainda bem que há alguns que pensam de forma diferente; para Miguel Neto, cada corrida é única e é disputada como tal. Para a maioria dos seus adversários, a oportunidade de o “bater” passa a ser o verdadeiro objetivo da prova, tal é o estatuto que já ganhou no nosso panorama competitivo nacional.
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Team Kart Uma equipa Italo-Ibérica a disputar provas Nacionais. Inicio bastante prometedor Presente no mercado internacional desde 1952, a Merlett Tecnoplastic, SPA, foi fundada em 1950 numa pequena cidade na região da Lombardia. Podendo dizer-se que é uma obra familiar, a Merlett Tecnoplastic , SPA é a fabricante líder de tubos flexíveis de plástico maioritariamente em PVC. No entanto e acompanhando as tendências dos mercados internacionais, a
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A equipa da Merlett Team Kart no “Aniversário TVI”. Da esq. para Drt. Paulo Campos, Fernando Vicente, Luis Rocha e Paulo Figueiredo. O “emplastro” é Rui Freitas.
Merlett Tecnoplastic, SPA expandiu a sua gama de modo a incluir elastómetros, EVA, PU e termoplásticos. Esta firma nascida em Itália, tem atualmente representação na Península Ibérica e esteve presente pela primeira vez no certame Agroglobal em Valada do Ribatejo (Portugal) em Setembro de 2016. No início de 2018, a direção da mesma aceitou o desafio, formando assim uma equipa de karting e tendo como objectivo disputar provas de
resistência no nosso País. Como primeira prova, a Merlett Team Kart disputou o GP TVI 24 no kartódromo de Palmela, tendo partido do décimo quarto lugar e terminado no sétimo posto. Essa equipa foi composta por; Paulo Figueiredo, Luis Rocha, Paulo Campos e Fernando Vicente, que acumulou o trabalho de
Eduardo Machado, conseguiu levar a Merlett Team Kart, ao primeiro lugar da 6ª prova do Nacional Kart de 2018.
piloto e chefe de equipa. Segundo este último, a equipa foi muito regular no seu andamento, e embora o seu kart tivesse alguns problemas a nível de afinação, foi uma distração com um turno que empenhou o excelente resultado que se poderia ter obtido na prova. A penalização por excesso de tempo de
condução, impediria que a Merlett Team Kart pudesse atingir o terceiro lugar no pódio, o que teria sido um excelente inicio para esta equipa. No entanto, a sua presença no 21ª Campeonato Nacional Kart, tem dado mais frutos, pois a equipa constituída por Fernando Vicente e Eduardo Machado, já subiu
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Team Kart
No 21º Campeonato Nacional Kart, a equipa é composta por Fernando Vicente e Eduardo Machado.
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ao lugar mais alto do pódio, averbando ainda duas melhores voltas e uma Pole-Position. O futuro desta equipa passa por continuar a disputar o “Campeonato Nacional Kart”, e a nível de grandes resistências, a participação nas varias provas organizadas pelos Kartódromos no nosso País. Nas previsões mais imediatas estão; as 24 horas da Batalha, Sumer Race do Kip e também a comemoração dos 21 anos do Kartódromo de Palmela. Assim sendo, e com o “leque” de pilotos que dispõe, de certeza que a formação da Merlett Team Kart, ainda irá dar bastante que falar. Boa sorte para eles.
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KartBuzz: dando voz ao kartismo e aos apaixonados pelo esporte. O mundo está mudando, está se tornando um lugar mais digital. Hoje em dia praticamente tudo está na internet ou se utiliza dela. Esse canal, por exemplo, existe e você está aqui nesse momento, por conta da internet. Algumas tecnologias, ou formas de utilizar a internet como meio de transmissão de conteúdo estão se popularizando. O YouTube, por exemplo, é um site quase que indispensável nos dias de hoje. As webradios estão cada dia melhores, os jornais digitais, entre tantos outros.
2017, O ano do Kart
O podcast é uma dessas formas que surgiu a pouco mais de uma década e que a cada dia ganha mais adeptos, adictos, entusiastas, pois atende uma demanda extremamente interessante para aqueles que querem aproveitar o tempo em que estão se deslocando no trânsito, se exercitando na academia, lavando louça, etc., para aprender algo novo ou simplesmente se divertir. Bruno Escarim, é a “face” que dá voz ao KartBuzz.
Frenagem, onde os pilotos mais exuberantes reinam
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Os temas são os mais variados possíveis, tanto é que em agosto de 2015, Bruno Escarim, um apaixonado por kart, decidiu criar o primeiro podcast brasileiro sobre o tema, o KartBuzz Podcast. “O esporte kart é algo apaixonante. Praticá-lo então, nem se fala. Em qualquer nível, do amador ao profissional. Podcast também é algo apaixonante e, da mesma forma que o bicho do kart me pi-
cou, o do podcast também”, conta Bruno Escarim, que já foi piloto federado, e além do KartBuzz também organiza o ASSEKA, um campeonato de kart amador. Então, por que não juntar essas duas coisas? “Esse é o KartBuzz, a forma que encontrei de espalhar o kart
A história de uma categoria de sucesso.
O Nascimento do Kartismo no Paraná.
comprar um kart, kartódromos brasileiros, estilos de pilotagem, entre tantos outros são abordados e tratados com seriedade e descontração ao longo de 50 minutos em média de cada edição, sendo que a cada 15 dias, as sextas-feiras, uma edição inédita é liberada.
por todos os cantos, tentar, de alguma forma, contribuir para a comunidade desse esporte fabuloso crescer e se fortalecer cada dia mais”, comenta Escarim, que já produziu mais de 60 edições do programa. O podcast produzido e disponibilizado gratuitamente no site do KartBuzz (www.kartbuzz.com.br) é uma espécie
Waldinho Travaglini O Kart Personificado.
E não para por aí. A linha editorial do KartBuzz tem aumentado através de textos e vídeos. Para saber mais acesse o site www.kartbuzz.com.br e confira todo esse conteúdo de extrema qualidade. O Kart(ista) do Futuro.
de bate papo entre amigos e convidados onde o kartismo e tudo o que envolve a cultura do kart é explorado ao máxi-
mo. Temas como segurança, mulheres no kart, patrocínio, telemetria, dicas de como
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Amigos do Vinho (da bejeca também)
O espirito mais puro, do Karting Amador Nacional Após alguns anos a tentar, conseguimos finalmente contactar um dos organizadores dos “Amigos do Vinho”. Este evento desportivo do Karting amador, é um motivo de orgul-
ho Nacional; pelo facto desta organização ter conseguido aliar a competição de karting (que na altura estava a dar os seus primeiros passos no panorama amador), com o “tipicismo” dos Portugueses, que querem uma festa completa. Neste ultimo ponto, entenda-
se a “festa completa”, como uma organização onde estejam inseridos a competição, diversão, responsabilidade e convívio. Em Agosto de 1997, Paulo José organizara uma corrida de kart, (como tantos o faziam) no Kartódromo
Quinta da Conceição (Almeirim) e o resultado futuro desta, seria bem diferente do habitual. Paulo José, explica-nos então como era esta organização? Primeiramente, todos os participantes eram reconhecidos não pelo nome, mas sim por alcunhas. Lecas (o Paulo José),
apresentou-nos a outros pilares da organização: Vêcêcê (Vitor Carvalho); 1/2 Bilhete (João Paulo); Riko (Henrique França) e o “pilar central” da organização, José Bernardo (O Director). O “Diretor” era o “faztudo” dos “Amigos do Vinho”; é dele o símbolo do grupo e grande parte da organização do mesmo. Mas vamos por etapas… a organização estava “sediada” (se isto se pode dizer) na Amadora, e inicialmente era composta por um grupo de amigos que tinha em comum a ligação, (direta ou indireta) à Rádio Onda Livre da Amadora. Era nessa cidade que uma vez por mês num fim-de-semana, parava um autocarro previamente alugado, que recebia os participantes. Depois, deslocavam-se todos juntos, numa
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sério”. Após as provas, era publicada uma crónica no site oficial, por uma “personagem fictícia” chamada Lola Perdigão. Essas crónicas, eram feitas em tom de brincadeira e recheadas de “private jokes”, excesso de utilização da letra K e gozação geral. Nessa festa, para o local designado onde se realizaria a prova. Os moldes eram vários (dependente do número dos convivas), mas no geral eram compostos por 30 minutos de treinos e 90 minutos de prova. As equi-
pas eram sorteadas (ainda no autocarro), e os nomes eram inspirados em acontecimentos das provas anteriores; e cada um dava o melhor que podia em pista (e fora dela, já agora). Após a prova, havia sempre uma “almoçarada ou jantarada” e depois retornavase à cidade perto da capital. As provas eram pretexto para o convívio e exceto alguns dos participantes, ninguém participava para “competir a
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página também havia algumas curiosidades, como por exemplo; a descrição dos vários Kartódromos por onde passaram, onde cada um tinha uma classificação tendo em conta vários fatores. A esses “santuários”, eram atribuídos de um a cinco copos de vinho, conforme o mesmo tinha boas condições para a prática da modalidade, bom ou excelente bar, e se o traçado era bom ou “indigesto”.
As viagens foram imensas, tendo inclusivamente feito uma à Madeira; e para cúmulo dos participantes, o Kartódromo não abriu nesse fim-de-semana, ficando apenas o registo da viagem. A deslocação mais “longa” de autocarro, foi ao Kartódromo de Tortosendo (Covilhã) que após saírem às 5h30 da manhã de Sábado, regressaram à 1h00 da manhã de Domingo. Lá encontraram a pista mais amadora que conheceram, pois na altura era mais um “quintal” que
um Kartódromo. Só tinham 6 karts e não tinham sistema de cronometragem. Um dos convivas tinha levado um sistema
antigo, que registava as passagens manualmente. No 3º ano de existência, Os Amigos do Vinho (e da bejeca também), resolveram atribuir pontos às classificações, mas como as equipas continuavam a ser sorteadas, os resultados eram sempre muito imprevisíveis. Foi chamado de Campeonato Kartesão. Com o passar dos anos, foi nascendo um grupo dentro deste, que incluía os partici-
pantes que nunca tinham falhado nenhuma prova, que começaram a ser chamados de “platinados”, pois dizia-se que tinham o cartão de platina do grupo.
Mas como tudo no nosso País, as coisas começaram a “esmorecer”; de uma prova por mês, começaram as mesmas a espaçar-se mais. Os pilotos iniciais e mais emblemáticos, começaram a faltar “à cha-
mada”; e no fim, começou-se a “encher o autocarro” com imensos convidados que não conheciam a “alma do grupo”. Entretanto, a vida de cada um foi mudando e a chegada da “maldita crise” fez com que se chegasse à triste organização de uma prova por ano, por altura do aniversário.
Por volta de 2007, os amigos do Vinho pararam a organização. Entretanto alguns anos depois, o Mentor “Director” voltou a publicar o historial digital que tinham no Facebook, tentando assim manter a história do grupo. Em conversa com “Lecas” tem tentado combinar uma prova com todos os pilotos emblemáticos, onde se reaviva a memória do passado.
Esperamos que este artigo, possa ajudar a incentivar tal, e se assim for, falaremos dessa prova. Como nota final, fica a memória do que melhor se fez no inicio da modalidade de Karting Amador, onde da melhor maneira, Os Amigos do Vinho (e da bejeca também),
juntaram o melhor de dois mundos, competição e lazer no Karting. Muito obrigado a todos vós, pela bela iniciativa.
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Racing Team, vence 6 horas de Aniversário da TVI Uma manhã ensolarada, foi o que esperou as trinta e duas equipas inscritas nesta emblemática prova, disputada no Kartódromo Internacional de Palmela. Mais uma vez a TVI apadrinhou este evento, participando com uma equipa de convidados e colaboradores. Foram 6 horas de prova, onde se voltou às normas utilizadas anteriormente, que não obrigavam as equipas a um número mínimo de paragens; mantendo no entanto os pesos mínimos (kart / piloto), e obrigatoriedade de fazer um mínimo de tempo de paragem nas boxes. No fim dos treinos cronom-
etrados, Kmed Europa obteria o tempo de 1,04,339s que lhe dava a honra de partir da Pole Position. A seu lado, afastada
apenas por 0,205s, a anfitriã da prova (TVI 24) ocupava a segunda posição, ambas seguidas pelas:Lisboa
Kart, Racing Team, Racing Aces, NOVA Racing Team, AJM Informática, PWC, Kartugas / G-Force, GD Banco BPI,
Sagiper Racing, Radioactive KT, Porchewe Racing, Merlett Team Kart, Pneus City Pinhal Novo, CCD Siemens 1, Algarve Racing Team 8 e o GDC Fidelidade, que obteria o 18º lugar e seria a ultima classificada que ficou apenas a um segundo da Pole Position. A Megashowbiz DêCê, obteve o 19º registo, seguida das; Four Fum Kart Team, Ana Cabeleireiros Sacavém, Virtual Racing Team, AJ Kart, Esdav, Fat Team, Lynx Kart Team, EP-Rac-
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ing, LotusCar Racing Team e Cycloid fecharam o lote das 29 equipas classificadas. Não classificadas, devido a penalizações várias, mas com autorização de participar na prova, ficaram; Clube OGMA, Minipreço Karting Team e CCD Siemens 2. Após a partida, todos tentaram manter-se o mais à frente possível; e logo nas primeiras voltas, “lutava-se” na frente como se a corrida estivesse a acabar. Estas situações, acabaram divertidamente discutidas nas boxes e na pista; mas o ambiente começou a
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desanuviar, pois quanto mais se avançava no tempo, mais se “espaçavam” as equipas em pista. Embora praticamente toda a prova tenha sido dominada por uma equipa, só no fim das seis horas se encontrou a vencedora que acabaria por ser uma surpresa; pois Racing Team, fez menos uma paragem nas boxes do que todas as outras, conseguindo assim uma vantagem de duas voltas. Foi uma “jogada” arriscada, mas que deu a Eduardo ferreira, Nuno cruz,
Pedro Reis, Humberto Conceição e a Bernardo Ferreira, a vitória na prova. A NOVA Racing Team (Costa Ferreira, Alexandre Gouveia, Rúben Conceição, Eduardo Machado e João Paulino), acabou no segundo lugar com uma vantagem de 5 segundos sobre a Radioactive Karting
Fotos de: Carlos Café.
Team (Vasco Correia, José Patrocinio, Vitor Canhão, Gonçalo Luz e Ivo Lopes), no que constituiu uma agradável surpresa. Embora dominadora da maioria da prova, um “lapso” nas boxes comprometeria a prova da Racing Aces, enviandoa para o 4º lugar. A Lisboa
Kart, seria 5ª classificada, seguida das: CCD Siemens 1, Merlett Team Kart, TVI 24, MagaShowbiz DêCê e a AJM Informática fechou o lote dos dez primeiros. A Kmed Europa, ficou em 11º lugar, seguida das; GD Banco BPI, Minipreço Karting Team, PWC, Algarve Racing Team
8, Porchwe Racing, Kartugas / G-Force, Clube OGMA, Sagiper Racing, Virtual Racing Team, Pneus City Pinhal Novo, EP-Racing, ESDAV, GDC Fidelidade, Ana Cabeleireiros Sacavem, Four Fun Kart Team, AJ Kart, Lynk Kart Racing Team, CCD Siemens 2, Lotuscar Racing Team e a Cycloid ficou no lugar de “lanterna vermelha”. Após a entrega de prémios, ficou a promessa sempre bem expressa de que… Para o ano, voltamos a encontrar-nos nesta emblemática prova no Kartódromo Internacional de Palmela.
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Escola de Karting do Oeste no pódio do Campeonato de Portugal de Karting A Escola de Karting do Oeste (EKO) – de onde saíram vários pilotos consagrados nos últimos 8 anos – está de regresso ao Campeonato de Portugal de Karting com a sua própria equipa. Na primeira prova, disputada no Kartódromo de Viana do Castelo, a Escola de Karting de Oeste já saboreou um lugar no pódio. Com cinco pilotos – sendo quatro ‘rookies’ – e todos aos comandos de karts equipados com chassis Birel ART, a Escola de Karting de Oeste fez notar bem a sua presença na primeira prova do Campeonato de Portugal de Karting, disputada no Kartódromo de Viana do Castelo.
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Romeu Mello
Romeu Mello, que tem apenas 5 anos de idade, foi um dos principais protagonistas na categoria Iniciação, ao garantir o lugar intermédio do pódio. Um bom arranque do piloto da Escola de Karting de Oeste que cumpriu a sua segunda prova oficial no que diz respeito a competições
João Pereira
com a chancela da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK). Igualmente na categoria Iniciação, João Pereira, com 5 anos de idade, fez a sua estreia em competições oficiais e esteve em evidência nos treinos cronometrados ao rubricar a quinta volta mais rápida. Contudo, nas mangas de qualificação foi 9º classificado e na Final encerrou o top-10, sendo um resultado perfeitamente natural para quem partiu à descoberta de um mundo novo.
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Diogo Caetano
Diogo Caetano – 2.º classificado na Taça de Portugal da categoria Iniciação em 2017 – transitou este ano para a categoria Cadete, para pilotos dos 7 aos 10 anos de idade. O ‘rookie’ da Escola de Karting de Oeste, de apenas 7 anos de idade, enfrentou algumas contrariedades entre um vasto e experiente pelotão de quase 20 pilotos, mas, ainda assim, ao logo do fim de semana foi deixando boas indicações para as próximas provas, apesar de ter tido problemas na Final que o impediram de completar as 11 voltas ao traçado vianense.
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Santiago Ribeiro
Na categoria Júnior, destinada a pilotos com idades entre os 12 e os 15 anos de idade, a Escola de Karting de Oeste alinhou com os estreantes Santiago Ribeiro e Diogo Martins, ambos com 12 anos de idade. Perante um extenso pelotão de mais de duas dezenas de participantes, na sua maioria com larga experiência quer em Portugal quer alémfronteiras, foram evoluindo ao longo da prova e terminaram nas 14.ª e 15.ª posições, respetivamente.
Diogo Martins
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24 Horas de Karting de Almeirim
Casas do Ambiente na categoria GT2, vence classificação geral. Foi no passado fim de semana de 5 e 6 de Maio, que se disputaram as 24 horas de Almeirim em Karting. Disputada com um excelente tempo, esta prova começou no dia 1 de Maio; onde quinze equipas se apresentaram para realizarem os treinos cronometrados. Logo na primeiro contacto com a pista, as equipas aperceberam-se que o traçado habitual tinha sido modificado, passando a contar com a zona denominada “pescoço de cavalo”. Após os
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treinos, as equipas fizeram o tradicional desfile de karts pelo meio da Cidade, no que constitui já, o “ex-libris” desta
prova. No dia 5, o tempo mantevese excelente e foram desaseis as equipas participantes,
distribuídas por três categoria distintas. As categorias 390 e 270, foram disputadas por equipas privadas, enquanto na GT2, participaram equipas em regime de “aluguer”.
Com o tempo de 58,171 segundos e participante na categoria 390, a Epic Racing Vila Real partiu da Pole Position,deixando para a Microágua 3 (também 390) a
segunda posição. Do terceiro posto, partiu a DMF Motorsport 2 (cat. 270) seguida da Casas do Ambiente, que com o tempo de 1,02,684s partiria do quarto lugar, mas na frente da categoria GT2. O quinto tempo foi para a DMF Motorsport, seguida das Speedy Kart, Kart Team Montemor, Toyota 1, Microágua 1, Jor-
nal O Almeirinense, Ferberto, MicroÁgua 2, Team Sempre a Sakar, SRP by Panthers/Face Kart e Toyota 2. Sem qualquer registo, ficaram a Toyota Plus (GT2) e Kart Team Montemor 2 (270). Os karts foram assim alinhados “em espinha”, ao mais puro estilo “Le-Mans” e pelo meio dia de Sábado, foi dada a partida para a prova. Atravessando a pista o mais rapidamente possível, os pilotos entraram nos respectivos karts e deram o máximo para se manterem em contacto com a frente. No entanto, não nos podemos esquecer que esta prova é duríssima para a mecânica, e assim ao longo das vinte e quatro horas, houve alguns contratempos para algumas das equipas. Entre essas, por razões facilmente perceptíveis, as equipas privadas foram das mais afectadas, pois os chassis utilizados e a mecânica “esticada” ao máximo, acabaram por cobrar o seu preço. No entanto, a competitividade em pista e confraternização nas boxes, estiveram longe de ser
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monótonas. Com bastante animação, a noite lá se passou; e com o a madrugada, as catorze equipas resistentes, mantinham a sua “luta”, enquanto outras duas (privadas), fizeram pausas de horas entre turnos. No fim, seria a equipa Casas do Ambiente a primeira a ver a bandeira axadrezada , no que constituiria uma surpresa, visto esta participar na categoria GT2. O segundo lugar, foi alcançado pela Epic Racing Vilar Real (cat. 390), e a razão da diferença de três voltas para a vencedora seria pelo facto de ter ficado “parada” quarenta minutos na passagem da quarta hora de prova. De volta à pista, o facto de ser 3 segundos mais rápida em pista,
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não foi suficiente para “colmatar” a distancia perdida. O terceiro lugar foi discutido até à bandeirada final e deu primazia à DMF Motorsport (cat. GT2) que terminaria assim, vinte e sete segundos na frente da MicroÁgua 1 (cat. GT2). A sua congénere 2 (cat. GT2), ficou no quinto posto, seguida pelas; Kart Team de Montemor, SRP by Phanters / Face Kart, Speedy Kart, Ferberto e o Jornal
O Almeirinence, fecharia o “top-ten”, sendo todas participantes na categoria GT2. A Toyota Plus, ficou no décimo primeiro lugar, seguida das; Toyota 1, Team Sempre a Sacar e Toyota 2 que fechava assim a categoria GT2 com o décimo quarto lugar. A DMF Motorsport 2 na categoria 270 e a MicroÁgua 3 em 390, fechariam assim o lote das desaseis equipas participantes. Um fim de semana muito bem
passado, foi a melhor lembrança que as dezenas de pilotos participantes retiveram desta tão emblemática prova, que já faz parte do panorama kartista nacional. Para o ano, fica a promessa de se reencontrarem novamente no kartódromo, para uma nova edição das 24 horas, desta cidade Ribatejana, que tão bem sabe receber.
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21º Campeonato Nacional Kart Mais do mesmo, ou um ano com muitas surpresas? Se bem que a abordagem a este 21ª Campeonato Nacional Kart, tenha sido feita com a ideia de manter o “abitué”, não fazendo para isso muitas alterações à fórmula habitual da prova, o certo é que elas aconteceram. Numa tentativa de controlar as “confusões” nas trocas de pilotos, adoptou-se a ideia lançada pelo KIRO, de obrigar as equipas a cumprirem um determinado tempo na volta e permanência nas boxes, o que se tem revelado acertado. Também a utilização das balanças disponibilizadas pela maioria dos Kartódromos, tem dado uma maior fidedignidade aos resultados obtidos; levando a que a confiança, continue a imperar nesta nossa instituição. No entanto, o que mais foi realçado no fim
destes seis dias de provas, foi o facto de na sexta prova disputada no Campera Karting, termos atingido um objetivo que vinha já do longinquo ano de 1997. Com a ajuda de Marcos Almeida Rodrigues e a sua “Z TV Portugal”, a prova de Junho foi transmitida ao vivo para “todo o mundo”. Quando se começou nesse longinquo ano, da segunda metade da última década do século vinte, nunca nos “passou sequer pela cabeça” que tal pudesse ser exequível de forma “aparentemente” tão simples; e o nosso objetivo foi atingido… elevar à categoria de “Heróis”, todos os que cor-
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rem connosco. O resultado final ainda estamos a analisar, pois essa prova foi tão intensa, que só futuramente poderemos tirar conclusões mais concretas. Em termos de competição, ela tem sido totalmente dominada pela Santogal Loures; mas
desenganem-se os que pensam que as corridas têm sido fáceis para a líder actual do 21º Campeonato. Com metade das provas ganhas (algo a que nunca assistimos até agora), a equipa de Pedro Amaral e Ruben Conceição, segue na frente da Racing Aces de Fábio Santos e Tiago Teixeira. Estes têm sentido algumas dificuldades em questões de sorte e oportunidade, e talvez por isso tenham actualmente a fortíssima pressão da BLG Sport, que com Paulo Cabaço aos “comandos” têm obtido uns bons resultados. A presença da R’Aces by Palo-
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car, no quarto lugar é muito graças à sua consistência, alternando os bons com os menos bons resultados , sendo a primeira equipa que ainda não ganhou qualquer prova este ano. Com mais instabilidade de resultados, a PRT Elite é a primeira das equipas que já passou pela segunda manga. Com duas vitórias e uma prestação estável, espera-se que esta venha a fazer um bom ano competitivo. Nos lugares seguintes, estão as: Karters Team, R A T M, PaintinTime Racing Team, Fit 4 You, FitCarcavelos, NOVA Racing Team, Clube OGMA 1,
Mambo nº 1 racing Team, JRS Team racing, Team MM, Os kartugas, Senna Sem Stress, Clube OGMA 2, Merlett Team Kart, Team GC, Fox JR, LForm Racing, P & F Racing Team, Jumanji, Larghetto, Kart old School Racing e ZPRG, estando ainda classificadas mais doze equipas com participações esporádicas. Para finalizar, ainda um realce para o número de equipas que já “provaram o sabor da vitória” que são actualmente treze.
Fotos de: Ana Miranda e José Nunes
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Mineiro de Kart classificou seis pilotos para o Brasileiro de Kart Após as quatro primeiras rodadas foram conhecidos os representantes do Estado No último sábado (19) o Kartódromo RBC Racing, na grande Belo Horizonte, recebeu quase 70 pilotos para as disputas da quarta rodada do Campeonato Mineiro de Kart. As provas, foram extremamente disputadas e valeram, como último evento classifi-
catório para o Campeonato Brasileiro de Kart. Em um dia dividido exatamente ao meio pelas condições climáticas o que se viu foram pilotos e equipes trabalhando muito em busca de um bom resultado. 14 pilotos foram à pista no grid formado pelas categorias Mirim e Cadete. Com o tempo de 1m03s383 o garoto Luca Neuenschwander, líder do Campeonato, garantiu
a pole-position. Na primeira corrida, disputada com a pista ainda seca, a vitória apertada ficou com Gustavo de Lucca seguido por Lucas Moura e Neuenschwander. Na segunda bateria, por sua vez, Moura foi quem levou a melhor seguido por De Lucca. Neuenschwander, novamente, terminou na terceira colocação. Após ter feito a sua estreia com dois pilotos na etapa do mês passado a categoria F4 Júnior mostrou que tem grande potencial de crescimento. Desta vez cinco pilotos foram à pista e, assim, as baterias tiveram um grid isolado. Quim Marques registrou a pole-position com o tempo de 58s562. Na primeira corrida, porém, quem levou a melhor foi Davi Santos que, em bela prova, assumiu a liderança e venceu sem ser ameaçado. Na segunda bateria, contudo, foi a vez de Quim chegar na
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primeira posição. Na soma dos resultados Quim subiu ao alto do pódio com Helena Melo em segundo e Theo Guedes, no terceiro lugar. O grid agrupado com as categorias Super Sprinter e Júnior Menor reuniu 16 pilotos na pista com os velozes karts dois tempos. Gabriel Paturle, vice-campeão da Copa Brasil 2017, mostrou sua força e garantiu a pole-position com a marca de 55s465. Na primeira corrida ele foi muito tranquilo ao abrir boa vantagem e vencer seguido por Lucas Nogueira e Fernando Buzollo. Já na segunda bateria, com o
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grid invertido, Gabriel mostrou que também é muito forte em recuperações. Ele partiu do sexto posto para, novamente, receber a bandeira quadriculada em primeiro. Desta vez ele foi seguido por Mauro Neuenschwander e Lucas Nogueira, em terceiro. Pela Júnior Menor o jovem Lucas Staico dominou as duas etapas. A categoria F4, com seus experientes competidores, levou dez pilotos para a pista. Logo na tomada de tempos a competitividade foi mostrada de forma clara quando três décimos separaram as marcas do primeiro ao último colocado.
Luiz Henrique Pinheiro fez a pole com 59s399. Na primeira, em grande atuação, a vitória ficou com Roberto Cló seguido por Gustavo Martins e Luiz Pinheiro. Já na bateria válida pela oitava etapa do estadual o vencedor foi Luiz Pinheiro com Luciano Lavalle em segundo e Gustavo Martins, em terceiro. Encerrando as atividades do dia os pilotos do Mineiro de Super Kart Indoor mostraram que também estão muito competitivos. A prova marcada pelo bom grid de 19 competidores, teve pole-position de Joanes Gouvêa que conseg-
uiu colocar uma distância de mais de três décimos entre ele e o segundo colocado. Na corrida, disputada em rodada simples, a prova foi muito emocionante do início ao fim e, na última volta, na linha de chegada Weller Prudência superou Joanes para vencer. Júlio Gervásio ficou na terceira colocação. Os garotinhos do Projeto Piloto do Futuro tinham prevista a graduação de mais uma turma do curso. A forte chuva que caiu no início da tarde, porém, inviabilizou a participação dos meninos ainda sem
experiência e, assim, terão a sua formatura na corrida do mês que vem.
DEFINIDAS AS VAGAS PARA O BRASILEIRO DE OK, CODASUR JUNIOR E CODASUR As provas dos meses de fevereiro, março, abril e maio do Campeonato Mineiro formaram uma planilha classificatória, à parte, onde seus pilotos melhores pontuados estariam classificados para o Campeonato Brasileiro de
Kart. Para a categoria CODASUR Junior as vagas ficaram com Lucas Staico e Ayrton Gil. Já para as categorias OK Internacional e CODASUR as vagas para as duas classes ficaram, respectivamente, com Gabriel Paturle e Lucas Nogueira. A última e decisiva etapa do Mineiro de Kart 2018 será disputada, novamente, no Kartódromo RBC Racing no dia 16 de junho.
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20ª edição do campeonato da Universidade do Minho (UMKarting) Rui Miranda é Campeão A 20ª edição do campeonato da Universidade do Minho (UMKarting) terminou. Disputaram-se 8 GP ao longo do ano letivo 2017/2018. Esta edição histórica, por ser a vigésima, pode ser resumida nos seguintes números: Efetuaram-se 20 corridas em 3 kartódromos: KIVIKart; Viana e Cabo do Mundo; Participaram 49 pilotos, dos quais 15 rookies, dois dos quais do sexo feminino; Houve 10 vencedores diferentes: Rui Miranda (6), Fernando Gomes (3), Vítor Fernandes (2), Hugo Carvalhido (2), Rui “Rukyman” Almeida (2), e com uma vitória: Pedro Soares, Ricardo Oliveira, João Moreira, Reinaldo Fonseca e Duarte Lopes.
Na reportagem anterior, da KER, tinham sido disputados os quatro primeiros GP desta edição do campeonato. Resumo das 4 provas:
Pódio da corrida 2: Hugo Carvalhido (1º), Pedro Nunes (2º) e Reinaldo Fonseca (3º)
5º GP (KIVIKart) Corrida 1 Vencedor - Rui Almeida 2º Class. - Luís Cunha 3º Class - Reinaldo Fonseca
Pódio da corrida 1: Rui Almeida (1º), Luís Cunha (2º) e Reinaldo Fonseca (3º)
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Corrida 2 Vencedor - Hugo Carvalhido 2º Class. - Pedro Nunes 3º Class - Reinaldo Fonseca
6º GP (Cabo do Mundo) Corrida 1 Vencedor - Ricardo Oliveira 2º Class. - Fernando Gomes 3º Class - Duarte Lopes Pódio da corrida 1: Ricardo Oliveira (1º), Fernando Gomes (2º) e Duarte Lopes (3º)
Corrida 2 Vencedor - Duarte Lopes 2º Class. - Rui Miranda 3º Class - Fernando Gomes Pódio da corrida 2: Duarte Lopes (1º), Rui Miranda (2º) e Fernando Gomes (3º)
Corrida 3 Vencedor - Hugo Carvalhido 2º Class. - André Caiado 3º Class - Pedro Barros Pódio da corrida 3: Hugo Carvalhido (1º), André Caiado (2º) e Pedro Barros (3º)
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7º GP (Viana do Castelo) Corrida 1 Vencedor - Vítor Fernandes 2º Class. - Pedro Soares 3º Class - Marco Montenegro Pódio da corrida 1: Vítor Fernandes (1º), Pedro Soares (2º) e Marco Montenegro (3º)
Corrida 2 Vencedor - Fernando Gomes 2º Class. - Vítor Fernandes 3º Class - Rui Miranda Pódio da corrida 2: Fernando Gomes (1º), Vítor Fernandes (2º) e Rui Miranda (3º)
8º GP (KIVIKart) Corrida 1 Vencedor - Rui Miranda 2º Class. - Vítor Fernandes 3º Class - Pedro Nunes
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Pódio da corrida 1: Rui Miranda (1º), Pedro Nunes (2º) e Vítor Fernandes (3º)
Corrida 2 Vencedor - Rui Miranda 2º Class. - Pedro Nunes 3º Class - Hugo Carvalhido
Pódio da corrida 2: Rui Miranda (1º), Pedro Nunes (2º) e Hugo Carvalhido (3º)
Classificação Final 1º - Rui Miranda 2º - Fernando Gomes 3º - Pedro Nunes 4º - Vítor Fernandes 5º - Marco Montenegro 6º - Luís Cunha 7º - Rui Ramalho 8º - Álvaro Bessa 9º - Joaquim Oliveira 10º - Pedro Soares
652 613 608 605 586 553 544 537 528 510
Além disso, foram galardoados: Rookie do ano: Hugo Carvalhido Mais rápido do ano: Rui Miranda Melhor quarentão: Rui Miranda Melhor cinquentão: Fernando Gomes Melhor dos mais pesados: Álvaro Bessa
Os galardoados do 20º Campeonato UMKarting: Hugo Carvalhido (Rookie do ano); Fernando Gomes (Vice-campeão e cinquentão do ano), Rui Miranda (Campeão e quarentão do ano), Pedro Nunes (3º Classificado) e Álvaro Bessa (o melhor dos mais pesados)
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Campeonato Nacional de Karting (2018)
Grande afluência Com duas das cinco provas agendadas para este ano já efetuadas, o Campeonato de Portugal de Karting 2018, sobre a “alçada” da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, tem tido uma boa aceitação. Com um número de pilotos inscritos, que surpreende em comparação com o ano passado; os cento e seis pilotos distribuídos por sete categorias, tem demonstrado competi-
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tividade e vontade de obter bons resultados. Assim sendo, e como tentamos nunca nos esquecer de ninguém, a Categoria Iniciação com o nome de
Troféu Figueiredo e Silva, engloba pilotos dos cinco aos sete anos, e continua a ter uma vertente mais “lúdica”, onde os aspirantes a pilotos têm um primeiro contacto com
a competição. Mas mesmo assim, há pontuações; e é Guilherme Morgado quem lidera, tendo actualmente “amealhados” mais seis pontos que José Maria Gouveia. Bem perto do anterior, Romeu Mello ocupa o terceiro lugar, seguido de Tomás Alves, Tomás Fernandes, Beatriz Costa, Lourenço Rocha, Joana Lima, João Pereira, Martim Campos e Adriana Araújo. A categoria Cadetes (dos sete aos dez anos), que tem o nome de “Troféu António Dinis”, tem tido uma enorme aceitação e conta actualmente com vinte pilotos na sua classificação. Com um “pleno”, esta categoria é actualmente liderada por José Pinheiro, com António Santos e João Gouveia a fecharem o pódio. Santiago Alves é actualmente o quarto classificado, seguido de Rodrigo Vilaça, Manuel dos Santos, Maria Neto, Tiago Lima, Noah Monteiro e Hugo Freire fecha o “topten”. O décimo primeiro lugar pertence a Pedro Cachada, seguido por: Diego Vasquez, Rodrigo Ferreira, Rodrigo Seabra, Pedro Moura, Mar-
tim Marques, Diogo Caetano, Pedro soares, Daniel Sabugo e Daniel Garcia. Nos Juvenis (dos dez aos doze anos), Ivan Domingues tem superiorizar-se a Adrian Malheiro, e conta actualmente com uma “leve margem” en-
quanto que, Lourenço Marques fecha o pódio com uma ligeira vantagem sobre Miguel Couteiro. Matilde Ferreira, é actualmente a quinta classificada, seguida de Pedro Rilhado, Tomás Martins, Guilhermo Acitorres, Pedro Carvalho, Guil-
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herme Alves, António Madeira, Tomás Rodrigues, e Francisco Costa fecha a contagem dos treze contabilizados. Na categoria Júnior (dos doze aos quinze anos), são vinte e um os pilotos inscritos na tabela classificativa. À cabeça desta segue Frederico Peters, que conseguiu imporse na última ronda (Leiria) a Manuel Soares, Diogo Martins, Afonso Ferreira e Gustavo Francisco. A categoria X30 para pilotos a partir dos quinze anos, é liderada actualmente por Ricardo Borges que, com prestações excelentes, não tem dado hipóteses aos seus adversários. Ossegundo e terceiros lugares, encontram-se em igualdade pontual. Alexandre Areia e Guilherme GusGuilherme Oliveira. O terceiro classificado atual é Luis Alves, que segue na frente de Henrique Cruz, Tomás Caixeirinho, João Mendes, Mariana Machado, Zdenek Chovanec, Pedro Perino, e Ruben Silva que completa os dez primeiros lugares. Nos seguintes, encontram-se Luis Leão, Rodrigo Leitão, Sérgio Rodrigues, Miguel Silva, Rodrigo Lessa, José Pedro, Santiago Ribeiro,
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tem dominado tudo e todos, relegando para as posições seguintes Tiago Teixeira, Hugo Marreiros, Miguel Ramos, Duarte Mano, Ana Teixeira e João Cunha. À imagem da categoria anterior, também a X30 Super Shifter é dividida em duas subcategorias. Na Master, participam os pilotos dos trinta aos quarenta e cinco anos, e na Gentleman os que passam mão, vão seguidos por João Vairinhos, Lourenço Mendes, Manuel Leão, João ferreirinha, Noah da Silva, Álvaro Montenegro, Luis Caetano e João Galveias. A X30 Shifter, divide-se em duas subcategorias. A Júnior (dos dezaseis aos dezoito anos) e a Sénior (dos dezanove anos em diante). A classificação geral actual, é liderada pelo único piloto júnior presente. Rodrigo Ferreira, dessa idade. Não é portanto de admirar, que os pilotos da Master ocupem os lugares cimeiros da classificação geral, que é liderada por Joel Magalhães. João Barros e Paulo Martins, acompanham-no no pódio, seguidos por Vasco Lázaro, Pedro Oliveira e Manuel Ramos que é o primeiro da Gentleman. João Cunha e João Dias, fecham o lote de pilotos desta categoria.
Fotos de: José Lourenço
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Catorze anos no Campeonato ORMEI Uma crónica de: António Batista Após 10 provas triplas nos vários Kartódromos do País, vai dar-se, este mês (23/06), por terminado o XVIII Campeonato Ormei (Falta apenas disputar a prova convívio em Almeirim). Este, que é um dos campeonatos mais antigos em actividade, conta com a forte presença do organizador Rui Carneiro, que ano após ano, na companhia de alguns pilotos “residentes/resistentes” vai gerindo com enorme paciência, os egos de cerca de 30 pilotos em cada prova. Para mim, que comecei a aprender a andar de Kart neste campeonato, no já longínquo ano de 2004, foi sempre um desafio e um prazer estar presente. Obviamente, tudo teve um início. Nesse ano de 2004, desafiado a participar por alguns colegas que à data compun-
ham o campeonato Ormei, acabei por ir a Palmela participar numa prova de convívio. Apesar da enorme e notória falta de jeito, excesso de peso e descoordenação motora ao volante daqueles “pequenos
rastejantes”, fiquei de imediato rendido ao ambiente do grupo e espírito de saudável competição que encontrei num desporto que me era totalmente desconhecido. Nesse grupo, do qual muitos ainda fazem parte, fui extraordinariamente bem recebido e tive de imediato os meus primeiros “Professores” e “Padrinhos”. O próprio Rui Carneiro e o meu amigo José Carlos Magalhães que, com uma enormíssima paciência, lá me foram ensinando o Bê-a-bá da coisa. Confesso que fui um péssimo aluno, mas tentei compensar essa minha enorme falta de aptidão com dedicação, vontade de aprender, força bruta e uma enorme teimosia que se traduziu ao longo desses
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primeiros anos nuns valentes dissabores e na fama, injustificada, de dar algumas “bordoadas” em pista. Felizmente que nessa demorada aprendizagem “à força”, talvez pela minha reconhecida falta de jeito e imaturidade em pista, nunca ninguém se chateou muito comigo. Até que, em 2009 depois de participar em inúmeras provas, começaram a aparecer alguns resultados positivos que, embora de forma inconstante, permitiram acabar o campeonato em 4º lugar, o que apenas prova que este desporto de “lazer” vive muito à base
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de treino, conhecimento das pistas e alguma (muita) sorte à mistura. Nos campeonatos de 2010, 2011, 2012 e 2013 foi apenas mais do mesmo. Num campeonato com pilotos muito mais rápidos e experientes que eu, só por sorte minha ou azar alheio conseguia um resultado decente. Por mais que tentasse, não conseguia deixar de ser muito irregular e incipiente nos resultados do campeonato. Até que, em 2014, cada vez mais envolvido em aprender e como tenho a pista de Odivelas ao pé de casa, decidi, com
os conselhos do Magalhães (que na época, já não acompanhava o André Magalhães no campeonato), comprar um kart 270 cc normalíssimo para treinar. Foi a melhor coisa que fiz! Desde essa altura, passei a treinar em segredo. Ao final do dia durante a semana e quase todos os fins-de-semana, passo a passo, o Magalhães lá me ia dando as indicações que precisava para rodar cada vez mais rápido no meu “quintal de Odivelas”. Nesse ano, depois de muitas horas de treino e alguns quilos perdidos, a evolução era evidente. Comecei finalmente a disputar os primeiros lugares em quase todas as provas e com muita sorte à mistura, consegui vencer o campeonato ao Gonçalo Pimpão. No ano seguinte, foi mais do mesmo, uma luta ponto a ponto com o “Velho” Dário, a quem felizmente consegui vencer, fruto da teimosia que o “Velho” tem de não fazer crónicas e de se ter deixado enganar por mim (é um assunto privado). Para quem não sabe, este campeonato tem uma parte poética, onde fazer uma
crónica depois da prova atribui 5 pontos extra e ele, por azar (lol.lol), falhou uma… O campeonato de 2016 terá, provavelmente, sido o melhor e mais disputado campeonato de todos. Nesse ano fiquei em segundo numa luta verdadeiramente taco-a-taco com o Rui Miranda (PSA) que venceu justamente por dois miseráveis pontos em... 27 provas! No campeonato de 2017, voltei a vencer pela margem mínima em mais um campeonato disputado até à ultima prova, desta vez com a oposição do Ricardo Araújo e do Rui Miranda. Este ano, se não acontecer nada, lá irei levar o caneco para casa. Provavelmente, será o último. Os anos já começam a pesar e os miúdos estão cada vez mais rápidos pelo que a vida não se afigura fácil. De qualquer forma, pelo excelente ambiente que existe entre todos, enquanto puder (espero que durante muitos anos), lá estarei! Nem que seja só para compor a grelha e matar o “bichinho” que está cá dentro.
O MAIOR TROFEU AMADOR EM PORTUGAL O Trofeu Cabo do Mundo CUP 2018, apรณs a Ronda 4, jรก teve 99 pilotos inscritos ao longo desta temporada
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A Ronda 5 (ultima prova) serĂĄ disputada no dia 6 de Outubro e todo ainda estĂĄ por decidir, porque as 12 Mangas realizada por cada piloto, serĂŁo descontados os dois pior resultados Neste momento lidera o Rui Almeida, seguido pelo Hugo Carvalhido e pelo Jorge Maia
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Com 60 pontos ainda em disputa, tudo serรก decidido na ultima Ronda
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Salientar também a presença da veteraníssima Teresa Pinto e das meninas Rita Silva, Estefânia Barbosa, Beatriz Guedes e Catarina Guedes
Fotos de: Tozinho Lima Almeida
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Troféu Rotax 2018 Um início “algo tímido” Com o início realizado a seis de maio no KIP (Kartódromo Internacional de Palmela), o Troféu RotaX, tem a sua próxima ronda a 24 de Junho no Kartódromo de Viana do Castelo. Se bem que este ano estejamos numa fase muito embrionária da competição, pois as posições atuais são resultado de uma prova, espera-se que este excelente Troféu, venha a ser tão emotivo como os anteriores. Em termos de organização, a Korridas & Companhia e o Kartódromo de Palmela, estiveram ao seu melhor nível, assegurando e gerindo a competição com grande profissionalismo e dedicação. As classificações finais, foram as seguintes: A Rotax Micro Academy (até aos sete anos), continua a ser uma categoria de iniciação e embora tenha pontuação, é considerada
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mais um convívio que competição. Luka Fedorenko lidera o evento, seguido de Pedro Moura, Ricardo Gonçalves, Gonçalo Pereira, Afonso Soares, Pedro Santos e Tiago Teixeira. A Rotax Micro Max, está bastante concorrida, com doze pilotos inscritos. Christian Costoya foi “arrasador” em Palmela, vencendo as duas provas e posicionando-se na cabeça da classificação. Oleksander Bondarev, é actual-
mente o segundo classificado, na frente de José Pinheiro que tão bem se portou na primeira corrida. Diogo Figueiredo, é actualmente o quarto classificado, à frente de Henrique de Oliveira, Maria Germano, Guillermo Pernia, Rodrigo Vilaça, Frederico Pinto Coelho, Pedro Carvalho e Martim Marques. Embora inscrito, Paulo Zacarias não se classificou. Na Rotax Mini Max, José Barros lidera o grupo de seis competidores, e dominou as
segundo lugar. Na Rotax Junior, Guilherme de Oliveira lidera o evento, com duas vitórias em Palmela. Tomás Ribeiro e Gabriel Cacoilo, acompanham-no no “pódio provisório”, relegando para o quarto lugar, Ruben Silva. Mariana Machado, é actualmente quinta, seguida de Afonso Ferreira, Rodrigo Lessa, Miguel Silva, Alexandre Almeida, Pedro Perino e Félix
duas provas disputadas. João Oliveira, segue-o na classificação “ex aequo” com o líder do evento. Duarte Pinto Coelho fecha o pódio, na frente de João Pinto Coelho e Pedro Pinto Soares. Adrian Malheiro, não teve um fim-desemana de “feição”, e após ser “desclassificado” na primeira prova, acabou a segunda no
Aparício. Gonçalo Coutinho “à imagem de tantos outros” lidera com o “pleno” a categoria Rotax Max. No segundo lugar, segue Filip Vava em igualdade pontual com Manuel Alves. Diogo Marques é actualmente quarto, seguido de António Correia, Afonso Trindade e João Galveia.
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As categorias Rotax DD2 e DD2 Master participam juntas, e são actualmente lideradas por Pedro Pinto da DD2. José Oliveira, também da DD2, é agora segundo classificado, seguido de Rui Pereira o primeiro da DD2 Master e
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António Teixeira que embora quarto da geral, é terceiro na DD2. A partir do quinto lugar, todos os classificados pertencem à DD2 Master e é João Oliveira que ocupa esse lugar, seguido de, Vitor Mendes, Pedro Loures, Bravo Lima, Fernando Costa e Ivo Prada.
Fotos de: José Lourenço
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Troféu Pedro Chaves: férias de Verão antes de uma estreia O Troféu Pedro Chaves entra agora na pausa para férias de Verão, regressando em setembro com uma estreia: a primeira prova no novo kartódromo do Montijo. Entretanto, 5 das 8 provas já se encontram realizadas, o que significa que nos aproximamos da recta final.
troféus de karting amador nacionais, conta por vitórias as suas 4 participações no TPC deste ano. Só a sua ausência na primeira prova permite que os adversários mais próximos possam estar ainda relativamente próximos. Contudo, se a tendência se mantiver, Maltinha poderá integrar até a
galeria de campeões do TPC com uma prova de avanço, o que já não acontece há algum tempo.
Quem pára Ricardo Maltinha? A nossa opção pelo antigo Acordo Ortográfico para escrever este texto justifica-se com este subtítulo. Com o novo acordo, ficaria “Quem para Ricardo Maltinha?” Seria aceitável, no sentido em que ficaria implícita a pergunta se haverá alguém para lutar com Ricardo Maltinha até ao fim do campeonato. Mas o sentido que queríamos dar era mesmo este: quem pára, ou quem conseguirá parar Maltinha até ao final do campeonato. O antigo “rookie”, que despertou para o karting no TPC e entretanto já vem fazendo uma carreira interessante noutros
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A importância da consistência no Troféu Pedro Chaves Tendo em conta a filosofia do TPC, que implica diferentes tipos de máquinas, pneus e circuitos a cada evento, a consistência e a capacidade de adaptação às circunstâncias é bastante importante. E se as 4 vitórias de Maltinha são impressionantes, os seus adversários mais próximos têm-se mantido bastante consistentes, e é isso que mantém acesa a luta pelo título. Luís Tereso, além de ter vencido a prova inaugural da temporada, conquistou um pódio no Carregado e dois 4º lugares nas últimas duas provas. Não fosse pelo resultado um pouco menos conseguido em Palme-
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la, e podia ainda manter-se na frente do campeonato. Na terceira posição vem Jorge Gaspar, com três pódios, um quinto lugar e também um resultado menos conseguido. Ainda assim, Gaspar está a 19 pontos de Maltinha e a 11 de Tereso, pelo que ainda é cedo para descartá-lo da luta pelo título.
Campeonato de Equipas ao rubro
No Campeonato de Equipas do Troféu Pedro Chaves podemos ver, na presente época, níveis de interesse e intensidade nunca vistos. Após as 5 primeiras provas, as três primeiras classificadas estão separadas por apenas… 3 pontos! A Acceleron Motorsport lidera com 154 pontos, seguida pela Boralá com 152 e pela Sem Stress / KeR, com 151. Tendo em conta que se trata de um campeonato de equipas, no qual a pontuação máxima que se pode obter
numa prova é de 46 pontos (em caso de dobradinha), trata-se de margens incrivelmente apertadas. A histórica Acceleron deverá
contar com Ricardo Maltinha até ao final da temporada, o que reforça a sua candidatura ao título dada a excelente forma que o piloto vem mostrando esta época.
As três últimas corridas
O Troféu Pedro Chaves prossegue a 22 de Setembro
com a sua primeira prova no kartódromo misto (indoor/ outdoor) do Montijo. A 13 de outubro, é a vez do regresso ao KIRO, no Bombarral, sem que saiba ainda qual a versão a utilizar do circuito pelo qual passou Lewis Hamilton durante o seu período de formação nos karts. Finalmente, a 3 de Novembro, acontecerá o desfecho que, como manda
a tradição, acontecerá em Leiria, no circuito do NDML (Milagres). Como sempre, as inscrições para as três provas serão abertas a todos os que queiram participar, bastando contactar a Organização nesse sentido, através do e-mail (trofeupedrochaves@gmail.com) ou da página de Facebook do Troféu Pedro Chaves.
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XVIII Campeonato ORMEI António Batista, renova o titulo. No passado dia dezanove de Maio no Kartódromo da Batalha, o XVIII Campeonato ORMEI (referente aos anos 2017/2018), realizou a sua última prova com resultados pontuáveis. Foram nove provas distribuídas por quatro Kartódromos, onde o convívio e desportivismo foram
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uma constante. Para vinte e seis de Junho, está marcada no Kartódromo de Almeirim uma finalíssima; no que será o quinto Kartódromo visitado este ano e que funcionará a título de convívio e para a entrega de prémios. Embora se ganhem pontos, por se estar presente nessa prova, o facto de não o fazer, poderá
“mexer” com a classificação de alguns pilotos. Se assim for na generalidade, mesmo que não participe na última prova, António Batista é já o vencedor deste evento. Embora falhasse uma prova, António Batista “arrasou” nas outras, revalidando o título e deixando para os restantes pilotos as decisões dos lugares seguintes. O segundo posto atual, é ocupado por Nuno Pais, com Ricardo Maltinha a fechar o pódio. Dário Garcia, é o actual quarto classificado, seguido das presenças de: Ricardo Araújo, Luis Mello, Nuno Alves, Augusto Paulino, Filipe Martins, Carlos Costa, Diogo Topa, João Corte-Real, e Miguel Freitas fecha o lote dos
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10 primeiros. Nas posições seguintes, estão classificados; Wilson Leonardo, José Oliveira, Nuno Paço,
José Vieira, Manuel Castanheira, João Raimundo, Tiago Pereira, Rafael Carriço, Filipe Paço, João Carlos, Rui Carneiro, Bruno Sabido e Carlos Bom.
Está também já planeado o XIX Campeonato, e em breve será divulgado o respectivo calendário. Boas Férias para todos.
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24 Horas Ferberto Batalha 2018 Um final impróprio para cardíacos.
A menor diferença de tempo entre os dois primeiros de sempre. No fim-de-semana de dois e três de Junho, realizou-se no Kartódromo EuroIndy na Batalha, o que já é considerado como a “prova Rainha” da resistência de Karting no nosso País. Mais uma vez, o “staff” do EuroIndy, preparou e realizou este excelente encontro dos maiores kartistas do País, no que foi um autêntico “hino” à competitividade, empenho e resiliência de todos os participantes. Quanto ao G.A.T.A., foi ajudado por um sistema de “vídeo/comissário” que “desempatou” na maioria das vezes, as dúvidas existentes. Levando mesmo, este grupo de comissários até à exaustão e obrigando-os a trabalhar muito além das 24 horas da prova. Ao contrário destes, a oficina, pouco ou nada fez durante a prova e nas últimas seis horas, apenas um “IZZI-FLEX” entrou nessas instalações. Também o “Pace-Kart”, teve um “dia de fol-
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ga” a contrastar com o “reboque”, que teve bastante que fazer, graças às más contas, que resultaram em faltas de gasolina. Esta edição, contou com vinte e duas equipas participantes, entre as quais duas Italianas, uma Francesa e uma Italo-Iberica que representaram três nacionalidades (Portugal, Espanha e Itália). No dia um de Junho, foram realizados os treinos livres; onde as equipas tiveram o primeiro contacto com o seu veículo, e no dia seguinte, começou a competição a “sério”. Durante sessenta
minutos, as equipas deram o máximo para obterem o melhor tempo que lhes permitiria partir
da frente da prova. Se é verdade que a posição nos treinos, pode não ser fundamental numa prova de vinte e quatro horas, para estas equipas é um “ponto de honra” conseguir sair da frente e tentar lá passar o máximo de tempo possível. Essa honra, coube à equipa Ormei Cágado Statistics que com
o tempo de 48,052s conseguiria a ambicionada posição. A Ases Endurance, seria apenas 0,070s mais lenta que a primeira, relegando a Racing Aces para a terceira posição com o registo de 48,168s. Atrás delas, ficaram os registos das: Merlett Team Kart, BCP, Kmed Europa, AJM II Informática, PS&A Advogados, Ferberto, e a Ordem dos Engenheiros / CCD Siemens fecharia o “top-ten”. A Academia Kart Cup, partiria da décima primeira posição, seguida das: Fast Team Racing, Kopas, Keystone, Cipart e ClubeKart Racing Team, 2 Academia Kart Cup, InKart A. S. Metais, L2 Spirit, GD BPI, Clube Millenium BCP, Lisboa Kart / Vitamix e a Chrono Team Racing, fechou o lote dos participantes nos treinos.
À partida para a prova, algo começava a sobressair; pois muitos dos presentes nesta corrida recebiam noticias de que estavam a ser seguidos on line. E isto, porque a Z TV estava a transmitir a prova “praticamente na íntegra”, para o seu canal no Facebook. Um excelente trabalho do locutor Marcos Almeida Rodrigues que assim “cobriria” esta entusiasmante prova. O evento foi “correndo” como
habitualmente. Foram servidas refeições, cumpridas penalizações, e em pista a Racing Aces dominava por completo os seus adversários. Tudo parecia correr muito bem para esta equipa que já há bastantes anos, tentava a vitória sem sucesso. Mas eis que a chuva chegou e tudo se complicou. Partindo do oitavo lugar e navegando toda a prova entre os cinco primeiros, a PS&A Advogados começava a dar um “ar da sua graça”, mostrando um andamento à chuva fora de normal. Não foi portanto de admirar, que rapidamente tenha chegado à liderança e se tenha começado a afastar da concorrência. Nesta altura, a equipa do BCP tinha também passado a Racing Aces que via assim o esforço de dezoito
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horas, “escorrer-lhes entre os dedos”. A uma hora do fim da prova, parou de chover e a vinte minutos do término da mesma o piso secou; foi então que se começou a assistir, a voltas cada vez mais rápidas de Racing Aces. Já tinha passado a
BCP, e encostou-se na PS&A Advogados que prometia não “facilitar” nada a vida à segunda classificada. A poucas voltas do fim e após muita insistência, a Racing Aces conseguiu passar
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para a frente, terminando assim a prova com a menor diferença de sempre (0,859s) entre as duas primeiras equipas, e com o BCP só a uma volta. Foi o final mais emocionante dos últimos anos, numa prova onde o Staff do Kartódromo
esteve excelente e terminou cansadíssimo. Para memória futura, ficam aqui as classificações finais: O quarto lugar, pertenceu aos Ases Endurance (já a quatro
voltas), seguida das; AJM II Informática, Merlett Team Kart, ORMEI Cágado Statistics, Academia Kart Cup, KeyStone e a Kmed Europa, fecharia o grupo dos dez primeiros. O lugar seguinte foi para o Clube Millenium BCP, GD BPI, Fast Team Racing, Cikart e Clube Kart Racing Team, Chrono Team Racing, 2 Academia Kart Cup, Inkart A. S. Metais, Ordem dos Engenheiros / CCD Siemmens, Ferberto, Lisboa Kart / Vitamix, Kopas e a L2 Spirit, fechou o grupo de 22 competidores.
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22º Troféu Henrique Gonçalves Uma “incógnita” até ao fim Com o título de “Troféu contínuo mais antigo do País”, o Troféu THG contínua emotivo e a manter acesa a dúvida até ao fim. Isto tudo, porque o verdadeiro adversário neste evento, continua a ser o cronómetro, e por isso é normal assistirmos a um dia de prova dominada por um piloto e noutro dia, por outro. Graças a uma grande regu-
laridade de prestações, atualmente é Paulo Cabaço que lidera a tabela e é saudável ver no topo um piloto que nunca venceu este evento. O vencedor de 2016 (Ruben Conceição) é actualmente segundo e a maior ameaça à liderança de Cabaço. Alexandre Gouveia (o vencedor do
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Paulo Cabaço
THG do Troféu NK de 2016), ocupa a terceira posição seguido por Miguel Patrício; e Tiago Teixeira. Ruben Costa, é actualmente o sexto, com André Branco, Diogo Constante, Salvador Moreira Rato e Duarte Lopes a fecharem o
Ruben Conceição
lote dos 10 primeiros classificados. Estão ainda classificados mais trinta e cinco pilotos, no que torna este evento, um autentico medidor de competitividade do 21º Campeonato Nacional Kart.
Alexandre Gouveia
Fotos de: Ana Miranda e José Nunes
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Uma nova revolução no Panorama do Karting Nacional No fim do século passado e início deste, o karting nacional estava restringido ao Campeonato Nacional (sobre a alçada da FPAK) e troféus particulares. Estes últimos, mais baratos que o Nacional, eram normalmente organizados pelos Kartódromos e tinham por objetivo reduzir preços, e assim cativar mais participantes. Geralmente assentes em marcas de chassis, motores e pneus, alguns desses troféus conheceram glórias e ficaram como referência futura. Entre estes, estão os Troféus Diana (Évora), Mari (Almeirim), EuroIndy Maraven (Batalha) e Troféu Figueiredo e Silva (Cabo do Mundo), entre outros. Com o apareci-
Os Yamaha 250 cc.
mento das frotas de aluguer, muitos “organizadores privados” começaram a aproveitar as mesmas e a fazer “uma certa concorrência” aos próprios Kartódromos; e como os valores eram bastante inferi-
ores, os Troféus “monomarca”, começaram a ressentir-se e a deixarem de ser realizados. No entanto,
Uma “luta” aparentemente desigual, entre a cat. GT2 e a 390, nem sempre favorece a segunda.
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A opção Honda GX 390, provou ser a mais económica dentro dos 4 T.
continuava a haver alguns entusiastas, que não viam as frotas de aluguer como alternativa, mas também não tinham disponibilidade financeira para continuarem nos “troféus monomarca”. Foi então, que surgiu a possibilidade Yamaha, um troféu lançado pela Lucena Karting “Évora” , com o intuito de ser uma competição mais barata. Visto o motor 250 cc a 4 Tempos, ser mais duradouro e menos dispendioso em termos de reparações, lançou-se então, os Troféus Yamaha Cup
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e Galp 2000. Como este era “quase” um exclusivo da Lucena Karting, o EuroIndy (Kartódromo da Batalha) estudou os já provados Honda, e tentou arranjar um conjunto igualmente pouco dispendioso e ao mesmo tempo entusiasmante, alterando assim o seu “Challenge Cup” para chassis de competição e motorização Honda 390cc. A fama de um e outro, foram crescendo e o Karting estava a entrar na sua “época dourada”; no entanto, nada no nosso país parece durar
muito, e assim, após umas ótimas ideias de competição privada, onde se encontravam várias motorizações a 4 tempos, os entusiastas donos de karts, começaram a faltar cada vez mais e a pararem de participar nas provas “semiprofissionais”. Como consequencia, os Kartodromos pararam de organizar estas mesmas. Atualmente, à parte do EuroIndy que continua a organizar os seus campeonatos privados, praticamente nenhum Kartódromo organiza provas em que os pilotos são os donos dos veículos. Ora, tentando colmatar essa lacuna e até porque foram dos percursores das provas a 4 tempos, o Kartódromo de Almeirim, resolveu abrir a oportunidade dos pilotos privados participarem nas suas provas de resistência, criando assim várias categorias dentro da mesma corrida. O forte, tem sido a participação de equipas no regime de aluguer mas, algo timidamente, alguns pilotos começaram a tirar os seus karts da garagem e com mais ou menos dificuldade, lá começaram a aderir. O receio inicial, era de que os “alugueres” abusassem do seu “safety-gard”; mas em pista, o comportamento tem sido exemplar, pois nenhum piloto minimamente inteligente, irá discutir um lugar com um veículo que é dois a quatro segundos mais rápido por volta. Também por parte dos privados, há mais paciência, pois nenhum tem vontade de danificar o seu kart em discussões ridículas, esperando pelas re-
A Briggs & Stratton, chegou a prometer muito, mas os problemas constantes, cobraram o seu preço.
tas para passar os de aluguer. Sendo assim, o Kartódromo de Almeirim conseguiu algo de muito positivo: Embarateceu de uma maneira geral as provas e conseguiu encher as grelhas, os alugueres continuam a ter muitos adversários diretos e os privados têm onde correr com os seus veículos e mostrar a sua destreza na mecânica (o que algumas vezes, dá mau resultado em termos de conquistas). Esta é uma fórmula vencedora, se o seu caso é um destes, tem um veículo a 4 tempos na garagem a “apanhar pó”, participe nos eventos do Kartódromo de Almeirim, só têm de adquirir um jogo de pneus da organização (obrigatório), pagar a inscrição nas várias provas de 3 a 24 horas anuais e divertirse numa sã e entusiasmante
Há imagem dos Briggs & Stratton, os SA 250, também tiveram uma passagem pelo panorama nacional do 4T. Infelizmente, embora mais duradouro, o fim foi igual.
competição. Garantimos que estas participações, são muito mais engraçadas do que fazer
tempos sozinhos na pista. Apareçam, o Kartódromo de Almeirim, espera por vocês.
Esta é a nova aposta do Kartódromo de Almeirim. Uma competição “mista”, separada por categorias e onde os “privados”, podem competir ao lado dos alugueres.
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Banda Desenhada
Continua...
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