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As Áreas Livres

Não há como pensar em um edifício sem considerar o seu entorno, neste caso, a criação dos espaços livres esteve totalmente articulada com as intenções do projeto escolar.

Frente a Avenida Adolfo Pinheiro, um canteiro em chanfro conduz o pedestre a acessar a praça pública. Pensando também que esta via é de intenso trânsito, este canteiro se prolonga e recebe árvores de médio e grande porte, que ajudam na proteção do pedestre e contribuem para o isolamento acústico do espaço.

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Próximo ao acesso principal da escola, um novo canteiro angular, com vegetação rasteira e árvores de porte médio, protege e sombreia o corredor administrativo da escola, este canteiro é envolvido por um espelho d’água, trazendo mais um elemento da natureza para este miolo urbano.

Para o pedestre da Rua Salomão Karlik, um canteiro de arbustos protege a escola e o conduz até ao acesso da praça, por meio uma escadaria, que devido à sua configuração e seu patamar na cota 860, permite o uso como uma pequena arquibancada, um ambiente de estar, espera, lazer e apresentações.

Quem percorre o caminho pela Rua São José repara que a esquina recebe um grande canteiro de forrações e árvores, ajudando a consolidar aquele espaço como um grande recinto. Nessa rua, um novo chanfro dá acesso à praça, tanto por escada quanto por rampa, e, assim como nos outros desníveis, o patamar intermediário sempre propicia um espaço de convivência.

Fig. 69. Vista da praça. Elaborado pela autora

Fig. 68. Corte FF. Elaborado pela autora

G F E C B A

0 2 5 10m

No miolo central da praça, um grande Jacarandá implantado em um canteiro marca a paisagem, configurando não só um espaço de estar, mas um ponto de encontro e um condutor de caminhos.

Fig. 70. Vista do miolo central da praça. Elaborado pela autora

Todas as árvores do projeto foram escolhidas conforme o CATÁLOGO DE ESPÉCIES VEGETAIS - ESPECIFICAÇÕES DA EDIFICAÇÃO ESCOLAR (2012), logo, é possível encontrar diversas espécies, desde Araçás a Ipês, que trazem maior diversificação para o projeto e enriquecimento das áreas verdes.

Toda praça recebe o mesmo tratamento paisagístico, garantindo a sua compreensão como uma grande unidade. Os chanfros conduzem os caminhos delimitando espaços, a vegetação protege e evidencia, os espelhos d’água trazem um complemento e, junto com todo o mobiliário implantado, compõem um novo espaço público a ser usufruído tanto pelos alunos como por todos os frequentadores da região de Santo Amaro.

Fig. 71. Vista pela Rua Salomão Karlik, destaque para a escada arquibancada e área para apresentações. Elaborado pela autora

Fig. 72. Vista da praça pela Rua São José, acesso por rampa e escada. Elaborado pela autora

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CONSIDERAÇÕES finais

Nas palavras de Frago e Escolano: “[...] o espaço não é neutro. Ele sempre educa.”

(1998, p.75)

Fig. 73. Vista da conexão do pátio coberto (esquerda) com o pátio descoberto (direita). Elaborado pela autora

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