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Jardim Municipal Barranquitas Sur
Fig. 25. Fachada da escola. Fonte: Federico Cairoli
Outro projeto da Subsecretaria de Obras de Arquitetura da Cidade de Santa Fé, Argentina, de 2012, com uma área de 1034m², é a Barranquitas, com uma arquitetura simples, mas com programa e equipamento público bastante exaltados.
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Os edifícios foram projetados a partir de uma malha modular, assim o programa é instalado intercalando-se com os diferentes pátios. O programa é mais enxuto que o utilizado nas escolas brasileiras, mas nota-se que há uma destinação da maior parte do espaço para áreas pedagógicas e de vivência, e uma menor fração para os espaços administrativos.
Toda a escola se configura a partir dos pátios, sendo estes cobertos ou descobertos, com características diferentes; em torno destes, são distribuídas todas as unidades funcionais.
O primeiro, mais largo e retangular, recebe um caráter institucional, funcionando como pátio de entrada e expansão natural das áreas públicas e de uso comum: sala multiuso, midiateca e administração.
O segundo, mais linear e circulatório, se articula com as salas de aula. Nestes pátios, há sempre a presença de elementos verdes, árvores que acompanham as mudanças sazonais.
Cada sala de aula é um módulo funcional, possui seu banheiro/fraldário e copa internos, e todas se relacionam com pelo menos dois pátios, um central e um que se tem acesso pela própria sala de aula, que se configura como solário.
Fig. 26. Planta. Fonte: Archdaily, 2013
Fig. 27. Pátio das salas de aula. Nota-se maior a presença de cores na ala pedagógica/salas de aula. Fonte: Federico Cairoli
O projeto tem um conceito de programa ampliado, permitindo a multiplicação de usos, oferecendo diversas interações entre as crianças, professores e a própria comunidade, pois a midiateca, cozinha, depósitos e sanitários estão em um bloco funcional que pode operar de forma autônoma.
Pensando não só no equipamento, mas também no entorno, junto ao projeto da escola tiveram obras complementares de infraestrutura urbana que agregaram uma praça com área esportiva, novas áreas verdes e requalificação de calçadas.
Com uma arquitetura volumétrica de formas simples e materialidade dos sistemas tradicionais de construção, a obra se destaca não só pela arquitetura, mas por proporcionar, além da escola, um equipamento público para a comunidade.
Fig. 28. Relação entre o interno e externo. Destaque para divisória móvel, permitindo total integração entre os ambientes. Fonte: Federico Cairoli
Fig. 29. Interior das salas. Fonte: Federico Cairoli
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ANÁLISE DO TERRENO e entorno
“A primeira atividade do arquiteto contratado para elaborar o projeto de uma escola estadual, será conhecer o local da implantação. Nesta visita, sobretudo, seu olhar deverá apreender a conformação física do terreno e as características do entorno, procurando vislumbrar in loco o partido que permita implantação compatível àquele terreno e por isto demande o menor movimento de terra, mas que também qualifique o tecido urbano pela inserção do edifício escolar. Pela sua escala e tipologia de referência urbana, o prédio deverá apresentar identidade de obra pública e estabelecer um diálogo respeitoso com as edificações do entorno, despertando na comunidade o senso de pertencimento.”
PROJETO NORMAS ARQUITETURA , 2011, P. 1
Fig. 30. Vista de Satélite do terreno e entorno. Fonte: Google Earth, 2022
RUA SALOMÃO KARLIK
AV. ADOLFO PINHEIRO
Fig. 31. Vista de Satélite ampliada do terreno. Fonte: Google Earth, 2022