Josi vendia revistas do Nosso Amiguinho e também O Atalaia nas ruas centrais da cidade, e sabia explicar tudo sobre o conteúdo e público alvo dos materiais. Não foram poucas as vezes que sentiu-se abençoada de forma miraculosa, especialmente em dias em que vendeu pouco.
Passados alguns anos, Josi iniciou a carreira como professora, após ter concluído uma formação em 1976. Dois anos depois se casou com Sérgio Pinto, que havia se tornado adventista após conhecê-la em um ônibus. Ela havia afirmado, de maneira bem firme já no primeiro encontro, que só namoraria com um rapaz que tivesse a mesma fé que ela. Pouco depois, mesmo com o nascimento da filha, Josi prosseguiu estudando Sociologia, enquanto o marido terminava Letras e Literatura. O interesse pelos estudos não findava e ambos iniciaram a faculdade de Direito, após casados. Em 1984 eles deixaram o Brasil, para onde só voltariam em 2013. Enquanto esteve fora, Josi morou em diversos países, por causa da carreira profissional. Poliglota e sempre fazendo cursos e especializações, ela conquistou destaque em altos cargos em multinacionais.  Durante três anos, Josi trabalhou como embaixatriz consorte, ao lado do embaixador da Alemanha em Portugal. Por causa destes contatos e carreira, a filha do casal pôde estudar nas mesmas escolas e faculdades que princesas que, atualmente, estão no poder. Embora as igrejas fossem diferentes em cada país e Josi passasse boa parte do tempo em viagens internacionais, ela nunca perdeu a oportunidade de participar dos cultos. Em cidades onde não havia templos, ela dedicava o sábado para a adoração em locais variados. A observância do sábado sempre foi respeitada pelos seus chefes, embora a maioria deles não acreditasse nem mesmo em Deus, então ela precisava dedicar tempo a sós com Ele. Em 1992, com a notícia da doença do pai, as viagens para o Brasil se tornaram mais frequentes. Durante os trajetos, ansiosa por ver a situação do pai se deteriorando, ela começou a ter conversas íntimas com Deus, questionando o que poderia fazer para se aproximar do modelo de vida do pai, do ponto de vista missionário. “Quantas pessoas foram batizadas e quantas igrejas foram inauguradas por causa do amor dele pela missão!”, ela exclamava. Um dia, Josi soube que estava acontecendo uma Semana de Oração na igreja de Caxias, a mesma que sempre frequentou enquanto morava no Brasil. Distante do país há mais de 30 anos, ela não sabia da visibilidade da TV Novo Tempo, e menos ainda reconhecia os nomes dos pastores-apresentadores e evangelistas. Estava na igreja para assistir os cultos, como sempre fazia.
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