Uma poetisa
cristã
N
a década em que os primeiros missionários adventistas desembarcaram no Rio de Janeiro, por volta de 1890, nascia em Natal, no Rio Grande do Norte, Isolina Alves Avelino Waldvogel. Ela era filha de Pedro Avelino e Maria das Neves Avelino, e foi sozinha que a menina aprendeu a ler e a escrever. Já alfabetizada, foi matriculada em uma colégio de freiras para estudar o primário, mas no meio do curso foi transferida para uma escola evangélica. A família tinha boas condições financeiras e também um nível cultural elevado, por isso, ela foi educada entre os grandes pensadores do Estado, o que foi importante para o desenvolvimento de habilidades de escrita e idiomas, e também a levou a se interessar pelas artes. Logo que se mudaram para Recife, os pais de Isolina decidiram investir em aulas particulares de Inglês e Francês para ela. Em 1915, os registros apontam a chegada da família Avelino ao Rio de Janeiro, época em que os pastores Emanuel C Ehlers e Frederico Kümpel estavam realizando séries de conferências na cidade. Naquele mesmo ano, Isolina e os pais se tornaram adventistas. As mensagens impactaram tanto Isolina que ela pediu aos pais para estudar Teologia no Colégio Adventista Brasileiro (CAB), hoje chamado Unasp São Paulo, que estava abrindo as portas naquele mesmo ano. Pouco tempo depois, conheceu Luiz Waldvogel, um rapaz cinco anos mais novo que havia deixado o interior de São Paulo para também cursar Teologia. Filho de pais alemães que eram proprietários de um armazém de secos e molhados, Luiz sempre se recusou a vender bebidas alcoólicas e trabalhar aos sábados, tendo o apoio da mãe, mas isso causava bastante problemas com o pai. No dia em que o pai faleceu, aos 17 anos, Luiz decidiu ir para o CAB.
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