agora conhecem a Igreja Adventista
Todos
M
aria da Penha Lucas, a caçula de seis filhos, nasceu em Aimorés, MG, em 1950. A vida da família era muito difícil, por causa do alcoolismo do pai, fazendo com que a mãe fosse a responsável pelo sustento da família. Ela produzia e vendia colchões feitos com capim seco, e foi nesse cenário que Maria da Penha viveu até a adolescência. Por morarem na cidade, todos os irmãos tiveram acesso à educação, completando a graduação que a escola pública oferecida na época, chamada de normal, o que habilitava para dar aulas. Maria da Penha iniciou ainda o curso de Pedagogia, mas foi apenas até o terceiro ano. Aos 14 anos, Maria da Penha começou a trabalhar e, como nesta época os irmãos mais velhos já eram casados, ela era a única responsável pelo sustento da casa. Ela era vendedora em uma loja da cidade, o que lhe garantia um ordenado razoável. Aos 16 anos, conheceu o rapaz que se tornaria seu esposo. Ele era de família evangélica, mas não atuante; uns anos antes, Maria da Penha havia começado a frequentar a Igreja Batista, mas parou logo. Casada, a vida financeira era estável, com o trabalho do esposo na prefeitura de Aimorés e o dela, na área de vendas. Os dois primeiros filhos de Maria da Penha nasceram neste período. Em 1976, a família se mudou para Belo Horizonte, MG, e Maria da Penha foi aprovada no concurso de um órgão ligado à CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais). Quatro anos depois, a família mudou-se para a cidade de Itabira, onde nasceu o terceiro filho. Em 1984, Maria da Penha foi aprovada em um novo concurso, desta vez para atuar no INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). Durante muitos anos, Maria da Penha não ia à igreja, e o casamento vinha enfrentando várias crises. Até que, por volta de 1994, a decisão de pôr fim ao relacionamento de cerca de 25 anos a levou a uma profunda depressão. Entre muito choro e sentimentos ruins, Maria da Penha tinha pensamentos de vingança, e chegou a orar para que Deus lhe desse a oportunidade de “dar o troco”. 72