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PAVOR E SANGUE NA NOITE EM TERESÓPOLIS

CADEIRA 16

ANTÔNIO BATISTA BARBOSA DE GODOIS

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AYMORÉ DE CASTRO ALVIM FUNDADOR

AYMORÉ ALVIM Desde o início do Movimento Cultural de 1920, Pinheiro passou por uma série de transformações, principalmente, no seu ambiente artístico-cultural. Foram criados a Loja Maçônica Renascimento de Pinheiro, o Jornal Cidade de Pinheiro, a Biblioteca Popular, o jornal A Vanguarda, os teatros Guarany, Santo Inácio e São José, o Rádio Clube Pinheirense, o Cassino Pinheirense, o Salão do Cinema além de cursos de primeiro e segundo graus. Não podemos esquecer, contudo, a fundação de times de futebol, o esporte preferido por todos, times de Voleibol e Basquetebol. O bumba-meu-boi, reisados, festa do Divino, tambor de crioula e pastorais eram manifestações que já existiam antes de 1920, mas que receberam incentivos e ainda fazem parte do Calendário turístico-cultural do município. O importante desse Movimento foi que, ao mesmo tempo, se preocupou em atender os diferentes segmentos sociais da cidade recém-criada e preservar essa riqueza já existente. De todas essas atividades, destacamos o teatro como instrumento importante, no campo educacional, pois amplia o conhecimento e ajuda na formação da cidadania pela contribuição que dá, principalmente, às crianças e aos jovens para o seu desenvolvimento intelectual e expressão dos seus sentimentos e emoções. A primeira casa dessa arte milenar, em Pinheiro, antecedeu o movimento de 1920. Na segunda metade da década de 1910, José Cruz Lima e esposa, dona Santa, criaram o “Recreio de Maria”, um salão, na própria residência, onde eram apresentados dramas, comédias, pastorais por crianças e jovens de ambos os sexos. Mas foi a partir do Movimento Cultural que as atividades teatrais foram consolidadas. Foi criado o Teatro Guarany, instalado, na Rua Siqueira Campos, em frente ao atual Patronato São Tarcísio. Na sua inauguração, em 22 de janeiro de 1922, foi levado ao palco o drama bíblico Esther, dirigido pela professora Raimunda Nogueira. Do elenco participaram as senhoritas Naíza Sousa, Zirza Jinkings, Inah Guterres, Rosalina Castro, Alice Guterres Sousa e Inez Frazão. Em maio desse mesmo ano, o Teatro voltou a abrir suas portas com a comédia “Chalé à beira da estrada” com interpretação a cargo dos jovens artistas: Benedito Durans, Alcides Reis, Antônio Beckman, Ulysses Durans, Cândido Castro, Antônio Durans, Ataliba Ribeiro, Paulo Soares e os cantores de fados e sambas Alice e Waldemir Guterres Soares. Com o desaparecimento do Teatro Guarany surgiu o Teatro Santo Inácio, fundado, em 25 de março de 1925, cuja sede ficava, na atual Avenida Getúlio Vargas, onde se encontra o Armazém Paraíba. Coronel Libório foi a peça inaugural. Era uma comédia escrita, produzida e dirigida por Waldemir Soares que, também, atuava como ator juntamente com o seu grupo formado pelos jovens: Benedito, Antônio e Ulysses Durans, Paulo Castro, Raimundo Soares, Vicente Costa, Odim e Ernani Leite e Carlos Pimenta. Outras iniciativas que ocorreram, na segunda metade dessa década, foram promovidas por dona Izabel Fialho Felix com o apoio do pároco, padre Severo, por dona Fausta Abrão e pela Sociedade Cívico-Teatral Pinheirense, fundada em 1925. Tudo isso reflete a boa atmosfera criada pelas artes que envolvia o povo de Pinheiro. A década de 1930 foi, também, muito fecunda em artes, educação e cultura.

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