Lidel Enfermagem
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Boas leituras!
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Manuela Néné – Professora Coordenadora da Escola Superior de Saúde da Cruz
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www.lidel.pt
9 789897 524905
www.lidel.pt
ISBN 978-989-752-490-5
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Validação e Adaptação de Instrumentos de Medida
4
Metodologia Qualitativa Aplicada à Investigação em Cuidados de Saúde
5
Ética da Investigação em Saúde
6
Otimização da Pesquisa de Informação
7
Leitura Crítica de Artigos Científicos
8
Comunicação de Resultados Científicos
9
Escrita de Artigos Científicos
Direção da Coleção:
10
Manuela Néné Carlos Sequeira
Visibilidade da Produção Científica
11
Prática Baseada na Evidência
12
Revisão Narrativa, Integrativa e Sistemática da Literatura
13
Relatos de Experiências na Realização de uma Tese de Doutoramento
Amarelo
Verde
Manuela Néné Carlos Sequeira
Carlos Sequeira – Agregado em Ciências de Enfermagem; Pós-doutorado em Saúde Mental Positiva; Doutor em Ciências de Enfermagem; Professor Coordenador da Escola Superior de Enfermagem do Porto; Coordenador do grupo de investigação NursID – Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e da Unidade de Investigação da Escola Superior de Enfermagem do Porto; Presidente da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental; Editor Chefe da Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental; Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica.
Teoria e Prática
Vermelha Portuguesa de Lisboa; Doutora em Psicologia; Mestre em Ciências de Enfermagem; Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; Investigadora do NursID – Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.
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Manuela Néné I Carlos Sequeira
Metodologia da Investigação Quantitativa
Azul
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Teoria e Prática
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Esperamos que a compilação desta informação possa potenciar a investigação em enfermagem, ajudando os investigadores a construírem um percurso com mais e melhor investigação.
INVESTIGACÃO EM ENFERMAGEM
Investigação em Enfermagem: Das Prioridades aos Reptos
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Esta obra, de fácil leitura, incide sobre os assuntos básicos da investigação, numa lógica de teoria versus prática, e é dirigida a estudantes de Enfermagem (licenciatura, mestrado e doutoramento), enfermeiros, investigadores, profissionais de saúde e outros interessados. Visa aumentar o conhecimento existente, agregando um conjunto de temáticas e experiências adaptadas à realidade portuguesa, com o objetivo de apoiar os profissionais que se interessem pela investigação.
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INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM
Índice
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Lidel Enfermagem
INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM
Lidel Enfermagem
8 cm
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Coleção
14,5cm x 21cm
15,5 mm
8 cm
Vermelho
Análogas Violeta
figura a cores da página 177
INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM TEORIA E PRÁTICA
Coordenação
Carlos Sequeira Manuela Néné
Lidel – edições técnicas, lda. www.lidel.pt
EDIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Lidel – Edições Técnicas, Lda. Rua D. Estefânia, 183, r/c Dto. – 1049-057 Lisboa Tel: +351 213 511 448 lidel@lidel.pt Projetos de edição: editoriais@lidel.pt www.lidel.pt LIVRARIA Av. Praia da Vitória, 14A – 1000-247 Lisboa Tel.: +351 213 541 418 livraria@lidel.pt Copyright © 2022, Lidel – Edições Técnicas, Lda. ISBN edição impressa: 978-989-752-490-5 1.ª edição impressa: abril de 2022 Copyright © 2017, Publicaciones de la Universidad Rovira i Virgili EAN: 9788484244882 Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, a Lidel – Edições Técnicas, Lda. Tradução por Daniel Lanzas Martin, com revisão e adaptação pelos autores portugueses dos respetivos capítulos. Paginação: Ana Cristina Santos Impressão e acabamento: Cafilesa – Soluções Gráficas, Lda. – Venda do Pinheiro Dep. Legal n.º 497840/22 Capa: José Manuel Reis Direção da coleção: Manuela Néné e Carlos Sequeira Todos os nossos livros passam por um rigoroso controlo de qualidade, no entanto aconselhamos a consulta periódica do nosso site (www.lidel.pt) para fazer o download de eventuais correções. Não nos responsabilizamos por desatualizações das hiperligações presentes nesta obra, que foram verificadas à data de publicação da mesma. Os nomes comerciais referenciados neste livro têm patente registada. Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida, nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo eletrónico, mecânico, fotocópia, digitalização, gravação, sistema de armazenamento e disponibilização de informação, sítio Web, blogue ou outros, sem prévia autorização escrita da Editora, exceto o permitido pelo CDADC, em termos de cópia privada pela AGECOP – Associação para a Gestão, através do pagamento das respetivas taxas.
ÍNDICE AUTORES..................................................................................................................................
VII
PREFÁCIO.................................................................................................................................
XIII
Manuel Lopes
NOTA INTRODUTÓRIA..................................................................................................... XVII Carlos Sequeira/Manuela Néné
SIGLAS E ACRÓNIMOS.................................................................................................... XXII 1 – Investigação em Enfermagem: Das Prioridades aos Reptos..........
1
Introdução................................................................................................................ Global nursing e investigação........................................................................... A investigação em enfermagem e as políticas de saúde....................... Prioridades mundiais da investigação em enfermagem......................... Alguns alertas: Novos desafios para a investigação em enfermagem..................................................................................................... Conclusão.................................................................................................................
1 4 7 9 11 11
2 – Metodologia da Investigação Quantitativa............................................
15
Processo de investigação................................................................................... Identificação da questão de investigação.................................................... Desenho do estudo.............................................................................................. Classificação dos estudos...................................................................................
15 18 21 21
3 – Validação e Adaptação de Instrumentos de Medida .......................
51
Introdução................................................................................................................ Processo de validação de um instrumento de medida........................... Propriedades psicométricas............................................................................... Adaptação transcultural de um instrumento..............................................
51 52 52 63
4 – Metodologia Qualitativa Aplicada à Investigação em Cuidados de Saúde.....................................................................................
71
Introdução................................................................................................................ A “construção” do objeto de estudo em metodologia qualitativa.......... Método................................................................................................................................. Técnicas e instrumentos de obtenção de dados qualitativos............... Análise e validação dos dados......................................................................... Conclusão.................................................................................................................
71 72 74 80 89 92
Luís Manuel Mota de Sousa/Helena Maria Guerreiro José/ /André Filipe Morais Pinto Novo
João Carvalho Duarte/Amadeu Matos Gonçalves/Carlos Sequeira
Maria dos Anjos Dixe
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Patrícia Pontífice Sousa/Cândida Ferrito
IV
Investigação em Enfermagem – Teoria e Prática 5 – Ética da Investigação em Saúde.................................................................. Sérgio Deodato
97
Introdução................................................................................................................ 97 O primado do ser humano face ao desenvolvimento da ciência........... 98 O princípio da pertinência do estudo........................................................... 100 Os direitos dos participantes nos estudos.................................................. 102 Conclusão................................................................................................................. 105 6 – Otimização da Pesquisa de Informação................................................... 107 Alexandre Marques Rodrigues/Carlos Sequeira
Introdução................................................................................................................ Dados, informação e conhecimento............................................................... Fontes de informação.......................................................................................... Revisão bibliográfica............................................................................................. Estratégia de pesquisa da informação.......................................................... Linguagens documentais.................................................................................... Ferramentas de pesquisa de informação..................................................... Gestores de referências bibliográficas...........................................................
107 108 109 112 114 120 123 133
7 – Leitura Crítica de Artigos Científicos........................................................ 135 Isabel Lucas/Manuela Néné
Introdução................................................................................................................ Conceito e objetivos da leitura crítica................................................................. Como fazer a leitura crítica de um artigo......................................................... Sobre a escrita do artigo: O Índice de Nevoeiro (Gunning Fog).............
135 136 137 141
8 – Comunicação de Resultados Científicos................................................... 151 Ana Sofia Jesus/Manuela Néné
Introdução................................................................................................................ Aspetos gerais nas comunicações científicas................................................... Tipos de comunicações científicas........................................................................ Elaboração da apresentação de uma comunicação científica...................
151 152 166 168
9 – Escrita de Artigos Científicos........................................................................ 189 Francisco Sampaio/Pedro Sardo
Introdução................................................................................................................ 189 Porquê publicar.............................................................................................................. 190 Como escrever um artigo científico..................................................................... 191 10 – Visibilidade da Produção Científica........................................................... 209 Francisco Vieira/Olga Estrela Magalhães
Introdução................................................................................................................ Publicação de ciência.................................................................................................. Divulgação de ciência................................................................................................. Comunicação de ciência............................................................................................ Conclusão.........................................................................................................................
209 210 215 218 222
Índice
V
11 – Prática Baseada na Evidência........................................................................ 227 Rogério Rodrigues/Daniela Cardoso
História e definição do conceito de prática baseada na evidência........... Importância da prática baseada na evidência e recomendações para a sua implementação....................................................................................... Modelos para a prática baseada na evidência................................................ Implementação de evidência na prática clínica/Implementação de boas práticas............................................................................................................ Conclusão.........................................................................................................................
227 229 233 236 240
12 – Revisão Narrativa, Integrativa e Sistemática da Literatura............ 245 Rogério Rodrigues/Isabel Margarida Mendes/Daniela Cardoso
Introdução................................................................................................................ Revisão narrativa: Conceito e componentes............................................... Revisão integrativa................................................................................................ Revisão sistemática............................................................................................... Conclusão.................................................................................................................
245 247 249 253 257
13 – Relatos de Experiências na Realização de uma Tese de Doutoramento................................................................................................ 261 Introdução................................................................................................................ 261 Caso 1 Hélia Dias................................................................................................................. 263 Caso 2 Luís Manuel Mota de Sousa................................................................................ 272 Caso 3 Rita Marques............................................................................................................ 281 Conclusão................................................................................................................. 291
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ÍNDICE REMISSIVO............................................................................................................ 293
AUTORES COORDENADORES/AUTORES Manuela Néné Professora Coordenadora da Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa de Lisboa; Doutora em Psicologia; Mestre em Ciências de Enfermagem; Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; Investigadora do NursID – Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde. Carlos Sequeira Agregado em Ciências de Enfermagem; Pós‑doutorado em Saúde Mental Positiva; Doutor em Ciências de Enfermagem; Professor Coordenador da Escola Superior de Enfermagem do Porto; Coordenador do grupo de investigação NursID – Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e da Unidade de Investigação da Escola Superior de Enfermagem do Porto; Presidente da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental; Editor Chefe da Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental; Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica.
AUTORES
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Alexandre Marques Rodrigues Doutor em Ciências de Enfermagem; Mestre em Ciências de Enfermagem; Pós‑graduado em Gestão de Unidades de Saúde; Professor Adjunto da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro; Investigador do Centro de Estudos e Investigação em Saúde/Centre for Innovative Biomedicine and Biotechnology da Universidade de Coimbra; Membro do Grupo Associativo de Investigação em Feridas. Amadeu Matos Gonçalves Doutor em Ciências de Enfermagem pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto; Mestre em Ciências Sociais pelo Iscte – Instituto Universitário de Lisboa; Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica pela Ordem dos Enfermeiros; Professor Adjunto da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viseu; Investigador do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.
VIII
Investigação em Enfermagem – Teoria e Prática
Ana Sofia Jesus Enfermeira Especialista em Saúde Infantil e Pediatria da Unidade de Ortopedia 5 do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPE – Polo Hospital Dona Estefânia; Professora Convidada da Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa de Lisboa. André Filipe Morais Pinto Novo Doutor em Ciências de Enfermagem; Mestre e Especialista em Enfermagem de Reabilitação; Professor Adjunto da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Bragança; Investigador Integrado do NursID – Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde. Cândida Ferrito Professora Auxiliar da Escola de Enfermagem de Lisboa da Universidade Católica Portuguesa; Doutora em Enfermagem; Mestre em Gestão dos Serviços de Saúde; Especialista em Enfermagem de Saúde Comunitária; Investigadora do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa. Daniela Cardoso Investigadora Júnior da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA:E) da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra; Doutorada em Ciências da Saúde, Ramo de Enfermagem; Core staff do PORTUGAL Centre for Evidence Based Practice: a JBI Centre of Excellence da UICISA:E; Formadora acreditada pelo JBI em Evidence Implementation Training Program (Implementação da Evidência); formação na área de Revisão Sistemática (Comprehensive Systematic Review Training Program do JBI). Francisco Sampaio Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica; Mestre em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria; Pós-doutorado e Doutor em Ciências de Enfermagem; Professor Adjunto da Escola Superior de Saúde Fernando Pessoa; Investigador Doutorado Integrado do NursID – Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde. Francisco Vieira Mestre em Marketing pela Universidade do Porto; Membro do IMP Group – Industrial Marketing and Purchasing Research Group; do seu eclético currículo destaca‑se ainda o Curso de Especialização em Ciências Documentais; Coordenador do Serviço de Gestão da Produção e Divulgação
Autores
IX
do Conhecimento da Escola Superior de Enfermagem do Porto; os seus interesses de investigação incluem as áreas de Cienciometria e Ciências da Informação. Helena Maria Guerreiro José Doutora em Enfermagem; Mestre em Comunicação em Saúde; Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico‑Cirúrgica; Professora Coordenadora da Escola Superior de Saúde Atlântica; Investigadora da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA:E). Hélia Dias Doutora em Enfermagem; Mestre em Sexologia; Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; Professora Adjunta da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Santarém; Investigadora Integrada do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde na linha de investigação do NursID – Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem; Membro Colaborador do Centro de Investigação em Qualidade de Vida, consórcio do Instituto Politécnico de Santarém e do Instituto Politécnico de Leiria. Isabel Lucas Doutora em Psicologia; Mestre em Gestão de Recursos Humanos; Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação; Professora Coordenadora da Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa de Lisboa; Investigadora do Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
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Isabel Margarida Mendes Professora Coordenadora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra; Pós‑doutorada em Ciências de Enfermagem; Doutora em Ciências de Enfermagem; Mestre em Saúde Pública; Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; Investigadora da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA:E) da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. João Carvalho Duarte Aposentado; Professor Coordenador da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viseu; Mestre em Ciências de Enfermagem e Doutor em Saúde Mental pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto.
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Investigação em Enfermagem – Teoria e Prática
Luís Manuel Mota de Sousa Doutor em Enfermagem; Mestre em Políticas de Desenvolvimento dos Recursos Humanos; Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação; Professor Adjunto do Departamento de Enfermagem da Universidade de Évora; Investigador Integrado do Comprehensive Health Research Centre; Membro do PORTUGAL Centre for Evidence Based Practice: A JBI Centre of Excellence; Membro do North American Nursing Diagnosis Association International (NANDA-I) Network Portugal. Maria dos Anjos Dixe Professora Coordenadora da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria; Doutorada em Intervenção Psicológica; Membro Integrado do Center for Innovative Care and Health Technology (ciTechCare); Membro do Core Staff do PORTUGAL Centre for Evidence Based Practice: a JBI Centre of Excellence. Olga Estrela Magalhães Doutorada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho, é especializada em Assessoria Mediática na área da Investigação em Saúde, contando com mais de quinze anos de experiência neste campo; Investigadora do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde; Coordenadora da Unidade de Gestão de Comunicação da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; os seus interesses de investigação incluem as áreas de Comunicação de Saúde, Comunicação de Ciência, Jornalismo e Assessoria Mediática. Patrícia Pontífice Sousa Professora Auxiliar da Escola de Enfermagem de Lisboa da Universidade Católica Portuguesa; Doutora em Enfermagem; Mestre em Comunicação em Saúde; Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica; Investigadora do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa. Pedro Sardo Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico‑Cirúrgica e em Enfermagem Médico‑Cirúrgica na Área da Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica; Mestre em Enfermagem; Doutor em Ciências de Enfermagem; Professor Adjunto da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro; Investigador do Instituto de Biomedicina da Universidade de Aveiro. Rita Marques Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica e Enfermagem de Reabilitação; Doutora em Enfermagem; Professora Adjunta da Escola
Autores
XI
Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa de Lisboa; Investigadora Integrada do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa; Colaboradora do Center for Innovative Care and Health Technology (ciTechCare). Rogério Rodrigues Professor Coordenador da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra; Pós ‑doutorado em Ciências de Enfermagem; Doutor em Ciências de Enfermagem; Mestre em Saúde Pública; Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Pública; Vice‑Presidente da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA:E) da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra; Diretor‑Adjunto do PORTUGAL Centre for Evidence Based Practice: a JBI Centre of Excellence da UICISA:E; Membro Permanente da Comissão de Ética da UICISA:E.
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Sérgio Deodato Professor Associado da Universidade Católica Portuguesa; Licenciado em Enfermagem e em Direito; Mestre em Bioética; Doutorado em Enfermagem; Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica; Investigador do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa; Presidente da Comissão de Ética do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão; Membro das Comissões de Ética da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e do Instituto Politécnico de Viseu.
PREFÁCIO Os coordenadores desta obra tiveram a amabilidade de me solicitar que a prefaciasse, o que aceitei com muita honra. Neste contexto, começo por afirmar que a entrada no mercado de uma obra desta natureza é relevante, não apenas porque denota a vivacidade de uma determinada área do conhecimento, mas principalmente porque vem preencher uma lacuna na atual literatura em língua portuguesa sobre o assunto. Mas, e uma vez que me é dada essa oportunidade, gostaria de tecer alguns comentários a propósito e complementares à temática abordada neste livro: a investigação em enfermagem. Para tanto, socorrer‑me‑ei da minha experiência, de cerca de 20 anos, enquanto investigador, mas principalmente enquanto alguém que se preocupa com as dimensões ontológicas e epistemológicas da enfermagem. Olhando retrospetivamente para o meu percurso, diria que, de facto, algumas das questões que debatíamos há cerca de 20 anos permanecem atuais: O que é e para que serve a investigação em enfermagem? O que a distingue da investigação nas restantes disciplinas?
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De forma breve, diria que uma das dimensões que nos permite afirmar a especificidade da investigação em enfermagem tem que ver exatamente com as perspetivas epistemológicas e ontológicas de partida. Se forem adotadas as perspetivas da enfermagem, seguramente que a investigação daí resultante há de contribuir para a (re)construção da disciplina e, concomitantemente, da profissão. Caso contrário, estaremos a contribuir para a construção de conhecimento, mas não necessariamente de enfermagem. Todos os restantes elementos do processo de investigação, sendo importantes, não são necessariamente distintivos da especificidade da investigação em enfermagem. Apesar disso, precisam também de ser coerentes com a perspetiva epistemológica e ontológica. Assim, diria que a leitura deste livro não dispensa qualquer investigador de ter uma robusta formação nas dimensões conceptuais de enfermagem. Tal é verdade quer a abordagem metodológica seja feita a partir de uma perspetiva mais quantitativa quer mais qualitativa. No primeiro caso, estaremos perante uma abordagem dedutiva, exigindo, por isso, um quadro conceptual como ponto de partida e de referência para a construção do raciocínio dedutivo. No segundo, estaremos perante uma abordagem indutiva, a qual se justifica sempre que a área que pretendemos estudar esteja insuficientemente teorizada.
XIV
Investigação em Enfermagem – Teoria e Prática
Ora, esta insuficiência precisa de ser previamente demonstrada. Por sua vez, a teoria resultante da investigação desenvolvida, seja qual for o seu nível de abstração, precisa de ser conjugada com as já existentes. A demonstração prévia e a conjugação posterior justificam a tal robustez conceptual do investigador, anteriormente referida. As perspetivas epistemológica e ontológica são ainda essenciais sempre que estamos a falar de uma disciplina‑profissão, como é o caso da enfermagem. Neste caso, a investigação posiciona‑se como a charneira entre ambas, permitindo uma articulação perfeita. Nesta lógica, a investigação carreia elementos novos tanto para a construção da disciplina, como para a intervenção clínica dos enfermeiros. O mesmo conjunto de resultados precisa de ser devidamente enquadrado na estrutura conceptual da disciplina, tal como precisa de ser devidamente apropriado pelos profissionais. Uma disciplina‑profissão assim construída é robusta, mas, e principalmente, tem uma estrutura sistematicamente renovada pelos seus membros, com especial destaque para os investigadores. Por outro lado, a robustez conceptual dos investigadores apetrecha‑os ainda para uma mais perspicaz definição de prioridades na sua investigação. Acerca desta temática, que é objeto de análise no primeiro capítulo deste livro, diria que o investigador não pode esquecer‑se em cada momento de que a enfermagem tem um mandato social, que o seu foco são as pessoas e os respetivos processos saúde‑doença em qualquer momento do ciclo de vida e, por último, que a investigação tem um custo económico. Consequentemente, da mesma deverá, necessariamente, resultar um bem para a sociedade em que nos inserimos e principalmente para as pessoas que precisam dos nossos cuidados. Tal desiderato obriga a que tenhamos o cuidado de ser criteriosos na definição das nossas prioridades. Para isso, precisamos de articular as dimensões conceptuais da enfermagem com as características epidemiológicas da nossa população, nomeadamente com as suas maiores e mais prementes necessidades de cuidados. Ora, não sendo manifesta nenhuma preocupação pelas organizações competentes na definição de prioridades de investigação em Portugal, tal exige ainda mais atenção aos investigadores. O processo de investigação apenas se encerra se e quando os resultados do mesmo forem comunicados, ou seja, postos em comum. Recordo a propósito a proximidade etimológica e semântica entre “comunicar”, ou seja, pôr algo em comum, e “conhecer”, ou seja, cognoscere (obter conhecimento com). Por tais razões, é mandatório que a investigação seja comunicada sobre todas as formas possíveis. Naturalmente que, de entre essas formas,
Prefácio
XV
devemos privilegiar as que são devidamente auditadas por pares, uma vez que essa é uma forma adicional de validar os resultados da investigação. Também para este objetivo o livro dá contributos importantes, não apenas habilitando os seus leitores para a leitura crítica da investigação, como para a sua comunicação e para a escrita científica (Capítulos 7, 8 e 9). Portanto, se o enfermeiro tem a responsabilidade associada ao mandato social da profissão, o enfermeiro investigador acresce a essa a responsabilidade do mandato social do investigador em saúde, o qual se cumpre cada vez que o mesmo desenvolve um processo de investigação completo. O enfermeiro investigador assume‑se, assim, como um contribuinte por excelência para a construção da disciplina e da profissão. Precisamos, por isso, de aumentar exponencialmente o número de enfermeiros investigadores, uma vez que só uma ampla “massa crítica” garantirá uma sistemática produção de conhecimento que robusteça a disciplina e a profissão. Apenas neste cenário a enfermagem pode ombrear paritariamente com as restantes disciplinas‑profissões, principalmente as da área da saúde, e com elas tentar construir uma perspetiva pluri, quiçá, transdisciplinar em saúde.
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Relembrar, porém, que não é investigador quem quer, tal como não é condutor quem quer, mas quem é devidamente “autorizado” para tal. Na nossa realidade, o que nos “autoriza” a ser investigadores é a obtenção do grau académico de “doutor”. Só é investigador autónomo quem é doutorado. Por tal razão, precisamos de enfermeiros doutorados em todos os contextos, e não apenas na academia. Deste modo, teremos condições para constituir uma “massa crítica” que integre e agregue todos os restantes enfermeiros que queiram participar neste processo. Uma última chamada de atenção para o seguinte: no mundo moderno, ninguém investiga sozinho. Investigamos inseridos em redes nacionais e internacionais, as quais, por sua vez, estão sujeitas a processos de acreditação por diversos tipos de entidades. Portanto, qualquer enfermeiro investigador deve preocupar‑se em inserir‑se numa dessas redes, sendo este um dos primeiros critérios de validação da qualidade da investigação que produz. Face ao exposto, e servindo‑me de uma expressão popular, diria que precisamos de enfermeiros investigadores como de “pão para a boca”. Todavia, qualquer candidato a esse estatuto precisa de considerar, entre outros, os critérios que acabei de referir. Em todo este processo, precisa, com certeza, de dominar as dimensões metodológicas da investigação, para o que encontrará um contributo excelente neste livro, o qual, nos seus primeiros
XVI
Investigação em Enfermagem – Teoria e Prática
12 capítulos, aborda e dá contributos para algumas das dimensões por mim afloradas neste prefácio. Curiosamente, este livro termina com um capítulo sobre relatos de experiências na realização de uma tese de doutoramento. Além das múltiplas dimensões didáticas que o referido capítulo encerra, realço algumas que vêm ao encontro de alguns aspetos que já mencionei. Destaco apenas duas dimensões: o percurso demasiado solitário; e a falta de apoios substantivos. O primeiro contribui imenso não apenas para o arrastamento dos tempos de conclusão da tese, mas principalmente para ameaçar a saúde mental dos doutorandos e para as elevadas taxas de insucesso; já o segundo denuncia a insuficiente integração destes processos de doutoramento em estruturas de investigação robustas e uma certa lacuna na procura de fontes de financiamento, a qual também decorre da inadequação das atuais fontes à realidade dos profissionais de saúde. Subjacente a todos os depoimentos, pressinto uma falta de investimento das respetivas organizações, não apenas neste nível de formação, mas também nas competências adquiridas pelos doutorados. Lamento que assim seja, porque o desenvolvimento da enfermagem e da qualidade dos cuidados depende, em grande medida, da formação e, em concreto, da formação avançada. Não pressinto, mas constato uma imensa resiliência por parte de todos os que decidiram enveredar pelos caminhos da formação avançada. Tal resiliência, associada a contextos mais favoráveis, terá, com certeza, resultados surpreendentes! Resta‑me agradecer de novo a oportunidade, enaltecer a iniciativa e desejar a todos uma excelente leitura! Manuel Lopes
Professor Coordenador Principal da Escola Superior de Enfermagem de São João de Deus da Universidade de Évora Investigador do Comprehensive Health Research Centre
NOTA INTRODUTÓRIA Investigação em enfermagem: desafios e oportunidades A investigação é o pilar de qualquer disciplina do conhecimento científico, sendo que o conhecimento só faz sentido na partilha. É neste registo que descrevemos algumas das ideias orientadoras na investigação, esperando sinceramente que elas contribuam para reafirmar a necessidade da investigação em enfermagem. No contexto dos enfermeiros, a investigação reveste-se de extrema importância, na medida em que são necessárias as melhores evidências científicas para a tomada de decisão, essencialmente a nível da identificação das necessidades das pessoas e a nível da prescrição das intervenções de enfermagem. A saúde das pessoas não é compatível com “experimentalismos”, pelo que não é possível fazer ensaios com base na “tentativa e erro”, daí a necessidade de investigação que suporte a ação dos enfermeiros nos diversos domínios de atuação. Por exemplo, para a identificação rigorosa do diagnóstico e para a efetividade das intervenções de enfermagem concorrem múltiplas variáveis, o que reforça a necessidade de pesquisa sobre quais os dados indispensáveis e quais as intervenções que aportam mais ganhos para as pessoas. Em saúde, toda a margem de erro deve ser minimizada, o que só é possível com uma prática clínica suportada em investigação de qualidade.
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Em Portugal, à semelhança de muitos países, carece-se de dados fiáveis sobre um conjunto de indicadores que traduzem a saúde e as necessidades em cuidados de enfermagem das diversas populações-alvo de cuidados. Por outro lado, as verbas destinadas à investigação em enfermagem são muito diminutas face a outras áreas da saúde, em parte devido ao historial da enfermagem, sustentada numa disciplina mais vocacionada para cuidar das pessoas em função dos conhecimentos produzidos por outras disciplinas do conhecimento e, por conseguinte, com menor necessidade de produção de conhecimento para “consumo” próprio. Acontece que, na atualidade, a enfermagem, em grande parte por via da formação dos seus profissionais, essencialmente a nível do doutoramento, dispõe de possibilidades reais para determinar qual o conhecimento de que necessita, produzir esse conhecimento para a melhoria contínua das práticas
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Investigação em Enfermagem – Teoria e Prática
e fornecer um aporte a outras disciplinas sobre as necessidades de intervenção capazes de aportar maiores ganhos em saúde, com maior autonomia, maior qualidade de vida e maior satisfação para as pessoas. Este é, sem dúvida, um caminho que vem sendo construído e que necessita de ser continuado, de forma estruturada e segura, para que os níveis de evidência que suportam a disciplina de enfermagem sejam cada vez mais seguros e atuais. A criação deste livro é fundamental, na medida em que o mesmo fornece um contributo significativo para a melhoria do rigor da investigação em termos metodológicos, dos desenhos, das prioridades. O rigor é um dos ingredientes fundamentais para uma investigação de qualidade, ou seja, para produzir conhecimento mais significativo para as pessoas. Neste sentido, urge fazer um diagnóstico da situação, de modo a orientar eventuais interessados nesta área a investirem em estudos com valor para a melhoria das práticas nos diferentes contextos de ação. Por outro lado, importa reunir um conjunto de sinergias que privilegiem estudos multicêntricos, com metodologias similares e com amostras “robustas”, de modo a facilitar a transferência de informação da investigação para os contextos clínicos. É fundamental que as entidades académicas e de prestação de cuidados se articulem no sentido de otimizarem os recursos de investigação em prol de uma melhor saúde para os cidadãos, a nível da promoção da saúde e da prevenção da doença, facilitando as diversas transições que decorrem do ciclo de desenvolvimento, do contexto ou da sua situação. A situação atual de contração económica é propícia ao aumento do número de casos em que a transferência de cuidados se processa para a família ou, mais concretamente, para o familiar cuidador, pelo que este deve ser um alvo de atenção privilegiado, de forma a que possa ser efetivamente um “aliado” dos cuidadores formais, e não um potencial cliente dos serviços de saúde. Os progressos a nível da saúde e a melhoria das condições socioeconómicas levam a que as pessoas vivam durante mais tempo, o que contribui para o envelhecimento demográfico da população, o que é muito positivo, mas também aumenta a probabilidade de se verificar um maior índice de dependência por parte das pessoas mais velhas. Por isso, a investigação sobre as necessidades das pessoas com dependência ou em risco de ficarem dependentes e sobre as estratégias de intervenção
Nota Introdutória
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com potencial terapêutico são fundamentais para minimizar os processos de dependência das pessoas mais velhas. Deste modo, a investigação sobre as necessidades das pessoas mais velhas poderá ser muito relevante para a adequação das respostas em saúde com implicações na qualidade de vida, na autonomia, na maximização da independência e na maior satisfação dos familiares cuidadores, contribuindo para que se viva mais e melhor. Acreditando que a “ignorância é mais dispendiosa do que o conhecimento”, consideramos fundamental sensibilizar os enfermeiros para a necessidade de produzirem trabalhos de investigação que possam contribuir para se dar resposta às seguintes questões: • Quais são as principais necessidades das pessoas (mais vulneráveis em termos de saúde, a vivenciar processos de doença ou dificuldades de adaptação) nos diferentes contextos ao longo do ciclo vital? • Quais são as respostas (intervenções de enfermagem) mais efetivas, ou seja, que contribuem para a recuperação e a integração das pessoas de forma satisfatória, diminuindo os custos pessoais, familiares e sociais?
Estas questões transportam-nos objetivamente para a necessidade de se investigar sobre:
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• As necessidades das pessoas em cuidados de enfermagem que são mais prevalentes (diagnósticos de enfermagem) e os dados obrigatórios e acessórios que devem suportar a identificação dos diagnósticos de enfermagem; • As intervenções que apresentam maior efetividade para cada diagnóstico de enfermagem e as intervenções prioritárias a nível da promoção da saúde e da prevenção da doença; • As intervenções que contribuem para que as pessoas tenham mais e melhor saúde, bem como qual o papel da enfermagem no seio das outras disciplinas da saúde, ou seja, qual o seu contributo autónomo e qual o seu contributo complementar ou interdependente.
Salienta-se que é necessário pensar em modelos de agregação desta informação compatíveis com os sistemas de informação, pois esta será uma realidade inevitável num futuro muito próximo e compete à investigação produzir informações que ajudem a validar o conjunto mínimo de dados indispensável para a qualidade e a segurança dos cuidados de enfermagem a disponibilizar nas diversas plataformas informáticas.
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Investigação em Enfermagem – Teoria e Prática
Assim, poder-se-ia organizar os desafios da investigação em quatro áreas fundamentais: • Indicadores epidemiológicos: quantas pessoas apresentam alterações a nível de autocuidado, ventilação, úlceras, memória, orientação, ansiedade, tristeza, vontade de viver, adesão e gestão da terapêutica, capacidade de gestão das atividades de vida diária, ou seja, qual a incidência e a prevalência dos diagnósticos de enfermagem da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) ou dos focos de atenção da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) nas diferentes populações-alvo de cuidados de enfermagem? • Indicadores de estrutura: qual o número de enfermeiros que deve ter um determinado serviço, qual o rácio de enfermeiros por pessoa/doente, qual o rácio de enfermeiros especialistas, qual o tempo médio necessário para executar determinada intervenção, quais as dotações seguras que cada Serviço deve possuir, quais os equipamentos que facilitam a prática de cuidados de enfermagem e quais as tipologias de estruturas que facilitam a recuperação das pessoas [Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), serviços comunitários, unidades de demência, etc.]? • Indicadores de processo: quais as intervenções e os procedimentos mais adequados para determinado diagnóstico, quais os instrumentos de referência a utilizar, quais as práticas clínicas que têm potencial de prevenção de determinados diagnósticos de enfermagem, qual a taxa de prevenção de episódios de úlceras, quedas, agitação, agressividade, adesão inadequada, incumprimento do regime terapêutico, etc. Ou seja, qual é a forma de fazer as intervenções/procedimentos de modo mais vantajoso para as pessoas? A criação de padrões de qualidade que sirvam de orientação é fundamental para a uniformização, a comparação, a avaliação das práticas e, consequentemente, para a otimização dos processos; • Indicadores de resultado: quais as intervenções que apresentam uma relação custo-benefício mais adequada? Esta tipologia de indicadores possibilita uma avaliação da efetividade das intervenções que podem dar resposta aos problemas da literacia, do bem-estar, da cognição, da memória, da emoção, da vontade de viver, da adaptação, do autocuidado, da gestão do regime terapêutico e dos sinais e sintomas associados à doença. É fundamental que, para cada diagnóstico de enfermagem, os enfermeiros sejam capazes de saber quais as intervenções que podem ser prescritas e quais as que apresentam maior potencial em termos de resultados, de modo a poderem informar as pessoas e estas decidirem em conformidade.
A investigação nestes quatro domínios permitirá aos enfermeiros fornecer contributos efetivos para a criação de padrões de qualidade sustentados nas necessidades das pessoas e na eficácia das práticas clínicas.
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Nota Introdutória
A investigação é muito importante para a profissão de enfermagem e para as pessoas, porque pode contribuir para: • Estimular a reflexão sobre as práticas; • Dar consistência ao conhecimento em enfermagem; • Diminuir a imparcialidade das intervenções em diferentes pessoas; • Avaliar a eficácia das intervenções de enfermagem; • Avaliar a qualidade das práticas de enfermagem; • Avaliar a integração dos resultados de investigação; • Contribuir para melhorar a prática clínica, sustentada na evidência, e não simplesmente em modelos tradicionais ou rituais de funcionamento; • Avaliar a gestão de um serviço; • Ajudar no desenvolvimento da disciplina de enfermagem; • Ajudar no desenvolvimento de disciplinas afins à enfermagem; • Ajudar as pessoas a viver processos de transição satisfatórios; • Ajudar as pessoas na satisfação das necessidades humanas; • Ajudar as pessoas a prevenir e a minimizar as repercussões da doença; • Ajudar as pessoas a ter melhor qualidade de vida e bem-estar.
É fundamental pensar-se numa estratégia para o futuro que promova uma melhor articulação entre os diferentes contextos (formação, investigação e prática clínica) e uma melhor implementação da evidência científica nos contextos clínicos. É necessário encontrar vias de disseminação do conhecimento que facilitem a sua transladação para os contextos clínicos.
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Desta forma, estaremos a contribuir para a essência da profissão de enfermagem, que é proporcionar ganhos em saúde para as pessoas e para a sociedade, em geral. A presente obra disponibiliza aos investigadores orientações, tendo maioritariamente por base o livro Investigación en enfermería: Teoría y práctica, da Universidad Rovira i Virgili, da autoria de professores em Espanha. Portugal e Espanha, na área da investigação em enfermagem, partilham realidades muito similares, pelo que esta junção de sinergias em prol do desenvolvimento da disciplina de enfermagem e da divulgação do conhecimento faz emergir um potencial para ajudar os investigadores a realizar mais e melhores investigações. Boa leitura e boa investigação!
Carlos Sequeira Manuela Néné (Coordenadores)
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Investigação em Enfermagem – Teoria e Prática
PROCESSO DE VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE MEDIDA O processo de validação de um instrumento deve agrupar um conjunto de procedimentos que garantam que a versão utilizada na cultura para a qual o mesmo está a ser validado mede de forma apropriada (validade, fidelidade e sensibilidade) o(s) conceito(s) em estudo. No processo de validação e adaptação cultural, devem ser cumpridas as guide lines internacionais, sendo que o mesmo compreende várias fases sequenciais: 1. 2. 3. 4. 5.
Equivalência conceptual. Equivalência de itens. Equivalência semântica. Equivalência da mensuração (propriedades psicométricas). Equivalência funcional.
No processo de criação de um novo instrumento de medida, existem quatro fases: 1. 2. 3. 4.
Fase teórica com a especificação do objetivo. Fase da construção do instrumento. Fase da validação. Fase da normalização.
Neste capítulo, descreve‑se apenas a fase da equivalência da mensuração, ou seja, as características psicométricas.
PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS A validação de um instrumento é um processo complexo que visa garantir que a medida seja viável, confiável, válida e sensível a mudanças e é utilizada para garantir que a escala tem as características necessárias para ser usada (Badia & Alonso, 2007; Carvajal, Centeno, Watson, Martínez, & Rubiales, 2011; Martín Arribas, 2004; Sánchez & Echeverry, 2004). Como já referido, para desenvolver um novo instrumento, são necessários muitos recursos técnicos e humanos altamente qualificados e experientes. Os aspetos rela‑ cionados com a sua construção foram descritos no Capítulo 2, entre os quais
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Investigação em Enfermagem – Teoria e Prática
ESTRATÉGIA DE PESQUISA DA INFORMAÇÃO Antes de se começar com a pesquisa de informação propriamente dita, é necessário clarificar um conjunto de aspetos que orientam com maior rigor o que se pretende e o ponto de partida deste processo. Para isso, é imprescindível: • Definir os objetivos e a finalidade da pesquisa: é totalmente diferente quando se trata de uma pesquisa bibliográfica para apoio a um trabalho em contexto pedagógico ou num âmbito de dissertação de mestrado ou de tese de doutoramento, por exemplo. Num contexto científico, a elaboração de uma questão de partida sobre o que se pretende pesquisar torna-se uma excelente ferramenta orientadora para o processo de pesquisa; • Concretizar o que se sabe sobre o assunto: por um lado, é um ponto de partida para perceber o “estado da arte” e, por outro lado, evita a duplicação de esforços desnecessários na busca de informação já conhecida; • Destacar os aspetos de interesse e aqueles que devem ser excluídos: este ponto é muito importante, já que a abordagem da investigação pode ser direcionada para aspetos sociológicos, religiosos, filosóficos, históricos, técnicos, etc. Por isso, é essencial delimitar criteriosamente a perspetiva da investigação, para se centrar no foco da pesquisa. Quanto mais abrangente for uma área de investigação, menos aprofundada se torna; • Assinalar a relação existente entre o tema e outras áreas científicas que ajude na diferenciação e na clarificação e evite confusões ou sobreposições: este aspeto está intimamente relacionado com o anterior. Não obstante, por vezes é necessário alargar o horizonte de pesquisa daquele inicialmente definido, e a busca tem de se estender para áreas afins. Devem examinar-se as possíveis derivações temáticas, com o objetivo de definir se serão ou não consideradas no momento de efetuar a pesquisa bibliográfica. Deve considerar-se que, quanto mais aspetos estejam bem delimitados desde o início, mais rigorosa e precisa será a pesquisa, aumentando as possibilidades de encontrar a informação desejada com menor esforço e evitando duplicações posteriores. Uma estratégia bem estruturada permitirá também assegurar a replicabilidade da pesquisa, assim como assegurar com maior confiança que as variações nos resultados se devem a mudanças no universo de pesquisa, e não no próprio procedimento de investigação. Realça-se ainda que este processo deve ser realimentado uma ou várias vezes, antes de se concluir a pesquisa (Figura 6.2).
Otimização da Pesquisa de Informação Planificação
Execução
O que queremos pesquisar? Qual é o objetivo da pesquisa?
Onde? Como?
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Tema de investigação
Instrumento de pesquisa
Linguagem
Revisão?
Avaliar? O que encontramos?
Resultados
Figura 6.2: Busca de informação. Adaptado de Fuentes (2001).
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Nos resultados de qualquer pesquisa, iremos encontrar ruído e silêncio documental: o ruído documental é o conjunto de documentos encontrados que não respondem à nossa pesquisa; e o silêncio documental é quando se recuperam poucos ou nenhum registo sobre o tema de pesquisa. O silêncio é um problema mais grave do que o ruído, uma vez que este último pode ser reduzido ao filtrar os resultados, como será explicado, mais à frente neste capítulo, na secção “Linguagens de interrogação”. Se são encontrados alguns documentos que são muito relevantes para a investigação, pode ser necessário aumentar as fontes dos mesmos, ou seja, fazer uma pesquisa mais aprofundada. O silêncio também pode ocorrer quando se procura um tema muito atual ou pouco estudado, levando a que ainda não se tenha produzido muita informação. Perante o silêncio documental, devem ser revistos os termos e as fontes utilizadas. O processo de pesquisa não reside em combinar um conjunto de termos numa base de dados de uma vez só. As primeiras pesquisas e os primeiros resultados servem para modificar e efetuar ajustes nas pesquisas posteriores. Cada documento relevante encontrado dará pistas sobre como indexar a base de dados, os descritores utilizados, entre outros aspetos de ordem prática.
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Investigação em Enfermagem – Teoria e Prática
PASSOS A SEGUIR Segue‑se um conjunto de etapas que se consideram essenciais para a aná‑ lise crítica de um artigo: 1. Fazer uma apreciação geral do artigo: • Ler os nomes dos autores e o ano em que foi escrito; • Interpretar o título; • Identificar as partes em que está dividido; • Observar os gráficos, as tabelas ou as imagens; • Analisar se a bibliografia é recente e se está relacionada com o tema. 2. Ler o resumo do artigo: • Identificar o tema e o objetivo central; • Verificar as temáticas abordadas; • Analisar as conclusões. 3. Fazer uma primeira leitura do artigo: • Anotar os conceitos e as palavras‑chave; • Assinalar os novos conceitos (desconhecidos) e as dúvidas subjacentes. 4. Pesquisar, em fontes credíveis, os conceitos: • De compreensão mais difícil ou complexa; • Relevantes para a análise do artigo. 5. Ler de novo todo o artigo: • Realizar uma leitura atenta e conhecer os termos científicos associados ao tema; • Escrever as questões que vão surgindo; • Resumir as principais ideias e conclusões; • Responder faseadamente às questões orientadoras (Quadro 7.1), completando‑as durante a segunda ou a terceira leitura, se necessário. 6. Refletir criticamente sobre o artigo lido: • Atestar a validade do artigo; • Analisar com precisão os aspetos‑chave; • Utilizar as perguntas estruturantes (Quadro 7.2) como guia.
Ao realizar a leitura crítica de um artigo, o leitor deve responder a um conjunto de questões orientadoras, que facilitam a sua análise e validam o interesse para o tema em estudo e para a prática de enfermagem (Quadro 7.1).
Leitura Crítica de Artigos Científicos
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Quadro 7.1: Questões orientadoras da leitura crítica de um artigo Questões orientadoras • Quais são as principais questões de investigação? • Quais são os objetivos do artigo? • Qual(ais) a(s) hipótese(s) que o estudo tenta demonstrar (se aplicável)? • Que investigações foram desenvolvidas anteriormente? • Qual a contribuição deste estudo/artigo para a disciplina?
Adaptado de Díaz Portillo (2013) e Vilelas (2020). Para aferir a qualidade do artigo, o Quadro 7.2 apresenta algumas das per‑ guntas que o leitor deve estruturar antes de avançar com uma leitura mais aprofundada. Quadro 7.2: Perguntas estruturantes na leitura crítica de um artigo
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Perguntas estruturantes • Qual é a relevância desta investigação (relevância, interesse do tema e objetivos)? • O autor aborda a investigação em coerência com os objetivos, de forma orga‑ nizada e sintética? • Os procedimentos e as técnicas de investigação utilizados pelo autor (desenho, métodos, amostra – critérios de inclusão e exclusão –, materiais, procedimentos e aspetos éticos) são adequados? • Nos dados, foram detetadas contradições que o autor não mencionou? • O artigo apresenta evidência suficiente para ajuizar os resultados da investiga‑ ção (fiabilidade e credibilidade dos resultados estatísticos)? • Os dados apresentados são sólidos e reconhecidos pelos pares? • Os resultados apresentados podem ser aplicados a outras observações, do pró‑ prio ou de outros autores? • Em que medida a evidência apresentada apoia os argumentos do autor objetivo a objetivo, com síntese dos aspetos principais? • As interpretações e as reflexões do artigo são claras e respondem a um interesse dos autores ou da atualidade? • Os resultados obtidos contribuem para o desenvolvimento da disciplina? • Foram identificadas as principais limitações e definidas perspetivas de estudos futuros? • As conclusões representam adequadamente a população estudada? • As conclusões fazem emergir com rigor os ganhos encontrados (são sintéticas e evidenciam a inovação encontrada)? • Estamos de acordo com as conclusões? • O artigo responde aos objetivos definidos? • Na bibliografia, são citados estudos relevantes e atuais sobre a temática? • Considera‑se que o artigo é claro, bem organizado e bem redigido?
Adaptado de Díaz Portillo (2013) e Vilelas (2020).
Comunicação de Resultados Científicos
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A comunicação verbal e a organização do discurso Para uma boa organização de uma apresentação oral, é importante considerar os aspetos referidos nas secções “Antes da apresentação”, “Durante a apresentação” e “Conclusão”.
Antes da apresentação Os factos que precisam de muita atenção passam por identificar o público, determinar os objetivos da apresentação, moldar a mesma e preparar os recursos visuais apropriados, que descrevemos de imediato.
Identificar o público Ao preparar uma apresentação oral, é importante identificar o público com a maior precisão possível (especialistas, técnicos, executivos, não especialistas). Diferentes públicos requerem e estão preparados para diferentes quantidades e profundidades de informações.
Determinar os objetivos da apresentação A apresentação pode ter um dos seguintes objetivos: informar; persuadir; ou ensinar. Dependendo deste, a estrutura e o formato da apresentação podem variar significativamente. A informação deve ser bem estruturada, pelo que deve decidir-se como organizá-la, que pode ser por ordem cronológica, tema ou ordem de importância.
Moldar a apresentação
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Quem apresenta deve ter o domínio de organização e seleção dos seus argumentos ou peças de informação, de forma a respeitar o tempo alocado, devendo ser escrupuloso com o tempo previsto para a sua intervenção. Além disto, por causa da sua assertividade, deve familiarizar-se com o espaço físico para a apresentação e visualizar os seus movimentos internos. A organização dependerá do objetivo geral da comunicação, mas basicamente pode ser dos seguintes tipos: classificações; causa e efeito; problema e solução; ou experimentação.
Comunicação de Resultados Científicos
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durante o discurso pode dar melhores resultados do que a excessiva familiaridade e fluência na exposição (Coromina, Casacuberta, & Quintana, 2000; Day, 2005; Walker, 2005).
A comunicação não verbal e os aspetos emocionais Numa comunicação, 55% da mensagem será transmitida através da comunicação não verbal (linguagem corporal, olhar e gestos), pelo que estes aspetos devem adaptar-se ao conteúdo e ao desenvolvimento do discurso oral, uma vez que a voz será responsável apenas por 38% da transmissão da informação-alvo da comunicação (Swathi, 2015). O sucesso de uma comunicação oral depende, em grande parte, de que a linguagem não verbal esteja em consonância e congruência com a mensagem oral. Durante uma comunicação científica, o comportamento expressivo determina a impressão causada aos outros durante o discurso (Martínez Selva, 2000).
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A linguagem é muito mais visual do que auditiva; portanto, deve refletir-se sobre os diferentes aspetos da linguagem corporal que podem fortalecer e facilitar a excelente apresentação oral: • Modulação da voz: – Utilizar uma voz audível e mudar o tom de voz durante a apresentação para evitar a monotonia; – Estabelecer pausas durante o discurso para chamar a atenção, especialmente antes de começar a falar, antes de dizer algo importante e antes da conclusão. • Olhar: – Trata-se de um elemento fundamental de comunicação, sendo, por isso, importante manter em todos os momentos o contacto visual com o público. Se o auditório for grande, pode olhar-se para aquelas pessoas que aparentemente estão a escutar; – Deve olhar-se em várias direções para as pessoas situadas em diferentes espaços na sala e, assim, evitar “colocar” o discurso para a mesma pessoa. • Posição e postura: – Se a plateia for composta por muitas pessoas, é importante falar de pé. Estando de pé ou sentado, é importante adotar uma posição confortável; – Nunca se deve falar de costas para a plateia (deve ter-se cuidado e não olhar para o ecrã ou para a projeção, porque facilmente é possível virar as costas à plateia);
Lidel Enfermagem
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Boas leituras!
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Manuela Néné – Professora Coordenadora da Escola Superior de Saúde da Cruz
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www.lidel.pt
9 789897 524905
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ISBN 978-989-752-490-5
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Validação e Adaptação de Instrumentos de Medida
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Metodologia Qualitativa Aplicada à Investigação em Cuidados de Saúde
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Ética da Investigação em Saúde
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Otimização da Pesquisa de Informação
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Leitura Crítica de Artigos Científicos
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Comunicação de Resultados Científicos
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Escrita de Artigos Científicos
Direção da Coleção:
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Manuela Néné Carlos Sequeira
Visibilidade da Produção Científica
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Prática Baseada na Evidência
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Revisão Narrativa, Integrativa e Sistemática da Literatura
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Relatos de Experiências na Realização de uma Tese de Doutoramento
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Manuela Néné Carlos Sequeira
Carlos Sequeira – Agregado em Ciências de Enfermagem; Pós-doutorado em Saúde Mental Positiva; Doutor em Ciências de Enfermagem; Professor Coordenador da Escola Superior de Enfermagem do Porto; Coordenador do grupo de investigação NursID – Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e da Unidade de Investigação da Escola Superior de Enfermagem do Porto; Presidente da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental; Editor Chefe da Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental; Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica.
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Vermelha Portuguesa de Lisboa; Doutora em Psicologia; Mestre em Ciências de Enfermagem; Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; Investigadora do NursID – Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.
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Manuela Néné I Carlos Sequeira
Metodologia da Investigação Quantitativa
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Esperamos que a compilação desta informação possa potenciar a investigação em enfermagem, ajudando os investigadores a construírem um percurso com mais e melhor investigação.
INVESTIGACÃO EM ENFERMAGEM
Investigação em Enfermagem: Das Prioridades aos Reptos
s are ent m e l p
Esta obra, de fácil leitura, incide sobre os assuntos básicos da investigação, numa lógica de teoria versus prática, e é dirigida a estudantes de Enfermagem (licenciatura, mestrado e doutoramento), enfermeiros, investigadores, profissionais de saúde e outros interessados. Visa aumentar o conhecimento existente, agregando um conjunto de temáticas e experiências adaptadas à realidade portuguesa, com o objetivo de apoiar os profissionais que se interessem pela investigação.
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