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EMPREPARAÇÃO
Ao longo do primeiro ano de vida, a criança explora diversos tipos de condutas instintivas, as quais estarão na base de posteriores habilidades comunicativas. As primeiras emissões vocais, a diferenciação e o uso de distintos tipos de entoação, a imitação de sonoridades do ambiente, o abundante uso do balbucio a partir dos cinco meses de idade, a incitação da díade comunicativa entre a mãe e a criança, da qual emerge uma espécie de “tomada de turno de fala” por parte da criança (proto‑conversação), são importantes indicadores e potenciadores da linguagem infantil, tanto compreensiva como produtiva. Difícil é, no entanto, determinar, com precisão, as diferenças existentes neste todo neurobiológico e psicológico que subjaz ao desenvolvimento infantil, nos seus primeiros anos de vida. Este facto prende‑se com inúmeros fatores, entre os quais se citam tanto aqueles que se vinculam a aspetos de carácter intrínseco (desenvolvimento de estruturas neurobiológicas intraindividuais) como a fatores extrínsecos (dinâmi cas psicossociais e familiares). Ambos vetores interferem, pois, na permanente reconstrução do conhecimento ou saber de um qualquer sujeito (criança ou adulto) que se encontra em permanente diálogo com o seu meio circundante e perante o qual ele se revela ativo.
Um importante fator, de carácter neurobiológico, que predispõe para o precoce e gradual incremento da linguagem, é aquele que se prende com a mielinização das fibras nervosas relacionadas com o ouvido, dando as mesmas origem ao