SEJA PROATIVO! - ASSUMA O CONTROLO

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PROATIVO!SEJAAssumaocontroloAlexandraO'NeillJoãoAragãoePina

Lidel – edições técnicas, lda. www.lidel.pt SEJA PROATIVO! Assuma o controlo Alexandra O’Neill | João Aragão e Pina

Edição e Distribuição Lidel – Edições Técnicas, Lda. Rua D. Estefânia, 183, r/c Dto – 1049‑057 Lisboa Tel: +351 213 511 448 Projetoslidel@lidel.ptdeedição: editoriais@lidel.pt www.lidel.pt Livraria Av. Praia da Vitória, 14 A – 1000‑247 Lisboa Tel: +351 213 541 418 Copyrightlivraria@lidel.pt©2022, Lidel – Edições Técnicas, Lda. ISBN edição impressa: 978 989 752 810 1 1.ª edição impressa: agosto de 2022 Paginação: Mónica Gonçalves Impressão e acabamento: Cafilesa – Soluções Gráficas, Lda. – Venda do Pinheiro Dep. Legal: 503840/22 Capa: José Manuel Reis Foto da capa: © Antonpedko Todos os nossos livros passam por um rigoroso controlo de qualidade, no entanto aconselhamos a consulta periódica do nosso site (www.lidel.pt) para fazer o download de eventuais correções. Não nos responsabilizamos por desatualizações das hiperligações presentes nesta obra, que foram verificadas à data de publicação da mesma. Os nomes comerciais referenciados neste livro têm patente registada. Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida, nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo eletrónico, mecânico, fotocópia, digitalização, gravação, sistema de armazenamento e disponibilização de informação, sítio Web, blogue ou outros, sem prévia autorização escrita da Editora, exceto o permitido pelo CDADC, em termos de cópia privada pela AGECOP – Associação para a Gestão da Cópia Privada, através do pagamento das respetivas taxas.

Bateman (2017)

Existem três tipos de pessoas: as que fazem acontecer, as que observam o que acontece e as que perguntam “o que é que aconteceu?”

TécnicasEdições–Lidel© V Índice AGRADECIMENTOS VII PREFÁCIO IX 1 INTRODUÇÃO 1 A ROTA QUE PROPOMOS 1 OS BENEFÍCIOS DA VIAGEM 3 2 O QUE É E O QUE NÃO É PROATIVIDADE? – PREPARAÇÃO PARA O VOO 7 O QUE É A PROATIVIDADE? 9 O QUE NÃO É PROATIVIDADE? 11 QUAIS AS VANTAGENS DE “ASSUMIRMOS O CONTROLO”? .............................. 14 ADVERTÊNCIAS PARA A ADOÇÃO DE COMPORTAMENTOS PROATIVOS ........... 22 GESTÃO PROATIVA VS. CULTURA PROATIVA 26 FASE DE PREPARAÇÃO – CONCEITO BASILAR E CASOS ESPECÍFICOS 34 3 DICAS NA ROTA PARA A PROATIVIDADE – VALIDAÇÕES ANTES DE DESCOLAR 39 DICA 1 – ENCONTRE A SUA MOTIVAÇÃO 42 DICA 2 – APRENDA A APLICAR E A DOSEAR A PROATIVIDADE 49 DICA 3 – A COMUNICAÇÃO E O ENVOLVIMENTO DE TERCEIROS COMO BASE PARA A PROATIVIDADE EFICIENTE 56 FASE DE VALIDAÇÃO – CONCEITO BASILAR E CASOS ESPECÍFICOS 61 4 COMO SER EFETIVAMENTE PROATIVO? – COMPORTAMENTO EM VOO ............... 71 COMO SER UM PROFISSIONAL PROATIVO 72 Procurar feedback 72 Aumentar o networking 77 Aumentar a rede de contactos na sua organização 81 Aumentar a rede de contactos noutras situações 85

ÍndiceVI Procurar um mentor / ser mentor ................................................................. 88 Procurar atividades de desenvolvimento ..................................................... 91 Redesenhar o trabalho (job crafting) 92 Definir objetivos 96 Evitar a autossabotagem 102 COMO SER PROATIVO NO DIA A DIA 103 Plano de voo para os colaboradores 103 Plano de voo para as chefias 106 FASE DE OPERAÇÃO – CONCEITO BASILAR E CASOS ESPECÍFICOS 110 5 AVALIAR OS RESULTADOS – DEBRIEFING 113 PERCURSOS PROATIVOS ....................................................................................... 113 Momentos e aprendizagens a reter .............................................................. 113 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 117

Contámos com o contributo de personalidades com percursos mar cantes, que enfatizam a importância da proatividade e que, partindo da sua experiência, ilustram o livro com casos reais que pretendem inspirá-lo a percorrer a rota da proatividade.

O nosso agradecimento aos protagonistas na nossa viagem, que, com a sua preciosa “radioajuda” um precioso apoio à navegação –, nos con duziram no alcance do nosso destino: Miguel Pina Martins; Filipe Pontes; Rui Nabeiro; Anne Taylor; André Leonardo; Nélson Fortes de Lima; Ana Baltazar; André Pereira; Carlos Moreira; Armando Soares.

Agradecimentos

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Um agradecimento à equipa da LIDEL – Edições Técnicas, em particular ao Sr. Eng.º Frederico Annes e à Dr.ª Ângela Pardelha pela contribuição determinante como “tripulação” ativa na viagem pela proatividade.

Por fim, uma palavra de apreço a Tim Vieira, pelo inspirador prefácio e personificação do conceito de proatividade.

Tim Vieira nasceu em Joanesburgo, África do Sul, filho de pais portu gueses. Estudou Gestão/ /Administração de Negócios na Universidade da África do Sul, período durante o qual ini ciou o seu próprio negócio, uma cervejaria artesanal, em 1993. Frequentou o Executive Program na Chicago Booth School, em Londres. Em Angola, detém um dos mais relevan tes grupos de media, tem negócios de media também em Moçambique e Gana. Em 2015, tornou-se conhecido do público português depois de ter sido um dos investidores na primeira temporada do programa televisivo Shark Tank Portugal. Atualmente é CEO da Brave Generation Academy (Europa) e tem outros investimentos em Portugal, na agricultura, serviços, tecnologias de informação, recursos humanos, produção cinematográfica, imobi liário e turismo. Recentemente, tornou-se presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso‑Sul‑Africana (CCILSA) e membro do conselho consultivo da NOVA University School of Business and Economics.

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Para mim, ser proativo é ser corajoso e avançar, porque ficar parado pode ser confortável, mas também nos faz retroceder.

No extremo oposto da proatividade está a procrastinação e, infelizmente, essa postura surge naturalmente. Para evitar esse estado “confortavelmente entorpecido”, precisamos de nos concentrar na construção do nosso “super poder” da proatividade. Na minha vida, devo admitir que não sei tudo, nem domino todos os novos desafios que surgem no meu caminho; no entanto, aprendi desde cedo que, mergulhando de cabeça em todos os desafios escolhidos e empenhando 100% de esforço, aprenderia rapidamente o necessário ou encontraria as pessoas certas para me ajudar a alcançar o sucesso.

Prefácio A proatividade é algo que a maioria de nós nunca aprendeu e que, infelizmente, não surge naturalmente para muitos de nós. Temos de identi ficar o requisito para a proatividade e trabalhar para o alcançar.

Tim Vieira1 Empreendedor/Investidor

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Precisamos de viver as nossas vidas avançando, e isso é proatividade na sua forma mais verdadeira. Avançar será um dos aspetos mais importantes para fazer com que os seus sonhos realmente descolem.

A ROTA QUE PROPOMOS

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Pretendemos guiar o leitor no caminho do incremento da proativi dade, tanto através da compreensão do próprio conceito e sua génese,

1Introdução

Este livro destina-se a todos os que procuram a proatividade, com a consciência de que a proatividade pode ter um impacto relevante, tanto a nível individual como coletivo.

A partir da metáfora aeronáutica “Assuma o controlo”, abordar -se-ão estratégias para a proatividade – que levarão consequentemente à análi se do impacto de sermos proativos – e formas de desenvolver comporta mentos nesse sentido, assumindo a responsabilidade sobre a condução da nossa Atravésvida.da consciencialização e interiorização do conceito de proa tividade e das diversas técnicas e sugestões, teóricas e práticas, que se apresentam, pretende‑se facilitar o trabalho de identificação de caracte rísticas intrínsecas que permita m desvendar o seu potencial inato.

Frases como “Devia ser mais proativo”, “Falta -lhe proatividade”, “A proatividade é fundamental” são comuns nos dias de hoje. No entanto, poucos sabem o seu verdadeiro significado.

Como ferramenta de planeamento e organização da rota da nossa via gem pelos princípios da proatividade, utilizámos os 5W2H (não de uma forma explícita, mas sim como ferramenta de apoio à definição de pontos significativos).5W2Hcorresponde

Introdução2 como também relativamente às consequências da adoção de compor tamentos proativos no sentido do melhoramento holístico individual, com consciência do potencial benefício coletivo.

a um acrónimo em inglês que representa as prin cipais perguntas que devem ser efetuadas e respondidas ao investigar e relatar um facto ou situação, sendo aplicável a várias atividades pro fissionais, como o jornalismo, a análise de sistemas, o setor de eventos, a administração, as vendas, o marketing, etc. O acrónimo referencia as perguntas que se iniciam (em inglês) por: Who? (Quem?), What? (O quê?), Where? (Onde?), When? (Quando?), Why? (Porquê?), How? (Como?), How Much? (Quanto?).

O foco dos autores é justamente auxiliar os leitores a refletir, identificando‑se e relacionando‑se com o destino da nossa viagem, em cada ponto significativo da respetiva rota.

Com a rota traçada, só faltará colocar a mão nos comandos e assumir o controlo. As ferramentas propostas pretendem apoiar o leitor na obtenção de consistência e estratégia, sendo como um guia à compreensão e implementação dos princípios, à partida benéficos, da proatividade.

A origem das questões indicadas provém do estudo da ética e, mais tarde, da retórica. Foram designadas por Aristóteles como as sete cir cunstâncias, sendo em latim: quis, quid, quando, ubi, cur, quem ad modum e quibus adminiculis. Esta abordagem pretende clarificar o que deve ser feito, quem deve ser responsabilizado, onde desenvolver, quando iniciar e porquê.

OS BENEFÍCIOS DA VIAGEM

Como apoio à reflexão aquando da escolha da presente viagem, em deferimento de tantas outras opções, destacamos os seguintes pontos, que servirão o propósito de orientá lo e motivá lo no início da nossa rota para a proatividade: A aplicação prática dos conteúdos: Acreditamos na aplicabilidade efetiva do proposto, esperando maximizar o potencial individual do leitor no sentido do incremento, significativo e benéfico, da sua pro atividade. Deste modo, e para a sua concretização, apresentamos sugestões, dicas e reflexões a aplicar na sua rota; A independência dos capítulos: O livro faz sentido no todo, mas, também, em cada capítulo, o que permite uma maior liberdade na sua leitura; A consistência científica: As referências da literatura sustentam o texto e conferem‑lhe um ponto de partida científico, constituindo pistas para o aprofundamento das diferentes matérias;

No entanto, esta abordagem preconiza -se como integrada, conside rando-se que somente terá resultados se fomentar no leitor o desejo de refletir e planear, desenvolvendo comportamentos que impliquem efeti va e consequente ação.

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•  A pertinência: O contexto atual exige que sejamos proativos. As organizações pedem-nos que sejamos proativos. Não obstante, existirá uma compreensão generalizada efetiva do próprio conceito, tanto por quem o solicita como por quem tanto deseja identificar ‑se com o comportamento associado ao ideal da proatividade? O livro questiona a ideia preconcebida da génese do comportamento pro ativo, pretendendo desvendar o potencial intrínseco e motivacional de cada indivíduo;

Introdução4

O mundo digital, catapultado de forma exponencial pelo enquadra mento da natureza associada a preocupações de saúde pública, trans forma os membros da sociedade em espectadores passivos e reativos da informação disponibilizada pelos diversos meios de comunica ção.

A sensação de incapacidade e inexpressão individual transforma cada interveniente da engrenagem social num ponto desconectado dos respetivos decisores. As reações desenquadradas de grupos minoritários, incentivados frequentemente por intenções políticas, surgem como me canismos de libertação de pressão de uma sociedade de inatividade e voyeurismo.Consideramos, deste modo, que o enquadramento atual global bene ficiará significativamente com a compreensão e a assimilação individual de real controlo sobre o futuro, através de comportamentos proativos e de envolvimento.

•  A atualidade: Num contexto global de mudança e disrupção, a ca pacidade de nos mobilizarmos para alcançar os objetivos a que nos propomos, nas diversas esferas de intervenção que diariamente granjeamos, corresponderá a uma ferramenta de valor inestimável para assumirmos o controlo sobre o nosso futuro.

A abordagem metafórica que será estabelecida entre voar, pilotar e chegar ao destino da tão desejada proatividade surge como inspiração para a reflexão pretendida. Tal como referido pelo filósofo Sócrates, “o Homem tem de se elevar acima da terra, acima da atmosfera, para compreender completamente o mundo onde vive” Aprender a pilotar um avião será a metáfora perfeita para a proatividade. Não assumimos compreender o mundo. No entanto, numa época de ritmo elevado, na qual as rotinas e as responsabilidades nos aprisio nam numa complexa rede de interações humanas, uma pausa, acima

Esta arte implica compreensão e antecipação, utilizando preparação, metodologia e concentração, apoiando-nos nos instrumentos para a validação da nossa perceção. Pretendemos, deste modo, ser os seus “ins trumentos”, mostrando‑lhe formas consolidadas e frutíferas de alcançar o controlo da sua vida. Bem‑vindo a bordo!

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Aprender a pilotar um avião será a metáfora perfeita para a proativida de, uma vez que, para cada voo, temos de estudar os METAR ( METeorological Aerodrome Report) e TAF (Terminal Area Forecast ), relativos à meteorologia, os avisos à navegação NOTAM ( Notice to Air Missions), os manuais de cada aeronave e aeródromo, conhecer a legislação, perfor mance do avião, entre outros aspetos, antes mesmo de definirmos uma rota e criarmos um plano de voo para alcançar o nosso destino. Ou seja, voar implica preparação, planeamento e ação, refletida e ponderada, tal como o comportamento proativo. Voar ensina‑nos que, por vezes, o que os nossos olhos veem, e mesmo o que sentimos, poderá levar a decisões limitadas, ou mesmo incorretas.

da realidade, permite-nos respirar, ganhar tranquilidade e estabelecer prioridades.Pretendemos com esta viagem, tal como num voo perto das nuvens, permitir a concentração, o foco e a clareza de pensamento que a necessi dade de vigilância e a capacidade de contemplação conseguem, quando estamos com os pés fora da terra. Talvez deste modo seja possível, com os olhos no horizonte, ouvindo o motor da nossa aeronave, efetivamente diferenciar o que é acessório do que será essencial.

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