Edição 784 - 04/06/2013

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Curitiba

Notícia Antiga

No dia 4 de junho de 1992, foi realizada a ECO 92, com o objetivo de debater o desenvolvimento sustentável. Página 6

Nebulosidade variável

Mín. 10ºC Máx. 16°C

Mais informações: www.simepar.br

Ano XIV Edição 7844 Terça-feira, 04 de junho de 2013

lona.redeteia.com

Alunos da Universidade Positivo são premiados na Expocom Sul 2013 Divulgação

A edição deste ano do evento que visa expor e premiar trabalhos realizados por alunos de cursos de graduação em Comunicação nas suas diversas habilitações aconteceu na cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul. Os prêmios recebidos pelos alunos da Universidade Positivo garantiram que a universidade ficasse entre as cinco mais premiadas na última edição do evento. Página 3 Divulgação Padre Reginaldo Manzotti

120 mil fiéis marcham sobre os tapetes no Corpus Christi A tradicional marcha sobre os tapetes confeccionadoes por fiéis em Curitiba atraiu aproximadamente 120 mil pessoas para fazer o trajerto da Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora Luz até o Palácio Iguaçu. O evento, que aconteceu à tarde, contou com a participação do padre Reginaldo Manzotti como animador. Página 3

Divulgação

Programa Curitiba Lê busca incentivar o hábito de leitura nos curitibanos As 13 Casas de Leitura espalhadas pela cidade são uma das ações do programa para aproximar os curitibanos dos livros. O projeto foi reconhecido internacionalmente no ano passado, quando foi implantando na Catedral Unesco de Leitura, localizada no campus da PUC-Rio. Página 4

Página 2 Ombudsman

Deep Web

Por onde anda?

“Quem entende de jornalismo sabe que matéria boa é aquela sobre a qual as pessoas conversam, seja na web, seja no cafezinho”, Rosiane Correia de Freitas

“Cientistas estudam a possibilidade de indexar conteúdos da Deep Web no Google. Assim, seria possível encontrar pelo buscador os arquivos dos confins mais escondidos da internet. Seria isso um boa coisa?” Pedro Garcia.

O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Renan Colombo.

Colunas Gastronomia Saiba mais sobre os diferentes pratos típicos da culinária mexicana com Izabelle Ianchuki.

Esporte Victor Hugo Turezo comenta, com tristeza, a ausência de grandes ídolos que inspirem os torcedores do futebol paranaense. Página 5


Terça

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junho, 2013

OPINIÃO

Editorial Tempos belicosos Na última segundafeira, 62 países assinaram, em uma cerimônia na sede da ONU, um tratado que regulamenta a venda de armas. O número de assinaturas superou as 50 necessárias para validação do tratado, o Brasil está orgulhosamente entre os que aderiram. Agora, o projeto só precisa passar pelo leg-

islativo de cada nação para entrar em vigor. Agora só resta esperar que aqueles que não assinaram (e também alguns dos que assinaram) acatarem a decisão. O que provavelmente ainda vai gerar muita discussão. Nem todos países enxergam um possível desarmamento como um passo em direção à

paz. Existem diferentes regimes, baseados em diferentes ideais e que dependem de diversos fatores sociais, culturais e, até mesmo, históricos para funcionar. Sem entrar no ponto de dizer que uma rigidez maior na venda regular de armas pode favorecer o mercado ilegal, é possível que a decisão

A Deep Web na sua vida A deep web é uma parte oculta da internet, não acessível por meios comuns. Estima-se que o que você pode chegar através do Google seja menos de 1% do que realmente existe no mundo virtual. Usando uma metáfora para explicar melhor: tudo que você vê no seu navegador bonitinho é a ponta de um iceberg, daqueles bem grandes, e a deep web é o que está submerso, invisível. Dentro deste mundo oculto, existe tudo o que pode se imaginar, das coisas mais grotescas (como pornografia de todos os tipos, sites dedicados à tortura e canibalismo e tutoriais de suicídio), até coisas mais positivas. Sabe o seu login

e senha das redes sociais? Então, eles ficam escondidos lá embaixo, assim como outros dados pessoais e quase todos os dados governamentais, militares e empresariais. Muitos jornalistas também usam d acesso dessa parte da internet para conseguir furos e talvez até desvendar crimes. O Google agora possui um projeto para deixar a deep web acessível. Liderada pelo cientista da computação Alon Halevy, a equipe pretende criar um programa que consiga localizar as informações dessa parte da internet, e facilitar a vida dos usuários. Para saber se você tem restituição de imposto disponível, não será mais necessário entrar

possa beneficiar os países onde a produção bélica é mais forte. Nem todos os regimes militares dispõem de um fornecimento local de armamento. Dessa forma, a regulamentação rigorosa pode pesar um lado da balança nos conflitos armados. Infelizmente, a indústria bélica domina em grande parte a econo-

mia mundial e detém um grande poder de dominação. Para que a regulamentação não vire um modo de mergulhar o mundo em um caos armado, é preciso que seja feita com muita atenção aos detalhes de forma a não privilegiar um país sobre os outros (se é que esse não é um objetivo).

Pedro Garcia no site da receita federal e fazer uma pesquisa, ou para qualquer outra coisa. O Google simplesmente irá encontrar. No ensino médio, eu brincava com meus amigos falando “O Google é como Deus, ele é onipresente, onipotente e onisciente”. Hoje em dia eu sei que não é, e sinceramente, não quero que seja. O maior buscador do mundo já pode demais, ele já faz demais. Nem livros são necessários hoje em dia porque você pode achar todo o conteúdo através da digitação de poucas palavrinhas. Obviamente o site de buscas facilita demais a nossa vida, é legal e tudo mais, porém, pense comigo: se o

Google tiver acesso fácil à deep web e começar a indexar suas páginas e traduzi-las (a maior parte das páginas encontradas por lá estão em uma linguagem que o Google não entende, uma contraparte do famoso HTML), o que irá acontecer? A parte obscura da natureza humana se encontra toda lá, de formas bem explicitas, e isso com certeza influenciará a já agressiva internet em que vivemos. Mesmo que essa parte grotesca não seja levada à tona (o que torço para nunca acontecer, é perturbador demais para a maior parte da sociedade humana), e apenas os bancos de dados se tornem acessíveis, o que

essas mentes engenhosas do mal não farão? Qualquer pessoa com o seu CPF, e um pouquinho de vontade, vai poder encontrar até a cor do sofá que sua família comprou quando você tinha 5 anos de idade. Tá, um pouco exagerado, não sei se isso seria possível, mas a ideia central é essa. Se você se empenhar um pouco em uma pesquisa no Google é possível encontrar quase tudo sobre quase tudo, e é aí que mora o problema de o site acessar a deep web: finalmente ele se tornará onisciente, e daí estaremos à mercê de qualquer um acessar nossa privacidade, já prejudicada por toda a evolução da tecnologia.

Por Onde Anda? Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador Ana Paula Mira Editores-chefes Júlio Rocha e Marina Geronazzo Editorial Júlio Rocha O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30 Fone: (41) 3317-3044.

Renan Colombo Concluí a graduação em 2008 e logo comecei a trabalhar. Fui repórter freelancer da Gazeta do Povo por seis meses. Minha contratação veio em seguida, para atuar como repórter da Gazeta Maringá, veículo digital que o jornal mantém no interior do estado. Atuei cerca de um ano como repórter e, então, fui promovido para a edição. Fiquei

um ano e meio nessa função, até ser transferido para Curitiba e passar a atuar como editor online das editorias de Economia e Política (Vida Pública), áreas em que atuo há cerca de dois anos. Em paralelo, fiz uma pós-graduação e ingressei no Mestrado de Ciência Política, pois também tenho gosto pela carreira acadêmica.

Acervo Pessoal

Quero uma manchete Caro repórter do Lona: vou fazer uma confissão, sou viciada numa manchete. Mas não é qualquer uma. Tem que ser uma manchete daquelas que nos faça correr para ler a matéria. Que nos deixe curiosos. E que faça os outros repórteres pensarem: por que é que eu não fiz essa reportagem? Tenho outra confissão a fazer: sinto falta de uma manchete no Lona. Sim, o jornal tem manchetes em todas suas edições. Mas são tão comportadinhas, previsíveis. Falta ao jornal uma matéria forte. Não precisa ser furo, mas é preciso ter uma pegada, sabe? Por conta dessa minha predileção por boas manchetes fiquei com

inveja do site de notícias do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Paraná. Dia desses o portal (http://www. jornalcomunicacao. ufpr.br/) emplacou uma matéria simples, mas importante, sobre demissões na Livraria Cultura do Shopping Curitiba. O texto repercutiu nas redes sociais e fez a empresa se manifestar em uma entrevista concedida pelo o presidente da livraria, Sérgio Herz, ao site. Quem entende de jornalismo sabe que matéria boa é aquela sobre a qual as pessoas conversam, seja na web, seja no cafezinho. E essa matéria rendeu alguns bons papos por aí. O suficiente para que o presidente

Rosiane Correia de Freitas de uma grande empresa se desse ao trabalho de dar uma entrevista para um bando de estudantes (você, repórter-estudante, sabe o quanto é difícil conseguir entrevista com gente importante, não?). Existe uma outra razão para a matéria sobre a Cultura ser uma ótima manchete: ela fala sobre pessoas comuns enfrentando dificuldades (no caso: uma demissão). Jornalismo é como literatura: tem que ter um enredo envolvente. Com isso em mente, não dá para ser feliz com matéria sobre evento (por exemplo: aconteceu o evento tal, evento tal debate isso ou aquilo). Isso não é enredo, é relatório. Mas o que fazer para

conseguir uma boa manchete? Furo e manchete não é coisa para repórter experiente, premiado? Bem, ter um Esso – como a nossa grande professora Kátia Brembatti tem – ajuda muito, mas é para quem já tem uns anos de cancha na lida jornalística. Antes do Esso você, repórter do Lona, pode emplacar uma boa manchete, sim. É só estar atento ao enredo da história que você quer contar e ver como ela pode se tornar mais atraente para o leitor. Gosto sempre de contar para os meus alunos que a matéria mais lida do Teia Notícias em 2011 e 2012 (sim, dois anos) foi “Na volta do Kit Kat, preço varia 60%”. É uma matéria simples, feita

a partir de uma pesquisa rápida de preços. Mas quem é que não come chocolate? (Sério, quem?) No ano passado, outra matéria importante foi “Carros de candidatos são flagrados jogando santinhos nas ruas”. O texto falava de algo que incomoda todo mundo nas eleições: a sujeira provocada pelos santinhos jogados nas ruas. O grande mérito da reportagem era encontrar o vilão: quem é que joga lixo na rua? Então eu te faço um desafio, caro repórter: faça uma manchete. Daquelas. Quero ver a sua matéria sendo discutida no cafezinho na semana que vem. Pode ser?


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GERAL

TERÇA 04 JUNHO, 2013

Universidade Positivo fica entre as cinco instituições mais premiadas na Expocom Sul 2013 Prêmios destacaram alunos e recém-formados em reportagem para televisão, webdoc e livro-reportagem.

Da Redação

A Universidade Positivo venceu cinco premiações da Expocom Sul 2013, sendo três delas nas categorias de Jornalismo. O evento aconteceu no último fim de semana na cidade Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. A Expocom é Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação, evento que expõe e premia trabalhados realizados exclusivamente por alunos de graduação de cursos de Comunicação em suas diferentes habilitações. A premiação procura incentivar os jovens talentos da comunicação a apresentarem seus melhores trabalhos e é realizada anualmente pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares de Comunicação (Intercom) - organização sem fins lucrativos que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento do estudo da Comunicação no país.

Os vencedores Juliano Gondim, do 7º período noturno, e a recém-formada Mônica Amorim venceram na categoria Reportagem para Televisão sobre o “Fim do Mundo”, com orientação da professora Sandra Nodari. As também recém-jornalistas Suelen Loriany e Laura Beal Bordim, com o livro “Sem liberdade eu não vivo”, venceram na categoria Livro Reportagem, orientadas pelo professor Emerson Castro. Para fechar a premiação com chave de ouro, Ailime Kamaia e Luzimary Cavalheiro, já formadas, tiveram “Caminhoneiras” premiado como melhor webdoc, orientadas por Felipe Harmata. Para Juliano Gondim, repórter junto com Monica Amorim da reportagem sobre o “Fim do Mundo”, explorar o tema a partir de diferentes opiniões de representantes religiosos foi o diferencial.

“Foi muito gratificante ter transformado uma ideia em música, entrevistas e imagens. Valorizamos a cultura e a fé da nossa gente”. Já Laura Beal Bordin, que escreveu junto com Suelen Lorianny o livro “Sem liberdade eu não vivo”, sobre histórias de mulheres que lutaram contra a ditadura militar, disse que a premiação foi o maior reconhecimento por um ano inteiro de trabalho. “Percebemos que o nosso livro cumpriu seu objetivo, que era mostrar uma parte da história que se mostra presente até hoje”. As outras universidades premiadas que acompanharam a Universidade Positivo entre as cinco primeiras no sul do Brasil foram Universidade Federal do Pampa, Universidade Estadual de Londrina, Centro Universitário Leonardo da Vinci Ailime Kamaia segura os três prêmios que recebeu pelo e Universidade Federal de próprio trabalho e pelo trabalho dos colegas. Santa Maria.

Fiéis lotam o centro de Curitiba em comemoração às festividades de Corpus Christi A tradicional caminhada sobre os tapetes confeccionados por fiéis foi animada pelo padre Reginaldo Manzotti. Aproximadente 120 mil pessoas acompanharam o evento lucas souza

Mais de 120 mil fiéis acompanharam as festividades de Corpus Christi nesta quinta-feira (30). O evento iniciou-se em frente à Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz, na praça Tiradentes, no centro da cidade. Mesmo as temperaturas amenas da capital não desanimaram a multidão que se reuniu em procissão junto ao Santíssimo Sacramento em direção ao Palácio Iguaçu, passando pelos mais de 1700 metros de tapetes confeccionados pelas famílias e voluntários das paróquias de Curitiba. O evento iniciou-se às 14h30 com a animação do Padre Reginaldo Manzotti, seguida da celebração da Santa Missa às 15h celebrada pelo arcebispo metropolitano de Curitiba, Dom Moacyr José Vitti, seguido da procissão pela Rua Cândido de Abreu, no Centro Cívico. A matéria-prima na produção dos tapetes foram ferragens coloridas, pó de café, sal, tampas de garrafa, isopor e casas de pinhão. Durante todo o evento, foi lembrada a importância dos jovens dentro da Igreja Católica e, portanto, do evento que acontecerá no país este ano, a Jorna-

Augusto Tortato

da Mundial da Juventude (JMJ), onde estará presente o santo padre, o papa Francisco I. O fim do evento ficou marcado com a adoração e com a bênção do santíssimo sacramento. Seguido de uma pequena apresentação do Padre Reginaldo Manzotti.

História Corpus Christi é comumente celebrado pelos católicos na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, de tradição europeia, é a data que se comemora o “Corpo de Cristo” e seu dom Eucarístico, acreditando que

Deus é o alimento espiritual da alma. Segundo a Igreja, é durante a missa onde o vinho e o pão se tornam o corpo e o sangue de Jesus Cristo, o mesmo distribuído aos discípulos durante a última ceia. A primeira comemoração ocorreu em 1193,

na Bélgica, que, segundo conta a tradição, uma jovem chamada Juliana de Cornellon avistou a Virgem Maria em um sonho, pedindo-lhe que se organizasse uma festa em gratidão pelo milagre da Eucaristia.


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TERÇA 04 JUNHO, 2013

Programa visa aumentar a quantidade e qualidade de leitura dos curitibanos Promovido pela Prefeitura e pela Fundação Cultural de Curitiba, o programa Curitiba Lê utiliza recursos variados para incentivar a leitura entre os curitibanos Divulgação

Jéssica Senna

Curitiba Lê é um programa promovido pela Prefeitura e pela Fundação Cultural de Curitiba. O objetivo do projeto é facilitar o acesso à leitura aos moradores, aumentando não só a quantidade de leitura, mas também a qualidade do que está sendo lido pela população, oferecendo empréstimos gratuitos de livros. Em 2012, o programa foi reconhecido internacionalmente como exemplo de programa que contribui para a transformação social por meio da formação de leitores e foi implantado na Catedral Unesco de Leitura, instalada no campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio . O projeto já é conhecido pelos frequentadores da rua XV de Novembro, como conta a estudante de química Francielle Silva, que, enquanto trabalhava na região, sempre passava para lá para ler em seus intervalos. “Uma grande vantagem é que os livros ficam à disposição, então, a curiosidade é maior, e essa é a grande jogada do projeto”. A estudante acredita que a diversidade é um dos pontos fortes do projeto.

ras há também as Sextas de Pensamento, atividade direcionada aos funcionários da Fundação Cultural de Curitiba, que inclui desde leitura de textos e reflexões a exibições de filmes. Área de estudos e pesquisas em Leitura desenvolve atividades essenciais para o estudo da leitura, como seminários e oficinas ministrados por profissionais da área. Com o Laboratório da Leitura os participantes, guiados por um profissional, fazem estudos, discussões e reflexões sobre um determinado livro.

É também parte integrante do projeto a oficina da Estética da Leitura, que tem como objetivo formar leitores utilizando ferramentas teatrais. A leitura “A variedade de livros aju- é praticada em voz alta da também em atingir um para uma plateia, levando público maior.” o participante a desenvolver essa habilidade. As ações do programa são divididas em três: área de Na área de Criação incentivo a leitura, área Literária, acontecem ofide estudos e pesquisas em cinas de análise e criação leitura e área de criação de textos - nestas, após literária. Na área de in- a leitura de grandes obcentivo à leitura é onde o ras, exercita-se a escrita projeto lida diretamente e são produzidos seus com o cidadão, visando próprios textos. Com a aumentar seu interesse “Coleção Cidade de Cupelo mundo da leitura ritiba” lançada em 2011, por meio de atividades os autores da cidade têm em grupo. Entre essas seus trabalhos divulgados atividades estão as Rodas e sua distribuição para e Ciclos de Leitura, onde as principais bibliotecas o público se encontra com das capitais dos estados um Mediador de Leitura brasileiros. para trocarem informações sobre um texto base, Espaços de Leitura gerando conversas e reflexões. As casas de Leitura são um dos tipos de espaços de Segundo a Fundação Cul- leitura criados pelo projetural de Curitiba, 1.400 to. Com a primeira instarodas de leituras são ad- lada em 2006 no Parque ministradas atualmente Barigui, atualmente são no Curitiba Lê. Além 13 espalhadas pelos bairdisso, há também Os Ci- ros de Curitiba e cada clos Especiais de Leitura uma recebeu o nome de nos quais são divulgados um autor literário como escritores curitibanos forma de homenagem. através da leitura comple- Nesse espaço, é possível ta das obras e, em alguns ler livros e emprestá-los casos, para obras em an- gratuitamente a partir de damento, o encontro con- cadastro. Além das Cata com o próprio autor. sas de Leitura, Curitiba Lê também está presente Dentro do Ciclo de Leitu- com a Estação de Leitura

do Pinheirinho, instalada dentro de terminal. O espaço suporta 4.000 livros de todos os tipos e para todas as idades. Funciona das 7h30 às 20h30

de segunda e sexta e aos sábados das 8h às 14h. O Bondinho da Leitura é outro espaço, localizado na rua XV de Novembro e inaugurado em 2010,

que possui um acervo de 5.000 exemplares, funcionando das 8h30 às 19h30 durante a semana e das 8h30 às 14h30 aos sábados.

Conheça os locais e horários de funcionamento das Casas de Leitura: Casa da Leitura Augusto Stresser Centro de Criatividade de Curitiba - Rua Mateus Leme, 4.700 - Parque São Lourenço - Fone: 3254-6802 Segunda a sexta-feira, das 9h30 às 11h30 e das 13h às 17h. Domingos, das 10h às 17h30. Casa da Leitura Manoel Carlos Karam Rua Batista Ganz, 453 - Parque Barigui - Fone: 3240-1101 Segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h30. Domingos, das 10h às 17h30. Casa da Leitura Paulo Leminski Rua Padre Gaston, s/n° - Cidade Industrial - Fone: 3212-1402 Segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h. Casa da Leitura Jamil Snege Rua da Cidadania da Fazendinha - Rua Carlos Klentz, s/nº - Fazendinha - Fone: 3350-3973 Segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h Casa da Leitura Maria Nicolas Rua da Cidadania de Santa Felicidade - Rua Santa Bertila Boscardim, 213 - Santa Felicidade - Fone: 3374-5017 Segunda a sexta-feira, das 9h as 12h e das 14h às 18h Casa da Leitura Walmor Marcelino Rua Lupianópolis, 12 - Vila Tecnológica - Bairro Novo - Fone: 3298-6319 Segunda a sexta-feira, das 9h às 18h Casa da Leitura Wilson Martins Rua da Cidadania do Boqueirão - R. Marechal Floriano Peixoto, s/nº - Boqueirão Fone: 3313-5512 Segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h Casa da Leitura Osman Lins Rua da Cidadania do Pinheirinho - Av. Winston Churchil, s/nº - Fone: 3212-1514 Segunda a sexta-feira, das 9h às 18h Casa da Leitura Franco Giglio Rua Jerônimo Durski, 1039 - Bigorrilho - Fone: 3240-1102 Segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h Casa da Leitura Hilda Hilst Rua Rodolfo Senff, 223 - Jardim das Américas - Fone: 3361-2303 Segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h Casa da Leitura Miguel de Cervantes Praça Espanha - Rua Carlos de Carvalho, s/nº - Batel - Fone: 3321-2821 Segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h. Sábado, das 10h às 18h. Casa da Leitura Nair de Macedo Rua da Capitania, 57 - Guabirotuba - Fone: 3296-3312 Segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Casa da Leitura Dario Vellozo Praça Garibaldi, 7 - Centro - Fone: 3321-3268 Segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h Estação da Leitura Pinheirinho Terminal do Pinheirinho Segunda a sexta-feira, das 6h30 às 20h30, sábados das 6h30 às 14h (fonte: Fundação Cultural de Curitiba)


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COLUNISTAS

QUARTA 29 MAIO, 2013

Izabelle Ianchuki Um tempero, uma piñata

Culinária caliente É quase impossível não ser apreciador da comida mexicana. Com temperos fortes e ardentes, a comida mexicana é o tipo de comida perfeita para todas as ocasiões. Aqui em Curitiba existem ótimos lugares para ir com os amigos, com a família ou com o (a) namorado (a). Taco el Pancho, Mustang Sally e Zapata Mexican Bar são os melhores ambientes para poder deliciar e ter uma noite agradável. Mas também, se você quiser reunir o povo em casa e cozinhar, não é nada complicado. O que a maioria das pessoas fazem é o famoso nachos, que nada mais é que o famoso Doritos (acon-

selho a comprar o que é sem tempero, que aí fica com o verdadeiro sabor), carne moída temperada com pimenta (eu gosto de usar a calabresa, que é mais leve e saborosa) e sal, pimentão (acho que o melhor a usar é o amarelo, o prato fica mais apresentável), cebola (se você não é chegado muito – que nem eu -, faça ela na manteiga), tomate e bastante queijo cheddar (e bem derretido). Não é nem um pouco complicado de fazer e fica delicioso. Perfeito para qualquer ocasião. Só que a culinária mexicana não se resume a isso; os caras têm uma vasta lista de pratos saborosos e engordativos e temperos magníficos. Não é à toa que é considerada uma das cozinhas mais ricas do mundo. Se você não está acostumado,

é bom experimentar os pratos mais conhecidos e com temperos mais “aceitáveis” pelo seu organismo, como: A tortilla, que é uma massa feita de milho, que deu origem a vários pratos mexicanos. Ela foi uma das primeiras comidas criadas e uma das primeiras que encantou o mundo. O taco que é a massa da tortilla com o recheio que você desejar. Os mais conhecidos são feitos de carne de boi, ou frango ou de porco, com tomate, ovos cozidos, alface, queijo e pimenta. Eu gosto de colocar milho, ervilha e também fica gostoso fazer com a linguiça calabresa bem picada. O guacamole faz bastante sucesso e é bem fácil de ser preparado. Sua receita é basicamente fazer uma papinha de abacate apimentada. Se você quiser fazer alguma coisa mais “encorpada”, faça o pollo pibil (mexicano) com arroz, fica uma delícia! E uma dica para sobremesa é o brownie mexicano, que é a mesma receita do brownie comum e com um toque de pimenta caiena em pó. Bom, opções é o que não faltam para quem quiser experimentar e fazer.

Victor Hugo Turezo Intermediária Carência A carência faz romper todas as barreiras do pouco sentido que o torcedor carrega. Carecemos, realmente, de ídolos. Ve m o s jogadores sem nenhuma identificação com o clube sendo idolat r a d o s . Um b e i j o n a camisa após o gol. Um g e s t o s i m b o l i zando todo o amor que inexiste e fim – ele nos comprou. E nós aceitamos. Batemos palma para o herói ambulante desprovido de sent imento. Pens ando que nós o movemos

o anjo-diabo são as notas – verdes, azuis, amarelas, ou por algum momento você pensou em algum outro tipo de nota? Incluo-me neste mar mor to. Já f ui da turma do apoio incondicional. Já aplaudi quem não merecia sequer uma palavra de incent ivo. Já g r itei o n o m e d e q u e m nã o mere c i a o c usp e que jorrava incessantemente de minha

com urros ensandecidos e lágrimas, quando só o que importa para

boca e de toda a multidão. Ta m b é m

careço de ídolos. Como todos da geração dos anos 90, que escolheram torcer pelos clubes de futebol do Paraná. Ol ho p ara o a lto, para as estrelas, enquanto estou na arquibancada, e entendo por que meu pai não vai mais ao est ádio. Antes não entendia. Ficava irr it ado, t ranstor nava-me sua atitude. Na verdade, agora, sinto inveja. Um a i n v e j a q u e me des-

gasta e consome. Continuo o l h a n d o

para as estrelas. Imagino todos ali, todos eles em fileiras. E depois imagino todos posicionados, esperando a música do apito. E ela vem. E eles dançam. Não sei p or que, mas depois de alguns instantes a lucidez me veste. Meus olhos queimam. A realidade os constrange. Continuo indo ao est ádio. Não estou dizendo que a carência de ídolos me faça, algum dia, deixar de pisar no camp o. Faz p arte de mim. Mas não posso julgar quem deixa. Quem sonha as mesmas imagens que passam pela minha cabeça, mas

em out ro canto. Como não deixar que um mero ser que veste um par de chuteiras se torne ídolo? Simples: não deixe qualquer um tomar posse de sua confiança e sentim e n t o . Nã o s e d e i x e manipular pelo o q u e é i m p o s t o. Pe l a s quilométricas frases d e e f e i t o. Q u e r e n d o o u n ã o, q u e m m o l d a o ídolo são os torcedores. O bv i amente que a imprensa reproduz – e muitas vezes de forma de distorcida – esse desespero reconfor t ant e . Mas, ainda assim, a culpa é nossa. Po r t a n t o, d e i x e m o s olhos queimarem. Enquanto desfrutamos da espera que parecerá ser eterna.


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TERÇA 28 MAIO, 2013

AGENDA

NOTÍCI ANTIGA O Debate Ambiental e recém-assinado o Trata ECO 92 ado de Maastrich, que formalizava a União No dia 4 de junho de Europeia. 1992, a Conferência A conferência teve grande das Nações Unidas so- importância ao chamar a bre o Meio Ambiente atenção da opinião públie o Desenvolvimento ca para as ligações entre foi realizada no Rio os problemas ambientais, de Janeiro. Líderes de condições econômicas e 180 nações iniciaram a justiça social. Alguns a ECO 92, conhecida temas discutidos durante também como Cúpula a ECO 92 ainda são muida Terra, debatendo to pautados atualmente, formas de desenvolvi- entre eles a preocupamento sustentável, um ção com o aquecimento conceito pouco abor- global, a importância da dado na época. Nesse preservação de recursos mesmo ano, a Guerra- naturais e o desperdício Fria havia sido encer- crescente de alimentos. rada e a Europa havia Os conteúdos já eram

discutidos desde 1972, quando foi re a l i z a d a p el a ON U uma conferência em Estocolmo, na Suécia. A Agenda 21 é um dos instrumentos de planejamento que consiste na construção de sociedades sustentáveis, conciliando métodos de proteção ambiental e justiça social, tendo sido criada durante a ECO 92. Atualmente a Rio+20 abre espaço para a discussão ambiental, principalmente diante do problema de aumento da temperatura global.

FEIRAS LIVRES Feira do Rebouças – R. Nunes Machado – das 7h às 11h30. Feira do Água Verde “B” –R.Dom Pedro I - das 7h às 11h00. Feira do Jd. Botânico – R.Cel.João da Silva Sampaio – das 7h às 11h00. Feira do Uberaba – R.Cel.José Carvalho de Oliveira – das 7h às 11h. Feira da V.Santa Amélia – R.Fernando de Souza Costa - das 7h às 11h00. Feira do Mossunguê – R. Paulo Gorski – das 14h às 20h. Noturnas: Feira do Batel (Av.Iguaçú)- R. Alexandre Gutierrez – das 17h às 22h00. Feira do Juvevê – Av. Anita Garibaldi – das 17h às 22h. Feira de Sta.Felicidade –Pç.São Marcos – das 17h às 22h.

O que fazer em Curitiba? Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba

6 a 14 de junho Vários espaços: R$ 5 e R$ 2,50 (meia-entrada). R$ 1 para sessão de curtas-metragens

Ary Barroso – Do Princípio ao Fim. Espetáculo com o ator Diogo Vilela

6 e 7 de junho, às 21 horasTeatro Positivo: R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada)

Exposição Violeta Franco

6 de junho a 20 de outubro Museu Oscar Niemeyer: R$ 6 e R$ 3 (meiaentrada)

Milton Nascimento – Nada Será como Antes

7, 8 e 9 de junho, às 21h e 19h (dom.) Teatro Guaíra: R$ 100 (plateia), R$ 60 (1° balcão) e R$ 40 (2° balcão) – valor da inteira


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