Notícia Antiga
Curitiba
Ator norte-americano de cinema, lembrado por filmes “Western”, John Wayne, morre em 1979. Página 6
Muitas nuvens
Mín. 11ºC Máx. 22°C
Mais informações: www.simepar.br
Ano XIV Edição 7894 Terça-feira, 11 de junho de 2013
lona.redeteia.com
Wiki Commons
Assembleia aprova primeira fase do projeto que impede menores de fazer tatuagens
A primeira das três fases necessárias para a aprovação do projeto de Lei que impediria menores de idade de fazerem tatuagens mesmo com autorização dos pais foi aprovada em uma sessão plenária que ocorreu na última segunda-feira. O projeto foi aprovado por 36 dos 43 deputados presentes na sessão. A Lei também prevê o impedimento de uso de piercings e outros adornos perfurantes (com a exceção de brincos) por menores. Página 3 Jucélia Chequim
Curitibanos temem transporte público
Jovens entrevistados pelo Lona, relatam casos de crimes e violências que viveram ou presenciaram em ônibus, tubos e terminais. A Policía Militar recomenda que não se reaja a situações de risco. Página 4
Pessuti pede maior fiscalização da soltura de balões
Motivado pela proximidade das festas juninas e julinas, o vereador do PSC Bruno Pessuti protocolou na Câmara de Vereadores de Curitiba um pedido à Prefeitura para que a fiscalização sobre a soltura de balões com tocha aumente. O subcomando do Batalhão de Polícia Ambiental concorda com a decisão do vereador, afirmando que, nessa época, a prática acontece com maior frequência. Página 4
Página 2 Ombudsman
Seleção
Por onde anda?
“Penso que um dos problemas dos jornais universitários em geral, e do Lona em específico, é a falta de uma linha editorial forte”. Rosiane Correia de Freitas
“O primeiro desafio de verdade desse time será no sábado contra o Japão, teoricamente o time mais inofensivo do grupo no qual o Brasil caiu”. Gustavo Vaz
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Evelise Toporoski.
COLUNAS Esporte
Economia
“Q ue m quis e r s e associar ou permanecer sócio do atual l o c a l te r á que de s e mb ol s ar a qu ant i a i r r is ór i a de R $ 2 4 9 , 0 0 mensais. Ainda almejo, um d i a , ar r anc ar tod as as c ade ir as , d e to d os os e st ád i o s do mundo e jogá-las ao mar. D e volvam-me o f uteb ol”, Vic tor Ture z o.
Lucas Kotovicz comenta a reportagem apresentada no Fantástico que afirmava, por meio de uma pesquisa, que pessoas solteiras gastam mais que aquelas que se encontram um relacionamento. O colunista aponta os erros da amostragem do programa mas elogia, porém, a forma de abordar a economia.
Terça
P2
Editorial
maio, 2013
OPINIÃO 3 problemas em 1
Luiza Abend
Andou circulando pelas redes sociais uma notícia que afirmava uma decisão do senado que aprovaria o pagamento de uma bolsa de R$ 2000 como auxílio de trabalho para prostitutas. Me s -
mo creditando o projeto a uma senadora que nem existe (segundo o portal, a senadora Maria Rita do PT teria sido responsável pela decisão), muitos comentários revoltados apareceram no site e nas redes sociais.A senadora Ana Rita (provável objeto de conf us ão do autor), do Partido dos Trabalhad ore s , e s t á pro c e s sando
o blogueiro responsável pela divulgação da falsa notícia. Além do preconceito político sofrido pelo PT, o notícia aponta outra falha grave na sociedade brasileira: a facilidade com a qual a população acredita no que vê nas redes sociais. Pode ser que, em um rápido vislumbre, as inconsistências da “matéria” passem despercebidas. Porém, basta ler o texto com atenção e dar uma olhada nos conteúdos dos sites que a divulgaram para perceber que não é possível que as informações verdadei-
A volatilidade dos amistosos No próximo sábado, o Brasil abre a Copa das Confederações, contra o Japão, em Brasília. No dia de ontem, o time brasileiro ganhou da França, por 3x0, em mais um amistoso. Amistoso, a palavra maldita que vem atormentando os torcedores, clubes e a própria Seleção nos últimos anos. “Por que atormentando?”, você leitor pode perguntar. Como a palavra diz: “amistoso” é um jogo “entre amigos”, “amigável”. O leitor já deve ter sentido a sensação de sonolência ao ver um jogo do Brasil nos últimos tempos. Muito disso se deve ao fato do Brasil já estar classificado para as eliminatórias por ser o país-sede, e assim não disputar os jogos “sérios” das eliminatórias.
Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador Ana Paula Mira Editores-chefes Júlio Rocha e Marina Geronazzo Editorial O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30 Fone: (41) 3317-3044.
Pelo mesmo motivo do amistoso ser um jogo com nada em disputa, é temerário fazer julgamentos com base nesse tipo de partida. O Brasil ganhou por 3x0 (um placar que nunca é irrelevante), envolveu, mostrou volume de jogo no ataque. Mas, vale lembrar que a França vive uma entressafra mais complicada que a brasileira. Apesar de contar com bons jogadores como o atacante Benzema, e o promissor volante Pogba, a França apresentou um meiode-campo mais improdutivo que o solo de um deserto (e que ainda não contava com o xerife Ribery, fonte principal das jogadas do time). Contra a Inglaterra, um time mais bem montado, mas que também não é nenhum “bicho
de sete cabeças”, o Brasil teve péssima pontaria e precisou de sorte para empatar um jogo que estava caindo nas rédeas inglesas. Leve-se em conta a nítida falta de interesse dos ingleses na partida e fica claro o quanto voláteis são os desempenhos e níveis destes amistosos. O primeiro desafio de verdade desse time será no sábado contra o Japão, teoricamente o time mais inofensivo do grupo no qual o Brasil caiu. A seleção nipônica vem de oitavas-de-final na Copa2010 (ótima campanha), e é a primeira seleção a conquistar a vaga na Copa-2014 no campo. Tudo bem que o nível das eliminatórias asiáticas não é dos mais inspiradores, mas a disciplina desse time é no-
As aulas tinham acabado e bateu o medo de ficar em casa sem emprego. Decidi mandar e-mail para todos os contatos com meu currículo. Acredita que deu certo? Cobri férias de uma repórter da área de cultura no extinto jornal Hora H e me contrataram. Quando senti que estava na hora de mudar, encontrei uma revista nacional com a redação em Curitiba. Passaramse mais dois anos e senti que meu prazo começou a ‘expirar’. Me aventurei por um período como editora
do Jornal de Colombo e depois comentei com um ex-veterano meu de UP, editor da intranet do HSBC Brasil, que estava procurando algo e ele disse que abriria uma vaga em breve. Hoje trabalho com o mesmo cara que andava por aí com cabelo azul e fez um TCC sobre um programa de culinária. Claro que agora somos pessoas sérias, aparentemente. Aproveitem o tempo de faculdade para se relacionar bem com todo mundo, as oportunidades aparecem!
Apontamentos sobre um jornal diário Dada a repercussão (pequena, mas que existiu, então vamos aproveitar) que minha última coluna teve, sugiro a criação do selo: “Estamos há XX dias sem uma boa manchete”. O objetivo do jornal seria, é claro, não ter que veicular o selo. Que tal? Penso que um dos problemas dos jornais universitários em geral, e do Lona em específico, é a falta de uma linha editorial forte. Por um lado, o jornal é um empreendimento educativo e deveria abrir portas para todo tipo de texto e reportagem, como forma de permitir aos alunos a prática jornalística de forma ampla. Por outro, a falta de linha editorial torna
mais difícil a definição de pautas. Falando nisso, o que é que vem antes: a falta de linha editorial ou a falta de pautas? A graça disso tudo é que o Lona é um jornal laboratório, ou seja, discutir sua produção é parte do trabalho. E discussão é esporte olímpido num curso de jornalismo, né não? Penso que dentro da Rede Teia a falta de linha editorial é um problema que aflige o portal Teia Notícias e o Lona. A Rádio Teia, o Tela Un e o Naco vão muito bem, obrigada, neste quesito. Quem não me conhece e lê minhas críticas deve achar que sou uma chata (quem me con-
ras. Para completar, a “notícia” não foi dada em nenhum dos grandes portais de notícias do país e, com um pouco de pesquisa, é possível perceber que a tal senadora petista nem mesmo existe. Ainda mais uma deficiência da população brasileira pode ser observada nesse exemplo. Por alguma triste razão, os leitores da notícia conseguiram achar que a informação era verossímil o suficiente para ser verdadeira. Após a polêmica gerada pela campanha de Dirceu Greco, (agora ex) dire-
tor do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, e a do “Bolsa Crack”, os brasileiros parecem mais suscetíveis a acreditar em qualquer notícia que, pelo menos aparentemente, relate que o governo pretende destinar dinheiros a pessoas consideradas em situação marginal. Ainda assim, os comentários que surgem em relação a esses assuntos são tão geniais quanto letras de funk.
Gustavo Vaz tável e, somando o nervosismo típico de uma estreia (em casa), pode causar ao Brasil um verdadeiro pandemônio. Pense que a tradicional Itália e o talentoso México serão os adversários subsequentes do Brasil na Copa das Confederações e um resultado ruim se torna assustador. Entretanto, será a primeira conclusão sólida de como está o time brasileiro para a Copa do Mundo. Isto porque Luís Felipe Scolari não comandava o Brasil no horrendo resultado da Copa América-2011. Aliás, a tentativa de apelar a Scolari, e seu legado vitorioso, me trazem muitas semelhanças ao que aconteceu com a Itália em 2010, com Marcello Lippi, e com o próprio Brasil, em 2006, com
Carlos Alberto Parreira. Ambas as experiências foram ineficazes. Depois de tantas partidas sem nada concreto em disputa, chegou a hora de ver qual é o real patamar deste time jovem e, teoricamente, sem experiência para o vórtice de nuances de uma Copa do Mundo em casa, na seleção mais vencedora da história, e na qual nada que não seja o título será um fracasso de proporções paquidérmicas. Um desempenho ruim na competição que se inicia no próximo fim de semana botará uma pressão imensurável para o grande evento do ano que vem, não ajudando muito a situação.
Por Onde Anda? Evelise Toporoski Acervo Pessoal
Entrevista com ator Juca de Oliveira
Rosiane Correia de Freitas hece tem certeza) que não fica feliz com nada. Mentira. Intriga da oposição. Gosto muito do Lona. Tenho curtido muito a seção Por onde anda. Achei muito boa a matéria sobre o Rango de Rua, da Lis Claudia Ferreira e curti a abordagem do Maximiliam Rox na matéria sobre o interesse do jovem por política. A edição do dia 3 de junho, que trouxe as duas matérias citadas acima, estava particularmente boa. Acho que até deve ter tido uma briga boa pela manchete entre as duas reportagens. Eu talvez ficasse com a do Rox, já que ela apela para a minha quedinha por números. Nas demais edições do período
o jornal voltou a emplacar na manchete variações do tema “aconteceu nessa semana”. Isso muito me lembra um quadro do Programa Silvio Santos da época em que eu ainda era criança chamado “Semana do Presidente” que sempre começava com o Lombardi dizendo: “Essa semana o presidente José Sarney...”. Tenho certeza que há muita gente curtindo o tom engraçadinho dos emails do Lona. Por aqui as mensagens sempre garantem um risada no meio da tarde. A propósito: a demora no envio do jornal se deve à demora na criação da piada do dia? Porque se é o caso, tá perdoado, viu?
Rolou uma empolgação dos alunos com a matéria da Piauí sobre a médica Virgínia Helena Soares de Souza, exchefe da UTI Geral do Hospital Evangélico. Aí eu fico me perguntando: por que é que o Lona ainda não fez uma reportagem sobre as acusações feitas contra a médica? Ou será que uma matéria dessas é só coisa para a Piauí? No meu tempo de estudante de jornalismo as matérias empolgantes eram as da Caros Amigos. Mas naquele tempo o PT era oposição e ainda não existia o PIG (Partido da Imprensa Golpista). Estou ficando velha. Hoje o PIG só existe na cabeça da esquerda perseguida.
P3
GERAL
TERÇA 11 JUNHO, 2013
Projeto de lei prevê proibição de tatuagens em menores de dezoito anos mesmo com autorização dos pais A imaturidade dos jovens e o não seguimento da lei vigente por parte de alguns tatuadores é o principal motivo para a reformulação da norma Daiany barth
Nesta segunda-feira (10), aconteceu uma discussão na Assembleia Legislativa do Paraná sobre o projeto do deputado Gilson de Souza (PSC), que pretende proibir a realização de tatuagens permanentes em menores de dezoito de idade, mesmo que com a autorização dos pais ou responsáveis. A proposta do deputado quer estabelecer uma mudança na Lei estadual nº 12.242, de 31 de julho de 1998 (com nova redação dada também pela Lei nº 13.129/2001), que atualmente permite aplicação de tatuagens em adolescentes (e crianças), desde que autorizada por escrito. Esse projeto foi anexado o projeto de lei nº 379/12, do deputado Dr. Batista (MD), com intenção de proibir, além da tatuagem, os piercings e outros adornos perfurantes (com exceção de brincos), em menores de dezoito anos. Bruna Gabardo, estudante de Publicidade e Propaganda, 19 anos, fez uma tatuagem quando tinha 16 anos. Ela conta que o tatuador não pediu nenhuma autorização por escrito. “Era amigo da minha irmã que é maior e confiou nela, digamos assim. Ela foi comigo no estúdio dele e então não precisou de nenhum papel”. Ao questionar se a jovem se arrependeu da tatuagem ou acha que deveria ter pensado mais ela responde: “sim, com certeza, as cores achei que ficou meio infantil, hoje quero muito melhorar ela [a tatuagem]”. Já Henrique Nogueira,
estudante, 18 anos, que fez sua primeira tattoo aos 17, contou ao LONA que além da autorização por escrito para o estúdio que fez a tatuagem, a mãe o acompanhou até o local, que os pais em nenhum momento foram contra a realização da arte no corpo e que por enquanto não se arrepende do que fez. O tatuador André Boi defende a ideia de que seja proibida a realização de tatuagens em menores de 16 anos, mesmo com a autorização dos responsáveis, uma vez que
o adolescente não tem maturidade e consciência suficiente pra decidir algo que estará em seu corpo para o resto da vida. Ele diz que já realizou tatuagens em menores de idade e que pede além da autorização no papel a presença do pai ou da mãe da pessoa a ser tatuada. A sessão planária na Assembleia para debater e votar sobre o assunto acontece em três fases: a primeira aconteceu nesta segunda-feira, e as demais nos dois dias seguintes. Na primeira fase o projeto foi aprovado com 36 votos
a favor e 7 contra. Só após esses três momentos de reunião é que a proposta segue para sansão do governo, que irá avaliar se será ou não aprovada. Caso a reformulação da lei seja aprovada, a lei passa a ser vigente em todo o estado do Paraná. A matéria já recebeu pareceres favoráveis da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Idoso e da Comissão de Saúde Pública. No entanto teve julgamento desfa-
vorável da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania. Para o deputado Pedro Lupion (DEM), relator do caso por essa Comissão, cabe a cada jovem, juntamente com os pais, decidirem se irá ou não realizar as aplicações no corpo, ele compara a tatuagem como uma escolha de corte de cabelo, qual cada um tem o livre arbitro de decidir se utilizará curto ou comprido, e, que a má utilização das tatuagens por parte de algumas pessoas, sendo ou não adolescentes, não deve ser generalizada.
Usuários do transporte público de Curitiba contam experiências ruins em ônibus e terminais
Falta de segurança em ônibus, tubos e terminais assustam usuários do transporte Coletivo na capital e região metropolitana que já sofreram ou presenciaram furtos e assaltos Fernanda Anacleto
O transporte público de Curitiba vem sofrendo cada vez mais com a falta de segurança. Assaltos, muitas vezes à mão armada, traumatizam a p opu lação. A p assageira Jéssica Andrade conta que estava na linha Interbairros IV saindo do Campo Comprido quando cerca de 5 ou 6 homens entraram no ônibus “Eu estava sentada no fundo e
um deles se aproxi m o u . Vi u m a a r m a e não tinha certeza se era de verdade ou de br inque do. C orri para a frente do ônibus e quando olhei para trás vi um tumult o”. Ap ó s r o u b a r uma câmera, colar e um relógio dos passageiros, o motorista parou e eles finalmente desceram. Situações como esta colocam a população em um
risco crescente. Além dos próprios passageiros motoristas e cobradores também sofrem. “Na linha Jd. Graziela, que sai do Barreirinha, um homem aparentando ter 25 anos entrou no ônibus e deu voz de assalto e levou apenas o dinheiro do caixa e o troco do cobrad o r. A a ç ã o d u r o u cerca de 3 minut o s”, c o n t a o p a s sageiro Jorge de
Sousa. C erca de 20 ocorrências de assalto e m t u b o s s ã o registradas por mês na capital. N o r m a l m e n t e os delinquentes esperam o último horário do ônibus quando há poucos passageiros e o cobrador fica mais vulnerável. Somente em 40% dos casos os assaltantes são presos. Segundo o Soldado Albuquerque a primeira atitude a se
tomar em situações como esta é não r e a g i r. “ É i m p o r tante pedir mais patrulhamento em regiões com maior número de assaltos e também tentar marcar o máximo possível de características físicas do c r i m i n o s o”. A i n d a segundo Albuquerque depende dos políticos mudarem as leis para que a segurança pública possa ter um maior efetivo nas ruas.
P4
Segurança
TERÇA 11 JUNHO, 2013
Fiscalização sobre a soltura de balões com tocha pode aumentar O vereador Bruno Pessutti fez um pedido à Prefeitura Municipal de Curitiba para que haja fiscalização maior no período das Festas Juninas JUCÉLIA CHIQUIM Jucélia Chequim
assim como o vereador Bruno Pessuti, também considera que as Festas Juninas e as condições do tempo nessa época favorecem a soltura de balões, pois normalmente há céu aberto e tempo seco. O BPMA identifica como importante o aumento da fiscalização nos meses em questão. “Somente coibindo os crimes de soltura de balões, será evitado desastres ambientais e para aviação, danos ao patrimônio particular e público” e salienta que
madas são encaminhar à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente em Curitiba, nos demais municípios à Delegacia de Policia local e depois aplicação da pena da Lei de Crimes Ambientais. Conforme o artigo 42 da Lei nº 9.605/98 de Crimes Ambientais, “fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano”,
a mudança e 448 votos a favor. Um ex-integrante de uma equipe de baloeiros, que não quis ser identificado, conta que considera a confecção de balões como uma expressão artística: “Eu considero como arte, pois não é qualquer pessoa que tem o dom de confeccionar balões”. Segundo ele, nas equipes existem diversas regras, como por exemplo, o pagamento de mensalidades para compra de matéria prima. Ele conta
concordam”. Festival sem fogo Apesar de serem soltos muitos balões com tocha, uma novidade adotada por alguns baloeiros pode solucionar a exposição de riscos que essa prática consiste. Trata-se do balão ecológico ou sem fogo. Os materiais utilizados para confecção desse tipo de balão são diferentes dos tradicionais já que a “boca” é feita com fibra de vidro ou bambu e as tochas são trocadas pelo fogo do maçarico que im-
o cidadão pode participar diretamente para que a coibição dessa prática aconteça, já que o policiamento é realizado através do preventivo e ostensivo, também com denúncias que chegam ao BPMA. Quem quiser realizar uma denúncia pode usar o número 190 da Central de Operações da Polícia Militar (COPOM) ou o (41) 3299-1350, do próprio Batalhão de Polícia Ambiental. Além dos e-mails bpambfv-p2@pm.pr.gov. br e bpambfv-p3@pm.pr. gov.br. Em caso de flagrante, as medidas to-
é considerado crime ambiental e a pena é de detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. O deputado federal, Hugo Leal do PSC/RJ, propôs um projeto de lei para alterar esse artigo com a inclusão de uma nova pena: “reclusão de dois a quatro anos e multa”. A proposta se encontra em tramitação na Câmara dos Deputados e há um abaixo-assinado na internet para que a nova pena não seja incluída. Na página há 3.313 votos no total, sendo 2.865 contra
ainda, que os regastes fazem parte da prática das equipes e é considerado como uma “recompensa” para o ego de quem consegue resgatar: “Há uma satisfação pela equipe que pega o balão e a recompensa é conseguir soltá-lo novamente. Até os balões queimados são resgatados e assim, os membros da equipe sorteiam a boca do balão entre eles”. Com relação a soltura de balões ser considerado crime ambiental, ele diz: “Todos [que participam de uma equipe] sabem que é crime pela lei, mas não
pulsiona o voo após inflar todo o balão. A prática é recente e, após muitas tentativas, já foi regulamentada no estado do Rio de Janeiro, conforme a Lei nº 5511/2012 Art. 1º Fica permitida a soltura de balões artesanais e ambientais sem fogo, no Município do Rio de Janeiro. Porém, esse novo método ainda não é regulamentado no Paraná, que ainda analisa as possibilidades de regulamentação, pois ainda considera o risco causado nos espaços aéreos.
Jucélia Chequim
Foi protocolado na Câmara de Curitiba pelo vereador Bruno Pessuti, do Partido Social Cristão (PSC), um pedido à prefeitura para que seja realizada fiscalização da soltura de balões com tocha através Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). O motivo, segundo o vereador, é o aumento dessa prática ilegal nos meses de junho e julho, devido as Festas Juninas que acontecem nesse período. Para o vereador Bruno Pessuti a prática de soltar balões é comum na capital, ele considera que nos meses em que acontecem festividades juninas essa prática aumenta e há uma necessidade maior de fiscalização. “Há sempre a necessidade de reforçar a fiscalização, ainda mais nessa época onde é maior a ocorrência da soltura de balões. Prevenir é sempre melhor que remediar, não podemos esperar acontecer o pior para depois tomarmos providências”, comenta o vereador. A preocupação do vereador se estende desde os incêndios até a causa de acidentes em espaços aéreos, já que os balões alcançam grandes altitudes. Para ele, os perigos envolvendo balões são muitos e colocam em risco várias pessoas. Bruno Pessuti acredita que a sociedade deve ter participação ativa para que a inibição dessa prática ocorra. “Acredito que deva haver uma parceria com a sociedade, denúncias devem ser feitas às autoridades para ajudar na fiscalização. É preciso também, haver campanhas educativas sobre a prejudicialidade na soltura de balões com tocha”, conclui Bruno Pessuti. Apesar de o vereador ter feito um pedido para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente realizar a fiscalização, a divisão de Fiscalização Ambiental da Secretaria não tem a responsabilidade de fiscalizar a soltura de balões. Segundo o chefe dessa divisão, Luiz Fernando Laska, essa competência não é de responsabilidade da SMMA: “Nós fiscalizamos crimes ambientais relacionados à poluição, mas fiscalizar a soltura de balões não é nossa atribuição”. Sendo assim, o órgão responsável pela fiscalização é o Batalhão de Polícia Ambiental (BPMA), que atua no controle para que sejam identificadas quaisquer notificações envolvendo balões com tocha, além de outros crimes ambientais. O subcomando do Batalhão de Polícia Ambiental,
P5
TERÇA 11 JUNHO, 2013
COLUNISTAS
Victor Hugo Turezo Intermediária Desconfiança O Coritiba despachou o Náut i c o c om um f uteb ol miú do, d ig no d a f r i a noite c ur it ib ana . D eiv id b a l ançou as re des ante s do pr imeiro m inuto de j ogo e foi s ó. No j ogo. Porque no campeonato o A l v ive rde s egue inv ic to e na t ab el a , a v itór i a s obre o Ti mbu g aran t iu ao club e do A lto d a Glór i a mais u ma ro d ad a na li deranç a d o Br asi lei ro. Sim , p asmem, o C or it ib a é líd e r, e nã o est amo s f a l ando de C amp eonato Par ana ens e – tor nei o no qu a l a b ol a rol a s obre verd ad ei ros p astos t rave st ido s de g r ama e as v ac as p ast am a o inexistente som das torcidas do interior. Creio que o Alviverde não vá se sustentar por tanto te mp o no p elot ão d a f re nte. Não tem el enc o qu a lif i c a do p ar a iss o. S ó uma c ois a far i a
o c olu n ist a mud ar de idei a : a che g a d a de reforço s d e qu a l i d a de. Sab e mo s que o C or it ib a nã o te m din heiro p ar a iss o. Te m o s c o n s c i ê n c i a dos problemas financeiros causado pelas más administrações p ass a d as qu e deix aram muito mais do maus re su l t a do s dent ro d e c am p o. Mas , s em dúv i d a , o momento é d e af i rma ç ã o. A af i r ma ç ã o d a re est r utur a ç ã o. D eixemo s Marqu in ho s S anto s , j o g a dores , torci d a e to do s a quel e s que a c re dit am s on hare m . D e volv am- m e o futeb ol O pres ide nte do C or it ib a , Vi l s o n R i beiro de Andrade, anunciou em um evento na última sexta-feira, os futuros valores praticados a aqueles que
quiserem permanece r ou s e ass o ci ar a o novo e mais bem v a l or i z a d o e sp a ç o do C outo Pe re i r a : a nov a R e t a d a Mau á , ou ‘S e tor Pro - Tork’. Ambi e nte ond e o torce d or te r á uma c a d e i r a re cl i nável e a conche g ante, e m que p o d e r á a ci onar um b ot ã o e, instantaneamente, um v i d ro bl i nd a d o o prote ge r á d e to d o s o s out ro s s e tore s i n s e g uro s d o e st á d i o. Tamb é m p o d e r á usuf r ui r d e b ebi d as e com i d as cr i a das especialmente para o paladar refinado do fã que pairar por aquelas bandas, já que o maldito pão com bife não presta. Só satisfaz o s i n f e r i ores . Br i nc a d e i r as a p ar te, agor a ,
que m quis e r s e as sociar ou permanecer sócio do atual lo c a l te r á qu e de s e mb ols ar a qu ant i a ir r is ór i a d e R $ 249,00 mensais. Ainda almejo, um di a, ar r anc ar to d as as c ad e i r as , de to dos os e st á d i os do mundo e jogá-las ao mar. D evolv am-me o f uteb ol. Tap e te d a s or te Enfim o Par aná voltou à Vi l a C ap ane ma , agor a b e m ve st i d a, apesar de ainda estarem faltando
alguns ajustes. E o novo vestido verde da Vila trouxe sorte ao Tricolor, que bateu o Figueirense pelo placar de 1 a 0. Anderson não usou o terreno renovado para fazer o gol da vitória; usou a cabeça para completar o cruzam e n t o d e Ru b i n h o, garantindo mais três importantes pontos para que a equipe não se distancie da zona do acesso logo no começo da Série B e possa almejar algo significativo na temporada.
Lucas Kotovickz Nada se perde tudo se investe A falsa informação econômica que o Fantástico criou e divulgou No último domingo uma matéria do Fantástico me chamou a atenção e despertou meu eu crítico. A matéria de cinco minutos, em horário nobre da televisão, afirmou com veemência: ser solteiro é mais caro que namorar. A prova de que tal afirmação é verdadeira nada mais é do que a “calculadora do amor”, uma planilha de Excel simples, com 30 linhas. Normalmente, quando surgem pautas assim, o jornalista cita algum estudo ou pesquisa que chegou a esta conclusão. No caso do Fantástico, para desespero dos economistas, não há estudo, não há pesquisa. Na matéria, foram pegos um casal e um grupo de solteiros como exemplo. No fim, chegou-se a conclusão que os solteiros gastam em média R$28.200,00 por ano (a “média” aqui é a do grupo de cinco ou seis solteiros que estavam na mesa, enquanto o cálculo era feito), enquanto que a média dos namorados é de R$20.810,00 por
pessoa. Alguém consegue descobrir onde estão os erros? É fácil. Basta fazer as seguintes perguntas: da onde são as pessoas pesquisadas? Se for de São Paulo, por exemplo, o preço dos lugares para solteiros pode diferenciar dos lugares que os casais f r e quent a m e, assim, um grupo pode gastar mais que o outro. Ainda neste aspecto, os preços de São Paulo podem ser diferentes dos preços de Curitiba, que são diferentes dos preços em Manaus. Isso altera, novamente, o cálculo. E não se leva em consideração as classes sociais? Um casal ou um grupo de solteiros da classe C ou D provavelmente não tem mais de R$20 mil para gastar
por ano (aliás, eu não tenho R$20 mil por ano para gastar com balada e/ou namoro). E, levando em consideração a comparação entre eles, será que um casal da classe C não gasta mais que um grupo de solteiros dessa mesma classe? Isso sem falar na inflação e no
modo como cada um gasta: há quem saia muito, mas gaste pouco; há quem escolha apenas os itens mais baratos para consumo; há
quem saia pouco, mas quando o faz exagera nos gastos. E há quem saia muito e gaste muito, também. A matéria tem seu mérito. É uma das poucas que vi mostrando a área econômica de forma diferente, irreverente. Seria válida se – e somente se – os dois grupos pesquisados fossem exemplos de uma pesquisa maior, realizada por alguma instituição ou centro de pesquisa. Para tornar a afirmação inicial, de que os solteiros gast a m mais d e
que o s n am o r a d o s seria necessário fazer uma pesquisa muito mais elaborada, utilizando métodos uniformes, com um universo de pessoas de diferen-
tes classes sociais, de diferentes estados e com diferentes poderes aquisitivos. Pra mim, seria preciso, no mínimo, um cálculo com os valores praticados por 300 ou mais pessoas. O jornalismo econômico que o Fantástico fez colocou na cabeça das pessoas uma falsa informação, que pode, inclusive, mudar o rumo da vida de várias pessoas. Num Brasil com 92% de pessoas que não possuem diploma de nível superior, escutar alguém falar que “decidiu namorar porque viu no Fantástico que era mais barato” não seria nenhuma surpresa. Aliás, eu disse jornalismo econômico? Isso é, na pior das hipóteses, uma esdrúxula especulação. Jornalismo econômico precisa ter muitos dados, muitas variáveis, muita informação. E, a partir destes dados, faz-se uma matéria de T V com informação de verdade.
TERÇA 11 JUNHO, 2013
P6
AGENDA
NOTÍCI ANTIGA
Um câncer de estômago, no dia 11 de junho de 1979, fez como vítima o ator John Wayne. Marion Mitchell Morrison, que adotou um nome artístico quando começou no cinema, nasceu no dia 26 de maio de 1907 na cidade de Winterset, no estado de Iowa. Antes de fazer carreira no cinema, Wayne foi rejeitado na Academia Naval dos Estados Unidos e cursou direito na Califórnia. Seu primeiro grande trabalho no cinema foi em 1930 com o faroeste A Grande Jornada (The Big Trail, de Raoul
Walsh). Consagrou-se no papel de Ringo Kid no filme No Tempo das Diligências (Stagecoach, de John Ford). O filme, que trouxe algumas das principais características do faroeste no cinema, foi o primeiro da parceria entre o ator e o diretor John Ford, que rendeu mais 21 filmes de sucesso. Seu trabalho lhe rendeu três indicações ao Oscar, duas como ator e uma como produtor. Ganhou o prêmio em 1969 pelo filme Bravura Indômita, um dos filmes de maior sucesso do cinema western
baseado no romance homônimo de Charles Portis e que foi readaptado recentemente pelos irmão Ethan e Joel Cohen.
6 a 14 de junho: Vários espaços: R$ 5 e R$ 2,50 (meia-entrada). R$ 1 para sessão de curtas-metragens
6 de junho a 20 de outubro: Deixou seis filhos, com Exposição Violeta Franco três diferentes mulheres Museu Oscar Niemeyer: R$ 6 e R$ 3 (meia-entra(sendo que a última, Pi- da) lar Pallete, esteve com o ator até o dia de sua 11 de junho: morte). Entre 1926 e 1976, John Wayne par- às 19h30: Sempre um Papo, com o jornalista e esticipou de mais ou me- critor Tarso Araújo nos 170 filmes, sendo Teatro Regina Vogue: Entrada gratuita considerado hoje em dia um dos atores que 18 de junho: mais gerou lucro para a indústria cinematográ- às 19h30: Sempre um Papo, com a historiadora Mary del Priore, e lançamento do livro Castelo de fica. Papel (Rocco) Teatro Regina Vogue: Entrada gratuita
CityZen - Cinemark Barigüi Nitro Circus: O Filme - Cinemark Depois da Terra - Barigüi UCI Palladium, UCI Estação, Cinesystem O Grande Gatsby Total, Cinesystem Cinemark Barigüi, Curitiba, Cinesys- Cinemark Mueltem Cidade, Cine- ler, Cineplex Batel plus Xaxim, Cineplus (Shopping Novo Jardim das Américas, Batel), Cinesystem Cinemark Mueller, Curitiba, UCI EstaCinemark Barigüi ção, UCI Palladium
CINEMA
O que fazer em Curitiba?
Odeio o Dia dos Namorados - Cinemark Barigüi, Cinemark Mueller, Cineplus Jardim das Américas, Cineplus Xaxim, Cinesystem Cidade, Cinesystem Curitiba, Cinesystem Total, UCI Estação, UCI Palladium