Notícia Antiga Fim da Segunda Guerra No dia 2 de setembro de 1945 foi assinado uma ata de rendição incondicional que decretou o fim da Segunda Guerra.
Edição 819
Curitiba, 02 de setembro de 2013
lona.redeteia.com
Fãs enchem livraria para ver Nicholas Sparks Augusto Tortato
Autor americano veio a Curitiba lançar o livro “Uma Longa Jornada”. Fãs tiveram a oportunidade de receber autógrafos e tirar uma foto com o escritor. Com um bate-papo descontraído, Sparks se mostrou bastante a vontade e simpático na sua segunda visita ao país. Autor conta com uma bagagem de 19 livros lançados e mais de 100 milhões de unidades vendidas em todo o mundo, somente o Brasil soma mais de três milhões. Entre outros recordes, Nicholas é um dos autores que mais tem livros transformados em filmes.
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Após 17 anos, restrição de propaganda de cigarro traz resultado De acordo com pesquisas divulgadas recentemente, a restrição de propagandas de cigarro em veículos de comunicação em massa se mostra eficaz, já que, com ausência de publicidade, número de fumantes diminuiu. Dados apontam que um em cada três brasileiros deixaram de fumar após a Lei Antifumo nº 9.294 entrar em vigor, em 1996. Página 4
Opinião Editorial
Conflitos
Por onde anda?
“A e sp e r anç a agor a é - s e m o voto s e c re to - u ma nova ele i ç ã o p ar a de c id ir a p e r manê n ci a d o mand ato do ex -d e put a d o.”
“O us o de ar mas químic as, in f r inge nor mas d as C on ve nç õ e s de G enebra e B ashar a lAss ad de ve s er pun ido c as o iss o s e j a c omprova do”, L is C l au di a Ferre ira.
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex -aluna Suelen Lorianny.
Colunistas
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Games
Política
Na coluna Press Start de hoje, Maximilian Rox analise os elementos que tornam jogos competitivos, como Street Fighter, tão atraentes para o público gamer.
Mesmo com a proximidade das eleições presidenciais no ano que vem, os possíveis candidatos que concorrerão contra Dilma Rousseff ainda não apresentam táticas bem definidas.
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Primeiro passo O primeiro passo que nos faz lembrar que nossa república realmente é democrática já foi dado pelo ministro do STF Luís Rob er to B ar ros o. Suspender a sessão e os efeitos que manteve o mandato de Natan Donadon (ex- PMDB-RO), mesmo sem a perda automática do s eu mandato, já representa um g rande avanço, e nos dá uma pequeníssima parcela de fé no
Brasil. Parece que as lamúrias da semana passada e o evangelismo não ajudou Donadon nessa, enquanto todos estavam crentes que ele realmente ficaria com o mandato. A esperança agora é - sem o voto secretouma nova eleição para decidir a permanência do mandato do ex-deputad o . Ta l v e z a s sim haja mais votos a favor : se devem algu-
ma coisa, que se acertem depois, algo que provavelmente saberemos em breve. A extinção do voto secreto vai dar pano pra manga. Para tudo que é feito dentro das políticas brasileiras, é demorado. Esperar é o que nos resta agora: extinção do voto s e creto, nova eleição, cass ação. Um processo que demora, mas que a recompensa, no final,
Por Onde Anda?
vale a pena. Mu d anç as qu e refletem diretamente na vida do cidadão, que há meses tem sido mais rigoroso se tratando de política, exemplo diss o é o “maior protesto na história do Brasil” que o Gr upo Anonymus marcou para o dia sete de s etembro, cont r a a “pr i s ã o d e m e n s a l e i r o s”. O V d e Vi n g a n ç a promete sair as ruas e mudar o país. Provavelmente Donadon
estará presente em algum cartaz e nas reivindicações do p ovo. Cassação do mandato. Para um parlamentar que é condenado, nada mais justo do que não poder mais exercer a f unção. Além de ser logicamente impossível o deputado fazer o seu trabalho da cadeia –mesmo que inúmeros bandidos comandam organizações inteiras de dentro
da cela-, isso denigre a imagem da política brasileira e aumenta o estereótipo de “p ol ít i c a corrupta de memória fraca e b u r r a”. B u r r a o u não, o p ovo tem de ser respeitado, tem direitos –saber em q u e n ã o v o t a r, caso da extinção do voto secreto- e mudará o país que já sofre transformações, mas velhos hábitos tendem a pers i s t i r. . .
Suelen Lorianny Antes de terminar o curso de jornalismo eu já estava trabalhando na Igreja Batista de Bom Retiro. Produzo um jornal comunitário desenvolvendo pautas com o bairro. Saí da graduação final do ano e continuei por aqui. Em março fiz um curso de comunicação popular e desenvolvimento comunitário na organização Jovens com uma Missão (JOCUM). Foram três meses teóricos, mo-
rando em uma base missionária e dois meses práticos. Na segunda etapa pude desenvolver um documentário no norte da Colômbia, sobre o povo indígena chamado Wayuu. O mais interessante foi morar dois meses com eles. Experiência indescritível. Me formei neste curso depois de cinco meses e voltei a trabalhar na igreja. Agora estou aqui, re-
sponsável por toda comunicação interna da instituição e também pela Folha do Bom Retiro. Estamos em um processo para desenvolver outras ideias de trabalho com o bairro, oficinas de texto, educomunicação. Se tiver alguém por aí querendo trabalhar com essa área, fala comigo pois preciso de estagiários! Jornalismo comunitário é apaixonante! E o mo-
mento mais esperado do meu segundo semestre é o lançamento do livro-reportagem que produzi como TCC no ano passado, junto com minha colega Laura Beal Bordin. O livro, que conta a história de seis mulheres que lutaram contra a ditadura militar, vai se lançado no dia 3 de outubro às 19 horas, na Livraria Cultura. Estão todos convidados! É isso aí.
O Congresso americano com poder de vida e morte Lis Claudia Ferreira O mundo todo prende o folego (ao menos deveria) para a decisão que pode abalar ainda mais o já incerto futuro do Oriente Médio. Após o suposto uso de armas químicas contra os rebeldes sírios (comprovado apenas pelos Estados Unidos), Barack Obama se pronunciou a favor de uma intervenção americana na situação da Síria. O presidente americano entretando, não parece estar disposto a
Expediente
tomar para si (depois de criticar veementemente esse tipo de intervenção) o estigma de “Senhor da Guerra”, pertencente à George W. Bush, seu antecessor. Obama deixou a decisão nas mãos do Congresso americano, que está em recesso e volta a se reunir em 09 de setembro. Não devemos nos esquecer que a ONU tem a função de investigar os possíveis ataques e ainda não concluiu a investiga-
ção. O próprio Obama declarou que isso não será impedimento caso o congresso autorize a iniciativa. A grande maioria dos cidadãos americanos (em concordância com a Rússia) é contra a intervenção e a Liga Árabe já anunciou apoio aos Estados Unidos, caso a decisão seja tomada. O uso de armas químicas, infringe normas das Convenções de Genebra e Bashar alAssad deve ser punido
caso isso seja comprovado. Porém, é preciso avaliar as consequências de possíveis intervenções nesse momento, principalmente se elas acontecerem sem o aval da ONU. Em caso de ataque ao regime sírio, grupos que até o momento não tiveram grande envolvimento no conflito (Hezbolla, por exemplo) podem passar a participar mais ativamente da situação, o que daria mais força
ao regime de Bashar al-Assad, além de envolver outros países no conflito (Líbano e Israel são fortes candidatos). Dito isso, é preciso ainda um olhar ao passado: as experiências com o Iraque e Afeganistão mostram que os E.U.A. nem sempre são os “mocinhos” que aparecem para defender a população de seus opressores. Muitos dos ataques americanos mataram civis que nada tinham com
Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Gustavo Vaz Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira
os regimes talibã ou de Sadan Housseim. Qual é o objetivo do ataque? Interromper a morte de inocentes ou mostrar “quem é que manda”? Resta esperar que o congresso americano esteja à altura de tamanho poder e tenha o bom senso de ouvir as vozes que vem das ruas. Caso contrário, um novo “Senhor da Guerra” se levanta no Ocidente.
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Um Best-seller chamado Nicholas Sparks Autor que esteve pela segunda vez no Brasil lançou o livro ‘Uma longa jornada’ e fez uma sessão de autógrafos em Curitiba. Filmes ‘Diário de uma paixão’ e ‘Querido John’ são baseados em obras dele Augusto Tortato
ela conta feliz, “Assisti várias vezes este filme e sempre choro, não sabia que a história era dele”. Na bagagem de sucessos do escritor, nove de seus livros ganharam roteiro de cinema e se tornaram grandes sucessos de bilheteria. Durante o bate-papo, questionado sobre qual versão para a telona o autor mais tinha gostado ele brinca, “Gosto de todas. E vocês provavelmente também”. Durante todo o bate-papo se via ali, uma pessoa contente e atenciosa. Sparks que respondia a todas as perguntas com calma e pausas para que a tradutora pudesse falar – esta que por sinal estava muito perdida – e entre respostas e perguntas, ele retribuiu beijos, acenos e até fez uma tentativa frustrada de um coração com as mãos. A pergunta que mais arrancou suspiros e até lágrimas de alguns, foi feita sobre a história que o autor mais se emocionou para escrever. Em meio a uma voz mais triste, Sparks disse: “A história que mais me emocionei para escrever, foi “Um Amor para Recordar”, pois é a história da minha irmã mais nova que tinha câncer e encontrou o amor
Augusto Tortato
“Nunca pensei que se tornaria este sucesso todo”. Há quem pense que esta frase não está ligada com ele, o autor americano de 47 anos, Nicholas Sparks. O escritor que possui uma bagagem de 19 livros lançados desde 1996 e com mais de 100 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, esteve em Curitiba, na última quinta-feira (29), onde realizou uma sessão de autógrafos para mais de 800 pessoas. Uma simplicidade e um sorriso no rosto que se via de longe. Era isso que Sparks passava para todos dentro daquela livraria, aonde adolescentes e adultos se espremiam entre estantes para ver o autor. Sacrifício este que o mesmo tirou dos presentes, assim, subindo na mesa para que todos ali pudessem vê-lo mais facilmente. A sensação que se tinha quando o autor pisou no segundo andar do Shopping Palladium em Curitiba, foi que um astro pop da música estava ali. Gritos e mais gritos vinham de toda a parte de dentro da loja e até do lado de fora. E lágrimas de algumas fãs que não acreditavam que estavam vendo o ídolo de perto. Os gritos foram um convite para quem passeava no shopping ir ver o que estava acontecendo. “Pensei que tinha acontecido alguma coisa e vim ver o que era. Me surpreendi.” comenta a vendedora de 35 anos, Adriele Santos. Após descobrir que Nicholas era o autor de “Diário de uma Paixão”, livro que ganhou uma versão para o cinema em 2004,
Durante todo o bate-papo Nicholas Sparks foi simpático e arrancava suspiros do público
de sua vida”. Pode-se dizer que a própria vida de Nicholas faz parte de um de seus Best-sellers, “Querido John”, durante o bate -papo o autor revelou que chegou a mandar mais de 100 cartas para a sua namorada em apenas um mês, namorada esta, que hoje é sua esposa e a mãe de seus dois filhos. A batalha para conseguir um autógrafo e uma foto com o escritor começou no dia 08 de agosto, quando foram distribuídas as 350 senhas. As gêmeas Mônique e Mônica Sperandio contam que até teve discussão. “Foi o es-
touro da boiada, sem brincadeira.”, conta Mônica. Mônique complementa dizendo: “A Livraria nem tinha aberto ainda, e uma fila imensa já se formava. Quando abriu, todo mundo correu e gritou. Acabou em menos de 20 minutos.”. As irmãs de 19 anos que também são escritoras tiveram o privilégio de em 2010, conhecer o autor quando o mesmo esteve em Curitiba pela primeira vez. Naquela época o primeiro livro delas tinha sido aceito por uma editora e desta vez elas o reencontraram e o presentearam então
com um exemplar de “Sete Vidas”. “Entregamos o livro e ele falou: “As gêmeas! Eu me lembro de vocês!”. Foi muito gratificante ver que ele se importa e se lembra dos fãs.”, contam. Questionadas ainda sobre o que mais chamou atenção naquele dia elas revelam. “A multidão. Nunca esperava ver tanta gente, nunca vi a livraria daquele jeito.”. E sobre o autor elas completam, “Achamos muito digno ele ter atendido todos os fãs, mesmo depois de ter machucado o braço em São Paulo e de ter assinado 1.200 livros. É aí que vemos o
caráter do autor. Não importa que ele fature milhões por ano, no final do dia ele estará sorrindo e tratando os fãs com respeito.”. O evento se encerrou com muitos fãs felizes e se perguntando quando ele voltaria. Para isso acontecer, falta apenas esperar um novo lançamento, que se depender do autor, ano que vêm já se tem um novo livro. Nicholas Sparks que passou por São Paulo no dia (28), encerrou sua segunda visita ao Brasil no sábado (1º) na Bienal do Livro no Rio de Janeiro.
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Geral
Restrição de propagandas de cigarro colabora para diminuição de fumantes Pesquisas apontam que medida se mostrou efetiva e fez com que fumantes parassem de fumar Jucélia do Rocio Chiquim
De acordo com as informações da Organização das Nações Unidas (ONU), o tabaco é mundialmente o principal causador de mortes que poderiam ser evitadas, matando 6 milhões de pessoas por ano. Estima-se que esse número aumente para 8 milhões por
ano até 2030. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao tabagismo. Além do câncer de pulmão, o tabagismo é o causador da doença em outros órgãos, como esôfago, estômago e boca. Doenças cardiovasculares, como infarto de miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC), também podem ser causadas pelo tabaco. Dia Nacional de Combate ao Fumo Visando à conscientização de fumantes sobre os riscos do cigarro, o Dia Nacional de Combate ao Fumo foi criado após a “Greve do Fumo”, que aconteceu em 29 de agosto de 1980, em Curitiba. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, o movimento reuniu mais de 4 mil pessoas na Rua XV de Novembro em um ato coletivo contra o tabaco, que foi
liderado pelo médico otorrinolaringologista Jayme Zlotnik. Após esse ato, uma Lei federal tornou o dia 29 de agosto como o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A aprovação e a
Marcello Casal Jr / ABr
Depois de 17 anos de implantação, a Lei Antifumo nº 9.294, que restringe propagandas de cigarro em veículos de comunicação de massa, colabora para que o número de fumantes diminua. De acordo com a pesquisa da Organização PanAmericana da Saúde e o relatório da Organização Mundial de Saúde números apontam a eficácia da medida. Segundo a pesquisa da Organização PanAmericana da Saúde (Opas), a restrição da propaganda de cigarro na televisão e em outros meios de comunicação de massa fez com que um em cada três brasileiros deixassem de fumar. A pesquisa foi realizada entre 1989 e 2010 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e teve como base 1,8 mil pessoas das capitais Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O relatório Epidemia Global de Tabaco, realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), também aponta a eficácia da restrição de publicidade. Segundo o relatório, o número de pessoas beneficiadas aumentou cerca de 400 milhões para 2,3 bilhões desde 2003, ou seja, uma em cada três pessoas está coberta por alguma medida que limite o uso do tabaco . Porém, a organização pretende ir além e reduzir em 30% o uso de cigarros até 2025. Em comunicado à imprensa, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, declarou: “Se nós não acabarmos com a publicidade, a promoção e o patrocínio do tabaco, adolescentes e jovens adultos continuarão sendo atraídos para o seu consumo por uma indústria cada vez mais agressiva”. Ela completou: “ Todo país tem a responsabilidade de proteger sua população de doenças relacionadas ao tabaco, invalidez e morte”.
Número de fumantes cai com a restrição de propagandas de cigarro sanção ocorreram seis anos depois. Sobre o episódio, Zlotnik, em declaração à imprensa, conta: ““Era época da ditadura militar e o fato
Na última quinta-feira (29), Dia Nacional do Combate ao Fumo, profissionais de saúde de Curitiba realizaram a conscientização dos riscos do tabaco na
(Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) aponta que 20,2% dos adultos que vivem em Curitiba
virou notícia porque reuniu muita gente, em um local público, numa greve. Chamou a atenção da imprensa nacional e a ideia repercutiu em todo o país”.
B oca Maldita, no centro.
são fumantes, ficando atrás apenas de Porto Alegre (RS), que conta com 22,6% de fumantes de toda a população. De acordo com a Pesquisa Nacional de
Curitiba: segunda capital com maior número de fumantes O resultado da pesquisa Vigitel 2011
Saúde Escolar 2012 (PeNSE), Curitiba também ficou em segundo lugar no quesito experimentação entre estudantes de 13 a 15 anos, com 31,7%. Em primeiro lugar ficou Campo Grande (MS), com 37,1 %. Em comunicado à Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, a Vigitel aponta que as duas pesquisas se relacionam e que o número de adultos fumantes está ligado ao número de experimentação de adolescentes: “Há uma relação muito próxima entre o consumo na adolescência e na vida adulta. Quanto antes a pessoa começar a fumar, mais dificuldades terá para largar o vício. Tanto que 74% dos adultos fumantes já tinham tentado parar de fumar”.
Colunistas
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Maximilian Rox Press Start Geração fliperama Há grandiosas mentes por detrás dos games. Não citar a genial mente Ken Levine seria um pecado – designer do complexo e político mundo de Bioshock. Encontramos também Neil Druckmann, diretor criativo de The Last of Us; Hironobu Sakaguchi, designer de Chrono Trigger. Além da produção criativa, Nobuo Uematsu, na produção sonora pela Square, e ainda Akira Yamaoka, diretamente das melhores séries de terror: Silent Hill. Mas, em uma categoria específica de games, são necessários mais que jogabilidade, gráficos e trilha sonora para torna-lo um sucesso. Falo de games competitivos.
Diretamente dos tempos áureos dos fliperamas, Street Fighter é a franquia de luta mais conhecida de todas as gerações que tiveram algum contato com videogames. Ganhando fama pelo segundo jogo, Street Fighter II, havia algo mais do que o simples embate entre dois personagens sendo desenvolvido nas escuras e barulhentas casas de fliperamas: era a época em que nasciam os conceitos fundamentais para qualquer game de luta. Uma geração que nasceu defendendo cada ficha que depositava na máquina. Uma geração que desenvolvia uma personalidade competitiva toda vez que se reunia depois
da escola. Foi dentro dessas casas de fliperamas que o confronto entre diversão e competição passou a ser criado entre os grupos de jogadores. Aqueles que estudavam cada detalhe do jogo e dos seus adversários logo passaram a dominar as máquinas, e posteriormente poderiam também dominar os torneios. Ampliavase a teoria competitiva dentro das claustrofóbicas casas de fliperamas, e logo as empresas que faziam os games teriam que atender essas exigências dos jogadores. Representante dessa geração, Seth Killian é um dos teóricos mais importantes dentro da categoria competitiva de games. Atu-
ando como diretor de comunidade para a Capcom, ele ajudou no desenvolvimento da série Street Fighter IV, sendo também autor de vários artigos de profunda análise dos games como meio de competição, a começar pelo conceito “jogar para vencer” – que critica toda a ideologia por trás da famosa “apelação”. Uma das grandes mentes que ampliaram o mundo dos games, desenvolvendo conceitos que vão além dos gráficos e dos efeitos sonoros. Os torneios e games competitivos cresceram, e hoje temos Mortal Kombat, Tekken, Marvel vs. Capcom, The King of Fighters, entre outros. Com isso, o ní-
vel de competição entre os jogadores cada vez mais atinge níveis mais altos, trazendo emoção para os que assistem quanto para os competidores. Afinal, quem não gosta de ver uma disputada partida? Os games oferecem uma emoção como poucos esportes conseguem. Sempre me ocorre todas essa reflexão sobre games competitivos e casas de fliperamas quando algum torneio grande se aproxima. Não me considero representante daquela geração – afinal, os fliperamas hoje já não disponibilizam 10% da estrutura de 20 anos atrás – mas sempre tive interesse pelos games de luta e o metagame desenvolvido
pelas competições. A ser realizado no final de semana que vem, o Treta Aftermath reúne competidores de todo o país – e alguns de fora também – para batalhas virtuais intensas. E o palco é aqui mesmo, Curitiba, onde estarão os representantes dessa geração fliperama, alguns já com seus 30 anos – mas todos continuando o legado “jogar para vencer”. Uma arena em que a vitória e a derrota podem ser definidas em poucos segundos.
Jorge Washington Politicalizando Campos, Aécio e Marina. Como esta a oposição a um ano das eleições O PSDB esta rachado. O partido Rede não consegue as assinaturas necessárias. O PSB não se decide em largar a base aliada ou não. O que essas informações têm em comum? O fato de serem os partidos dos três grandes nomes de oposição que irão disputar a eleição presidencial no ano que vem. Cada um deles enfrenta muitos problemas em seus próprios partidos (mesmo em um partido que nem existe
ainda). Aécio por exemplo enfrenta a sombra de José Serra (mesmo que essa sombra esteja cada vez mais apagada) além da própria dificuldade de emplacar seu nome em áreas como Norte e Nordeste. Nem mesmo no Sul do país ele é bem aceito. Problemas para os tucanos? Pode ter certeza que sim. Marina Silva não conseguiu criar seu partido com as assinaturas parlamentares. Agora ela irá ao TSE tentando uma última
chance de emplacar o Rede. Se conseguir, Marina tem um forte apoio dos jovens segundos às últimas pesquisas eleitorais. Isso pode fazer a diferença? Provavelmente não, já que ela tem um fraco percentual de votos na região Sul e em grandes colégios eleitorais como Minas Gerais e São Paulo. Já para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos a sua missão é mostrar que definitivamente ele (e seu partido)
está desvinculado da base aliada. Isso será fácil? Definitivamente não. Campos só cresceu na política nordestina graças a Lula. O governador de Pernambuco foi lançado em comícios do ex presidente, ou seja, como ele apagará seu passado, se será ele quem ele irá combater. Missão complicada, o que pode fazer a liderança nas pesquisas no Nordeste ruir, o que acabaria com o sonho de presidência para Campos tam-
bém. Tudo isso significa que Dilma Roussef pode comemorar sua reeleição de forma antecipada? De maneira alguma. Isso porque os três candidatos ainda não se uniram para combater a presidenta. Os três juntos podem resultar em grandes estragos a Dilma, e ela têm conhecimento disso. Eduardo Campos e Aécio Neves se encontraram nessa última semana para começar a planejar tais
ataques. Se Dilma perder votos para Aécio no Sul e Sudeste e para Campos no Nordeste, o panorama do jogo pode mudar. Isso sem contar Marina Silva, que ainda não mostrou todas suas armas porque ainda esta sem um partido. Tudo isso se resolverá daqui a um ano. Muita denúncia, quero dizer água passarão por debaixo dessa ponte.
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NOTÍCI ANTIGA A Segunda Guera foi mais intensa do que a primeira. As batalhas entre o Japão e o Estados Unidos marcaram um dos períodos mais d e v a s t a d ore s da humanidade. Em 1945 as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki foram bombar-
deadas por armas nucleares. Em setembro do mesmo ano, o Japão se rendeu, colimando no final da guerra. No lado Oriental os alemães foram cercados por tropas soviéticas, onde a cidade de Berlim foi tomada pelos russos. Logo após o inciden-
te, Hitler cometeu suicídio. Em maio de 1945, o governo alemão se rendeu, e a guerra na Europa acabou. No Brasil esse período foi marcado pela criação da FEB, a Força Expedicionária Brasileira.
O que fazer em Curitiba? Exposição “Consiente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Museu de Arte Contemporânea Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contemporânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e axposição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kaminishi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337. Teatro Novelas Curitibanas De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Novelas Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psicodélico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.