Ano XIV Edição 774
Sexta-feira, 17 de maio de 2013
lona.redeteia.com
Campanha “Faça Bonito” marca dia de luta contra abuso sexual em menores de idade O dia 18 de maio é o Dia Nacional contra Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes. Vários eventos acontecem em todo o Brasil para celebrar a data. No Paraná, acontecerá uma passeata pelo centro de Curitiba. Segundo psicólogos, atos de violência sexual na infância podem causar transtornos na vida adulta. Página 3 Domínio Público
A Incubadora de Projetos, Empresas e Negócios da Universidade Positivo tem como objetivo apoiar ideias empreendedoras de alunos (ex-alunos com até dois anos de formado), professores e funcionários. Para ter seu projeto na Incubadora, é necessário passar por uma banca avaliadora que irá selecionar os aprovados. Página 4
Louise Ferreira
Universidade
NOTÍCIA ANTIGA
No dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças. Graças a essa decisão, o dia de hoje é conhecido com o Dia Nacional de Luta Contra a Homofobia.
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Frank Vincentz/Wiki Commons
Cultura
Descubra a Cia Dos Palhaços em Curitiba e conheça a história de carreira de um grupo que se apresenta para disseminar uma arte que poucas pessoas realmente conhecem.
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Colunas
Política
Privacidade
Por onde anda?
“A sensação de desordem se une a uma sensação de tentativa de impunidade por aqueles lados também, com outra PEC, essa de número 37, a qual pretende tirar do Ministério Público (MP) o poder de investigação criminal”, Bruna Bozza.
Após a polêmica gerada pelo vazamento dos nomes de usuários do aplicativo Bang wiht friends, Pedro Garcia comenta o rumo que a privacidade dos internautas está tomando com a popularização cada vez maior das redes sociais.
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de for- Conheça a série My Mad mados? Saiba por onde anda Fat Diaries. Esse seriado, o ex-aluno Victor Paulino. nos moldes de Skins e
Séries
Música
Na coluna Samba, Choro e Afins, Halanna Aguiar comenta a importância de Misfits, retrata a vida e as Elis Regina, que faleceu inseguranças de uma me- há 31 anos, para a música nina que acabou de sair de brasileira. um hospital psquiátrico. Página 5
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Editorial
maio, 2013
OPINIÃO
Fora de contexto Marina Silva, em uma palestra em Pernambuco, tentou colocar em discussão o preconceito contra os evangélicos. Talvez inocentemente, Marina escolheu um argumento um tanto polêmico para sustentar seu ponto de vista, as declarações do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, Marco Feliciano. Em seu discurso, Marina Silva disse que era contra as pessoas que criticavam o pastor pela sua posição na igreja e não por suas “declarações equivocadas”, como a própria política declarou. Um jornal local viu na de-
claração uma oportunidade de gerar polêmica dizendo que Marina Silva defendia Feliciano por também ser evangélica. Usaram o preconceito que a riobranquense tentava debater para torná-la alvo de críticas na mídia. Vendo o discurso, é bem fácil de perceber que em momento algum Marina Silva se mostra partidária dos ideais distorcidos e preconceituosos de Marco Feliciano. Mas, tendo Feliciano se tornado um monstro aos olhos da mídia (especialmente dos internautas), qualquer declaração que não o julgue pelos seus atos e, pior,
tente dizer que, de que alguma forma, Feliciano é vítima de injustiça, vira motivo para revolta. De forma alguma deve se entender que o pastor é uma vítima ou um coitado, ele já deixou bem claro que pensa como um líder religioso do século XV e suas declarações são completamente carregadas de preconceito. O problema é que, como Marina tentou dizer, as declarações cruéis de Feliciano estão sendo atribuídas a todos os fiéis de sua mesma religião. Um preconceito está sendo usado para atacar outro. Feliciano está sendo rotulado
Somos tão... Não sei se sobrou expectativa pra quem é fã como eu, mas o roteiro de Somos tão jovens deixou a desejar. Esperei alguns dias para assistir ao longa que conta a história de um dos músicos mais importantes do nosso país, Renato Russo e a Legião Urbana. Com uma atuação impecável, Thiago Mendonça conseguiu transmitir bem quem era Renato e suas crises, polêmicas, revoltas com o país e seu lado esotérico curioso. O filme ainda conta com referências importantes do cenário musical, como Beatles e a morte de John Lennon próximo ao natal de 1980 a qual deixa Renato
O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30 Fone: (41) 3317-3044.
seja deixado de lado. Talvez Marina Silva tenha conseguido provar seu ponto de vista verdadeiro antes de grandes buracos terem se aberto em sua reputação. Mas a reação do população perante uma informação nitidamente mal esclarecida é digna de temor. O número de revoltados com Marina Silva nas redes sociais mostra que os consumidores de notíciam estão acreditando com muita facilidade em meias verdades, e é isso que os grandes manipuladores querem.
Bruna Bozza extremamente abalado, a influência significativa da banda Sex Pistol no começo de sua carreira e até Bob Dylan o qual era usado por ele como exemplos nas aulas que dava de inglês. Dentre tantos outros nomes da música que influenciaram a formação musical de Rei-na-to, como ele gostava de ser chamado por seus alunos. Somos tão Jovens conta o início da carreira do cantor, a formação da sua primeira banda “Aborto Elétrico” e termina na primeira apresentação da Legião Urbana no Rio de Janeiro em 23 de julho de 1983, no Circo Voador. Ao contrário de outras
produções como Cazuza O filme, que conta a história do cantor desde o Barão Vermelho até sua morte em 7 de julho de 1990, o filme aqui tratado conta apenas como tudo começou, o que acabou deixando o final com ar de “está faltando algo”. Apesar de ter faltado a cereja do bolo, vale a pena a ida ao cinema para saber como tudo começou. Há rumores de que a direção do filme pensa em fazer uma segunda parte para Somos tão jovens, até lá aguardemos ao som de uma das melhores bandas que esse país já teve.
Por Onde Anda? Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador Ana Paula Mira Editores-chefes Júlio Rocha e Marina Geronazzo Editorial Júlio Rocha
de racista e homofóbico por ser protestante e não por ser um sujeito racista e homofóbico que, por acaso, é protestante. E tudo que Marina Silva quis fazer era abrir os olhos daqueles que acusavam sua religião pelos erros de um único indivíduo. O motivo de terem usado sua declaração de forma descontextualizada é difícil de determinar, mas existem duas hipóteses bem prováveis: sua popularidade na última eleição presidencial deixou algumas pessoas receosas ou há um medo irracional da mídia de que o “vilão” Marco Feliciano
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Victor Paulino
Na verdade eu tenho andado bastante pela Universidade Positivo. Eu trabalho no Laboratório de TV dos cursos de Comunicação Social no período da manhã e da tarde atendendo os cursos de Jornalismo e Publicidade. Antes disso, trabalhei por quase três anos na área técnica da Band Curitiba, sendo um ano e meio na edição de VTs da TV. Além de trabalhar na UP, sou repórter freelancer da Revista Sportyard na sessão Burnout, sobre automobilismo, e mantenho o blog Liguem seus Motores, também sobre o mesmo tema. Acervo Pessoal
O mundo cor-de-rosa de Rogério Campos Começou a tramitar na Câmara Municipal de Curitiba, na última segunda-feira, um projeto de lei que estabelece um percentual mínimo de 20% da frota de ônibus da cidade para atender exclusivamente ao público feminino. O projeto é do vereador Rogério Campos (PSC), e foi lançado como uma política pública de proteção às mulheres, para preservar a integridade física e moral das passageiras de ônibus. Segundo o político, em outras cidades, e também em Curitiba, existem casos de abuso, violência e assédio sexual dentro dos ônibus coletivos. Conforme prevê o projeto, os ônibus exclusivos devem transitar nos horários de
pico, dos períodos entre 6h e 9h, e entre 17h e 20h. A novidade seria implantada nas linhas principais, nos ônibus biarticulados e linha direta da Rede Integrada de Transporte (RIT), podendo ser estendido para outras linhas em que houvesse necessidade. O que ele pressupõe é que mulheres não usam todas as linhas de ônibus e que os supostos abusos sexuais só acontecem nas principais linhas e em horários de maior lotação. Ou seja, já que as mulheres não serão obrigadas a ocupar somente os ônibus cor-de-rosa, as que usarem serão culpadas de facilitarem e se sujeitarem aos atos de assédio, e, novamente, chegamos ao ponto em que a sociedade quer ensinar mulheres a não serem abusadas
(ou estupradas) ao invés de criar campanhas de comunicação que ensinem homens a não praticar violência sexual. Se ao menos 20% dos ônibus do transporte público de Curitiba fossem inseridos no programa, unindo a quantidade de biarticulados azuis, vermelhos e os ligeirinhos, operantes, temos 585 veículos, ou seja, 117 seriam chamados de “Panterão cor-de-rosa”, já que na proposta do vereador, as linhas exclusivas teriam seus carros pintados de cor diferenciada das que já existem no transporte público da capital. Esse percentual pode causar um impacto de 117.734 homens a menos circulando nos ônibus. O que não resolve nenhum problema no transporte,
Daiany Barth mas sim aumenta ainda mais o tempo de espera das pessoas e a superlotação. O vereador (também) esqueceu que o público feminino está presente em todas as linhas do transporte, que o projeto não pode obrigar a Prefeitura a incorporar maior quantidade de ônibus na frota, e que somente quantidade atual não é suficiente nem para a população no geral. Não existem mais aqueles horários que você pode sair de casa e pensar “Se eu sair agora irei sentado no ônibus ou pelo menos eles não estarão abarrotados de gente”. A população de Curitiba, entre os primeiros trimestres de 2010 e 2013, aumentou em
quase 15% e o transporte público, com certeza, não conseguiu e nem consegue em curto prazo dispor de alterações no sistema equivalente ao crescimento demográfico. Imagine então separar tamanha quantidade de veículos coletivos para uma parcela de pessoas? Por fim, políticos proporem projetos incabíveis pra mostrar trabalho é a mesma coisa que não propor nada, a não ser que eles queiram mesmo causar polêmica entre os cidadãos. Será que esse tipo de proposta é feito na real intenção de ser aprovada, em benefício e comprometimento com os habitantes?
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GERAL
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Campanha “Faça Bonito” marca Dia Nacional contra Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes Luta contra abuso sexual ainda terá atividades em 3 mil municípios, entre palestras, workshops e caminhadas
YOSHUA GARCÍA E LUCAS DE LAVOR
Amanhã é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Estima-se uma participação ativa de mais de 3 mil municípios com palestras, workshops e caminhadas. O evento não vem isolado, já que conta com o apoio do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR) que lançou terça-feira passada (14) a campanha “Faça bonito, proteja nossas crianças”. O movimento foi criado a partir do “caso Araceli”, que aconteceu em 18 de maio de 1973, em Vitória (ES). Araceli, de 8 anos, sofreu um violento crime sexual, mas os responsáveis nunca foram culpados e o caso ganhou repercussão e indignação nacional. Este caso se converteu num símbolo de protesto e luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no país todo.
A flor adotada como símbolo remete às lembranças dos desenhos da primeira infância, além de ser associada à fragilidade de uma criança. O símbolo, que pretende trazer proximidade e identificação para o projeto, surgiu no movimento de 2009 e acabou sendo adotado nos anos seguintes. No Paraná, já foram feitas diversas atividades, como a passeata pelo centro da cidade às 15h da tarde de hoje, que encerra a campanha “Faça bonito, proteja nossas crianças”. Números do abuso Um levantamento feito no Hospital Pequeno Príncipe com base no número de atendimentos realizados em 2012 revela que a agressão sexual contra crianças representa 72% dos casos de violência. Meninas de até 5 anos são as principais vítimas. Um total de 227 dos 315 casos suspeitos de violência contra crianças e adolescentes foi de agressões sexuais. O Hospital Pequeno Príncipe também planejou atividades para comemorar o dia e irá realizar desde hoje até o dia 25
de maio a campanha “Pra Toda Vida – A Violência Não Pode Marcar o Futuro de Nossas Crianças”, em que serão 20 mil folderes, com informações sobre o combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes.
dentre outras referências negativas de construção do eu (identidade) assim como nas relações interpessoais. Isso pode trazer prejuízos em sua vida pessoal, social, ocupacional”, completa.
Marca para a vida
Uma pesquisa realizada -em maio do ano passado pelo sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), do Ministério da Saúde, mostrou que a violência sexual em crianças na faixa etária de 0 a 9 anos é o segundo maior tipo de violência, só atrás da negligência e o abandono. O levantamento revela que em 2011 foram registradas quase 15 mil notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças de até dez anos. A violência sexual representa 35% das notificações realizadas. Para a psicóloga Cláudia Cobalchini, o tratamento pode não eliminar completamente as marcas. “A proposta de um tratamento psicológico é ressignificar as consequências em sua vida e promover pensamentos
A psicóloga Cláudia Cobalchini destaca que o abuso sexual interefe na vida adulta de várias formas. “A violação, dependendo da capacidade de compreensão ou percepção do ato, pode interferir de forma consistente nas interações sociais e autoestima, autoconceito e autoimagem do sujeito, orientando o isolamento, a busca por relações que o depreciem (em função até de se sentir desmerecedor de relacionamentos saudáveis)”. Claudia também diz que a pessoa que foi abusada por até mesmo desenvolver uma personalidade que mantenha o ciclo da violência, tornando-se também violador do respeito em relação a si e aos outros. “Pode naturalizar atos violentos ou manter posicionamento de vitimização,
Dos cinemas para o palco
e atitudes de superação, possibilitando construir estratégias que representem alternativas saudáveis ao sofrimento vivido, de forma a não impingir para si e aos outros mais sofrimentos”. Para ela, é fundamental sair do ciclo da violência concretizar ações de prevenção, que evitem a reincidência do abuso. “O tratamento também é importante para que o sujeito possa almejar novas expectativas na reconstrução de sua identidade, de suas relações, de seu projeto de vida. Certamente quanto antes se possa atentar para a questão, menores as possibilidades de sofrimentos, ainda mais pela fase de construção de identidade, com a geração de perspectivas mais saudáveis de desenvolvimento, de modo a criar estratégias de reconstrução da autoestima, do autoconceito, e aposta na aprendizagem de pautas de interação mais positivas”.
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Shrek o Musical” teve estreia quarta-feira (15) em Curitiba (PR). Peça fica em cartaz até domingo (19) no Teatro Positivo RICARDO TORTATO
Um galã nada normal nos padrões americanos, uma princesa que cresceu em uma torre, porém não pode usar suas tranças para que um bom rapaz vá lhe salvar. Um burro falante e nada de um alazão branco com belas cristas e um príncipe que usa chapinha e tem meio metro de altura. Estes são os personagens vindos de Tão Tão Distante para o palco do Teatro Positivo. Teve início na última quartafeira (15), em Curitiba (PR), a temporada de “Shrek o Musical”, a versão brasileira do consagrado musical da Broadway que estreou em 2008 nos Estados Unidos e teve outra adaptação em 2011 no West End, de Londres. A versão que se baseia no primeiro filme da série, lançado em 2001 e ganhador do Oscar de Melhor Animação, conta vários fatos já vistos por muitos, como a explicação de como a princesa Fiona foi parar na torre e como Shrek foi abandonado pelos pais. Os números do musical impressionam. A adaptação brasileira custou 10 milhões de reais e contam com 200 pessoas na equipe técnica que são responsáveis pelos 10 diferentes cenários (impressionantes pelos detalhes) e pelos efeitos de áudio que levam o telespectador da cadeira do teatro direto para o pântano. A peça ainda leva na bagagem uma “dragona” de 30kg, que
voa e cospe fumaça (é nítida a presença dos manipuladores embaixo da carcaça, porém isso não acaba com a magia das cenas). Atuando, são 27 atores que usam 120 figurinos, 80 perucas e 100 sapatos em duas horas e quinze minutos de peça, que são divididos em dois atos. Além disso, a peça conta com uma orquestra de 14 músicos. Problemas técnicos Pode-se acreditar que tudo em um musical corra bem e em seus devidos lugares, porém não foi bem isso que aconteceu na estreia em Curitiba. Com um atraso de 15 minutos - previsão de início era às 20h, o espetáculo começou com uma pequena falha: a imagem do famoso livro que abre todos os filmes da série foi gerada na cortina do teatro sem áudio, como o público esperava. Foram-se passando alguns minutos e a orquestra continuava tocando normalmente, quando de repente se acende toda a luz do teatro e uma voz surge nas caixas de som avisando que tinham acontecido problemas técnicos e que em breve seria retomada a apresentação. Após o aviso, a plateia, que era composta pela maioria de adultos do que por crianças, apenas aplaudiram e continuaram na espera. Alguns minutos depois, a apresentação retoma com seu áudio, porém um pouco
embaçado e dificultando o entendimento nos primeiros números musicais. Após mais um pouco de peça, o áudio melhora e tudo se resolve, e o musical prossegue com a sua magia. Os números musicais que eram interpretados pelos atores ao vivo com a presença da orquestra animavam e surpreendiam a plateia com a grande voz que saía dos atores. A cada término de uma música, o público correspondia com aplausos que em certo momento tornaram-se chatos para quem assistia. Sem dúvida, o personagem Burro e o Lord Farquaard roubaram as cenas, às vezes até mais que o casal principal – Fiona (Sara Sarres) e Shrek (Diego Luri). O Burro, que foi interpretado pelo ator Fabrício Negri e não pelo global Rodrigo Santana, como havia sido divulgado – alteração que não foi sentida pelo público, já que a voz de Negri lembrava muito a de Rodrigo. O ator que fazia piadas com coisas de Curitiba, como o ônibus ligeirinho, Parque Barigui e até a casa noturna Wood’s, fez piada até com o deputado Feliciano, em um sinal claro de que o espetáculo também é para adultos. No outro lado da trama como vilão, o Lord Farquaard era o que tirava risada dos espectadores com as suas perninhas falsas – o personagem é pequeno e o ator (Marcel Octavio) realiza
a interpretação a peça inteira de joelhos. Em uma das cenas, Farquaard interagiu com um homem que assistia ao musical da primeira fila. Quando se acreditava que a peça pegaria um rumo forte e iria caminhar para o final, uma voz de criança surge nas caixas de som avisando que teria um intervalo de 15 minutos. Este foi o estopim para muitos pais irem embora com seus filhos, já que a peça acabou era mais de 22h30. Após o intervalo, que demorou mais de 15 minutos, o musical voltou com tudo, rumando para o fim da história e com uma das cenas principais em que Fiona levita
(ou quase) e se transforma completamente em ogra. Entre atrasos e problemas técnicos, Shrek o Musical é um show que prende diante do palco, e que faz com que se fique ali sentado por horas assistindo aos números musicais, interpretados com força e vontade pelos atores. Pena lembrar que ficará apenas até este domingo (19) em cartaz na cidade – confira o serviço completo abaixo.
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Incubadora da Universidade Positivo apoia projetos de alunos, professores e funcionários O projeto, que existe desde 2008, ajuda empresas a alavancarem seus negócios JÉSSICA SENNA
O conceito de Incubadora de Empresas surgiu no Brasil na década de 80 e segundo a AnprotecAssociação Nacional de Entidades Promotoras e Empreendimento de Tecnologia, existem 384 incubadoras no país, que empregam 29.205 pessoas. São 2.640 empresas incubadas com 16.394 postos de trabalhos, o que leva a um faturamento anual de R$533 milhões. As empresas já graduadas somam 2.509 e um faturamento de 4,1 bilhões anuais. Criada em 2008, a Incubadora de Projetos, Empresas e Negócios da Universidade Positivo apoia ideias empreendedoras de alunos, professores, funcionários e alunos egressos até dois anos. Atualmente, conta com 5 empresas incubadas e 8 já graduadas. Os projetos são selecionados todo ano e é preciso ter um dos cursos de capacitação no SEBRAE (AE- Aprender e Empreender ou IPGN-
Iniciando um Pequeno Grande Negócio) para participar. Com o objetivo de colocar no mercado seus projetos, a Incubadora estimula e auxilia para que isso seja possível. Além dos empreendedores utilizarem o espaço físico da Louise Ferreira
Incubadora para realizar seus trabalhos, recebem também todo o preparo e planejamento de marketing e de gerencia. A incubadora tem atualmente 5 projetos incubados, entre eles a empresa KNV focada em gestão de marcas. “Estamos na Incubadora
Cultura
desde dezembro de 2012, selecionados na última banca do ano. A Incubadora da UP se tornou nosso porto seguro, um local onde sabemos que podemos buscar auxílio e apoio em nossos projetos. Desde que começamos já vemos mudanças significativas na parte financeira
e de gestão, assim como de qualificação do nosso time. Além disso, a Incubadora também nos fornece uma chancela que é uma promessa aos olhos do mundo empresarial que a empresa tem qualidade e responsabilidade.” Declara Kauan Von Novak, criador da empresa
e estudante de Design de cubadora; externa, onde é Moda na Universidade oferecido somente os serPositivo. viços; graduada, quando a empresa atingiu o deComo funciona senvolvimento esperado e suficiente para sair da Após ter seu projeto Incubadora e a associaaprovado na banca avali- da, quando a empresa se adora, os empreend- graduou na Incubadora edores tem suas empre- mas ainda utiliza de alsas incubadas e recebem guns de seus serviços e apoio e asses- colabora com as pesquisoria na elabo- sas. ração de projetos, tornando a ideia inicial Reconhecimento exteruma empresa no com potencial no mercado. A Incubadora de Projetos As obrigações e Empresas da Univerdas empre- sidade Positivo assinou sas incubadas um convênio em 2012 incluem par- com o SEBRAE e com a ticipar de even- Associação Nacional de tos e atividades além de Entidades Promotoras de contratar um estagiário Empreendimentos Inovacom uma jornada de tra- dores (Anprotec) para a balho mínima de 4 horas liberação de um investise estiverem ocupando o mento de R$80 mil reais espaço físico da Incuba- que será aplicado em serdora. viços para as empresas inOs projetos são classifica- cubadas. dos em 4 tipos: incubada interna, onde é utilizado o espaço físico da In-
Vida de palhaço
Grupo Cia Dos Palhaços trabalha para divulgar a refinada arte de ser palhaço desde 2004 JÚLIA TRINDADE
A Cia Dos Palhaços (formada pelos integrantes Rafael Barreiros, Milene Dias, Felipe Ternes, Eliezer Brock e Nathalia Luiz) foi criada em 2004 em Curitiba e realiza espetáculos utilizando como base o estilo de arte do palhaço até hoje. O grupo é uma junção de artistas que estavam dispostos a pesquisar sobre a arte de ser palhaço e disseminá-la de maneira divertida e gratificante para o público. Rafael Barreiros, também conhecido como palhaço Alípio no grupo, comentou a jornada e as dificuldades que a Cia Dos Palhaços teve que enfrentar para conquistar o público e adquirir o espaço que o grupo possui desde 2008. “O primordial para o trabalho do palhaço ou de qualquer artista é a relação que este tem com o público”, diz Barreiros ao explicar a necessidade que o grupo sentia de ter um espaço cultural para se tornar mais acessível. Eram muitas as tarefas que se acumulavam com as produções (figurinos, cenários, ensaios) e tudo ficava mais difícil sem um local próprio. Na época que o grupo ainda não tinha onde realizar essas atividades, os membros improvisavam do jeito que era possível, como
utilizar o salão de festas do apartamento de um dos palhaços para ensaiar. Para apresentações, a Cia Dos Palhaços fazia uma parceria de utilização de espaço com a TripCirco. Isso fazia com que o público achasse que os dois grupos eram um só, sendo que na verdade não eram. Momentos difíceis A Cia Dos Palhaços enfrentou sérias dificuldades logo no começo de suas atividades, que foi entre 2004 e 2006. Segundo Rafael Barreiros, havia momentos muito bons, mas havia muitos atritos também. “Por conta desses atritos nós achamos melhor ‘dar um tempo na relação’”, diz. O grupo ficou separado até 2007 quando os integrantes se reuniram novamente para voltar com força total em 2008, com o novo local “Espaço Cultural Cia Dos Palhaços”. Porém, mesmo com a posse do local, o grupo de palhaços não deixou de participar de outros projetos em outros lugares, como apresentações em escolas e até mesmo nas ruas de Curitiba “Aqui (Espaço Cultural) seria onde nós ‘reabastecemos’, mas nós sempre estamos indo para outros lugares”. Administrando o local
Conquistar o Espaço Cultural representou uma grande vantagem para todos os integrantes, pois a partir daquele momento o grupo tinha um poder de decisão muito maior sobre suas próprias produções. Barreiros comenta que o local também foi importante para criar uma identidade que o público pudesse identificar “As pessoas sabem que aqui elas encontrarão espetáculo de palhaço, curso de palhaço e comédia. Isso é algo que tentamos fortalecer”. O maior desafio, de acordo com Rafael Barreiros, foi achar o equilíbrio entre a administração e o trabalho artístico, pois havia casos em que o grupo se concentrava muito na administração e deixava a produção de repertório um pouco de lado. “Tivemos que aprender a administrar um espaço cultural, pois de formação ninguém aqui era” explica. Festival de Teatro O Festival de Teatro de Curitiba é um evento importante para a cidade. É quando se respira teatro pela cidade e as pessoas que não frequentam espetáculos durante o ano acabam indo conferir algumas peças. Como a Cia Dos Palhaços trabalha o
ano inteiro e já tem o seu próprio público, o grupo acaba não sentindo a sensação de outras companhias que vêm para a cidade e não conseguem público para vê-los. Na opinião de Rafael Barreiros, apesar de o Festival ser de extrema importância, não é sempre recomendável encarar o evento somente como uma vitrine. “É um festival um pouco inchado no meu ponto de vista, pois tem muito espetáculo. Porém, acho importante que as companhias de fora aproveitem essa
algumas pessoas têm dessa personagem. Porém, o trabalho que a Cia Dos Palhaços realiza é considerado mais teatral do que circense. Barreiros deixa claro que o palhaço não se resume ao circo. “Palhaço é uma coisa marginalizada e nós tentamos mostrar que, na verdade, é uma arte muito refinada e profunda que possui vários estilos. Divulgar essa arte com qualidade é a nossa missão”. Paixão pela profissão Ser palhaço tem todos os desafios de qualquer
Elenize Desgeniski
onda durante essa época. Acredito que nós mesmos temos aprendido a fazer isso ano a ano”. Palhaço: uma arte circense? É natural que a imagem do palhaço seja relacionada com o circo pelo público. Patati Patatá e o Bozo são exemplos da imagem que
outro tipo de trabalho e, apesar de haver momentos estressantes, Rafael Barreiros está contente com a profissão que escolheu. “Gosto muito do que eu faço e acho gratificante trabalhar com aquilo que você gosta”.
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COLUNISTAS
Halanna Aguiar Samba, choro e afins Salve Elis Regina! Já se passaram 31 anos desde que o Brasil perdeu sua maior cantora e intérprete: a grandiosa Elis Regina Carvalho Costa, mais conhecida como Elis Regina. Logo quando a Bossa Nova entrou em declínio, Elis interpretou a música “Arrastão” e com esta canção que ela conseguiu conquistar o país, distribuindo por ele a sua voz impecável. Poucos sabem que foi Elis quem lançou grandes compositores, que hoje são referências no cenário musical brasileiro como Milton Nascimento, João Bosco, Gilberto Gil, Aldir Blanc e outros. Na década de 60, no Festival de MPB, sua carreira decolou quando ganhou no primeiro Festival da Canção o prêmio de melhor intérprete com uma canção de Vinícius de Moraes e Edu Lobo. Desde então Elis se consagrou no ramo da música e firmou grandes parcerias com Tom Jobim, Jair Rodrigues, Rita Lee e outros. Em seus 18 anos de carreira, a cantora vendeu mais de quatro milhões de discos e deixou uma vasta obra na música popular brasileira. Quem nunca ouviu Elis se emocionar cantando “Como Nossos Pais” e “Atrás da Porta”?! Todo ano Elis é relembra-
da com carinho pelos seus admiradores que dedicam homenagens à cantora. É interessante ressaltar que a filha de Elis, Maria Rita, que por diversas vezes foi comparada à mãe, produziu uma turnê nacional intitulada de “Redescobrir” que percorreu diversas cidades do Brasil para homenageá-la. Para quem teve a oportunidade, assim como eu, de assistir a este espetáculo, entenderam o quanto essa comparação é válida. O timbre de voz, as interpretações, expressões, gestos nos remetem às apresentações de Elis. Maria Rita conseguiu conquistar e emocionar o público ali presente e se por alguns segundos fechássemos os olhos tínhamos plena certeza de que Elis Regina era quem estava em cima do palco. Maria Rita teve de reprimir por diversas vezes a emoção, não conseguindo conter as lágrimas na canção “Se eu quiser falar com Deus”, mas também trouxe para as músicas “Agora Tá” e “Ladeira da Preguiça” interpretações irreverentes. Outro projeto em que tive a oportunidade de assistir a uma homenagem a Elis foi, “Elis Por Eles” que tinha como diretor Pedro Mariano, filho da cantora, que escolheu a capital pa-
My Mad Fat Diary Declaro na coluna desta semana a minha paixão pelos seriados britânicos, pois eles têm uma abordagem muito distinta das séries americanas, principalmente aquelas que são destinadas ao público jovem. Se grandes nomes como Skins, Misfits e The Inbetweeners são familiares para você, caro leitor, tenho certeza de que My Mad Fat Diary chamará muito a
sua atenção. A série se passa no ano de 1996 e é baseada no diário (que se transformou em livro) de Rae Earl, uma menina de 16 anos que está acima de seu peso ideal e acabou de sair do hospital
ranaense para a gravação do CD e DVD. Pedro juntou quatorze artistas, entre eles estavam Emílio Santiago, Cauby Peixoto, Jair Rodrigues e o próprio Pedro Mariano. Destaco a interpretação do Cauby Peixoto na canção “Dois Pra Lá e Dois Pra Cá”. O cantor não estava presente no show e sua apresentação foi reproduzida nos telões do Teatro Positivo e nem por isso a interpretação perdeu a exuberância e classe, características típicas do cantor. Outra apresentação de destaque foi a do novato Filipe Catto que trouxe muita técnica e emoção para a canção “Tatuagem”. O final do show não poderia ser melhor, lá estavam todos os artistas no palco interpretando “Redescobrir” de Gonzaguinha, canção eternizada na voz de Elis. Todas essas homenagens que foram feitas e que ainda serão feitas são de extrema importância. Elis deixou uma marca densa na música brasileira e todas essas homenagens são bem-vindas. Aliás, escutar canções eternizadas por Elis na voz de artistas espetaculares é maravilhoso. Portanto fica a dica para todos aqueles que ainda não assistiram a essas homena-
gens: assistam. Lembrando que a cantora Maria Rita vai estar novamente na capital paranaense, no mês de junho, para apresentar o show que faz parte da turnê “Redescobrir”. Você não vai perder, VAI?
Júlia Trindade Sexta-feira fora de série psiquiátrico. Os motivos por ela estar lá no começo da história não são claros. Isso faz com que você decifre aos poucos os acontecimentos que antecedem o primeiro episódio. Além de ter que conviver com sua mãe temperamental, o principal desafio de Rae (interpretada pela atriz Sharon Rooney) é superar suas inseguranças. Para isso, ela começa a fazer parte de um grupo de amigos e tem consultas com o intrigante psicólogo Kester. O tema pode parecer pesado, afinal, a série toca em assuntos delicados como bullying e suicídio. Mas não se engane: My Mad Fat Diary é a combinação perfeita de drama e comédia. É nesse ponto em que o roteiro (Tom Bidwell) e a Direção (Tim Kirkby,
Benjamin Caron) acertam em cheio. A parte cômica pode ser atribuída à narração da protagonista que transforma todos os episódios, com a ajuda de alguns efeitos especiais, em páginas de seu diário. Apesar de Rae estar cercada de tantos conflitos e sofrer sérios problemas psicológicos, a história não retrata a protagonista como uma vítima o tempo todo. Muito pelo contrário, a adolescência de Rae é representada de maneira muito verdadeira, pois ela também comete erros e possui muitos segredos e desejos (como podemos observar em suas várias fantasias). Outro ponto forte é a trilha sonora. É possível adivinhar o estilo de música da série logo quando descobrimos que Rae é uma grande fã de Oasis. Outras bandas como Ra-
diohead, The Verve e No Doubt ajudam o espectador a entrar no clima dos anos 90 e entender certos sentimentos e emoções de Rae. Além disso, se você não gostar da série eu garanto que pelo menos você terá uma ótima play list em mãos. My Mad Fat Diary é acima de tudo uma história sobre aceitação, pois a protagonista está fora dos padrões de beleza impostos pela sociedade e, assim como a maioria dos adolescentes de hoje, é constantemente retirada de sua zona de conforto. A primeira temporada da série terminou com somente seis episódios, mas o sucesso foi tão grande que o canal E4 divulgou a produção da segunda temporada, que será exibida no início de 2014.
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SEXTA 17 MAIO, 2013
NOTÍCI ANTIGA Homossexualismo: Doença ou Opção? Hoje faz 23 anos desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de Classificação Internacional de Doenças (CID), opção que até então era vista como uma inversão congênita e de distúrbio mental. Assunto bastante discutido atualmente, a homossexualidade teve várias divergências na história humana. No período da Grécia Antiga, a sociedade não concebia a opção sexual como indicador social para discriminação, era visto como uma opção normal cujo o julgamento de valores a partir disso, era algo fora dos padrões sociais. No Irã, as relações homoafetivas são até hoje condenáveis à morte, pois ferem os dogma religioso do país mulçumano. Segundo a lei Sharia, os homossexuais podem ser perseguidos e mortos das maneiras mais banais e desumanas possíveis, sendo apedrejamento e enforcamento algumas das sanções aplicadas. No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) deixou de considerar a opção sexual como doença desde 1985, cinco anos antes da revisão da lista de doenças pela OMS, além da resolução para a atuação de psicólogos em relação ao tema outorgada pelo conselho. Por mais que a violência e o preconceito homofóbico sejam alarmantes, com o passar dos tempos e com a mudança das realidades sociais, alguns direitos estão sendo assegurados a este público, exemplo é a recente obrigatoriedade da aceitação de todos os cartórios do país a aceitarem a união estável homoafetiva, aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça. Em função deste marco, o dia 17 de maio foi escolhido como o dia Internacional do Combate à Homofobia, data marcada pelos movimentos LGBT, onde são organizados beijaços e marchas de conscientização no mundo todo.
FEIRAS LIVRES Feira do Água Verde “A” – R.Cel.Dulcídio – das 7h às 11h30 Feira do Jd. Social – Pç. Mto. Heitor Vila Lobos - das 7h às 11h00 Feira do Jd. Das Américas – Pç. Mto. Bento Mussurunga – das 7h às 11h00 Feira do Cristo Rei – R.do Herval – das 7h às 11h00 Feira da V. S. Pedro – R.Eng. Wladislau Dec – das 7h às 11h00 Feira de Sta.Felicidade – R. Neuraci Neves de Nascimento – das 7h as 11h00
AGENDA O que fazer em Curitiba? “SHREK O MUSICAL” Data: 17/05/2013 Abertura: 19h00 Horário Show: 20h00 Valor: a partir de R$ 80,00 *Seção extra – 18/05/13 Horário do Show: 15h00 Valor: R$ 80,00 (a partir) Classificação etária: Livre Teatro Positivo - Grande Auditório CRAVO, LÍRIO E ROSA Data: 18/05/2013 Abertura: 19h00 Horário Show: 20h00 Valor: R$ 10,00 (a partir) Classificação etária: Livre Local: Teatro Sesi CARAVANA DO LIMINHA 1° seção Data: 19/05/2013 Abertura: 12h30 Horário Show: 14h30 Valor: R$ 25,00 (a partir) Classificação etária: Livre Local: Curitiba Master Hall 2° Seção Data: 19/05/2013 Abertura: 14h00 Horário Show: 18h00 Valor: R$ 25,00 (a partir)
Domínio Público
Noturnas: Feira do Champagnat – Pç.da Ucrânia – das 17h00 às 22h00