LONA 977

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Ano XV > Edição 977 > Curitiba, 12 de agosto de 2015

Com problemas desde o início do ano, Fies apresenta mudanças Foto: Huitzil

Ministério da Educação reduziu vagas no financiamento estudantil e acrescentou novas medidas para seguir com o programa p.3

COLUNISTAS

EDITORIAL “Site compromete a disponibilidade de alguns alunos chegarem a graduação. ..” p. 2

OPINIÃO

Foto: Creative Commons

Giovanna Gordoi relembra cenas marcantes do cinema

Tratamento é considerado alternativo,como as terapias naturais, em que entra a parte de florais, natura terapia, entre outros

p. 5 p. 2

Parapsicologia chega como uma nova forma de terapia

Politicamente Correto Brayan Valêncio comenta em sua coluna até que ponto o humor pode chegar?

#PARTIU

Politicalizando A crise política no país é o tema da coluna de Jorge de Sousa nessa semana.

Confira dicas para o seu fim de semana! p. 3

p. 6

p. 5

LONA > Edição 977 > Curitiba, 12 de agosto de 2015

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EDITORIAL

Brasil, pátria financiadora É normal, principalmente vindo do brasileiro, reclamações diante dos serviços públicos que o governo oferece. Afinal, ele parece nunca estar satisfeito! Mas se tem algo que realmente deixa a desejar é a situação da educação no país.

Principalmente em se tratando do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Reclame, brasileiro, neste caso, com todo direito, faça até um panelaço! Ou não, melhor deixar todo alarde para as eleições e as panelas para fazer brigadeiro, vender e conseguir ‘uns trocado’ para pagar a faculdade, por exemplo, já que o FIES está cada vez mais complicado.Segundo o Ministério da Educação “o programa é destinado a financiar a graduação superior de estudantes matriculados em instituições não gratuitas”, só que a queda no número de vagas para o financiamento estudantil e as mudanças nas regras para conseguir uma vaga no sistema torna o processo cada vez mais burocrático e frustrante em alguns casos.

As taxas de juros que sofreram aumento, ainda segundo o MEC, para buscar o fortalecimento da sustentabilidade do programa; e as prioridades para cursos das áreas de engenharia, saúde e formação de professores, e regiões do país, sem dúvidas, foram as mudanças mais significativas do programa. O que faz com que Marianas, Pedros, Joanas e outros brasileiros desistam do seu sonho de conseguir uma graduação em áreas diferentes das estipuladas. E se alguém do Nordeste precisar estudar no Sul? Se o sonho do brasileirinho for estudar cursos da área de humanas? Tudo bem que o Brasil precisa voltar aos eixos, mas será que a solução está na segregação das vagas?

Acontece que não são só as novas regras que complicam o processo, a burocracia e os erros de sistematização da base de seu site comprometem a disponibilidade de alguns alunos chegarem a graduação. Os repasses de dinheiro para as universidades também. A redução de números de vagas. A dificuldade de conseguir fiador. Esse financiamento que é uma bola de neve não parece fácil quando deveria facilitar.

O único ponto positivo, dos poucos, é o novo teto da renda familiar que passou de 20 salários mínimos para apenas dois salários e meio.

Os alunos considerados e comprovados pobres podem sonhar. O que não significa realizar!

OPINIÃO

Ode aos enquadramentos cinematográficos imaginários Giovanna Godoi

Escutar a conversa dos outros ao redor é errado de acordo com os mandamentos morais, mas a ética entra de supetão e salva os curiosos porque vai ver até ela escuta por aí o que não devia. Certos diálogos – cômicos, trágicos, sarcásticos, abençoados da branca ignorância – têm uma capacidade inconsciente de salvar dias alheios de possíveis grandes tédios e estranhos vazios. O que quero dizer, é: existe uma poesia enclausurada nas coisas quando vistas de fora. Momentos despercebidos, personalidades excêntricas e cenários perfeitos que quando se manifestam é como se estivessem em cena; nos enquadramentos cinematográficos imaginários de quem observa, adicionando uma beleza exótica à vida.

nar um incêndio metafórico a revirar lençóis. Enfim, foi o cinema. Por isso a expressão “enquadramento cinematográfico imaginário”. Porque foi o cinema, com o seu poder de arrancar os olhos do concreto, de abordar o abstrato, a magia dos espaços reclusos, dos olhares elétricos e das tramas inusitadas.

Com seus roteiros que abordam e equalizam o impacto do simples comum e o inimaginável, sem limites.

Tudo é mais intenso e mais significativo nas películas. Mia Wallace e Vincent Vega tomando um milk-shake e falando sobre silêncios desconfortáveis constrói teorias e abala corações. Um bom enquadramento cinematográfico imaginário é aquele que lhe causará um sorriso discreto ou uma profunda tristeza repentina. Com o tempo nos esquecemos de alguns deles, mas outros novos vivem voltando a aparecer em cada canto. Espontaneamente.

Alguns diretores de cinema trazem essa coisa, essa poesia, como foco principal do seu trabalho. Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain é uma obra-prima sobre a força do despercebido. E tem o Almodóvar. Ele parece criar seus personagens a partir de uma ternura particular contida em cada serzinho dessa terra, enaltecendo seus detalhes mais ricos, como numa caricatura. Um diretorcaricata. Que, mais do que adorar a cor vermelha e travestis com passados no mínimo loucos, aproxima o homem da sua própria natureza.

Foi o cinema, basicamente, que me ensinou a encontrar as mais diversas essências da vida escondidas em minúcias. Minúcias essas presentes nos pontos de ônibus, nas lanchonetes, nos fumódromos dos bares quando já não se sabe se as pernas são pernas realmente sustentáveis e alguns cigarros podem acabar sendo acesos ao contrário.

A poesia é um elemento e te pega de surpresa. Pode soprar de levinho feito o vento da manhã ou ocasio-

Expediente

Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes

Ilustração de uma cena do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. (Créditos: Nicholas Peres)

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Daniele Vieira e Davi Carvalho Editorial Da Redação

Curitiba, 12 de agosto 2015 > Edição 977 > LONA

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NOTÍCIAS DO DIA

Começam as mudanças do Fies no segundo semestre desse ano Daniele Vieira e Davi Carvalho

Com números de vagas reduzidos, e com novas restrições o programa está dando o que falar aos estudantes,muitos não estão conseguindo o auxílio financeiro

Desde o começo de 2015 os alunos de universidades privadas estão passando por uma dor de cabeça, o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) vem tendo problemas há alguns meses em seu site. Esses problemas fizeram com que os estudantes que já estão nas universidades não conseguissem renovar o contrato do financiamento. E os que necessitam do auxílio pela primeira vez, precisam se adequar as novas regras do programa.

Mariana Sales , 21 anos, cursa Publicidade e Propaganda, e está no quarto período do curso, desde que começou a estudar ela arca com os custos das mensalidades, mas no segundo semestre de 2015 precisou pedir o auxílio do Fies no pagamento do seu curso.

Essa situação de mudanças no Fies se

Mariana tentou o auxílio do Fies para o pagamento de seu curso, mas assim como outros jovens não conseguiu. (Foto: Davi Carvalho)

deve ao fato de que o MEC (Ministério da Educação) atrasou o pagamento as universidades privadas do país. O último pagamento que seria do mês de fevereiro não foi repassado.

Agora, no segundo semestre de 2015 o programa de financiamento veio com novas regras para os que desejam adquiri-lo. O SINEPE (Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino

do Estado do Paraná) já se posicionou a frente dessas mudanças. Segundo Valdir Terrini, vice presidente do sindicato, essa regulamentação do FIES, embora tenha causado um prejuízo, em função de que os critérios foram reduzidos isso também prejudicou significamente os alunos: “Nós achamos que essas alterações não podem ser pretexto para que os professores do ensino superior sejam prejudicados porque na

verdade quem tem que assumoir os riscos do negócio são as instituições de ensino superior, então elas devem procurar algumas alternativas para fazer frente aos prejuízos recorrentes. Então isso não pode ficar nas costas exclusivamente dos alunos e dos professores, é preciso que as instituições de ensino superior cortem a gordura, diminuam o lucro que foram muito grandes nos tempos de vacas gordas do Fies, e possam efetivamente enfrentar isso sem transferir esses problemas para alunos ou professores.”

Os professores têm percebido uma diminuição muito grande e significativa, em algumas instituições de ensino, no número de alunos. Isso acarretou uma série de medidas no ensino superior no sentido da precarização do ensino, como as junções de turmas, que foi feito para compensar essa regulamentação do Fies.

Muitas vezes são de disciplinas que não guardam conexão, então os professores estão muito preocupados justamente por esse fenômeno de transferir o problema do Fies para as costas dos alunos com a precarização do ensino, e para as costas dos professores com o arrocho salarial.

Mudanças no FIES Daniele Vieira e Davi Carvalho

Confira quais as mudanças programadas segundo o site do Fies a partir desse segundo semestre:

Estudantes que precisam do Fies terão que se readequar as novas medidas. (Créditos: Creative Commons)

• Renda Máxima: O teto de renda familiar para participar do FIES agora é de 2,5 salários mínimos por pessoa.

• Taxas de Juros: A taxa de juros do FIES passou a ser de 6,5% ao ano.

• Desempenho no ENEM: O estudante que quiser pedir o FIES precisa apresentar um desempenho mínimo no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A pontuação mínima no Enem para pedir o FIES é de pelo menos 450 pontos de média nas provas objetivas, e nota maior do que zero na redação. A re-

gra de nota mínima do Enem se aplica somente aos estudantes que fizerem a inscrição no FIES a partir de 2015.

Quem já tem contrato do FIES não precisa se preocupar com o desempenho no Enem.

• Utilização do FIES com o Prouni: A partir de 2015, as regras de utilização do FIES junto com o ProUni ficaram um pouco mais rígidas. O bolsista parcial do ProUni que quiser usar o FIES para pagar o restante da mensalidade só poderá ter os dois benefícios se atender às duas condições a seguir: 1) O financiamento do FIES deve ser feito para o mesmo curso e mesma faculdade onde o estu-

dante tem a bolsa de 50% do ProUni. 2) A soma dos dois benefícios (FIES + ProUni) não ultrapassar o valor da mensalidade com desconto.

• Limitação de financiamento: Para o segundo semestre de 2015 serão concedidos 61,5 mil financiamentos e o Governo Federal vai priorizar: Cursos com notas 45 no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (com exceção do Distrito Federal), eCursos nas áreas de Saúde, Engenharias e Formação de Professores (Licenciatura, Pedagogia e Normal Superior).

LONA > Edição 977 > Curitiba, 12 de agosto de 2015

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GERAL

Parapsicologia, o que é isso?

A Parapsicologia está se popularizando aos poucos entre a sociedade, por ter uma ideologia diferente de outras terapias Daniele Vieira

Fenômenos paranormais sempre estiveram presentes na história da humanidade, casas mal assombradas, objetos que pegam fogo do nada sem haver sequer material para combustão, movimentação de objetos, entre outros.

Muitas pessoas não se deram por satisfeitas por não haver respostas para essas situações. A partir daí começou um estudo científico para desvendar as razões desses casos. Surge então a Parapsicologia, em 1934 na Alemanha.

Através dela, foi descoberto que para esses fenômenos acontecerem era necessário sempre a presença de um ser humano. A nossa mente possui uma energia que não pode ser calculada, ou processada, porém ela existe e foi comprovada cientificamente.

Foram realizados vários testes que comprovaram a teoria, um deles foi quando cientistas escolheram duas pessoas e colocaram cada uma em

uma sala diferente, sendo que as salas eram próximas umas das outras. Na sala 1, estava um indivíduo com vários pesquisadores junto, enquanto na sala 2 também havia observadores anotando detalhes da ação. Foi pedido para a pessoa presente na sala 1 que mentalizasse uma vela na outra sala, a sala 2, e utilizando o poder da mente, esse indivíduo teria que acender a vela. Após alguns minutos mentalizando, os pesquisadores da outra sala relataram que avela acendeu-se sozinha.

A parapsicóloga, Cristiane Fidelis, conta que um exemplo de fenômeno paranormal comum que está presente em nossa sociedade, é o fato de as mães logo após o nascimento e crescimento de seus filhos, guardarem o “umbigo” da criança, que com o tempo seca. Segundo a parapsicologia, essa situação ocorre pois a mãe mentaliza aquele pedaço de carne como algo a ser guardado e lembrado na história de seu filho. Ao passar dos anos aquele objeto não apodrece, o que é comprovado cientificamente que qualquer parte do corpo quando não tem mais ligação com o corpo, com as células, vai acabar apodrecendo, enquanto esse pedaço do umbigo não, ele acaba por se “mumificar” ao longo dos anos. Esses são pequenos exemplos de fenômenos paranormais comprovados cientificamente, e que informam que isso tudo é possível devido à presença de um ser humano no fato.

Ao descobrir todo esse potencial mental do ser humano, o Instituto de Florianópolis permitiu o seu mentor a ir até os Estados Unidos estudar esse método e trazer ao Brasil.

Surge mais uma forma de tratar problemas mentais, a parapsicologia é o novo método. (Foto: Creative Commons)

Estar aberto a mudanças é a principal maneira de começar uma terapia e obter resultados (Foto: Creative Commons)

A parapsicologia no Brasil Forma de tratamento é considerada como alternativa. Tratar o paciente como sócio, é um dos diferenciais da terapia.

O mentor, Pedro Grisa, montou um quadro para que os estudantes aprendessem a atender individualmente. O estudo tinha como base o raciocínio mental e matemático da mente humana, sabendo como ela funciona é possível programar e reprogramar nossa mente. A Parapsicologia foi tomando corpo a partir daí, e acabou sendo incorporada a formas de terapia.

A Psicologia não vê a Parapsicologia como uma linha de tratamento, porque é considerado um conceito muito novo. Mas há provas cientificas de que essa nova forma de terapia tem sim essa possibilidade, através do processo de reprogramação e programação da mente.

Através desse processo é possível curar fobias, curas de traumas, até de doenças físicas em que foi usada para a cura a técnica de imposição de mãos, pesquisas cientificas foram feitas e comprovaram esses fatos. Como uma fobia levaria de 8 a no máximo 12 consultas, o trata-

mento é mais rápido. Mas um dos diferenciais é que os parapsicólogos não chamam de “consulta”, e sim de “atendimento”. Isso vem da ideia da orientação parapsicológica, em que as pessoas não são tratadas como paciente, e sim como sócio ou cliente.

A parapsicóloga Cristiane Fidelis conta a razão: “Quem cuida de paciente é médico, e nós não somos médicos. Quando você é tratado como paciente na sua mente você entende como se já estivesse doente. Então nós não tratamos pessoas doentes, nós harmonizamos as pessoas que estão em desequilíbrio por algum motivo.

Isso já tira aquela crença de que está doente. Mas você não está doente, você está passando por um momento difícil, por um momento de desequilíbrio, porém você vai ficar bem.”

Seja qualquer tratamento que você escolha para sua vida, o importante que tanto os psicólogos e parapsicólogos concordam é que você precisa estar aberto a mudanças.

Curitiba, 12 de agosto 2015 > Edição 977 > LONA

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COLUNISTAS

Desmistificando Brayan Valêncio

Nega do cabelo duro Popular na voz de Luís Caldas, a música “Fricote”, da década de 1980, é considerada fora dos padrões atuais do politicamente correto. Mas, afinal, quais são os limites?

Respaldados pela lei, somos todos iguais.

O politicamente correto é um conjunto de regras informais que “garante” a igualdade, evitando discriminações ou ofensas raciais, sexistas, religiosas e regionais.

De fato, por questões culturais e históricas, há determinados grupos que tendem a ser menos incluídos socialmente do que outros. Tais padrões de tratamento

foram passados de geração para geração.

Mas são palavras que machucam mais do que você imagina.

Ninguém em sã consciência comemora o 11 de setembro ou faz piadas com os mortos do tsunami no Japão, mas, por que seria engraçado rir de um negro por ter sido escravizado em um passado não tão distante?

O politicamente correto tem a missão de quebrar uma corrente histórica que classifica as pessoas em níveis diferentes, considerando raça,

gênero, credo, condição social ou sexual.

E nessa onda de discutir o que pode e o que não pode, os limites do humor são diretamente atingidos. Até quando uma piada ainda é saudável e quando ela passa a ofender diretamente alguém?

Quem defende que o humor não deve ter limites garante que regular o conteúdo é uma grave censura e que excluir alguns temas ou piadas só iria distanciar mais as pessoas da realidade. Quando algo é tratado como natural, de fato, ele se torna natural.

Não se deve controlar absolutamente tudo, mas um caminho pode ser garantir que os direitos alardeados desde a inclusão do branco (igualdade) entre o azul (liberdade) e o vermelho (fraternidade) na bandeira da França sejam de fato cumpridos.

Direitos assegurados com a abolição da escravatura, o voto feminino é também a queda do Muro de Berlim.

Não é uma questão de censura. A liberdade de expressão está aí, mas é uma questão de entendimento social de que uma piada só será engraça-

da se ela não for uma chacota ou fazer as pessoas se sentirem inferiores.

Pelo mundo a fora, dizem por aí que o politicamente correto vai nos dominar, e vai acabar por fazer com que todas as pessoas não consigam mais viver sem olhar para a sua direita e ver um opressor, dominador e ofensivo.

Esse ponto de vista é exagerado e incoerente, pois não é só um ideal de esquerda a igualdade. É um ideal humano, independe da opinião política, ou gosto filosóficas.

Também há quem diga que estamos caminhando para um mundo chato, controlado, sério e previsível.

Eu diria que estamos andando a passos curtos para um mundo melhor, mais igual onde a palavra de ordem seja o respeito ao diferente.

Afinal, Martin Luther King, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi, Maximilien de Robespierre e Jesus Cristo espalharam amor e deviam ser inspiração para gerações mais tolerantes, com pessoas que pensam ao menos duas vezes antes de falar e agir.

À presidenta Brincadeira perigosa é essa política. Ainda mais para quem luta em fazer algo certo, tentar modificar o panorama e quebrar o sistema. Bom, o caso a seguir não é alguém que, necessariamente,fez o correto, embora o tenha tentado, mas é inegável que Dilma Rousseff é um peixe fora d’água em Brasília.

A cada dia que passa ela se mostra mais expectadora do trem bala que ruma a toda velocidade em uma rodovia dantesca.

Fazer politicagem não é a dela. Sinceridade, ousadia e lealdade são demonstradas pela presidenta. Pobre mulher...

Recebe em troca rejeição de seu povo, ofensas de seu próprio congresso e indiferença de seu próprio mentor, sim aquele senhor com nome de animal marinho.

Acreditem, uma das poucas barras de segurança em seu mandato é o vice, Michel Temer.

Sim, o digníssimo maçom sabe que é apoiado para assumir o trono agora, mas, caso a troca ocorra,

daqui a três anos, quando ele entregar a faixa, o maquinista do trágico acidente com o trem bala será ele.

A crise política do país agrava em escalas astronômicas a economia nacional, por consequência os dominós do caos caem um após o outro. Por isso, o peemedebista deixará o rojão com Dilma até o fim, que caso seja antecipado, trará desgosto ao homem. Voltando a presidenta, é inegável a pergunta. Há arrependimento por parte da mesma por ter entrado nesse jogo?

Não seria mais sensato a manutenção da vida de ministra, longe dos holofotes, apenas distribuindo ordens e gritos aos seus subordinados e engordando sua conta bancária mensalmente?

Obviamente o poder valeria tudo isso.

Mas, esse fator na política é conquistado diariamente, não sendo exclusivo apenas ao cargo obtido. Hoje, Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Lula, FHC e vários outros têm maior poder político do que Dilma, simplesmente porque ela está completamente atada nos diversos nós criados

Politicalizando Jorge de Sousa

pela sua função e pelo sistema político.

O partido que a levou ao poder, o PMDB obviamente, cobrou o preço com uma correção recorde.

E a presidenta? Pobre mulher, não consegue colocar as mãos na lama e jogar esse jogo e com isso padece em seu isolamento.

Mas, a maior de todas as usuras foi ver seu próprio mestre achincalhá-la todas as semanas.

Sim, Lula é um gênio na arte da política e não se incomoda em jogar seus antigos aliados pela janela. Dilma não.

Aloizio Mercadante que o diga. A lealdade da presidente a impede de jogar essa “mala” escada abaixo e assim reconquistar diversos ex-aliados.

Quando ela sair do Planalto, muitos a elegerão a pior da história (como algumas pessoas se esquecem do Collor?).

Será apontada nas ruas, seu rosto nunca será esquecido. Mas, alguns, como eu, lembrarão de alguém que errou, muitas vezes de forma feia, e também conseguiu alguns êxitos (MP do futebol, por exemplo) e que poderá sempre manter a cabeça erguida, afinal, não entrou no jogo, manteve as mãos limpas. Quantos presidentes podem dizer o mesmo? Por isso, sempre direi: - Obrigado Dilma!

LONA > Edição 977 > Curitiba, 12 de agosto de 2015

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ACONTECEU NESTE DIA

Nascia Clara Nunes, um grande nome da MPB No dia 12 de agosto de 1983, Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, popularmente Clara Nunes, nascia no interior de Minas Gerais,onde viveu até seus 16 anos.

Clara foi uma grande cantora brasileira de samba,considerada uma das maiores interpretes do Brasil.

Pesquisava muito a música popular brasileira,seus ritmos, e o folclore, ela viajou muitas vezes para

a África representando o Brasil.

Morreu em 1983 em decorrência a um choque anafilático.

Clara Nunes foi a primeira cantora brasileira a vender mais discos, em torno de 100 mil cópias derrubando o tabu da época no qual as mulheres não vendiam discos.

Entre os sucessos da cantora estão “Canto das Três Raças” e “Lenda das Sereias” .

#PARTIU Show Beatles segundo a Cia.Filarmônica Dia 15 de agosto > A filarmônica homenageia os quatro garotos de Liverpool trazendo no repertório alguns dos seus maiores sucessos como: Day Tripper, Don’t let me down, Eleanor Rigby,entre outros.

Local: Teatro Fernanda Montenegro Horário: 21h00 Valor: 80 reais

Exposição Alice - Criando seu mundo Dia 03/08/2015 a 20/12/2015 > Como parte das celebrações dos 150 anos da icônica obra de Lewis Carrol “Alice no País das Maravilhas, os artistas Etti Pellizzari e Olho Wodzynski produziram várias ilustrações que fazem referência ao universo de Alice.

Local: Teatro SESC da Esquina Horário: 9h às 18h,segunda a sexta.

9h às 13h, no sábado.

Valor: Entrada gratuita

Teatro Maria Bueno - A Santa de Curitiba Dia 10/07/2015 a 30/08/2015 > Por meio de flash backs, a vida de Maria Bueno é contada nessa peça, como em uma biografia.

Local: Teatro Lala Schneider Horário: 21h00, sexta e sábado 19h00, domingo Valor: R$30, na sexta R$40, sábado e domingo

Em cartaz a peça “O jogo do Medo” Com horários na sexta e sábado, peça promete levar muita diversão ao público

À meia noite, no Teatro Lala Schineider, horário tradicional do teatro Curitiba, entra em cena o espetáculo “O jogo do medo”.

A peça é encenada pela Metáfora Companhia de Teatro e tem a direção de João Luiz Fiani. A história é sobre um casal que resolve passar um final de semana romântico em um hotel, mas eles não contam com a maior surpresa: o hotel fica no meio do nada e aquele que seria um sonho lindo de amor, se transforma em um pesadelo macabro.

O casal acaba tendo que participar de um jogo! Eles são peças desse jogo onde o cenário é um grande tabuleiro e, para seguir nas casas, precisa contar com a Comédia promete fazer o público se divertir no Teatro Lala Schnaider. (Foto:Divulgação) ajuda da plateia e um dado. É diversão Ingressos na bilheteria: R$40 (inteira) e R$20 (meia) garantida, pois a cada apresentação é Duração: 65 minutos um espetáculo diferente. Medo e garga- Classificação indicativa: 14 anos lhadas é o prato principal dessa comédia.

SERVIÇO Estreia: 03 de junho de 2015 Temporada: até 29 de agosto de 2015 Horários: sextas e sábados meia-noite