P2 Opinião P3 Geral P4 Esporte P4 Mundo P5 Colunistas P6 Agenda
Conheça Izabelle Ianchuki, ex-aluna de jornalismo que agora compartilha seu interesse pela gastronomia. (P5)
A opinião de Victor Hugo Terezo sobre a atuação do astro Rafinha nos clássicos Atletiba. (P5)
Curitiba Predomínio de sol, apenas com pouca variação de nuvens
Mín. 05°C Máx. 18°C
Mais informações: www.simepar.br
Terça-feira, 07 de maio de 2013
lona.redeteia.com
Ano XIV Edição 766
IA GERAL
Começa o julgamento do Caso PC Farias ItawiAlbuquerque/FuturaPress
OsquatroacusadosforamsegurançasdePCFarias
CasoPCFarias
EspaçodoLeitor
Mesmo 17 anos após os corpos de PC Farias e Suzana Marcolino terem sido encontrados, ainda não se sabe ao certo qual foi a situação que levou o empresário à morte. Quatro ex-seguranças de PC serão julgados durante essa semana na 8ª Vara Criminal de Macaé. As principais hipóteses sobre o caso são duplo homicídio e crime passional, como defende o advogado dos acusados. PC Farias fez parte do esquema de corrupção que derrubou Fernando Collor de Mello da presidência da República, no começo da década de 90. Como era tesoureiro do ex-presidente, sua morte chegou a ser constatada como queima de arquivo.
(P2) Descubra a opinião de quem viu a primeira edição do LONA 2013
Nãotãolonge (P2)
Chuvas são fenômenos meteorológicos previsíveis; as enchentes, no entanto, são irresponsabilidade administrativa.
WikiCommons WikiCommons
AGENDA
“OcupeoPasseio” (P2) “O pensamento que nos é tão natural, de que qualquer problema na nossa sociedade deve ser solucionado pelo Estado precisa ser reconsiderado.”
Porondeanda? (P2)
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Descubra o que tem feito a ex-aluna Nicoli Mazzarolo
Na P6
Confira na página 6 uma notícia do dia 7 de maio de 1945. Foi nesse importante dia histórico que a Alemanha, na Segunda Guerra Mundial, assinou a carta de derrota aos Aliados. Por causa dessa carta, o país teve que seguir várias normas impostas pelo grupo que dominou a guerra. Dentre as normas estava o fim do Partido Nazista.
FeiranoParqueBarigui (P3)
Os eventos que anualmente trazem a Curitiba as novidades em malhas, lãs e couros para o inverno têm boa visitação, mas, esse ano, sofrem com a baixa procura devido ao calor na primeira semana de exposição. A qualidade ruim e pouca variedade também incomodam os curitibanos que buscam produtos diferentes e preços acessíveis. No total, 190 expositores vendem seus produtos nessa edição, muitos deles de fora do estado comparecem à cidade para participar da feira mas se preocupam com as poucas vendas.
CasoKevinSpada (P2)
A morte do adolescente Kevin Espada no dia 20 de fevereiro ainda está causando polêmica, devido aos brasileiros presos na Bolívia. Discussões diplomáticas em torno da soltura dos presos continuam acontecendo. Pela legislação boliviana, os detentos podem cumprir até três anos de prisão preventiva.
Terça
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7 de maio de 2013
OPINIÃO
Editorial Não tão longe Na manhã da última segunda-feira, dia 06, o estado do Rio de Janeiro foi atingido por mais um temporal marcado pela morte de um homem, desta vez na capital fluminense. Esta situação remete àquele temporal que desolou a região serrana do Rio no início de 2011. Desde então pouca coisa foi feita. Até julho daquele ano, algumas pessoas que perderam suas casas ainda estavam morando em abrigos “provisórios”, esperando algum sinal
de ajuda do governo do estado. Num caso mais recente, em março deste ano, foram catalogadas mais 16 mortes e 18 pessoas feridas em um temporal em Petrópolis. Mais 16 pessoas vítimas da incompetência e desleixo do governo. Mas não é preciso viajar 900 km pra constatar a dificuldade dos governos estaduais em levar esta situação a sério. Em fevereiro de 2011, um temporal alagou vários bairros de Curitiba, causou deslizamentos de terra e provocou a morte de uma menina de 11 anos que havia sido
levada pela enxurrada. Até agora, pouca coisa foi feita para mudar a situação, tanto que até hoje podemos ver alagamentos na região do rio Barigui mesmo com a tentativa frustrada do governo Ducci em mudar o cenário. Já foi comprovado que, sim, as chuvas vêm aumentando com o passar dos anos, mas isso não é justificativa e não pode haver conformação por parte da população. As autoridades têm a responsabilidade mínima de garantir que a população não fique com medo de perder seus
pertences com qualquer chuvinha que caia na cidade. Governadores e prefeitos preferem ver primeiro o caldeirão ferver para depois remediar a situação, e, mesmo assim, não
conseguem arcar com os prejuízos de reconstruir casas e conseguir alimentos para aqueles que, mais uma vez, são vítimas de um sistema falho e incompetente.
Valter Campanato/ABr
Artigo Maiara Yabusaki O movimento “Ocupe o Passeio” organizado pela Gazeta do Povo, que tem como objetivo transformar o Passeio Público em um espaço de lazer familiar para os curitibanos, é uma iniciativa que partiu única e exclusivamente da população. A Vinada Cultural trouxe ao Passeio o público a que foi destinado: as famílias, crianças e amigos numa tarde de sábado. O parque, que há anos foi tomado pelo tráfico de drogas e pela prostituição, foi ocupado naquele final de semana por pessoas completamente diferentes daquelas que se tornaram habituais ali. Nesse caso, a vontade do povo de reocupar o parque foi tão grande que pressionou o poder público a tomar uma atitude que, em condições consideradas normais, não teriam espaço de discussão. O pensamento que nos é tão natural, de que qualquer problema na nossa sociedade deve ser solucionado pelo Estado, precisa ser reconsiderado. As ideias de mudanças devem partir do povo para o povo. As deficiências que para nós são evidentes podem não ser tão claras assim para os outros, quanto mais para o poder público. As mobilizações devem ocorrer de baixo pra cima, pois ninguém melhor que o cidadão que vê o dia a dia de uma cidade, para identificar suas falhas e se mobilizar para achar uma solução para elas. Outro exemplo que cabe nesse tema ocorreu em Londrina. O engenheiro Antonio Carlos do Nascimento, nascido na cidade, tratava de um câncer quando procurou o Hospital do Câncer de Londrina (HCL) para pedir auxílio na obtenção de um medicamento. Ao se deparar com
a situação que se encontrava o hospital, ele iniciou uma campanha que financiaria uma obra de ampliação do local. A campanha “Adote Um Metro Quadrado” que começou no final de 2011 tinha uma proposta simples: cada pessoa disposta a ajudar na ampliação do hospital arcaria com a despesa de um metro quadrado da nova construção, o equivalente a R$ 1,5 mil, que seriam doados em 20 vezes de R$ 75. O engenheiro não sobreviveu para ver seu projeto finalizado, ele morreu em abril desse ano em decorrência do câncer, no entanto seus esforços não foram em vão. O projeto que prevê a construção de mais de cinco mil metros quadrados já tem boa parte realizada, uma vez que 2,1 mil metros serão entregues em julho desse ano. Esses foram apenas dois exemplos de que não podemos e não devemos depender apenas da boa vontade do governo do estado, ou da prefeitura e de seus subordinados para fazermos de nossa cidade um local agradável e onde queiramos viver. Sem dúvida é de responsabilidade da população cobrar dos poderes públicos melhorias, mas nós assumimos um papel de suma importância na sociedade, nós somos parte de um todo e juntos podemos mudar, talvez apenas pequenas coisas, mas que fazem diferença no conjunto. Ficar na frente do computador exigindo atitudes de mudança é cômodo, porém não é assim que atingiremos essas alterações que tanto buscamos e reivindicamos. Nem sempre conseguiremos as coisas do jeito mais fácil, e depende de nós a boa vontade de nos mobilizar em prol da nossa cidade.
Espaço do Leitor Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenação dos Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador Ana Paula Mira Editores-chefes Júlio Rocha e Marina Geronazzo Editorial Elana Souza Borri O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30 Fone: (41) 3317-3044.
Por onde anda? Amante da fotografia, Nicoli Mazzarolo se formou na Universidade Positivo em 2009. Seu primeiro emprego, ao sair da faculdade, foi em assessoria de imprensa, mantendo a fotografia apenas como hobbie. Foi quando seu marido foi transferido para Recife que Nicoli começou a se voltar para a fotografia profissional. “A fotografia só se tornou meu primeiro plano quando me mudei para Recife e deixei os empregos “formais” de lado”.
Dentre os trabalhos preferidos de Nicoli estão as sessões com newborns (recémnascidos). Segundo a fotógrafa, “é muito gostoso mexer com essas fofurinhas”. O grande diferencial dos trabalhos da empresa de Nicoli é a inspiração do cinema nas suas fotos, característica trabalhada em sua Pós-graduação em Audiovisual, Cinema e TV. Além disso, a fotógrafa investe sempre em uma boa conversa com os clientes para definir o andamento das sessões fotográficas.
NICOLI MAZZAROLO
No nordeste, Nicoli Mazzarolo montou sua própria empresa para trabalhar com fotos. Seu marido, Gleison Renan, está sempre presente para ajudar. “ Ele é responsável pelo tratamento e diagramação dos fotolivros, sem contar que me ajuda nos ensaios e eventos como produtor, iluminador e segundo fotógrafo”.
NICOLI MAZZAROLO
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GERAL
TERÇA 07 MAIO, 2013
Feira de malhas atrai 20 mil curitibanos para o centro de exposições no Parque Barigui A exposição que há nove anos traz marcas de vários estados do país para Curitiba se depara com o calor e falta de procura dos consumidores MAIARA YABUSAKI
calor, a procura pelos casacos de lã e couro não foi tão grande, e a falta de interesse do público preocupa os vendedores. Para a responsável pelo estande da marca Kischurts, Maria Angélica de Oliveira, que trabalha em feiras desse tipo há 15 anos e participa da Expo Moda Brasil desde o começo, o baixo interesse dos consumidores não foi esperado. “Agora não temos mais uma previsão do quanto vamos vender aqui”, disse ela. Porém, os vendedores não são os únicos desapontados. Muitas pessoas que foram à feira nesse final de semana não ficaram satisfeitas com o que está sendo oferecido esse ano. Para a dona de casa Maria Luiza Schmitz, o pouco movimento tem uma explicação. Ela, que comparece à feira todos os anos, acha que esse é uma das edições mais fracas.
ElanaBorri
A Expo Moda Brasil Show Sul fica no Expo Renault no Parque Barigui e funciona até o próximo domingo (12), de segunda a sexta, das 14h às 22h, e no sábado e domingo, das 11h às 22h. Os ingressos custam R$ 5,00.
ElanaBorri
O inverno está chegando e com ele o frio de Curitiba, que exige de seus moradores que tirem seus casacos do armário e se preparem para as baixas temperaturas que se aproximam. E, como todos os anos, feiras de malhas, lãs e couro tomam conta da cidade. Entre os dias 1 e 12 de maio acontecem, em Curitiba, dois desses eventos, a Expo Brasil Moda Show Sul e a Feira Nacional das Malhas. O primeiro, sediado no Expo Renault no Parque Barigui, há nove anos na capital, é considerado o maior do sul do Brasil. A feira, que esse ano conta com 190 expositores de vários estados do Brasil como Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e do Paraná oferece ao público alguns diferenciais. Segundo a organizadora do evento, Marisa Griebler Leite, aqueles que vão à feira não querem os produtos que encontram nos shoppings. “Aqui as pessoas procuram produtos diferenciados com preços acessíveis”, disse. A exposição que já atraiu mais de 20 mil pessoas para o parque nos primeiros cinco dias espera um total de pelo menos 60 mil até o final. No entanto, as vendas não estão sendo como o esperado. Como a semana de início da feira foi de muito sol e
ElanaBorri
Julgamento da morte de PC Farias começa com depoimentos de parentes Morte do tesoureiro do ex-presidente Collor entra em julgamento hoje na 8ª Vara Criminal de Maceió DESIRÉE DAVOGLIO
Após quase 17 anos da morte de Paulo César Farias, começou ontem o júri para avaliar sua morte. PC Farias foi tesoureiro da campanha de Collor de Melo e Itamar Franco para a presidência no ano de 1989. O extesoureiro foi encontrado morto no dia 23 de junho de 1996 ao lado do corpo de sua namorada, Suzana Marcolino. O julgamento teve início ontem às 13h, com o depoimento de Milane Maia de Souza Valente, ex-cunhada de PC Farias. Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva são os quatro suspeitos em
julgamento na 8ª Vara Criminal de Maceió. Todos os acusados foram seguranças do empresário que na época fora acusado por sonegação fiscal, falsidade ideológica e tráfico. A previsão é que o julgamento dure toda a semana tendo sessões diárias que vão das 9h às 23h. O juiz Maurício Breda, da 8ª Vara Criminal, é o responsável pelo caso. Breda é assessorado pelo promotor Marcos Louzinho e o advogado de defesa José Fragoso Cavalcanti. A sentença deverá ser divulgada de 4 a 5 dias após o término do julgamento. Duas teses oficiais irão entrar em conflito durante
o julgamento: a de crime passional e a de duplo assassinato. José Fragoso Cavalcanti defenderá os acusados sustentando a tese de homicídio seguido de suicídio. Essa hipótese foi debatida na época do crime, baseada na suspeita de que Suzana Marcolino teria assassinado o empresário e cometido suicídio logo após. Segundo a advogada criminalista Patrícia Isolani, vários fatores influem nesse demora de quase 17 anos para o início do julgamento. Um deles é que, pelo fato de a vítima ser uma pessoa pública, várias pessoas se beneficiariam com a demora no processo. Além disso, a complexidade do caso da morte de PC e Suzana Marcolino, a pluralidade de réus, a grande gama de recursos para a
protelação do processo e a grande quantidade de informações dificultam o andamento da investigação. Segundo Patricia, a prova disso é o fato de que o inquérito policial só foi concluído em 1999, três anos após os assassinatos. Entenda o caso 23 de junho de 1996 - Os corpos de PC Farias e sua namorada Suzana Marco foram encontrados na praia de Guaxuma, em Maceió. 9 de agosto de 1996 - O relatório do legista Badan Palhares deu forças a teoria de que Suzana matou PC e se suicidou em seguida. 17 de dezembro de 1996 – Peritos descartam a hipótese do suicídio de Suzana Marcolino. 15 de setembro de
1999 – Em entrevista à revista Istoé, o vidente de PC Farias conta que o empresário tinha sérias brigas com seu irmão Augusto Farias por causa de dinheiro 18 de novembro de 1999 – A polícia encerra o inquérito sobre o caso, indiciando oito ex-funcionários de PC Farias; o Ministério Público denuncia os exseguranças de PC (que estão em julgamento hoje) 25 de junho de 2011 – Réus têm último recurso negado pelo STF, indo a júri popular 6 de maio de 2013 – Inicia o julgamento dos ex-seguranças na 8ª Vara Criminal de Maceió
ESPORTE
TERÇA 07 MAIO, 2013
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Corintianos presos na Bolívia há quase três meses ainda esperam decisão diplomática BRUNO SENTONE
O adolescente de 17 anos que admitiu envolvimento com o disparo do sinalizador que matou Kevin Spada prestou na última quarta-feira, dia 01, um novo depoimento onde reafirmou ter sido o responsável por disparar o sinalizador. Muitas atitudes foram tomadas com relação ao ocorrido: de imediato, a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) puniu o Corinthians proibindo a entrada da sua torcida em qualquer jogo pelo campeonato em que houve a fatalidade, mas, na partida seguinte da desgraça, poucos corintianos conseguiram ir ao Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), em São Paulo, assistir sua equipe atuar, fazendo com que o clube tivesse que pagar uma multa cara; reuniões foram feitas para decidir se o Corinthians deveria ser expulso do torneio; os presos participaram de uma reconstituição no mesmo estádio do acidente; várias homenagens para Kevin foram feitas, desde uma partida amistosa
entre Bolívia e Brasil, para arrecadar dinheiro para a família do garoto, até um clássico, na penitenciária, entre os presidiários corintianos (Corinthians) e os demais presos (Palmeiras) vestidos a caráter, e com o nome de Kevin inscrito nos uniformes. A Bolívia possui total liberdade para julgar os 12 acusados. Mesmo que o Brasil culpe o adolescente pela morte de Kevin, o Estado boliviano é livre para julgar, absolver ou condenar os torcedores detidos. Por uma questão de soberania, o Brasil não pode interferir ou requisitar a liberação dos torcedores. Pode-se até chegar à situação em que o poder judiciário do Brasil condene o adolescente pela autoria do crime e a justiça boliviana também condene os torcedores detidos como autores do mesmo crime. O poder judiciário dos dois países são distintos e autônomos, não devendo nenhuma explicação um ao outro. “O que o Brasil pode fazer é acionar organismos internacionais para intervirem, mas o histórico desse tipo de atuação não é de muita efetividade. As melhores
opções ainda são as diplomáticas, especialmente a negociação”, argumenta o professor de Direito Penal da Universidade Positivo, Rui Dissenha. A legislação boliviana permite até três anos de prisão preventiva. Outros 88 brasileiros estão presos na cidade de Santa Cruz de La Sierra na mesma situação que os torcedores. “Não há um limite específico para isso, pois depende especialmente do tempo em que durarem os motivos que justificam a prisão preventiva do suspeito. Mas o prazo, quando comparado com o prazo comum na Bolívia, é certamente menor e o processo termina em menor tempo”, comenta o professor sobre o tempo máximo de detenção de um suspeito estrangeiro de algum crime no Brasil. O presidente da torcida organizada Estopim (de Curitiba), Amauri L. Dias, acredita que o acidente poderia ter acontecido com qualquer torcida e em qualquer estádio. Para a Estopim, o uso dos sinalizadores não faz parte do show da torcida, a qual vai pra incentivar o time, cantar, fazer sua demonstração e depois
vai embora. Segundo o mesmo, quem faz o uso desses artefatos, que já são proibidos nos estádios, não pode ser considerado torcedor, e sim um vândalo. Apesar da situação, em nenhum momento a torcida do Corinthians deixou de comprar passagens para viajar junto com o time. A morte do Kevin em nada influenciou a procura por ingressos.
Entenda o caso No dia 20 de fevereiro, durante a partida entre San José e Corinthians, válida pela primeira rodada da fase de grupos da Copa Santander Libertadores, em Oruro (Bolívia), um sinalizador náutico foi disparado pela torcida corintiana e atingiu um torcedor boliviano de 14 anos chamado Kevin Espada, que faleceu no ato do contato do artifício com o seu rosto. No momento do choque, a velocidade do sinalizador estava próxima a 300 km/h. Logo após essa tragédia, a polícia local prendeu 12 torcedores do time brasileiro acusados de serem os responsáveis pela morte do garoto. Após cinco dias da morte de Kevin, um adolescente de 17 anos se apresentou, no Brasil, como autor do disparo do sinalizador, alegando ser ele e não os 12 adeptos presos. Porém, a confissão do adolescente não alterou o rumo das investigações. Dois meses depois, os suspeitos continuam presos na Bolívia, sem nenhuma previsão de liberdade, e o rapaz que assumiu a culpa do assassinato permanece solto.
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MUNDO
Inflação dispara na Argentina Mesmo com a negação do governo Kirchner, a Argentina passa por seu momento mais delicado desde a última crise em 2002 ELANA BORRI
Nos últimos meses, a Argentina tem experimentado o gosto amargo de atravessar mais uma crise econômica. Os economistas defendem duas vertentes para o problema: alguns dizem que isso se deve principalmente aos impactos locais da crise na Europa, com o agravamento daqueles países que entraram em recessão (Portugal, Grécia, Espanha e Itália); outros acreditam que as causas foram os fenômenos internos. Mas a certeza é que inflação, ressurgimento do desemprego e da pobreza e o desequilíbrio fiscal – governo acabou gastando demais foram os fatores agravantes. A inflação em 2012 fechou com o índice de 10,8%, mas isso não seria tão alarmante para a atual situação do país. Entretanto, desde que o ex-presidente Nestor Kirchner substituiu a direção do Indec (Instituto Nacional de Estadística y Censos de Argentina - órgão que faz o levantamento dos dados da inflação) por pessoas aliadas, este resultado está sendo contestado. Foram feitas outras pesquisas com empresas particulares cujos nomes não foram divulgados e, ao contrário da versão oficial do governo, o índice chega a 25,6% em 2012. Toda essa confusão tem um motivo: em janeiro do ano passado, o governo
argentino decretou que é proibido divulgar os índices reais da inflação do país. Porém, apesar desse cenário, há também aqueles que não creem que a situação da Argentina esteja tão grave como a mídia diz. É o caso do professor e economista Demian Castro, que leciona na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e é especialista em América Latina. Ele defende que os indicadores da Argentina não mostram essa ideia de crise, já que o país não enfrenta um problema tão sério de desemprego e a economia é cerca de três vezes maior do que a brasileira. Para ele, uma crise se caracteriza como uma elevação pesada
Wilson Dias/ABr problemas atualmente na Argentina: políticos, os ligados com a produtividade da economia e a elevação de preços. “O país continua enfrentando os problemas deixados pelo Plano Cavallo [pacote econômico de estabilização monetária para combater a inflação], por dois mandatos presidenciais e a tentativa dos presidentes de controlar a Argentina no início dos anos 2000. Depois disso, além de muitas privatizações, o câmbio não competitivo impediu o país de exportar
“O país continua enfrentando os problemas deixados pelo Plano Cavallo, por dois mandatos presidenciais e a tentativa dos presidentesdecontrolaraArgentina no início dos anos 2000”, Demian Castro. dos preços e fuga em massa de capitais. Mas pondera que se os atuais problemas argentinos se acumularem, uma crise pode sim ser formulada. Ele ainda afirma que existem três principais
e desse jeito a argentina não produzia divisas para pagar compromissos externos. E também enfrentou um período pesado de desindustrialização”, comenta o professor.
Outro ponto alarmante é a questão do câmbio regulado. Em julho de 2012, o governo argentino impôs regras para proibir a população de comprar de dólares para a poupança, o que era largamente feito pelos moradores do país para fugir da inflação. Dentre as províncias argentinas, a mais prejudicada foi a de Chaco, que não conseguiu saldar uma dívida em dólares, e assim rompeu uma regra contratual de empréstimos. Sobre a presidente Cristina Kirchner, o professor Castro diz que ela briga muito com a mídia e os setores exportadores. Ele usa uma expressão muito usada no boxe,
para caracterizar a presidente: ela se coloca no “corner”. Isso quer dizer que ela fica levando “golpes”, fica pressionada, sem saída e se torna um alvo mais fácil com as intrigas que compra. A argentina também tem tentado retomar alguns instrumentos de política e controle sobre áreas vitais, como energia. Até o governo Merner, na década de 80, o país era autossuficiente. Hoje possuiu muitas reservas de gás, que já bastariam para tornar o país independente na questão energia, porém exporta grande parte para a Bolívia, o que dificulta o cenário. No último dia 9 de abril, o governo anunciou o congelamento dos preços da gasolina durante 6 meses, a fim de tentar, mais uma vez, controlar a inflação. Entretanto, como vários especialistas e economistas afirmam, não se vai longe com congelamento de preços. Valter Campanato/ABr
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TERÇA 07 MAIO, 2013
COLUNISTAS
Victor Hugo Turezo
Intermediário Eterno Coadjuvante Sabemos que em véspera de clássico Atletiba os nervos se afloram e o que temos são declarações de impacto e de provocação ao adversário. Também sabemos que um dos protagonistas das calorosas frases de efeito é o meia Rafinha. O jogador do Alviverde tem um histórico de quentes proclamações ao microfone. Rafinha, que por um lado é figura principal e de destaque, por outro é coadjuvante. Quando a bola rola e a gorducha queima, o astro dos holofotes pré-Atletiba se encolhe e não demonstra toda a habilidade que estamos acostumados a ver. Podemos classificá-lo como um eterno coadjuvante em clássicos (até que se prove o contrário e o atleta esbanje classe na decisão do próximo fim de semana e dê um “eterno” cala boca no colunista). Não há uma explicação exata para a falta de produtividade do atleta. A ausência de iluminação na Vila Olímpica e o gramado ruim foram criticados pelo jogador após a partida. Temos que concordar que o estádio indicado para o primeiro jogo da final do Campeonato Paranaense não tinha condições de receber o confronto. Mas
estas são situações que afetam ambas as equipes. O esquema tático – apesar de ainda não definido por Marquinhos Santos – favorece o jogador. Tem ampla liberdade para criar e não é tão exigido na recomposição, como quando Marcelo Oliveira ainda estava à frente do Coxa. No confronto diante do Londrina – equipe tecnicamente mais qualificada que o Furacão, por exemplo, ele foi determinante para que o Coritiba conseguisse a virada e vencesse o Tubarão por 3 a 1. Com arrancadas velozes pelos flancos, produziu boas jogadas e marcou um belo gol. Não estou questionando a qualidade técnica ou o posicionamento tático do atleta. Tento, apenas, buscar algum embasamento para explanar o baixo rendimento de Rafinha nos jogos
Entre o jornalismo e a gastronomia Comer, algo tão simples e delicioso. Escrever, algo não tão simples, mas também delicioso. Para uma exestudante de jornalismo e agora, estudante de gastronomia, poder juntar minhas duas paixões é algo extraordinário. Mas confesso que está sendo complicado escrever esse texto; as palavras não estão cozinhando da maneira desejada e estou assistindo “Top Chef, Just Desserts”... Adeus concentração! Mas vou tentar fazer meu primeiro texto não ser tão desastroso quanto um molho branco empelotado. Bom, como eu disse, comer é algo simples. Mas já parou pra pensar se cozinhar também é? Para algumas pessoas não, para outras sim; e eu pretendo, com essa coluna quinzenal, ajudar a todos aqueles que desejam fazer um prato simples e sofisticado, ou a
simplesmente ir a algum lugar novo ou a algum que seja um clássico, tipo a Feirinha da Ucrânia. Provavelmente me verão falar bastante sobre doces, que é a minha especialidade e de toda a minha família. Cresci vendo e ajudando minha avó a fazer bolos e doces deliciosos (já ouviram falar de fios de ovos? Os dela, sem nenhuma dúvida, são dos melhores!); ela, com toda certeza, é minha maior inspiração. A primeira coisa que ela disse quando transferi minha matrícula de jornalismo para gastronomia foi: “Graças a Deus você largou esse negócio! Nunca entendi o porquê de você ter feito isso! Devia ter ido logo pra cozinha!”. Pois é, ela ficou muito animada com minha troca. E como eu fui parar em jornalismo? Eu vou tentar explicar usando temperos... Eu tinha três temperos: 1. Pimenta: aquilo que
diante do Atlético. Difícil missão. Enquanto esperamos a estrela do já estrela Rafinha brilhar em derbies, sugiro que ele pegue algumas dicas com seu companheiro de equipe, o angolano Geraldo, cujo astro só flameja diante do rubro-negro paranaense. Enxurrada de reforços no Tricolor Nove atletas desembarcaram na Vila Olímpica do Boqueirão nestes últimos dias. Eles fazem
parte do pacotão de reforços para a Série B do Campeonato Brasileiro. Algumas caras já são conhecidas da torcida. O meia Fernando Gabriel vestiu a camisa do Tricolor em 2010, já o zagueiro Brinner passou pelo clube em 2011, destacou-se, e transferiu-se para o Botafogo. Além deles, o volante Cambará, que jogou o Paulistão pelo Ituano, volta para robustecer a meia cancha. A falta de dinheiro assola o Paraná há tempos, isso não é novidade. O que incomoda é a política de contratação do Tricolor que, ano após ano, continua a mesma. Investese no bom e no barato, e não no bom, no pontual e no barato. Se muito, dois ou três jogadores surpreenderão, já que expectativas não existem. O Paraná não me deixa. Os dirigentes não deixam acreditar.
Izabelle Lanchuki Um tempero, uma piñata me deixa realmente animada. A maioria das comidas fica boa com ele, em minha opinião. Mas às vezes as pessoas não gostam muito. 2. Salsa: minha mãe adora! Eu também gosto, mas não em excesso. 3. Cebola: posso aprender a gostar, e meu pai é totalmente fascinado por esse. Eu tenho o sonho de morar na Europa e então eu já tinha eliminado a cebola, já que ela me dificultaria o trabalho e o que provavelmente foi uma frustação para o meu pai; minha dúvida agora eram duas opções, e as duas são boas, mas o poder de convencimento de uma cozinheira que nem minha mãe é grandioso e então decidi pela salsa. E a pimenta? Só na comida mexicana! Mas depois de dois meses usando salsa, percebi que a comida já tinha perdido seu tempero; percebi que quem realmente deveria estar apreciando a comida, não estava. E então fiz essa troca drástica e arriscada: troquei a salsa pela pimenta. E o brilho nos olhos não
é pela ardência, e sim pela alegria. A história é basicamente essa. Espero que tenha sido compreensível. Como já citei lá em cima, a minha preferência é fazer doces, mas prefiro comer salgados, principalmente se for comida italiana. E sabem o que deixa mais saboroso? Você fazer a massa, você fazer passo a passo e depois poder saborear aquilo, sem culpa. Parece que quando você faz, a culpa some; porque, sendo mulher e acredito que todas as mulheres sintam isso - , comer coisas engordativas me faz sentir culpada, mas nada que uma academia e frutas não resolvam e não te deixem cometer esse crime novamente. Ajudarei vocês a cometerem esse maravilhoso e delicioso crime. Espero que tudo, ou pelo menos a maioria das coisas que eu escreva aqui, sejam entendíveis. Espero que percebam como a vida pode ser como um livro de receitas: a cada página, uma receita diferente; algumas
coisas te agradam, outras não; algumas coisas serão doces, outras salgadas; mas tudo sempre será bom para alguém. Sejam bem-vindos à minha vida de escritora de romance e aspirante a chef de cozinha.
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AGENDA
TERÇA 07 MAIO, 2013
CINEMA
Feiras EVENTOS Livres
A morte do demônio da Europa (Cinemark Barigui; UCI Semana Curitiba 2013 Estação; Cinesystem Shopping De 07 a 12/05 Cidade) Abertura com exibição de Em transe (Cinemark trailers dos filmes com o Mueller; Cinesytem Curitiba; crítico do cinema, Marden UCI Estação; Itaú Cinemas; Machado, às 19h. Livraria Cultura, no UCI Palladium) Shopping Curitiba Homem de Ferro 3 (IMAX; Entrada gratuita Cinemark Barigui; Cinemark Mueller; Itaú Cinemas; UCI Clássicos da MPB Estação, Cinesystem Shopping Eugenio Fim e Thiago Cidade; Cinesystem Curitiba) Menegassi fazem releituras dos clássicos da MPB. Meu pé de laranja lima Bar Curityba, Rua Padre Antônio, 311, Centro (Cinemark Mueller)
Feira do Batel, na Rua Alexandre Gutierrez, entre a Av. Iguaçu e Av. Silva Jardim. Horário: das 17h às 22h. Feira do Juvevê, na Av. Anita Garibaldi, entre a Rua Campos Sales e Av. João Gualberto. Horário: das 17h às 22h.
Feira de Santa Felicidade, na Praça São Marcos, em frente ao Terminal de Santa Felicidade. Terça dos Nachos 50% de desconto durante Horário: das 17h às 22h.
No dia 7 de maio de 1945, no Quartel General do general norte-americano Eisenhower, que fora representado pelo tenente-general Walter Bedil Smith, Gustav Jodl, coronelgeneral e Chefe do Estado Maior do Exército Alemão, assinava a derrota da Alemanha aos Aliados (França, Reino Unido e Estados Unidos). Após cinco anos e oito meses em um conflito historicamente marcado pelas 1.961.913.000 mortes, a Segunda Guerra Mundial chegava ao seu fim. “Com esta assinatura, o povo e as forças armadas alemães se entregam à mercê dos vencedores. Nesta guerra – que durou mais de cinco anos – ambos sofremos mais do que, talvez, qualquer outro povo no mundo”, declarou Jodl, que, após o suicídio de Adolf Hitler, assumiu seu posto. Essa assinatura fez a Alemanha, já derrotada, seguir várias normas impostas pelos ganhadores, como desarmamento completo, liquidação do Partido Nazista e rendição de seus funcionários, libertação de todos os prisioneiros de guerra, restauração dos bens tomados dos judeus e outras vítimas da opressão, censura dos meios de comunicação e algumas outras normas impostas, que fizeram cada vez mais a Alemanha cair. O acordo colocou um fim à terrível, torturante e cruel guerra iniciada em setembro de 1939, com uma invasão feita pelo Exército alemão à Polônia. No dia seguinte, em forma de comemoração, o americano Harry Truman, o britânico Churchill e o soviético Josef Stalin, criaram o “Dia da Vitória”. E, apesar da paz declarada e o “Dia da Vitória” ter sido comemorado, o mundo ainda sofria com a Guerra do Pacífico, que só chegaria ao final com o Japão se rendendo, depois das duas bombas atômicas lançadas por aviões americanos, que atingiram Hiroshima e Nagazaki. WikiCommons
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