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Ano XV > Edição 973 > Curitiba, 10 de junho de 2015
Demanda por orgânicos não é acompanhada de interesse do estado Foto: 4freeimages
Mesmo com o crescente interesse por alimentos sem agrotóxicos, produtores orgânicos paranaenses carecem de apoio governamental e p.3 oportunidades de comercialização COLUNISTAS
EDITORIAL Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit, sed diam nonummy nibh eui...
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OPINIÃO “Cristãos que desrespeitam os homossexuais e que “pecam” viram as costas para o seu Cristo” p. 2
Foto: Huitzil
Hoje é o dia da Língua Portuguesa O Brasil tem o maior número de falantes da língua, totalizando quase que 75% de todos os falantes de português no mundo p. 6
#PARTIU Maria Rita se apresenta no próximo sábado, no Teatro Guaíra p. 6
Brisa Möllmann “A situação feminina nos filmes é um microcosmo da situação fe minina no mundo - não é à toa que Mad Max tenha causado tanto alvoroço “ p. 5
Brayan Valêncio “Desde os anos 2000, várias me didas já foram iniciadas para que o preço dos pedágios fossem re duzidos, e nenhuma obteve ple no sucesso...” p. 5
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EDITORIAL
Pela saúde e pelo progresso do negócio É notável o crescimento na busca por produtos orgânicos, livres de agrotóxicos e que não agridem o meio ambiente. As pessoas estão interessadas em ter uma alimentação melhor, baseada em produtos com qualidade e que sejam mais saudáveis. Um dos aspectos a ser analisado, é que ainda a produção não consegue atender a demanda. Muitas pessoas procuram, mas, não são tantos produtos sem agrotóxicos no mercado. Isso acaba fazendo com o que valor de compra seja elevado, e que possa considerar um produto elitizado. Um dos problemas apontados pelos profissionais da agricultura, é a falta de incentivo de governo. Pois enquanto alguns estão ganhando dinheiro com feiras orgânicas, e eventos relacionados aos produtos que não prejudicam a natureza, outros produtores têm dificuldade na produção. Causando esse valor elevado dos produtos que são produzidos com mais facilidades e chegam no mercado. Ainda a Agricultura orgânica não é o foco dos municípios ou dos institutos responsáveis na área. Mesmo eles tentando dar uma ajuda a esses agricultores, o suporte é mínimo, o que gera certa dificuldade para muitos agricultores. Com a mídia e população olhando mais para essa situação, é possível que em breve aumentem os investimentos na produção de produtos orgânicos. Alguns pontos são claramente positivos, pois com o crescimento da procura por esses itens, aumenta o trabalho, o que gera emprego para mais pessoas da região. Tudo isso envolve trabalho, produção, renda, o que valoriza e melhora a qualidade de vida local. Além disso, os próprios agricultares tomam conhecimento dos benefícios que os alimentos orgânicos podem trazer, e com isso, além do trabalho, do resultado financeiro, eles podem dar a sua família uma alimentação mais saudável. Iniciativas para a conscientização e popularização de feiras orgânicas, por exemplo, têm sido uma ótima escolha. Em Curitiba, e em algumas cidades do Paraná, o evento tem dado certo, com um bom público presente, e com donos de barracas que podem conseguir licença para vender seus produtos. O que mais uma vez demonstra que o consumidor pode ter suas vantagens adquirindo um produto de qualidade, e o vendedor expandindo sua produção, e aumento em sua renda.
OPINIÃO
Quando a igreja deixou de representar o seu Cristo? Sarah Graçano
A 19ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo foi realizada no último domingo (7) e antes de acabar já era motivo de discussão em todas as mídias sociais. A causa central dessas discussões foi o fato de a atriz Viviany Beleboni ter desfilado pendurada em uma cruz, como Cristo. O problema não foi a representação de Jesus, mas a representação dele por Viviany, transexual. No dia seguinte, a atriz, que é espirita, disse que “sua mensagem de amor gerou ódio”. Em entrevistas, ela contou que vem sendo ameaçada pela internet e pelo telefone desde o dia da Parada. No entanto, a intenção de Viviany não foi, em nenhum momento, afrontar alguma religião. O único objetivo dela foi representar o sofrimento dos gays, lésbicas, travestis e transexuais que são diariamente humilhados e violentados em todo o Brasil. Sofrimento de quem é injustamente crucificado, como foi, segundo a bíblia, com Jesus. O Cristo crucificado na bíblia foi um homem chamado de revolucionário. Em suas histórias e ensinamentos, ele jantou com um cobrador de impostos corrupto, falou do seu amor para uma prostituta e disse aos seus seguidores que não condenassem uma adúltera, quando eles também pecavam. No entanto, antes que Viviany saísse da marcha, pessoas já compartilhavam sua foto com mensagens de ódio em nome do mesmo Jesus que pregava amor. A pergunta central dessa discussão não deveria ser, de forma alguma, se Viviany desrespeitou algum princípio de uma Expediente
Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes
religião que a condena. Deveria, na verdade, ser quantas vezes os seguidores desse Deus de amor desrespeitam aquilo que a sua própria religião prega. Os cristãos que desrespeitam os homossexuais e que apedrejam aqueles que “pecam” viram as costas para o seu Cristo. São hipócritas por dizerem seguir algo que na verdade escondem. Jesus diria para amarem o próximo como a si mesmos, mas na verdade eles crucificam com suas palavras os que julgam estar errados. Disseram que a representação de Viviany
do seu sofrimento e da dor dos transexuais no Brasil foi uma blasfêmia. A mesma blasfêmia que alegaram para levar Jesus à cruz. A mesma blasfêmia de falar de Deus e viver de ódio. O medo da igreja é injustificável e o seu ódio também. Forçar as pessoas a aceitarem nunca foi um mandamento do Cristo. Acredito que, se Jesus vivesse na terra e pudesse dizer algo a “sua igreja” que crucificou Viviany, ele diria: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela” João 8:7.
Foto por Raja Patnaik
Pró-Reitor Acadêmico Carlos Longo Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira
Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi, Alessandra Becker e Bruna Karas Editorial Da Redação
Curitiba, 10 de junho de 2015 > Edição 973 > LONA
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NOTÍCIAS DO DIA
Demanda por orgânicos não é acompanhada de interesse do estado
Luis Izalberti
Mesmo com o crescente interesse por alimentos sem agrotóxicos, produtores orgânicos paranaenses carecem de apoio governamental e oportunidades de comercialização Em um país que sempre foi fortemente inclinado ao agronegó cio, a busca por uma alimentação mais saudável e sustentável tem sido uma tendência cada vez maior. A procura é por produtos orgânicos, livres de agrotóxicos e que não agridem a natureza em sua produção. De acordo com o M inistério da Agricultura, Pecuária e Abaste cimento (MAPA), o número de agricultores orgânicos cresceu 51,7% entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015. Na região Sul do País, o salto foi de 51,1%, atingindo a marca de 2.865 pro dutores. A popularização do movimento orgânico é recente no Brasil, onde o interesse por uma agricultura alternativa só foi se
O agricultor Antônio Kupka mostra os chuchus de sua propriedade em Mandirituba, com certificação orgânica há três anos
Feira orgânica noturna no bairro Cristo Rei, inaugurada há 3 meses
disseminar durante a década de 1980 – mais de dez anos depois da criação da Federação I nternacional da Agricultura Orgânica, em Versalhes, na França. M as é a legislação que nos mostra quão recente o movimento é no país: a cultura e comercialização dos orgânicos só foi apro vada por lei em 2003, mas sua regulamentação ocorreu apenas em 2007. Essa contagem de produtores orgânicos do MAPA, por sua vez, tem sido feita há três anos. O recente mapeamento, para muitos, explica o enorme crescimento apontado pelos números, em um cenário em que muitos agricultores não revelados até então podem ter sido cadastrados. Para Paulo Henrique Lizarelli, coordenador estadual na área de Agroecologia da Emater (I nstituto Paranaense de Assistência Técnica e Ex tensão Rural), o número de produtores está mesmo crescendo, mas não de forma tão rápida. ‘’ Tínhamos um levantamento estimativo no estado, mas ele deixou de ser feito quando iniciada a contagem do MAPA. M as, no Paraná,
não acredito que haja crescimento nesse ritmo apontado (50%), até porque já éramos o estado brasileiro com mais agricultores cer tificados’’, afirma. Cer tificação Para ter o nome ‘’orgânico’’ no rótulo, um produto deve conter, no máximo, 5% de ingredientes não orgânicos. A comprovação de um alimento é assegurada através do selo do Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica, o Sisorg. Essa garantia pode ser dada por uma avaliação isenta de uma instituição credenciada ou através de um sistema par ticipativo de garantia. Na Região Sul, a cer tificação par ticipativa é realizada exclusivamente pela Rede Eco vida, formada por agricultores familiares, técnicos e consumidores reunidos em associações, cooperativas e grupos informais que trabalham coletivamente na fiscalização, conciliando dife rentes interesses e motivações. Motivações Os motivos que levam um agricultor a produzir orgânicos são
vários, mas na maioria das vezes a escolha é em nome da saúde da própria família. ‘’Eu tive uma intoxicação pelo uso de agro tóxicos, que resultou em um problema sério de saúde, e por insistência da minha mulher re solvi passar a produzir orgânicos’’, conta Antônio Kupk a, pro dutor cer tificado há três anos no município de M andirituba. A esposa, M aria Kupk a, confirma: ‘’M inha filha que começou a frequentar reuniões e palestras sobre o assunto, e acabei me envolvendo também. Quando ele (Francisco) teve o problema de saúde o convencemos também. Hoje a qualidade de vida é muito melhor ’’. Ozir dos Santos e sua esposa, Sandra M achado, foram um dos primeiros feirantes a comercializar orgânicos cer tificados no Paraná, há mais de 20 anos. Hoje, a propriedade “Recanto Nativo”, em Campo M agro, é uma refe rência de produção e também trabalha com turismo rural. O casal aderiu à agroecologia em uma época em que ninguém estava fazendo o mesmo. “Na épo ca foi a mesma coisa que sair do claro pro escuro. A gente tinha que fazer dois tipos de trabalho, um de conseguir produzir e outro de conseguir vender, porque o consumidor não acreditava no produto.’’, conta Ozir, que hoje se vê como um ‘espelho’ para outros agricultores e se orgulha de tudo que conquistou. “S e a gente é isso hoje, 90% é por esforço nosso, sem ajuda de ninguém. Estamos realizados. A gente só não fica sorrindo por aí porque a gente trabalha bastante.” O fenômeno da demanda Com um aumento da exigência e da conscientização do consumidor, o aumento da demanda por produtos sem agrotóxicos é
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GERAL eminente, ainda que elitizada. De acordo com Paulo Lizarelli, o preço elevado ainda é um grande entrave. ‘’A grande demanda e pouca produção deixa o orgânico elitizado. Basta ver nos hipermercados, onde muitas ve zes esses produtos estragam na prateleira pelo preço elevado. A grande exceção de preço alto são as vendas diretas, como as feiras’’, explica. Felizmente, feiras orgânicas têm se popularizado cada vez mais, garantindo maior acesso a esses produtos. Curitiba conta, atualmente, com 13 feiras orgânicas, tendo sido inaugurada há três meses, inclusive, a primeira feira noturna da cidade, que ocorre no bairro Cristo Rei semanalmente, às terças feiras, entre 17 e 21 horas. Éder M ar tins, produtor cer tificado há sete anos e proprietário de uma das cinco barracas vencedoras da licitação para a feira, mostra grande felicidade por ter conquistado um espaço para a venda de seus produtos. ‘’O movimento tem sido muito bom e superou as expec tativas. Na primeira semana esgotamos tudo nas primeiras horas’’, conta. A consumidora Angélica Sansana, de 46 anos, gostou muito da feira na sua primeira visita e agora vem pela segunda vez. ‘’Já virou rotina, saio do trabalho e passo aqui. E não venho por co -
modidade, e sim por ser orgânico. Temos que comer bem. ’’ Grande demanda, poucas oportunidades Em um setor carac terizado pela busca pela saúde, preservação do meio ambiente e sustentabilidade, espera-se que o mercado seja marcado pela cooperação e opor tunidades iguais, mas não é o que acontece. Enquanto cer tos agricultores lucram cada vez mais com as feiras e revenda de pro dutos, outros esperam por uma opor tunidade de comercialização direta. José Antônio M arfil, um dos coordenadores da AOPA (associação não governamental para o desenvolvimento da agroecologia), ressalta a falta de apoio, controle e distribuição por par te do governo. ‘’O crescimento do mercado de orgânicos é, em sua maior par te, mérito do esforço dos próprios agricultores e suas organizações, e não de investimento do estado’’, diz. Francisco e Maria Kupk a são um exemplo. Eles têm que vender grande par te de seus produtos a outros agricultores orgânicos, que revendem em suas próprias feiras. O casal está construindo uma cozinha industrial na pro priedade e pretende financiar o maquinário para produzir com maior valor agregado. ‘’A ideia
Ponto de encontro de ciclistas, a Praça revitalizou a Rua São Francisco, no centro de Curitiba
é ganhar espaço em alguma feira com o alimento industrializado, para termos mais lucro, pois hoje fazemos muito mais pela saúde. Mas a questão da feira é complicada. Tem famílias que fazem seis feiras na mesma semana, tudo da mesma propriedade, e tem produtores como nós a espera de uma opor tunidade. É muito mal distribuído’’, conta Francisco. Além dos programas federais, o supor te à agroecologia é mínimo. A nível municipal, raros municípios apoiam a prática, e, no Paraná, há a Emater, que acompanha, através de técnicos, o agricultor e o desenvolvimento de sua propriedade. No entanto, a agricultura orgânica não é o foco do instituto, que também passa por uma escassez de pro fissionais. “Não tem assistência técnica, não tem nada, porque, pra começar, [os técnicos] nem vencem. É um técnico pra atender 300 produtores, não dá nem meia hora pra cada um’’, reclama Fernando Danrat, produtor orgânico cer tificado em Campo M agro há mais de seis anos. Ainda de acordo com M ar fil, pouquíssimas pessoas vestem a camisa da causa. ‘’Pelo estado do Paraná há pouco ou nenhum supor te, nem técnico e muito menos financeiro. O que o estado faz é repassar os fundos dos
programas federais PAA e PNAE, mas não há uma ação direta’’. O PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), instituído em 2003, fornece mecanismos de comercialização para a compra direta de produtos de agriculto res familiares por grandes instituições. Já o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Esco lar), determina a utilização de, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a alimentação escolar na compra de produtos de agricultura familiar. Dentro dessa porcentagem, a alimentação orgânica é priorizada. Para o Paraná, são passados anualmente mais de 150 milhões de reais para a aquisição desses alimentos. Mar fil afirma que o PNAE e os fundos do FNDE proporcionaram um grande avanço na agroecologia e na AOPA, que reúne grupos de agricultores e articula os contratos entre eles e o estado. ‘’Quando começamos com a me renda escolar, em 2010, um dos contratos com o estado era de 69 mil. Hoje temos um contrato de 4,5 milhões. Entregávamos, por semana, uma camionete, e hoje entregamos até 30 toneladas. Isso significa mais agricultores, mais produtores, mais investimento, mais gente ficando no campo e mais qualidade de vida’’.
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COLUNISTAS
Diana Brisa Möllmann
Você já ouviu falar no Teste de Bechdel?
Com o grande sucesso de Mad Max, as questões sobre o protagonismo feminino foram mais uma vez levantadas e o Teste de Bechdel está aí para mostrar a importância de que isso ocorra Mad Max: A Estrada da Fúria, com a direção de George Miller,
já pode ser considerado um dos maiores filmes do ano. E não só por causa das cenas impecáveis – e reais – de carros capotando. Não só por um roteiro tão bom que é quase hipnotizante. Mas sim pelo fato de que, em um filme clássico de ação, a protagonista é uma mulher. Não deveria ser algo tão inovador, mas é. O protagonismo fe minino nas obras de ficção foi sempre tão irrisório que a cartu-
nista americana Alison Bechdel resolveu contabilizá-lo. Em 1985, uma personagem de um de seus quadrinhos Dykes to Watch Out For expressou a ideia do peque no teste que hoje carrega seu nome. A ideia do Teste de Bechdel é simples. A obra analisada tem que responder positivamente a três perguntas: (1) existem duas personagens femininas com nome?; (2) elas conversam entre si?; (3) elas conversam entre si sobre algo que não seja homem?. Parece simples, parece algo fácil de ser cumprido, entretanto, dos 5932 filmes analisados no teste oficial (bechdeltest.com), ape nas 3419 são aprovados nos três itens. E, para ser aprovado, o diálogo entre as mulheres pode ser básico como um “Me passa o sal” ou “Bom dia”. Em 2014, os três grandes filmes históricos de ação reprovaram: 300: A Ascensão do Império, Hercules e Exodus: Deuses e Reis. O Espetacular Homem-Aranha 2, também. Nem a nova animação
do Bob Esponja se safou. Esse fenômeno pôde ser observado claramente no Oscar 2015, em que as obras indicadas a Melhor Filme são majoritariamente protagonizadas por homens – Sniper Americado, Boyhood e O Jogo da Imitação, por exemplo – motivo pelo qual o discurso de Patricia Arquette clamou pela igualdade midiática de gênero: “é nossa hora de ter igualdade de salários de uma vez por todas e direitos iguais para as mulheres nos Estados Unidos”, disse a atriz vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Boyhood. A situação feminina nos filmes é um microcosmo da situação feminina no mundo - não é à toa que Mad Max tenha causado tanto alvoroço. E, mesmo que os homens não sejam sempre retratados como melhores, superiores ou per feitos (o que para alguns demonstra uma brecha no T.B.), eles são retratados. Eles são. Mas a questão é: ninguém é superior. Nem per feito. Mas todo mundo é.
Meu Pedaginho de Chão Há quem diga que os pedágios do Paraná são caros comparados com os de outros lugares e também dizem que o da BR-277 que liga a capital Curitiba a cidade de Paranaguá pela serra litorânea é o mais cara do Brasil, mas, será que isso realmente é verdade ou não passa de um mito popular? Sim, de fato o pedágio que é operado pela Concessionária Ecovia Caminho do Mar SA não é só o mais caro do Brasil, como é também o mais caro do Mundo desde o dia 1 de dezembro de 2014 quando passou a custar R$ 16,80. A possível “culpa” disso, está nos contratos firmados para a criação do pedágio em 1997, – período em que o Estado era governado por Jaime Lerner – quando o pioneirismo nesse tipo de concessão acabou por criar uma das
maiores e inconclusivas novelas paranaenses da história. Desde os anos 2000, várias me didas já foram iniciadas para que o preço dos pedágios fossem re duzidos, e nenhuma obteve ple no sucesso porque centenas de ações judiciais tanto por par te do governo quanto por par te das concessionárias, fizeram com que esse problema entrasse em outra esfera, a esfera judicial, o que dificultou mais ainda a situação que já não era fácil. Quando assumiu o seu primeiro mandato em 2011, o Governador Beto Richa suspendeu as ações de todas as concessórias, com o objetivo de renegociar o pre ço das tarifas cobradas, situação que até hoje não foi resolvida e acabou por fazer do tema um sonoro bordão “Ou abaixa ou Acaba” na campanha do atual Sena-
Desmitificando... Brayan Valêncio dor Rober to Requião na corrida para o Palácio das Araucárias em 2014. O contrato com as empresas responsáveis pelos pedágios chega a validade em 2021 e faltando menos de 6 anos para o fim do prazo, novos capítulos dessa novela mexicana virão à tona, como uma possível diminuição dos valores cobrados para então fazer a alegria daqueles que tanto o criticam, ou então, os contratos podem ser renovados deixando feliz os grandes sócios das em-
presas responsáveis pelas rodovias que faturaram por mais um tempinho. É inegável que a torcida por parte dos paranaense está voltada para a redução dos preços dos pedágios, e o desejo que fica é que uma subida no final de se mana para o litoral não seja mais seus assombrosos R$33,40 e o Parque Barigüi deixe de ser o único ponto de passeio para aqueles que querem aproveitar o solzinho que de vez em quando dá as caras por aqui.
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ACONTECEU NESTE DIA
10 de junho: é o dia da língua portuguesa Mais de 260 milhões de pessoas partilham de um mesmo idioma. A língua portuguesa. São eles Brasil, Moçambique, Angola, Portugal, Guiné Bissau, Timor Leste, Guiné Equatorial, Macau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Pouco mais de 75% dos falantes do Português estão no Brasil. Em números totais, o Português é o quinto idioma mais falado no mundo e o terceiro no ocidente,
atrás apenas do inglês e do castelhano. O grande problema da língua, pois em cada país, a ortografia era de uma maneira diferente. Até que em 1990, para resolver isso, Brasil, Angola Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau, Portugal e São Tomé e Princípe assinaram o ACORDO ORTOGRAFICO DA LINGUA PORTUGUESA.
Imagem: Twice25/Gallery images
#PARTIU Exposição CONVERGÊNCIAS LOCAL: Memorial de Curitiba DATA: Até 21/06 terça a sábado: 9h às 18h sábado e domingo: das 9h às15h INGRESSO: Gratuito DOMÍCIO PARA SEMPRE LOCAL: MuMA – Portão Cultural DATA: Até 14/06 das 10h às 19h INGRESSO: Gratuito
Shows ROCK FEST DE INVERNO LOCAL: Curitiba Master Hall DATA: 12/06 às 21h INGRESSO: De R$ 56 até R$ 306 MARIA RITA – CORAÇÃO A BATUCAR LOCAL: Teatro Guaíra DATA: 13/06 INGRESSO: R$ 85 até R$365
Teatro INCÊNDIO LOCAL: Casa Hoffmann DATA: 12/06 até 23/06 INGRESSO: R$ 10 inteira/ R$ 5 meia LEOCÁDIO – A VIDA CONTINUA LOCAL: Espaço Cultural Falec DATA: Até 26/07 sextas e sábados: 20h, domingo: 18h INGRESSO: R$40/ R$20 meia
Maria Rita se apresenta em Curitiba No próximo sábado, a cantora Maria Rita volta a Curitiba com a sua turnê, “Coração a Batucar ”. O show vai incluir musicas do seu novo álbum e trazer sucessos ao longo do seus 12 anos de carreira. Ela se apresenta no Teatro Guaíra. Maria Rita Camargo Martins, ou simplesmente Maria Rita, filha de ninguém menos que Elis Regina. Começou sua carreira tardiamente, apenas aos 24 anos. Além de cantora, é formada em Comunicação Social e estudos latino americanos pela Universidade de Nova Iorque. Ganhou onze Grammys Latino. O mais importante deles, foi na categoria de Melhor Artista Revelação.
Imagem: Facebook
Muito rock no dia dos namorados Na próxima sex ta, acontece no Cur itiba M aster Hall, o R ock Fest de I nver no. O evento quatro bandas do rock na cional. CPM 22, R aimundos, M otoro cker e Cafajeste R ock Clube. O CPM 22 comemora neste ano, 20 anos de car reira e promete reunir os seus maiores sucessos e fazer um show inesquecível.
Entre indas e vindas, o R aimundos está há 15 anos ininter ruptos na estrada. D ono dos sucessos “M ulher de Fases” entre outras, garantia de muito baru lho.