Ano XIV Edição 771 Terça-feira, 14 de maio de 2013
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Curitiba
GERAL
Pancadas de chuva isoladas
Mín. 14ºC Máx. 24°C
Novo Projeto de Lei visa penalizar acumuladores de animais Mais informações: www.simepar.br
Diego Henrique da Silva
Após um incêndio em uma casa que resultou na morte de 43 cachorros, a Comissão de Meio Ambiente e o Conselho Regional de Medicina Veterinária estão discutindo formas de identificar e caracterizar acumuladores de animais. O chamado acúmulo de animais é considerado maus-tratos e por isso pode ser penalizado. Página 4 Divulgação
Uso excessivo de álcool por jovens pode afetar o desenvolvimento e levar à dependência química Adolescentes e crianças que fazem o uso de bebidas alcoólicas podem sofrer com danos à rede neural, afetando o desempenho em atividades escolares. O prejuízo para crianças chega a afetar o seu crescimento em questões psicológicas e motoras.
Esportes
Coritiba Crocodiles seguem invictos e podem ser pentacampeões do Campeonato Paranaense de Futebol Americano Página 5
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NOTÍCIA ANTIGA No dia 14 de maio de 1955, países do Leste Europeu e a União Soviética criaram a aliança conhecida com Pacto (ou Tratado) de Varsóvia com o objetivo de criar oposição à OTAN. O fim do pacto, em 1991, simbolizou o fim da Guerra Fria.
Site Oficial do Coritiba
COLUNAS
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Wiki Commons
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Esporte
Preconceito
Futebol
Por onde anda?
As declarações de Marco Feliciano vêm dividindo opiniões e causando discussões acoloradas. Lucas de Lavor comenta a falta de argumentos nessa discussão que já está ficando velha.
“Por fim, o juiz encerrou o jogo e o Coritiba se tornou, pela segunda vez na história, tetra campeão paranaense. Antes desse time, somente outras três equipes do estado conseguiram o mesmo feito, sendo que uma delas também era alviverde”, Bruno Sentone
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Pauline Machado.
O Coritiba é campeão paranaense pela 4ª vez em cima de seu adversário. Victor Hugo Terezo escreve sobre a atuação do Coritiba no campeonato e no jogo final
Economia Lucas Kotovicz comenta em sua coluna de Economia a dificuldade que as pessoas têm em discutir o assunto e dá dicas para quem quer se informar. Página 5
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OPINIÃO
Editorial O mais novo modelo de escravidão O pesquisador canadense Hincapié – Ramos desenvolveu um novo aplicativo para celulares Android (ainda em fase de testes), que promete ajudar os mais viciados no aparelho a digitar enquanto andam, sem ao menos esbarrar em nada. Ele acredita que os celulares devem se adaptar aos novos hábitos cotidianos e “ajudar” com relação às coisas das quais eles nos privam. Mas será que não é justamente a necessidade extrema do celular que está nos privando? A cada dia surgem novos modelos, mais avançados, com milhões de recur-
sos que prometem te deixar em contato com meio mundo via redes sociais. Até aí nada de errado. O problema é quando há uma substituição das relações interpessoais pelas midiáticas. Aquela conversa “tete-a-tete” de antigamente, pode-se dizer que é muito rara hoje em dia. Quase todo mundo prefere sentar na frente de um computador ou do celular e ficar horas ali batendo um papo na maioria das vezes superficial, ao invés de marcar aquele encontro com os amigos pra manter uma relação estreita de amizade. Devese ponderar que o celular
é um recurso ótimo para manter contato, e isso ninguém nega. Mas há de se concordar também que há hora pra tudo. Nada é mais desconfortável do que marcar uma reunião com alguém que não vê há muito tempo, e a companhia ficar o tempo inteiro digitando naquele aparelho, falando com outra pessoa que provavelmente nem te conheça. Hicnapé-Ramos defende que o aplicativo que ele desenvolveu irá ajudar as pessoas a tomarem consciência do que as cerca. As cerca, neste caso, no sentido mais rústico e
menos profundo da palavra, pois só auxiliará a perceber se há um poste na sua frente e não o que realmente acontece ao seu redor. Ruy Castro usou um exemplo para explicar mais esta situação, mas com o Google Glass. Ele disse, na sua coluna semanal na Band News FM, que a pessoa pode ter o oceano à sua frente, com milhares de cadeias de montanha ao infinito, mas ela troca toda essa suposta visão do paraíso por apenas 1 cm de lente à frente dos seus olhos. E, um dia depois da comemoração da abolição da escravidão aqui no Brasil,
Lucas de Lavor
Heterossexual assumido É surpreendente ligarmos a televisão, navegarmos na internet ou lermos no jornal e encontrar pessoas radicalistas defendendo ideais inconsistentes e falaciosos. O comodismo que a internet proporciona parece favorecer um pluralismo de opinião que considerável parte dos usuários o utilizam apenas para propagar os mesmos ideais falhos citados anteriormente. Quero chegar ao seguinte ponto: como é possível existirem pessoas que acham homossexuais são profanos e ameaçam o bom teste-
munho da igreja e destroem famílias inteiras? Marco Feliciano é um exemplo disso. Não quero falar mais do mesmo, porém é revoltante a maneira que ele trata determinados assuntos. Impressiona também por não ser o único, a crença de que a “cura gay” seja um dos milagres proporcionados por Deus é compartilhada por milhares de pessoas que acreditam num mundo melhor sem determinadas pessoas. Admirável atitude da Câmara de Vereadores, que poucos dias atrás recusou a solici-
tação de cidadão honorário ao Pastor Silas Malafaia, proposta da vereadora Karla Pimentel. Considerando essas pessoas que acreditam serem superiores, ou mesmo os condescendentes que creem em uma “cura para o mal”, é difícil não repudiar atitudes como essa. Interessante é como questões políticas e sociais como essas são interferidas diretamente por concepções religiosas. O nosso “Estado Laico” não parece tão vigente como determina o 5° artigo da Constituição. Ficamos felizes então, pois
Acervo Pessoal
Pauline Machado Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador Ana Paula Mira Editores-chefes Júlio Rocha e Marina Geronazzo Editorial Elana Borri O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30 Fone: (41) 3317-3044.
não são a esmagadora maioria tais pessoas. E apoiaremos as pessoas que facilitam e lutam contra a repressão moral de pessoas intolerantes, utilizando como armas argumentos dos mesmos (e não lâmpadas florescentes) : um homossexual não faz um heterossexual bem resolvido virar gay e nem destroem famílias. Incomoda-se quem quer, pois se um homossexual põe em risco sua masculinidade, provavelmente não está tão certo de sua “heterossexualidade”.
Por Onde Anda?
Cinco anos já se passaram da minha formatura. De lá pra cá foram desafios, escolhas, erros, acertos e conquistas. Quando me formei, perdi o estágio na redação de uma revista e já tinha mais de 30 anos de idade, o que me levou a ter receio se conseguiria voltar pro mercado. No entanto, nunca pensei em sair da área. Corri atrás e consegui um emprego como jornalista para escrever em duas revistas. Depois de um ano, voltei pro meu Rio de Janeiro amado. Continuei escrevendo para essa editora como freela, de casa. Foi então que me descobri! Lembro das aulas de empreendedorismo do Emerson! (obrigada professor!). Hoje tenho minha micro empresa e atendo a várias editoras escrevendo para diferentes revistas. Amo o que faço, amo minha profissão! O que posso deixar para os futuros jornalistas é que tenham comprometimento com o trabalho e não esperem por ninguém para lhes dar emprego. Façam por onde, corram atrás, pois quem faz o sucesso da sua jornada é o seu nome e ele só terá credibilidade se você for comprometido! Acreditem e sigam em frente! A carreira de jornalista é linda e não merece ser deixada de lado!
A tarde dos tetras Na tarde desse domingo (12), o Coritiba enfrentou o Atlético, podendo ser tetra campeão paranaense com apenas um empate, no estádio Couto Pereira. O time alviverde, mais experiente que a equipe sub-23 rubro-negra, conseguiu essa vantagem depois de ter segurado os garotos abusados do Furacão, no estádio Vila Olímpica, na partida válida pela primeira final do campeonato, com o placar de 2x2. Como, na classificação geral do paranaense, o Coxa ficou com uma pontuação maior que a do Atlético, ganhou o benefício de ser campeão jogando as duas partidas finais por dois resultados iguais ou por uma vitória e uma derrota e vice-versa. No
lutamos contra outro tipo de escravidão, desta vez mais atual: a tecnológica. Não adianta nada ter a tecnologia em nossas mãos se não sabemos usá-la. Não adianta ter mil amigos no Facebook se, na vida real, você não encontra com nem 50 deles. Não vale nada ser o maior expert em comunicação através de redes sociais, se na hora de falar com alguém, olhando nos olhos da pessoa, a conversa não flui. Como Ruy Castro disse, “você tem que ser o dono da tecnologia, não ela ser o seu dono”.
regulamento desse ano, não haveria decisão em penalidades máximas. Apesar dessa regra e da vantagem do time do Coritiba, o elenco alviverde não entrou em campo para empatar e levantar a taça usufruindo desse benefício. Pelo contrário, o Coxa jogou com vontade de vencer e de convencer a torcida do merecimento do troféu de melhor clube do estado de 2013. O time rubro-negro, ainda pouco rodado, até começou vencendo e ficou com a mão na taça por 30 minutos, mas depois de sofrer um gol, faltou experiência aos jogadores para que pudessem lidar com a pressão imposta pela equipe do Coritiba. Sendo assim, os alviverdes se aproveitaram da
Bruno Sentone fragilidade adversária e dominaram o resto do jogo, sagrandose campeões com o resultado de 3x1. Logo no início da partida, aos 5 minutos, o primeiro chute do jogo foi dado por Hernani, que arriscou um canhão ao gol do Coxa de fora da área e contando com a ajuda do goleiro coritibano, Vanderlei, que deixou a bola entrar depois de ela ter resvalado em sua mão, abriu o placar para o Furacão, fazendo com que a pressão inicial da torcida alviverde não fizesse mais tanto efeito como o desejado. Esse gol animou o time do Atlético e seus torcedores, que também não esperavam por um lance importante tão rápido assim. Para o alívio dos coxa-brancas,
Alex estava em campo, e próximo do fim do primeiro tempo conseguiu o empate e a virada para o Coritiba. Sendo assim, o sub-23 atleticano ficou retraído sem poder de reação, apenas assistindo ao show do artilheiro do campeonato e ouvindo os olés que vinham da arquibancada. O segundo tempo permaneceu da mesma forma, com o Coxa seguindo no ataque, controlando a partida, mandando dois chutes no travessão, uma com Alex e outra com Deivid, e o Atlético, embora jogando com raça e vontade, sem obter sucesso nos contraataques, que sempre paravam em Escudero ou Chico. No último minuto do jogo, Geraldo, o talismã Coxa, que havia
entrado há pouco, fechou o espetáculo dentro de campo com o seu gol. Apesar de o chute ter desviado em um zagueiro rubro-negro, na súmula da partida, o árbitro anotou o angolano como autor do gol. Por fim, o juiz encerrou o jogo e o Coritiba se tornou, pela segunda vez na história, tetra campeão paranaense. Antes desse time, somente outras três equipes do estado conseguiram o mesmo feito, sendo que uma delas também era alviverde. Outra curiosidade é que, além de ter sido campeão em cima do maior rival, essa é a quarta vez seguida que isso acontece. Portanto, Coritiba tetra campeão e Atlético tetra vice.
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GERAL
Crianças que ingerem álcool têm maior propensão à dependência Estudo realizado por pesquisadores da USP aponta que crianças que experimentam alguma bebida alcóolica antes dos 12 anos tem 60% de se tornarem consumidores abusivos do álcool LARISSA LEIRIA, LUANA VOSGERAU E LUIZA JACOMETTO
psicóloga, Ana Rita Menezes, equilibra as duas posições. Para ela, tanto a família quanto a predisposição genética podem ser fatores decisivos no uso de álcool pelos adolescentes. “50% dependem de ambiente familiar e 50% da genética”, explica. Prejuízos à saúde “A droga massacra os neurônios”. É assim que Regiane Ferreira, psicóloga, começa a explicação de que a rede neural é completamente afetada pelo álcool. A substância acaba com as sinapses nervosas e como consequência há uma perda na memória. Regiane conclui: “Se em um
a sociedade. As taxas de acidentes de trânsitos onde houve o uso de álcool são maiores nos jovens entre 16 e 20 anos do que nos motoristas de 21 ou mais. Os adolescentes também são vulneráveis aos danos cerebrais causados pelo etanol, os quais podem conadulto causa tribuir para o fraco estragos, imagine em desempenho no trauma criança”. balho ou escola. Além O uso de bebidas alcoólidisso, o uso excessivo de cas entre os jovens causa bebidas pode levar os jodanos não somente para vens a uma dependência eles, mas também para
química. Um jovem de 18 anos, que não quis se identificar, diz que começou a beber por volta dos 11 anos de idade. Ele conta que seus pais autorizavam o acesso ao álcool e sempre o deixavam beber quando pedia. Hoje, ele bebe no mínimo três vezes na semana e acrescenta que sente falta da bebida. A família do adolescente toda consome bebidas alcoólicas, principalmente seu padrasto. Para Johnni Osvaldo Zamponi Júnior, clínico geral, o consumo de
bebidas alcoólicas por menores de 12 anos causa prejuízos no desenvolvimento neuropsicomotor, que é responsável pelos sistemas nervoso, psicológico e pela coordenação motora. Acrescenta ainda que o consumo precoce do álcool também causa prejuízo no crescimento da criança, já que essa idade é de extrema importância para o desenvolvimento da mesma.
MorgueFiles
Os jovens estão consumindo bebidas alcoólicas cada vez mais cedo. Uma simples dose de qualquer bebida alcoólica ingerida por crianças menores de 12 anos aumenta em 60% as chances de, quando adolescentes, consumirem álcool abusivamente. Essa é a constatação do estudo realizado por pesquisadores da USP (data) No entanto, o resultado da pesquisa não é consenso entre psicólogos. Para Marisa Giacomassi, um gole de bebida não é o único fator para uma criança virar dependente no futuro, pois ninguém sabe se ela tem predisposição para o vício. Ela acrescenta que a maior influência para a criança consumir cada vez mais bebida são as sensações iniciais, como euforia e uma melhora na socialização, que são as mesmas para os adultos. Marisa alerta para a maneira como os pais devem tratar o problema do uso frequente de álcool pelos adolescentes que vivem dentro de casa: “Pais não devem falar nada na hora em que os filhos chegam bêbados em casa. Não podem se exaltar nem querer bater. Deve-se esperar passar e conversar com calma”. A opinião de outra
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GERAL
TERÇA 14 MAIO, 2013
Projeto de lei pretende classificar e penalizar acumuladores de animais em Curitiba Parlamentares querem identificar acumuladores e colocar em prática a lei municipal que pune quem prática maus-tratos contra animais
Ana Carvalho
JAQUELINE BAUMEL
No último dia 08, a Comissão de Meio Ambiente e Direitos Humanos e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente discutiram dois novos projetos de lei que deverão ser votados pela Câmara Municipal de Curitiba nos próximos meses. Um deles diz respeito à classificação e punição de acumuladores de animais. A Comissão de Meio Ambiente, em parceria com o Conselho Regional de Medicina Veterinária, está discutindo formas de identificar e caracterizar acumuladores e diferenciá-los de protetores de animais. Segundo o presidente da Comissão de Meio Ambiente e Direitos Humanos, Bruno Pessutti, ao se caracterizar um caso de acúmulo de animais, poderá ser aplicada a lei municipal 13.908, de 2011, que estabelece multas de R$ 200 a R$ 200 mil às pessoas que praticam maus-tratos contra animais: “ Os animais poderão ser encaminhados para a adoção e, quando necessário, iremos sugerir o tratamento psicológico de pessoas consideradas acumuladoras. Entende-se que uma pessoa que acumula animais está praticando maus-tratos”, explica. Pessutti caracteriza como protetores aqueles que zelam pelo bem-estar dos animais. O que motivou a criação desse projeto foi um incêndio que aconteceu em março, no bairro Boqueirão, em uma casa com acúmulo de 60 cães, os quais viviam em situações precárias. A responsável pelos animais já enfrentava há algum tempo processos relativos à acumulação, guarda irresponsável e maus-tratos dos animais. 43 cachorros morreram no incêndio. O presidente da Associação do Amigo Animal, Marcelo Misga, ainda não tem uma opinião formada a respeito desse projeto, pois este ainda está em fase de construção: “Não sabemos ainda o teor do projeto, se estará dentro do que apoiamos ou do que os legisladores entendem. Precisamos aguardar sua publicação para decidirmos se apoiaremos ou sugeriremos mudanças”, afirma. Porém, defende o tratamento psicológico sigiloso dos acumuladores conscientes, e acredita que pessoas que acumulam animais normalmente são carentes de família e amigos, e
Acumuladores que praticam maus-tratos aos animais poderão ser penalizados e receber tratamento psicológico
acabam juntando animais para suprir seu lado afetivo. Marcelo acredita que o problema maior está com os acumuladores inconsequentes, aqueles que juntam os animais, não castram, não doam, e estão constantemente pedindo ajuda e “se fazendo de coitados”, mas que, na re-
que mantêm animais em condições de maus-tratos. O Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente está fazendo, com base nas denúncias feitas por moradores e instituições protetoras dos animais, por meio do número
Bruno Pessutti considera esse mapeamento essencial para a efetividade do projeto, pois irá facilitar as ações de fiscalização. Comércio de animais Outro projeto de lei que deve ser votado pela Câmera dos Vereadores de Curitiba, este proposto
“Somos contra a venda de animais, pois animal não tem preço, tem valor afetivo, emocional, como ser vivo que é. Entendemos que devemos restringir cada vez mais os locais com permissão para venda” alidade, não querem ajudar os animais, querem atenção e ajuda para si. Para estes acumuladores, Misga defende a punição com interdição jurídica,
156, um mapeamento de residências com grande concentração de cães e gatos do município. Segundo o Diretor do Departamento de Pesquisa
pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR), diz respeito à regularização da lei 13.914, de 2011, a qual proíbe a criação
Diego Henrique da Silva
se necessário, em processo sigiloso para não expor as pessoas e nem causar constrangimento. A Associação do Amigo Animal já recebeu várias denúncias a respeito de acumuladores
e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Alexander Biondo, o número tem recebido de 20 a 25 ligações diárias. Esse projeto tem como objetivo monitorar a situação dos animais nas residências.
comercial de animais em Curitiba. Segundo esta lei, Curitiba é classificada em sua totalidade como área urbana, e a criação de animais só é permitida em áreas rurais. Sendo assim, todos os criadouros existentes em
Curitiba estão na irregularidade: “Do jeito que a lei está, há casos de criadores de cães que há décadas trabalham com melhoria genética de raças específicas, por exemplo, mas de acordo com a Lei estão atuando na ilegalidade. Assim, essa atividade comercial acaba sendo deslocada para outros municípios da Região Metropolitana que permitem a prática”, afirmou Bruno Pessuti. Segundo ele, deve- se pensar que o fato de Curitiba ser ou não uma zona completamente urbana é secundário, o importante é pensar no bem-estar dos animais e se as condições de criação deles estão adequadas. Marcelo Misga é contra a comercialização de animais: “Somos contra a venda de animais, pois animal não tem preço, tem valor, afetivo, emocional, como ser vivo que é. Entendemos que devemos restringir cada vez mais os locais com permissão para venda”, opina. Ainda segundo Marcelo, criadores de “fundo de quintal” devem ser punidos rigorosamente: “Já tivemos muitas denúncias nas quais os animais que procriam se encontravam em extrema situação de desnutrição e maus-tratos, e quando deixavam de procriar, eram descartados em rios ou áreas rurais por não mais servirem aos propósitos do criador irresponsável”, afirmou.
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ESPORTE
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Coritiba Crocodiles segue invicto no Campeonato Paranaense de FA 2013 O time paranaense segue em busca do penta no Campeonato Paranaense de Futebol Americano de 2013 HALANNA AGUIAR
Desde 2009 a Federação Paranaense de Futebol Americano organiza o campeonato estadual. No dia 09 de março deste ano a FPFA realizou a quinta versão deste campeonato com oito equipes: Coritiba Crocodiles, Curitiba Brown Spiders, Curitiba Predadores, Foz do Iguaçu Black Sharks, Hurricanes, Ponta Grossa Phantoms, UFPR Legends e a equipe estreante: Curitiba Guardians Saints. Em 2013, os times foram divididos em dois grupos, A e B. As duas melhores equipes de cada grupo ao final da primeira fase farão os Playoffs da seguinte maneira: JOGO 01: 1º Grupo A x 2º Grupo B; com mando do 1º Grupo A e JOGO 02: 1º Grupo B x 2º Grupo A; com mando do 1º Grupo B. As equipes vencedoras destas partidas disputarão o PARANÁ BOWL V. As equipes perdedoras destas partidas disputarão a terceira posição em jogo no mesmo evento. O Coritiba Crocodiles,
em toda história do campeonato paranaense, perdeu apenas uma partida e atualmente é tetracampeão estadual. O time é o pioneiro do esporte no país e há 10 anos está mudando os rumos da história do esporte na capital paranaense. Foi fundado quando um grupo de amigos resolveu, através de uma brincadeira, praticar o esporte no Parque Barigui. Em homenagem ao jacaré que ali habitava, o time passou a se chamar “Barigui Crocodiles”. Devido ao sucesso do time, surgiu uma parceria com o Coritiba Foot Ball Club e assim o time passou a se chamar “Coritiba Crocodiles”.
iou-se à FPFA (Federação Paranaense de Futebol Americano) promovendo o crescimento do time e do esporte na capital paranaense. Juntamente com o seu maior rival, o Curitiba Brown Spiders, é uma das primeiras equipes do Brasil a adquirir os equipamentos de proteção e a realizar o primeiro amistoso com equipamentos completos da história do futebol americano brasileiro.
O middle linebacker (capitão do time defensivo) Marcos Zarza, mais conhecido como Zarza, joga há um ano e meio e conta que o interesse pelo
voltou ao Brasil, Zarza conheceu o “Croco” e continuou a praticar o FA no país. Entretanto como o esporte ainda é amador no Brasil, Marcos trabalha como técnico administrativo em uma empresa terceirizada. Ele ainda crê que o esporte será popular no Brasil. “Já é um esporte que a cada ano cresce e tenho a certeza que em pouco tempo vai ser um esporte muito reconhecido e cada vez mais popular”, afirma Zarza.
O vice-presidente do Coritiba Crocodiles, Vicente Brasil, conta que conheceu o esporte quando assistiu com seu tio pela TV aberta um Su-
“Já é um esporte que a cada ano cresce e tenho a certeza que em pouco tempo vai ser um esporte muito reconhecido e cada vez mais popular”
esporte surgiu quando esteve nos EUA e começou Ao longo de sua carreira, a praticá-lo. “Joguei por o Coritiba Crocodiles fil- sete anos”, conta o middle linebacker. Quando
per Bowl, e desde então se interessou profundamente pelo FA. Vicente conta que ideia de fundar um time surgiu de
uma brincadeira. “O embrião foi o presente que o nosso quarterback, Fabio Naldino, ganhou de seus pais, uma bola de football”, afirma Vicente. O vice-presidente diz que nunca pensou que o time chegaria aonde está hoje. “A intenção sempre foi nos divertir, mas a amizade com as pessoas foram entrando no time e o amor pelo esporte nos manteve em crescimento”, afirma o vice-presidente.
Para Vicente, o futebol americano tem uma característica humana que evidencia o caráter dos atletas que estão em campo, e a tendência é que com o envelhecimento das gerações atuais, o número fãs do esporte cresça muito, pois vai passando de pai para filho. “Temos uma geração de jovens muito antenados sobre assuntos relacionados ao Futebol Americano”, conta o vicepresidente. A torcedora e admiradora do esporte, Bruna Metring, diz que conheceu o FA através do seu cunhado que joga no time e pela televisão. Ela conta que antes de conhecer as regras do esporte, achava o muito violento. “Nossa, por que eles se batem tanto?”, conta Bruna. Mas
quando realmente descobriu as regras do FA, a torcedora passou a gostar do esporte. Bruna conta de gosta de acompanhar os jogos do Crocodiles. “Por ter um conhecido jogando e porque o Croco é realmente o melhor time do Paraná”, afirma Bruna. No Campeonato Paranaense de Futebol Americano de 2013, a equipe Coritiba Crocodiles lidera o grupo A somando 4 vitórias em 4
jogos. No grupo B a liderança está com o Predadores que segue empatado com o segundo colocado, o Brown Spiders, somando 4 vitórias em 3 jogos. Os Playoffs – Semi Finais acontecerão em junho e os Playoffs – Finais acontecerão no dia 06 de julho.
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COLUNISTAS
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Lucas Kotovicz Nada se perde, tudo se investe Diz que não gosta de economia, mas... Há sempre quem diga: “Não gosto de economia”. Há quem odeie com todas as forças. É verdade. Eu, inclusive, já disse isso. Eu, que fiz quatro anos de Ciências Econômicas na Universidade Federal do Paraná. Antes que me perguntem, não, eu ainda não concluí o curso. Faltam lá um ou dois anos, mas escolhi encerrar antes minha jornada acadêmica no Jornalismo.
visada quanto a publicidade, o jornalismo, a história e a arte. E, pasmem, o próprio curso federal de Economia aqui no Paraná, em sua maio-
felizmente, o foco de ambos é voltado apenas para o empresariado, mas vale a pena. Se sua base econômica vem apenas de Jornal Nacional ou
Mas não fujamos do assunto. Por experiência própria, constatei que a maior parte de quem não gosta de economia se deve ao fato de não gostar de números. Mas esta parcela também não percebe que os números sempre estarão ao seu redor. A outra parte que diz não gostar é devido ao fato de não entender. Esta parcela, porém, também não se esforça para entender.
achar uma desculpa. Você nunca perde nada. Você investe, às vezes da forma certa, outras da forma errada. O tempo investido no estudo de uma matéria da faculdade que por ventura você tenha reprovado, por exemplo, não foi perdido. Você certamente aprendeu com ele e sabe que, se repetir da mesma maneira o modelo de estudo seguido, você novamente irá reprovar. Foi um aprendizado. Você ganhou. Tudo se investe. Nós estamos investindo nosso dinheiro, nosso tempo e nosso esforço a todo momento. Investimentos em amizades, em trabalhos, em compras, em lazer, em leituras. A pergunta que deve ser feita é: você está investindo de modo correto?
ria, é lecionado de forma dos cadernos dos jornais, Desmistificar a economia retrógrada e ineficiente. você se surpreenderá. está dentre os objetivos Ou seja, de forma exdesta coluna, que nasce tremamente chata. Por fim, entro no dilema hoje. Apesar de constanque dá nome a esta humiltemente estar nos jornais, De cara, já indico alguns de coluna. É universal que revistas, televisão e rádio, veículos que são exemplo nós, reles seres mortais, a população brasileira em como mostrar econo- tendamos a pensar que não a entende. Não a en- mia. Quando você tiver economia é igual a dinheitende porque sempre foi disponibilidade, leia a re- ro ou bens materiais. Não tratada de maneira chata, vista Exame ou a revista deixa de ser, mas pode ser sem inovação ou chama- Época Negócios (aliás, o muito mais. É fácil dizer riz. Sou da opinião de que site da Época Negócios que seu bem mais prea economia pode ser tão é excelente). Feliz ou in- cioso é seu tempo. Como
Depois do susto a redenção Quem viu o chute da entrada da área de Hernani viajar despretensiosamente pelo ar e, de repente, tocar a rede do goleiro Vanderlei, que pareceu ter besuntado de azeite suas luvas no vestiário, pensou que a taça do Campeonato Paranaense 2013 talvez já não fizesse mais parte da sala de troféus do Couto Pereira, como muitos pensavam antes mesmo de a bola tocar a grama. É óbvio e incontestável que a obrigação de conquistar o título era do Coritiba. E ele veio. Não só pelo elenco que tem, mas pelas campanhas anteriores, pelo histórico recente que sustenta, e também pelo adversário, inferior tecnicamente, mas que ao longo do segundo turno demonstrou bons valores como
usá-lo da melhor maneira possível? Onde investi-lo? Nada se perde, tudo se investe nada mais é do que uma adaptação da famosa frase de Lavousier, “(...)
nada se cria, (...) tudo se transforma” que guia a era pós-moderna (Sinto decepcioná-lo, mas “se copia” também é uma adaptação, muito bem sucedida, diga-se de passagem).
Senhoras e senhores, a economia não só gira ao redor de vocês. Ela está em vocês.
Frases como “só perdi meu tempo” ou “isso foi um esforço perdido” são pronunciadas com frequência por quem quer
Victor Hugo Turezo
Douglas Coutinho e Léo. O Atlético abarrotado de garotos, previamente desacreditados de tudo, colocados em campo como uma forma de desvalorizar o Estadual e inflar o ego de Mario Celso Petraglia, fez um primeiro turno onde o futebol não fluiu e a campanha, consequentemente, foi pífia. Se arrastando e conquistando resultados ínfimos diante das equipes do interior, os meninos de Arthur Bernardes penavam e não conheciam os atalhos em direção à meta adversária. No returno o que se viu foi algo totalmente na contramão ao que estava sendo praticado anteriormente e com a ascensão de uma figura que viria a se tornar emblemática e que poderia se destacar ainda mais
Intermediária senão fosse o completo desconhecimento das normas táticas de seu comandante. Falamos de Douglas Coutinho e não entendemos Arthur Bernardes. Na final de domingo, por exemplo, Douglas Coutinho jogava praticamente ao lado de Héracles. Os dois tentavam anular as descidas de Rafinha – que jogou muito e calou a boca do colunista – da mesma maneira que Léo desempenhou de forma impecável no primeiro jogo da decisão. Resultado: Coutinho morreu, não existiu. Héracles demonstrou-se, novamente, limitadíssimo em sua função, e Arthur Bernardes... bem, pode pedir o boné e reproduzir seus devaneios futebolísticos em outro centro.
Agora, o que falar do Coritiba? Ou melhor, o que falar de Alex? Após o gol de Hernani, o Sub-23 rubro-negro ainda ensaiava algumas boas jogadas. Mas logo se perdeu e se rendeu ao Coritiba e ao artilheiro e craque do Estadual: Alex. O meia alviverde, que até então jamais ganhara um título com a camisa do clube, foi novamente decisivo. Marcou dois dos três gols do Coxa na decisão – Geraldo, vestindo seu amuleto Atletiba, deu números finais ao marcador – e levantou a taça de tetracampeão Paranaense no Alto da Glória. Passada a euforia... Cansados estamos de reproduzir que o Campeonato Paranaense não serve de base para avaliarmos a produção de
uma equipe. A competição é deficitária. As equipes sofrem com a falta de incentivo, tanto por parte da Federação Paranaense de Futebol quanto das empresas locais que se negam a investir, principalmente nos clubes do interior. Portanto, mesmo com o título, o Coritiba deve ir atrás de reforços para a disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Pelo menos, um atacante, um lateral-esquerdo e um lateral-direito devem ser prontamente contratados para que o Alviverde possa brigar por algo expressivo.
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NOTÍCI ANTIGA
AGENDA Wiki Commons
PACTO DE VARSÓVIA
Há cinquenta e oito anos, no dia 14 de maio de 1955, foi criado o Pacto de Varsóvia. Esse Pacto era um acordo de cooperação militar entre oito países socialistas do Leste Europeu: Albânia, Bulgária, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia, Romênia, URSS e República Democrática Alemã. Era liderado pela União Soviética e surgiu durante a Guerra Fria, parte da história em que houve uma grande corrida armamentista entre países socialistas e países capitalistas. O Pacto de Varsóvia tinha entre seus objetivos principais organizar militarmente os países do Bloco do Leste, proteger os países membros de um possível ataque militar da OTAN, evitar uma declaração de guerra entre os países membros e as potências ocidentais, e ser um bloco militar que pudesse fazer frente à OTAN. As mudanças ocorridas no cenário geopolítico da Europa Ocidental no final da década de 1980 levaram a extinção do Pacto em 31 de março de 1991. O fim do Pacto de Varsóvia também representou o fim da Guerra Fria.
FEIRAS LIVRES Feira Noturna do Batel: Terça: 16h30 às 21h30 Feiras Orgânicas Seminário Terças-feiras - das 07h às 12h Rua João Argemiro de Loyola Feira do Batel (Av. Iguaçú) R. Alexandre Gutierrez – Batel - das 17h às 22h Feira do Juvevê Av. Anita Garibaldi – Juvevê - das 17h às 22h Feira de Sta. Felicidade Praça São Marcos – Santa Felicidade - das 17h às 22h
O Pacto de Varsóvia foi um dos marcos da Guerra Fria.