Lona 795 - 19/06/2013

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Notícia Antiga

Curitiba

No dia 19 de junho de 1978, o cartunista Jim Davis publicou a primeira tirinha do Garfield, que hoje é uma das maiores do mundo. Página 6

Nebulosidade variável

Mín. 11ºC Máx. 20°C

Mais informações: www.simepar.br

Ano XIV Edição 7954 Quarta-feira, 19 de junho de 2013

lona.redeteia.com

O lado B do cinema Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba Evento traz a oportunidade de filmes independentes dialogarem com o grande público. Em entrevista, Antônio Junior, diretor artístico e curador do evento, conta a história e revela os bastidores do festival. Júlia Trindade

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Perfil Conheça a história de Ednelson da Conceição Silva, o Lika, autor do gol que deu ao Paraná Clube seu primeiro título no futebol, o Campeonato Paranaense de 1991. Hoje auxiliar-técnico do time, Lika começou sua relação com o clube em 1985, ainda nas categorias de base. O beltrãoense, nascido em 3 de julho de 1970, hoje é um nome importante na história do Paraná. Página 5

Especial da Copa Comerciantes ainda esperam “Efeito Copa”

A Copa das Confederações não despertou o espírito consumista nos curitibanos. Mesmo com a transmissão dos jogos em um telão na Boca Maldita, os comerciantes sentem que o povo de Curitiba não está gastando tanto com artigos para a Copa. Ainda assim, a expectativa para a Copa do Mundo é alta. Página 4

COLUNAS Música

Vida no Exterior

Página 2 Mobilização

Mudanças

Por onde anda?

“Obviamente tem muita gente nova nesse processo, gente que está inflamada com a mobilização popular e quer protestar contra todas as suas lamúrias. Legítimo, é”, Aline Reis.

“Os manifestantes paralisaram algumas avenidas de São Paulo com o intuito de chamar a atenção do governo. Uma forma um tanto humilhante de dizer: ‘Ei, eu estou aqui, exigindo mudanças!”, Graziela Fioreze

O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Antonio Senkovski.

Além das passeatas, os brasileiros se manifestaram contra a corrupção de várias formas. A colunista Pamela Castilho fala sobre aqueles que utilizaram músicas para expressar suas opiniões, assim como Chico Buarque e outros músicos fizeram na época da Ditadura.

Quem pretende fazer intercâmbio não deve esperar encontrar o tradicional arroz com feijão brasileiro nas casas estrangeiras. As colunistas Stephany e Maria Luiza dão dicas para que você não passe sufoco para comer durante seu intercâmbio.


Quarta

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OPINIÃO

Editorial C om t ant as mobi l izaç õ es s o ci ais p elo Br asi l afor a é i ncr ível p ens ar qu e noss os i lust r íssimo s gove r nante s far i am a l go p ara at i ç ar o p ovo ai nd a mais . Mero eng ano. A C omiss ão de D i re itos Hu manos d a C âmara pre s i di d a p or Marc o Feli ci ano (PSCSP ) aprovou na ú lt ima te rç a - fe i ra ( 18) o proj eto qu e p e r mite aos psicól ogo s ofe re ce r t rat amento c om o obj e t ivo de c urar a homoss e xu a l id ade, o f amos o proj e to de l ei “Cu r a G ay”. C l aro que a aprovaç ã o não de cide prat i c ame nte nad a, j á qu e ai nd a fa lt a p ass ar p or du as comiss õ es: S e-

junho, 2013

gur id ade S o c i a l e C on st ituiç ão e Just i ç a, mas j á s er v iu p ara re volt ar a l gumas p ess o as que não c onc ord am com a me d i d a. R e a l mente o s man i festos não s ão mais s ó s obre 20 c ent avos. Tem gente que est á nas r u as e nem s ab e p el o que lut a, mas s e lut a p or a lgum i d e a l j á est á c ol ab orand o p ara a mud anç a do Bras i l. S e deixam que uma mi nor i a de p arl ament ares d e ci d a no ss o f uturo, p or que não s eguir a mai or i a que v ão as r u as p or a lguma mud anç a? Para a t r isteza de Marcos Feli ci ano, e d a cl ass e que quer forç ar

um Bras i l mais heteros s exu a l, as p ess o as que s aem d e su as c as as em plena s egund a- fei ra p ara protest ar s ão mai or i a. É t ang ível a re volt a d as p ess o as p el as re d es s o ci ais ao s e d ep arar com a not í ci a d e que o proj eto “Cura- gay ” t i n ha s i d o aprovad o. A lguns us aram a i ron i a p ara d es cre ver su a re volt a, out ros s e li mit aram ao d espre z o d e comp ar t i l har s em uma p a l av ra d e c ab e ç a l ho, ai nd a out ros us aram d a i ron i a p ara express ar s eu re a l s ent i mento. A p ergunt a que não quer c a l ar é: Vo cê é bras i lei ro e não d es iste nunc a?

E m um p aís ond e tu d o p ass a t ã o r ápi d o e as c oi s as s ome m t ã o d e pre ss a f i c a compl i c a d o a c re d i t ar que as p e ss o as v ã o s egurar su as re volt as e protesto s até o ano qu e vem, ano d e el e i ç õ e s, p ara c ol o c ar to d a e ss a angúst i a re pr i m i d a nas ur nas . Vom it ar e ss a re volt a nã o el e ge nd o, mais uma ve z , as me smas p e ss o as qu e hoj e t r ansformam no ss o s d i re ito s e m mi ga l has qu e pre c is amo s c at ar emb ai xo d a me s a . Tem t ant a ge nte qu e pre cis a d e c u r a , Marc o. Te m aquel a s e n hor a d o nord este qu e e st á pre c is an-

Movimento que vai contra o movimento Há duas semanas eclodiu uma onda de protestos que vem tomando o Brasil e mobilizando milhares (e quem sabe milhões) de pessoas. Muito bem. As manifestações começaram devido ao aumento das passagens de ônibus em São Paulo e foram (ainda são) organizadas pelo Movimento Passe Livre, doravante chamado de MPL. A pauta discussões transporte letivo de

central das e ações é o público coqualidade e

a preço justo. Contra o aumento e por tarifa zero. Insatisfeitos com os valores noutras cidades, outros brasileiros e brasileiras, doravante chamados manifestantes, aderiram ao movimento e agitaram suas cidades. O leitor vai obsequiarme e perdoar essa contextualização, mas o que quero mesmo é chegar num ponto bastante polêmico: “não é por vinte centavos”. Como assim não é por vinte centavos? É, sim! Colocar em discussão outras

pautas tira o foco central dos protestos. Obviamente tem muita gente nova nesse processo, gente que está inflamada com a mobilização popular e quer protestar contra todas as suas lamúrias. Legítimo, é. No entanto vejo, sobretudo em redes sociais (devido ao trabalho pós-moderno de “editora de conteúdo”), publicações pedindo o impeachment da presidenta Dilma (PT) ou a renúncia de Calheiros (PMDB). Ei, espera aí, esta é outra pauta,

Aline Reis tão legítima quanto a agem “V”, cartazes de primeira, mas que não “Fora Dilma” e o comdeve se misturar a ela. portamento arredio à imprensa não são Que resolveria um im- próprios do MPL, tampeachment se teríamos pouco dos outros moviMichel Temer (PMDB) mentos sociais. É muito como novo presidente? bonito ver as ruas tomaO leitor pensará “mas das e as pessoas de manjá é uma mudança”. ifestando, mas quem vai Esta que vos escreve às passeatas deve deixar discrepará, já que mu- a hashtag #OGiganteAdar os nomes não sig- cordou de lado e pernifica mudar o sistema. ceber que, há anos (e Querem(os) então, re- quando digo anos, digo forma política? Sim! há muitos anos) o povo Mas os protestos do está nas ruas. Atenção MPL não são por essa para não criar um movimento que atrapalhe o causa. movimento. Máscaras do person-

Por Onde Anda?

Antonio Senkovski Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador Ana Paula Mira Editores-chefes Júlio Rocha e Marina Geronazzo Editorial Amanda Bacilla

É bom colaborar, mesmo que brevemente, para a existência deste jornal, responsável pelas minhas melhores lembranças da faculdade. Depois da formatura, em 2011, ensaiei a montagem de um periódico de papel inspirado nele. O projeto “Aquecimento”, porém, não resistiu nem ao primeiro inverno e a frustração causou um intervalo de um ano na minha vida de repórter.

Quase um ano depois da formatura e três empregos, fui classificado no trainee da Gazeta do Povo. Após o curso, incluso no programa, fui chamado temporariamente para fazer matérias sobre esporte. Um mês depois para uma vaga na Gazeta Online. Atualmente estou a poucos dias de fazer um ano aprendendo sobre como é possível escrever o máximo sobre o agora com o deadline “o quanto antes”.

Acervo Pessoal

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30 Fone: (41) 3317-3044.

Quem tem razão? O povo resolveu agir. Os internautas se desconectaram das redes sociais e foram às ruas, em manifestações contra o aumento da passagem de ônibus. O protesto, que busca a “tarifa zero”, tomou grandes proporções e mobilizou um número expressivo de manifestantes na cidade de São Paulo. A polícia também precisou agir. No entanto, surge a dúvida: quem tem razão? Vivemos em uma democracia, não é mesmo? A população tem todo o direito de não se manter calada. Ninguém precisa ser conivente com o

que está errado, que fere nosso direito de cidadão. Os manifestantes paralisaram algumas avenidas de São Paulo com o intuito de chamar a atenção do governo. Uma forma um tanto humilhante de dizer: “Ei, eu estou aqui, exigindo mudanças!”. A polícia, naturalmente, foi acionada para conter supostos manifestantes que oferecessem algum tipo de perigo à sociedade. Até aí tudo bem, já que o policial é um funcionário público e precisa cumprir ordens que lhe são passadas. Zelar pelo bem estar das pessoas é sua principal fun-

d o f a z e r a qu el a c i r u rg i a no j o el ho. Te m a qu el e b eb ê no Ac re qu e pre c is a d e u ma i nc ub a d or a . Te m a qu el e j ove m c om c ânc e r qu e te m a v i d a to d a p el a f re nte mas nã o te m d i n he i ro p ar a p ag ar s e u t r at ame nto qu and o o gove r no l he v i r a as c o st as. Tant a ge nte qu e ne m te m c abi me nto c it ar. Mas s e vo c ê pre fe re lut ar p or e ss a c u r a , u ma c u r a qu e é c i e nt i f i c ame nte prov a d a qu e nã o e x iste, v á e m f re nte. Vo c ê nã o v ai d e sist i r ? Os br asi l e i ro s t amb é m nã o !

Graziela Fioreze ção, entretanto, aconteceu exatamente o oposto durante os protestos na capital paulista. Os manifestantes, mesmo os mais pacificados, foram reprimidos de forma violenta por parte dos policiais, estes que partiram para a violência física e verbal. Abuso de poder é a palavra. Eles, funcionários públicos que recebem uma miséria para desempenhar um papel tão importante na sociedade, acharam justificável a atitude de agredir aqueles que apenas estavam lutando por um direito que é deles. Ou será que os policiais estavam cumprindo

ordens? E se eles foram motivados a usar a violência como um recurso para dar fim ao movimento? Os policiais, cidadãos comuns, também andam de ônibus. Assim como nós, eles também são manipulados pelos detentores do poder, que os usam para sustentar sua posição. Esse é o jogo de interesses que usa o trabalhador como fantoche para seu espetáculo. Tradicionalmente, os movimentos sociais são vistos de forma negativa, porém, trata-se de um direito da população de lutar por aquilo

que acredita ser justo. A manifestação ocorrida em São Paulo não se refere apenas ao aumento de R$0,20 na passagem de ônibus, se refere a algo muito maior do que é isso. É um sinal de mudança. O povo brasileiro cansou de ficar calado. Cansou de ser excluído das decisões que interferem sua vida. Cansou de aceitar e fingir que tudo está bem. É triste saber que precisa rolar sangue, dor e angústia, para que a devida atenção à população seja dada. Enquanto isso, a polícia dá o troco: em bala, só que de borracha.


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Geral

QUARTA 19 JUNHO, 2013

Espaço para os independentes Antônio Junior, diretor artístico e membro da curadoria do Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba, fala sobre o evento que há dois anos vem dando oportunidade aos filmes não comerciais victor hugo turezo

Estimular a produção também para ter um pouco independente, dar opor- de noção de como eles são tunidade para os filmes que produzidos. não chegam às grandes salas de cinema e fazer com Quais as maiores que eles atinjam o público são algumas das propostas do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, evento composto por filmes, documentários e curtas-metragens de produção independente, além de oficinas de direção e produção, produção executiva e crítica cinematográfica.

a temática, vão muito além dos longas que estamos acostumados a ver nos cinemas. Assim, damos espaço para os diretores e atores

o material que chega entre a equipe e os que achamos interessante separamos para que possamos assistilos e analisá-los novamente

sante que pudemos observar foi a “Foco na Alemanha”. Os nove filmes apresentados traçavam um panorama da cidade de Berlim e suas transformações desde os anos 20 até o século XXI. Está previsto algo parecido para as próximas edições? Pegar outra cidade historicamente reconhecida e aplicar essa “reconstrução”? Sim, nós gostamos desse modelo. Ter uma mostra retrospectiva em meio a filmes contemporâneos foi bem interessante, já que o Olhar de Cinema é um festival que tem a proposta de exibir filmes contemporâneos de caráter autoral e independente. Queremos manter a estrutura para o ano que vem e inserir, pelo menos, mais uma mostra grande com as mesmas características.

O evento fechou sua 2ª edição no dia 14 de junho e dificuldades encontradas que estão começando a se com mais critério. Este deixou uma boa impressão para conseguir realizar inserir no mercado cine- ano, por exemplo, tivemos ao público. Pelo menos os um evento desse formato? matográfico. Também con- 1.960 filmes inscritos. É Há interesse em exnúmeros apon- Júlia Trindade pandir o festival para tam isso, já que outras cidades do Esaprox i m a d a tado? mente 13.000 pessoas particiO Olhar de Cinema param do fes– Festival Internacional tival – publico de Curitiba, a princípio, 20% maior que ficará somente na capina edição de estal. Não temos o intreia, em 2012. teresse de expandir o Pa r t i c i p a ç ã o evento, até por ainda que dá ao diestarmos criando raízretor artístico es e uma identificação e membro da na cidade, e por acredicuradoria do tarmos que se levarevento, Anmos para outras locais tônio Junior, a essência se perderá e motivação para poderemos perder um continuar repouco de controle soalizando um bre o evento. Mas nós evento que “Um dos objetivos do festival é levar até o público filmes não comercias com propostas interessantes”, temos o interesse de cada vez mais levar cinema para as ganha espaço revela Antônio Junior cidades do interior do no tempo de lazer do curitibano. seguimos um espaço físico um número considerável Estado, tanto é que nesta Curitiba não estava acos- maior. Ano passado contá- de conteúdo. A análise de- edição tivemos o Olhar Em entrevista ao LONA, tumada com um evento vamos com três salas. Esse manda tempo e exige uma Itinerante – mostra que leAntônio Junior conta um desse porte. Isso acaba difi- ano aumentou o número apreciação minuciosa para vou até cidades como Londpouco sobre a história do cultando um pouco. É sem- para quatro. Além disso, o que consigamos, realmente, rina, Cascavel, Pato Branco e São José dos Pinhas, uma Olhar de Cinema, revela pre difícil chegar num local número de participantes escolher os melhores. seleção de 10 curtas metraos bastidores e fala sobre que não está acostumado cresceu. Ao todo, mais de Além de proporcionar gens para serem transmitias perspectivas futuras do a esse formato de festival. 13.000 pessoas assistiram evento. Mas nós sempre estamos aos filmes e participaram ao público a oportunidade dos por lá. E, com certeza, renovando e pensando em das oficinas e de outras ativ- de assistir filmes pouco di- isso será repetido nas próxivulgados e com propostas mas edições. Como surgiu a ideia de soluções para mudar o ol- idades oferecidas. diferentes dos habituais, o criar o Olhar de Cinema – har das pessoas e estruturar Como será a 3ª edição Festival Internacional de o evento da melhor maneira 104 filmes de 26 países festival também ofereceu Curitiba? possível. Realizamos apenas foram exibidos no evento. vários tipos de oficinas. do Olhar de Cinema? duas edições e não temos Um número elevado, que Como foi o feedback do Vocês já começaram a público? planejar? O número de O festival surgiu em medo de mudar cerdeve ter exigido da cufilmes irá aumentar? 2010, pelo fato de terem tas questões que radoria uma análise Nós queríaacabado com os festivais não estão dando minuciosa para selemos oferecer um Já começamos a orgade cinema que tinham em certo. cionar as melhores maior número nizar algumas coisas. Mas Curitiba. Anteriormente, películas. Sendo asde vagas, já que não vamos aumentar o existiam o Festival de Cinsim, de que modo O Olhar de houve mais número de filmes nem a ema e Vídeo de Curitiba, Cinema chegou ao fim é feita a seleção dos de 400 pes- quantidade de salas. Julgao Festival de Cinema do de sua 2ª edição. Quais filmes? soas inscritas mos que o formato desse Paraná e o PUTZ– Festival mudanças ocorreram nas oficinas e ano ficou bem encaixado Universitário de Cinema e em relação à primeira só conseguimos em nossa proposta, que é de Vídeo de Curitiba. Em 2010 experiência, que acondisponibilizar, ao valorizar os filmes indepentodos acabaram simulta- teceu no ano passado? todo, 100 vagas. dentes e coloca-los em exineamente. Já em 2011, não Portanto, o público bição em horários nobres. tivemos sequer um festival A proposta para essa atendeu as expectati- Se começarmos a exibir de cinema na cidade. Senti- edição foi radicalizar aivas, não só nas oficinas, 300 filmes por edição, fumos falta de uma represen- nda mais. Trazer filmes Initatividade, o cenário local bem mais desconhecidos e cialmente os interessados se mas demonstrando inter- giremos completamente do estava marcado pelo vazio. colocá-los em competição. inscrevem. Nós temos uma esses por todas as coisas modelo e não conseguireSendo assim, resolvemos Dar foco a eles. Filmes equipe de programação que propostas ao longo dos nove mos que o público absorva o que queremos transmitir. tentar fazer um festival. Vi- que achávamos extrema- conta com seis curadores dias de duração do evento. ajamos para o exterior para mente interessantes e que, que participam da seleção Uma mostra interesconhecer alguns festivais e em relação à linguagem e dos filmes. Dividimos todo


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QUARTA 19 JUNHO, 2013

COPA DAS CONFEDERAÇÕES

Desinteresse da população por produtos da seleção brasileira preocupa comerciantes Comércio paranaense sofre com desinteresse da população em comprar produtos verde e amarelo durante evento da FIFA Jorge washington, Jorge de Sousa, Fernanda Anacleto e Camila França Fontes

A Copa das Confederações começou no último sábado dia 16, em Brasília. Mas por enquanto aqui em Curitiba, o povo ainda não se empolgou com o evento da FIFA. Mesmo com a prefeitura curitibana disponibilizando um telão nos dias de jogos do Brasil, a procura dos torcedores por artigos relacionados com o Brasil ainda é baixa. “A Copa ainda não pegou. O movimento grande ainda é o da Festa Junina. Acho que só no ano que vem com a Copa do Mundo os produtos do Brasil consigam vender Vitrine lotada de artigos do Brasil, mas a procura por eles ainda é baixa. mais”, afirmou a vendemou o garçom Celso Luiz Confraternização conta que não perde um dora Adriana Silva que tra- da Cunha, que trabalha jogo quando o Brasil está balha em uma loja de arti- em um bar da Rua XV de Período de copa é tempo de em campo, mas afirma gos para festas. Lembrando Novembro, palco do telão reunir os amigos, e ir para que as pessoas não buscam que Curitiba receberá ape- que exibe jogos da seleção os bares assistir à seleção mais se reunir em bares e nas 4 jogos da primeira fase canarinha na capital paran- brasileira jogar. Cena co- torcer juntos para a seleção. do torneio que acontece anse. mum nos principais bares “Tenho uma camiseta da ano que vem. As lojas de souvenirs ainda têm esperança de que com o avanço da competição possa haver um aumento no número das vendas. “Sempre que o Brasil vai bem o pessoal compra. Se for para a final, garanto que vão estar esgotados os produtos do Brasil”, afirmou Rubens Silveira proprietário de uma loja de lembrancinhas. Com a chegada dos turistas para a Copa do Mundo, provavelmente Curitiba terá esse aumento de vendas sonhado pelos comerciantes. Os bares curitibanos também não registraram aumento em sua clientela durante os jogos. “O movimento é o mesmo de uma tarde normal de sábado. Espero que com a Copa do ano que vem melhore, por que parece que não está acontecendo nada de especial. Talvez seja o frio”, afir-

brasileiro não valorize mais o futebol do país como antes, ainda quer realizar seu sonho de assistir o Brasil em campo. “Um dos meus maiores

A distância de Curitiba para as cidades sedes, aliada a pouca confiança do torcedor brasileiro em sua seleção nacional, são motivos que deixam a população curitibana em um clima de distanciamento do evento. E no litoral? Os produtos verde e amarelo, não estão sendo procurados pela população litorânea como aconteceu de maneira espantosa nas últimas vezes em que a seleção foi a campo. “Íamos fazer a compra destes materiais nos Bares com pouco público. Cena que se repete até em dias de jogo do Brasil. próximos dias, mas como não houve a procura não da cidade de Paranaguá, seleção brasileira de 2006, sonhos, e que logo irei remontaremos uma pratelei- porém a procura da popu- que guardo com carinho. alizar, é assistir a seleção ra exclusiva para estes arti- lação por estes locais tam- Esse desinteresse da popu- brasileira em campo. gos, como fizemos das últi- bém caiu. lação está acontecendo Temos que amar a nosmas vezes”, afirma Enedina porque acabou o amor à sa camisa e torcer pela Sousa, proprietária da loja Josenei Freitas Pereira pro- camisa”, mas deixa claro seleção”, finalizou. Casa Estrela. prietário de bar há 41 anos, que mesmo que parte do


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Perfil

QUARTA 19 JUNHO, 2013

Gol histórico e papa-títulos Autor do gol do primeiro título do Paraná, o atual auxiliar-técnico paranista sagrou-se campeão pelo Tricolor por cinco vezes VICTOR GUILHERME

Nascido no dia 3 de julho de 1970 e natural de Engenheiro Beltrão, Ednelson da Conceição Silva é um nome marcante dentro na história do Paraná Clube. Mas, diferentemente do que muitos torcedores imaginam, a relação entre jogador e clube começou anos antes: em 1985. Com passagens pelas categorias de base do rival Coritiba, o lateralesquerdo chegou naquele ano a um dos clubes que fundaram o Tricolor, Colorado Esporte Clube. “Diretores me observaram e cheguei para atuar no infantil do Boca (apelido da equipe)”, lembra. Quatro anos mais tarde, após conquistar dois títulos jogando em categorias menores, Ednelson foi profissionalizado. De acordo com o ex-atleta, sua indicação foi feita pelo técnico Ary Marques, que ficou mais de 20 anos trabalhando nas equipes de base e como olheiro pelo Brasil afora. “Tenho muito a agradecer ao professor. Ele que me colocou nesse mundo”. Ainda em 89, “Lika”, como é chamado por amigos do meio esportivo, acabou sendo emprestado para o interior paranaense. A ideia era que o jogador, recémsaído da base, pegasse experiência para voltar “pronto” no ano seguinte. Porém, um fato mudou completamente o pensamento. No dia 19 de dezembro, Colorado e Pinheiros – após inúmeras reuniões entre os respectivos dirigentes – decidiram se unir juntando a força da torcida de um com o dinheiro do outro, respectivamente. E, com isso, uma espécie de “peneira” foi feita para selecionar o elenco para a próxima temporada. O técnico era o consagrado Rubens Minelli e mais de 40 atletas tentavam uma vaga no novo time do Estado. “Fui o único que era da base a ficar no elenco. O restante ficou nos juniores ou acabou tomando outro rumo”, recorda-se. Tendo a velocidade e a finalização como principais características, Lika logo caiu nas graças da torcida já no primeiro ano. O acesso da Série

C para a Série B, na segunda posição, é guardado na memória com orgulho. “ Tivemos a felicidade de conquistar um acesso logo no ano de estreia. Foram muitas viagens cansativas, mas valeu a pena no final”. O fato mais marcante na relação entre Paraná e Ednelson estava reservado para o ano seguinte, em 1991. Era dia 8 de dezembro. Quase 25 mil pessoas no estádio Major Antônio Couto Pereira, tendo a maioria absoluta nas cores azul, vermelha e branca. Paraná e Coritiba faziam o clássico e o empate bastava ao Tricolor. O rival, sem chances de título, apenas cumpria tabela. Só que o confronto não foi f á c i l.

Pacheq u i n h o, d e cabeça, abriu o placar para o time da casa logo no início. Nervosa, a equipe comandada por Otacílio Gonçalves só conseguiu se soltar na segunda etapa. E, aos 19 minutos, Serginho “Cabeção” recebe a bola, gira e acha o lateral-esquerdo entrando sozinho pela esquerda. O jovem ala

ajeitou e chutou rasteiro no canto esquerdo do goleiro, com a bola batendo na trave antes de entrar. “Foi uma felicidade muito grande. Peguei certinho na bola, só que a trave chegou a me dar um calafrio por um segundo”, brinca. Curiosamente ou não, o goleiro do Coxa na época é o atual preparador de goleiros do futebol profissional e companheiro de Lika no clube. “Fiquei parado, né. Quando a bola saiu do pé

dele, vi que pu- lar era só para sair na foto. Foi um bonito gol, ele merece”, comentou Renato Secco, sendo zoado pelo amigo ao lado. Já em 1992, outra alegria muito grande para o atual auxiliar-técnico do Paraná. Em uma Fonte

Nova lotada, o Tricolor venceu o Vitória por 1 a 0, com gol de Saulo, e se sagrou Campeão Brasileiro da Segunda Divisão, conseguindo chegar à elite do futebol brasileiro com três anos de existência. “Acredito que tenha sido o melhor grupo que já joguei. Era muito qualificado e ninguém podia tirar aquele título de nós. Esses dois primeiros títulos me marcaram demais”, declarou. Nos dois anos seguintes, mais comemorações e taças. Lika se sagrou b i -

campeão P a ranaense com o Tricolor. O ex-auxiliar paranista, Ageu Gonçalves, esteve presente com Ednelson nesses títulos, também em 1997: “Sempre foi muito centrado. Se cuidava e raramente saía na noite. Me recordo de poucas vezes em que ele não estava com família. Só no pentacampeonato que ele foi com o elenco todo.

Mas daí recuperou o atraso, acho. Bebeu bastante e nem deve lembrar de nada”, provoca. Ednelson rebate. “Não foi bem assim”, aos risos. Em 95, o ala saiu do Paraná e foi emprestado ao Remo, do Pará, onde também foi campeão estadual. No ano seguinte, atuou pelo Criciúma e retornou ao Tricolor em 97. Junto com ele, o óbvio aconteceu quando o ídolo paranista vestia as cores azul, vermelha e branca. Mais um título estadual, sendo o quinto seguido do clube e o também quinto do atleta pelo time paranaense. “Parece sina, né? Só não conquistei título no primeiro ano. Porém, conseguimos o acesso. Não tenho do que reclamar”, afirmou. A partir daí, a história entre Lika e Paraná dá um salto considerável. Os caminhos se cruzaram apenas em 2006, quase 10 anos depois, quando Ednelson foi convidado para preparar as categorias de base do Tricolor. Atuando como técnico, acabou realizando um bom trabalho com as equipes jovens. Em 2010, saiu por poucos meses para ser auxiliar-técnico do Avaí, mas retornou no ano seguinte para a base e logo foi chamado para integrar a comissão técnica do time profissional, na qual trabalha até hoje. “Fiquei muito feliz pelo reconhecimento e espero continuar atuando aqui por muitos anos. Trabalhar no clube de coração é sempre um prazer e tenho certeza de que esse ano será um marco, pois vamos dar a volta por cima”, acredita. E, pelo jeito, a história de amor entre Paraná e jogador não deve acabar tão cedo. A torcida agradece.


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COLUNISTAS

QUARTA 19 JUNHO, 2013

Pamela Castilho Eight Days a Week Trilha sonora de protesto Cada um protesta da maneira que acha melhor. É isso que eu venho escutando durante as manifestações. Alguns escolhem fazer cartazes, outros resolvem comprar apitos, bandeiras e batuques, outros partem para a violência e o vandalismo, mas alguns optam por fazer da música o seu protesto. Fiel parceira dos manifestantes, a internet vem disseminando várias fotos e vídeos sobre o assunto. Entre eles, encontrei algumas pessoas que fizeram músicas sobre o atual episódio que o Brasil vivencia. Esses dias encontrei dois vídeos de músicas que me chamaram

atenção. Um deles é do canal brunao457 e o nome da música é “Não vou me calar”. Só com o violão e voz, Bruno (suponho que seja esse o nome dele, hahaha) traduziu bem a situação do país: “Quando me sinto triste, ligo a televisão. Quando a bola rola, minha tristeza passa. Mas o que fizeram? Roubaram tudo que eu tinha? Até ver futebol não tem mais a mesma graça”. Outro deles foi o vídeo do canal THEVICTORMUS. O nome da música é “Não é por 20 centavos” e é uma crítica à crítica de Arnaldo Jabor: “Jabor, eu sei que da sua

BMW é difícil Entender por que o operário cria rebuliço Mas eu vou te explicar Eu só quero meu direito De poder protestar Sem levar tiro na cara Governador e prefeito Vão tentar nos parar Mas essa massa não para” E, entrando nessa “onda” de protesto, algumas músicas de épocas passadas vêm sendo cantadas novamente como trilha sonora das manifestações. Um bom exemplo é “Apesar de Você”, do Chico Buraque. A música, feita na época da Ditadura Militar, agora é símbolo de protesto em 2013. Um dia

desses fui procurar a música no Youtube e é só descer a barra de rolagem para encontrar vários comentários com a hashtag “ogiganteacordou” e menções às manifestações da última semana. Os titãs da música brasileira que fizeram sucesso na década de 1960 agora são lembrados pelos jovens nas redes sociais. Perdi a conta de quantas vezes vi “Como Nossos Pais”, da saudosa Elis Regina, ser compartilhada e aparecer na minha timeline. “Pra Dizer que Não falei das flores”, do Geraldo Vandré, também é outro “novo-velho hit”. A música desperta várias sensações nas pessoas e essas são capazes de acender ainda mais a chama que ficou

apaga por muito tempo, mas agora brilha latente nas ruas de todo o Brasil. O Rappa, que sempre faz músicas símbolos de protestos, quando fez uma comercial, acabou virando trilha sonora das manifestações e vem sendo veemente compartilhada como tal. “Vem pra Rua” foi feita para uma propaganda da Fiat. A marca anunciou que vai tirar a propaganda do ar, mas já não adianta mais: a música e o vídeo já estão na boca e no Facebook do povo. Uma pena. A Fiat podia ter é aproveitado a oportunidade, já que a frase “Vem pra Rua” é reproduzida em dezenas de cartazes, além de ser entoada várias e várias vezes durante as manifestações.

Stephany e Maria Luiza Vida no Exterior Como você deve saber, cada país tem seus próprios costumes alimentares. Preparamos algumas dicas nessa semana para você evitar alguns constrangimentos e problemas na sua viagem. Esteja consciente de que o bom e velho arroz com feijão é um prato tipicamente brasileiro e que você não vai achar lugares que sirvam o famoso “prato feito” lá fora, com exceção de alguns restaurantes brasileiros. Também entenda que o gosto de uma coisa aqui no Brasil não vai ser exatamente igual lá na Inglaterra ou no Canadá, por exemplo. Falando em Inglaterra, está ai um país tipicamente famoso por sua comida ruim.

resolvem preparar algum Em lugares como Estados alimentos mais saudáveis. jantar. Em países de culprato e você ser alérgica Unidos existem muitos Os problemas de uma tura latina, as pessoas àquela comida, por exem- (mas muitos mesmo) fast alimentação errada vão costumam jantar sempre plo. É muito melhor você dizer já de uma vez que não come alguma coisa. Caso você esteja indo sozinho, procure conhecer bem o nome dos alimentos para que uma situação parecida não aconteça em outros lugares. Isto não é só para pessoas com alergias. Imagine que você é vegetariano e acaba pedindo um prato no restaurante 100% à base de carne? Não tenha vergonha de perguntar.

É normal também se nos primeiros dias você estranhar a comida local ou até se sinta um pouco enjoado. Antes de viajar, coloque na sua mala algum remédio contra enjoo e sal de frutas. É uma Se você está indo para situação chata, mas pode uma casa de família, de- acontecer então não entre ixe bem claro se você tem em desespero. ou não algum tipo de restrição alimentar já na Outra coisa que dechegada. É uma situação vemos falar é saber conmuito chata quando eles trolar sua alimentação.

foods e lanchonetes com comidas baratas e altamente calóricas. Claro que você não vai morrer se for um dia no McDonald’s, só não torne isso uma rotina. Muitas pessoas ganham ou perdem muito peso quando vão para fora por se alimentarem muito mal. Encontre um supermercado na sua cidade e tente sempre estar comendo frutas, saladas e outros

muito além do peso. Sua imunidade pode ficar muito baixa e você ficará doente bem mais rápido. E a última coisa que você quer é ficar de cama no seu intercâmbio, não é mesmo? Uma curiosidade sobre alimentação que parece bobagem, mas muitos brasileiros estranham, são os horários das refeições, em especial o

mais tarde. Na Espanha é muito comum que eles jantem depois das dez da noite por exemplo. Já nos Estados Unidos e Inglaterra, muitos restaurantes ficam abertos até no máximo 22 horas. É claro que existem lugares que ficam abertos até mais tarde, mas as famílias costumam jantar por volta das 18 horas. Fique atento a esses horários.


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QUARTA 19 JUNHO, 2013

AGENDA

NOTÍCI ANTIGA tagonista da história era Jon, que é o dono do gato. Porém, o cartunista percebeu que Garfield tinha as melhores piadas e resolveu transformá-lo no personagem principal. Depois da criação de Garfield, Davis fez com que o público pudesse se identificar com o personagem, cujas características mais marcantes são sua comida favorita (lasanha) e o ódio pelas segundas-fei-

ras. O sucesso dessa história em quadrinhos foi tão grande que Garfield entrou no livro dos recordes por ser a tirinha mais lida do mundo. Além de vários especiais na televisão, livros de compilação e vídeo games, a tirinha ganhou duas adaptações para o cinema. A primeira foi lançada em 2004 e a segunda em 2006.

Matriz & Filial Quarta, às 22h, no Matriz & Filial tem apresentação do Trio Lamara . Entrada R$ 15,00 (masculina) e R$ 10,00 (feminina). Mulheres têm entrada livre até às 22h. Wood’s Bar Quarta, às 22h, no Wood’s Bar (Rua General Mário Tourinho, 387 - Seminário) tem show Show de Michel Teló. Michel Teló faz parte de uma série de shows nacionais que o Wood’s Curitiba promove no mês de junho. Ingressos: R$ 30,00 feminino e R$ 50,00 masculino. 22 de junho, às 21h15: A Voz e a Alma dos Engenheiros do Hawaii - Humberto Gessinger Local: Teatro Positivo - Grande Auditório Duração do espetáculo: 01h30min

Feira do S.Francisco – R.Davi Carneiro – das 7h às 11h30. Feira do Bigorrilho – R.Roquete Pinto e R.Martin Penna – das 7h às 11h30. Feira da V. Izabel – R.Prof Dario Veloso – das 7h às 11h00. Feira do Boa Vista – R.N.Sra.de Nazaré – das 7h às 11h00. Feira do Xaxim – R.Cascavel – das 7h às 11h00.

FEIRAS LIVRES

Wiki Commons

Há 35 anos, no dia 19 de junho de 1978, o cartunista Jim Davis criou “Garfield”: a tirinha do gato preguiçoso e gordo que conquistou o mundo. O objetivo de Davis era criar um personagem que pudesse chamar a atenção dos leitores americanos, o que ele não conseguiu no trabalho anterior, Tumbleweeds, apesar do humor sarcástico. No início, o pro-

O que fazer em Curitiba?

Noturas: Feira do Hugo Lange – R.Dez. Rodrigo Otávio – das 17h00 às 22h00. Feira do Bacacheri –R.Helena de Oliveira Cunha – das 17h00 às 22h00. Feira do Alto da Glória – R. Ivo Leão – das 17h00 às 22h00.


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