Lona 806 - 14/08/2013

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Notícia Antiga No dia 14 de agosto de 1920, começavam os VII Jogos Olímpicos, na Bélgica.

Edição 806

Curitiba, 14 de agosto de 2013

lona.redeteia.com

A Secretaria de Saúde divulgou em boletim, no último dia 12, os números atualizados dos casos de gripenoParaná,no primeiro semestre de 2013. Houve um aumento no número de mortes e a incidência maior do vírus Influenza B. No entanto, o número de pessoas infectadas pela gripe caiu em quase 500 casos. A divulgação de métodos de prevenção, que são simples como o ato de sempre lavar as mãos, ainda é a melhor maneira de evitar o vírus da gripe.

SECS/AE NOTÍCIAS

Número de casos de gripe cai no Paraná, mas casos de morte aumentam

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Larissa Mayra

Mais médicos nas ruas Com apenas 1.851 selecionados na 1ª e na 2ª chamada, o Programa Mais Médicos falha ao tentar atrair os profissionais para o Sistema Único de Saúde. No Paraná, 91 médicos aprovados podem ser contratados, mas a categoria aderiu ao estado de greve que dominou o Paraná. Página 3

Opinião Prisões brasileiras Lei da Palmada

Por onde anda?

“O Uruguai é o primeiro país no mundo a fazer a experiência da legalização”, Laura Torres.

O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno André Rosas. Página 2

“O sistema penitenciário brasileiro parece ter virado uma grande sala de reuniões do tráfico e do crime organizado”.

Colunistas Gustavo Vaz e Luiza Romagnoli

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Tecnologia

Política

“Transporte coletivo curitibano vai dar muita munição para as campanhas eleitorais, e já no pleito de 2014”, Gustavo Vaz.

Na coluna 8bits de hoje, a colunista Luiza Romagnoli fala sobre a EMBRACE+, uma pulseira que avisa quando há notificações no seu celular.


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Editorial

O frágil sistema penitenciário brasileiro Articulações entre criminosos presos demonstram falhas graves nas “boazinhas” prisões brasileiras

Recentemente, a ONG AfroReggae sofreu ataques em suas instalações nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. No primeiro, um incêndio criminoso destruiu uma pousada da ONG. No segundo, as sedes localizadas na Vila Cruzeiro, no complexo do Alemão, foram alvos de tiros. A autoria era um mistério até pouco tempo atrás. Domingo, na verdade. Afinal, foi depois de uma reportagem especial do último Fantástico que sur-

giram as provas de que os autores dos ataques à ONG eram nada mais, nada menos do que Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho BeiraMar e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, ambos situados em prisões de segurança máxima. Os dois haviam conversado cara a cara no mês de maio e, em uma conversa gravada, comentaram de dar um “salve para o Juninho”. Juninho é, na verdade, José Junior, coordenador do AfroReggae. E o “salve”, na língua dos criminosos, seria

sinônimo de ataque, represália, de acordo com a Polícia. Contudo, o ponto principal que deve ser colocado em pauta não é a autoria dos crimes por parte dos dois, o que deve ser confirmado pelas provas existentes. O que deve ser analisado, sim, é a fragilidade que o sistema penal brasileiro apresenta. Afinal, deixar dois dos mais influentes criminosos brasileiros conversarem é no mínimo uma infantilidade por parte dos que autorizaram tamanha barbárie. E o problema fica

ainda maior quando se descobre que a própria justiça concedeu uma liminar, após Beira-Mar alegar estar “muito sozinho” na cela onde ficava separado dos outros presos. Uma demonstração de pena ou de facilitação para o exercício do crime organizado no Brasil? Afinal, qual o sentido em permitir que esses dois batessem um papo? Hoje, o sistema penitenciário brasileiro parece ter virado uma grande sala de reuniões do tráfico e do crime or-

Por Onde Anda?

ganizado no Brasil. Grandes traficantes e líderes de facções e afins são presos e condenados. Mas, mesmo assim, continuam suas atividades normalmente, de dentro da cadeia, devido à fraca fiscalização e o frágil sistema penal que o Brasil possui. O acontecido com a ONG AfroReggae é só um caso que veio a público, dos milhares que acontecem vindouros de ordens disseminadas nas prisões pelo Brasil. Criar um sistema mais rígido, que

André Rosas Me formei na Universidade Positivo no final de 2012 e jamais imaginei que minha vida iria virar de cabeça para baixo. Durante toda a faculdade sempre quis trabalhar com música e entretenimento. Mantive um portal de cultura e variedades durante quatro anos, trabalhei na assessoria do Festival Lupaluna e depois fui para uma

Pra onde vai o Uruguai? O projeto para le g a l i z aç ão d a ma c on ha no Ur u g u ai foi aprov ad o pela Câmara e agora, com grandes chances de também ser aceito, segue para o Senado. Com isso, o Estado, por meio de uma agência estatal que seria responsável por emitir licenças e comandar os elos da cadeia, assume o poder de produção, controle e a regulação das atividades de importação, armazenamento, come rc i a l i z aç ão e d ist r i -

Expediente

buiç ão d a c annabis e de r ivados. Para os i lud i d o s usu ár ios d as out ras p ar te s do mu nd o que, c om a le g a l i z aç ão, e sp e ram p o d er ir até o Ur ug u ai, usuf r uir d a pl ant a e aind a le vá-l a c omo le mbranç a p ara s eu p aís de or ige m, s i nto infor mar que est ã o e nganados, o c on sumo e dist r ibu i ç ã o s e rão c ont rol a d o s p ara maiore s de 1 8 anos e re si d ente s no Ur ug u ai, qu e s e r i am re g istrados como consumidores

puna e que eduque é uma saída lógica que parece não ser aceita por aqueles que têm poder para enrijecer as prisões brasileiras. Afinal, cadeia deveria ser algo que as pessoas tremessem ao lembrar. E não algo que facilitasse a articulação do tráfico. E da próxima vez que o Fernandinho Beira-Mar se sentir sozinho, seria uma boa dar um jogo, uma bola, mas, por favor, evitem disponibilizar uma conversa com outro chefe do crime organizado e afins. O Brasil agradece!

re c re at ivo s e p o d er i am c omprá -l a em f ar má c i as l i c enc i ad as . Mes mo c om a l eg a li z a ç ã o, o a c ess o à sub st ânc i a ter i a re st r i ç õ es . Aconteceria por meio do cultivo próprio para uso pessoal, com o limite de seis plantas e uma colheita máxima de 480 gramas por ano; pelo cultivo em clubes que exigiriam filiação de no mínimo 15 sócios e máximo de 45 e um número proporcional de plantas; e compra em farmácias. Além

grande empresa de telecomunicações. Depois de 8 meses, me desliguei da empresa e recebi uma proposta para trabalhar na Sony Music Brasil, no Rio de Janeiro. Hoje faço parte do time de Marketing Digital e cuido desde redes sociais até coberturas de eventos dos artistas da gravadora.

Laura Torres disso, o indivíduo só poderia comprar e ter em sua posse 40 gramas de maconha. Há quem acredite que a legalização seja um retrocesso no combate à dependência. Porém, se pensarmos no tempo que estamos na luta contra as drogas e os êxitos obtidos seguindo a linha da proibição, talvez a legalização da maconha não seja totalmente uma furada. Comparada com o cigarro e o álcool (drogas lícitas no Brasil, nas quais não

vejo nenhum benefício) a maconha traz benefícios medicinais, contra a desnutrição e anorexia, por exemplo, pois estimula o apetite. Entre os outros tipos de drogas pesadas, a maconha é a que menos oferece riscos aos usuários. O Uruguai é o primeiro país no mundo a fazer a experiência da legalização e, por isso, está no centro dos olhares do mundo inteiro. Se o projeto obtiver êxito, será lembrado e co-

Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Lucas Karas Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

piado. Do contrário, será um exemplo a não ser seguido por outros países. Ac r e d i t o q u e a l guém (ou uma nação) deveria dar o p r i m e i r o p a s s o, visto que a forma de l u t a c o n t r a a s d rogas não tem sido eficaz, porém, o rumo é incerto. O que espera o Uruguai? A glória do primeiro passo na direção certa para a luta contra o tráfico ou a perdição no mundo sombrio e triste das drogas?


Notícias do Dia

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Gripe tem menor número de casos em 2013, porém, mais mortes Alteração também aconteceu em relação ao comportamento do vírus da gripe Lucas de lavor

desse no tem muita semelhança com o vírus do ano passado. Como tem muita gente vacinada do vírus do ano passado, isso pode ajudar um pouco na prevenção”. O descuido é o principal fator que piora a situação dos pacientes, explica a médica Miriam Woiski, que também coordena o CIEVS-PR “Muitos pacientes procuram atendimento médico tardiamente e em situações já consideradas graves”. Já Drucoquet afirma que o fato de pessoas debilitadas serem em maior número, a mudança não se dá tanto no comportamento do vírus “Não é só mudança de comportamento de vírus, o vírus atinge pessoas debilitadas, que já possuem algum problema anterior”. No boletim, Miriam ressalta que nem todos os casos são registrados, já que são contabilizadas apenas as amostras analisadas pelo Laboratório Central do Estado.

DIVULGAÇÃO/SESA

De acordo com o boletim informativo da Secretaria da Saúde divulgado no último dia 12, foram registrados 1215 casos de gripe no Paraná, desde o início do ano. No mesmo período de 2012, foram 1687 casos. Apesar da diminuição, houve cinco mortes a mais neste ano: 52 em 2013 contra 47 em 2012. As mortes por gripes normalmente estão ligadas a doenças crônicas. A diferença de quase 500 infectados do ano passado para esse ano por se dá pela incidência que o vírus (h1n1) teve nesse ano, e pela presença de outro tipo de vírus, o influenza B, que teve, no ano passado, nove infectados. O relatório também aponta que o maior número de vítimas do vírus são mulheres, com 53% contra os restantes 47% dos homens. O professor na Universidade Positivo e Infectologista Marcelo Abreu Ducroquet justifica os números “O vírus

Prevenção Apesar dos diferentes tipos de vírus, as formas de prevenção são as mesmas (veja imagem de campanha da Secretaria de Saúde). Lavar bem as mãos está em primeiro lugar, evitar tocar olhos, narizes e bocas além de não compartilhar objetos de uso pessoal e manter os ambientes sempre arejados. Municípios Dentre os 135 municípios com registro de infectados por gripe, Curitiba foi a quem mais teve incidência de casos das Influenzas: 29 da A e 47 da B. O método de prevenção das duas é o mesmo e a diferença entre os vírus é somente na mutação dos genes. De crianças a idosos A meia-idade é a

mais afetada com o vírus, aponta o boletim. De 40 a 49 anos a incidência é maior da Influenza A, com

102 infectados. Já os jovens sofreram mais com a Influenza B: 128 jovens de 10 a 19 anos e 127 de 20

a 29 anos foram infectados.


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Saúde

Mais médicos nas ruas Com apenas 1.851 selecionados na 1ª e 2ª chamada, o Programa Mais Médicos falha ao tentar atrair os profissionais para o Sistema Único de Saúde larissa mayra de lima Larissa Mayra

Em Curitiba, a paralisação do dia 30 de julho reuniu mais de 600 médicos.

questionado pelas entidades médicas são os 10 vetos presidenciais à lei federal do At o Mé d i c o, q u e regulamenta a Me d i c i n a . Pa r a o presidente da Ass o c i a ç ã o Mé d i c a d o Pa r a n á , Jo ã o Carlos Gonçalves B a r a c h o, o s v e t o s também representam um desrespeito a todo o processo legislat i v o, p o i s o p r o j e to tramitou por 12 anos no Congress o Na c i o n a l a n t e s d e s e r a p r o v a d o. Baracho aponta que as medidas do governo federal i n t e r v ê m n a f o rmação e exercício profissional da medicina.

medicina, Pa o l a Martins Barcellos, de 19 anos, o governo está “p e g a n d o pesad o” c o m a c l a s s e médica. Além d i s s o, Pa o l a c o n sidera que a falta de infraestrutura é o que afasta os recém-formados das cidades do int e r i o r. “S e t i v e s s e infraestrutura, eu trabalhava no i n t e r i o r ”, d i z a acadêmica que cursa o 1º ano de medicina. Fa l t a n d o u m

ano para terminar o curso de medicina, Leandro Na d a l Z a r d o, d e 24 anos, pretende voltar para a sua cidade. Zardo dei x o u Po n t a G r o s s a para estudar na Po n t i f í c i a Un i v e rsidade Católica do Pa r a n á ( P U C P R ) . Sua escolha foi influenciada pela situação do mun i c í p i o. No m ê s d e m a r ç o, d o i s postos de saúde da cidade foram interditados pela Vi g i l â n c i a S a n i -

tária por falta de e s t r u t u r a . Me s m o com o objetivo de retornar ao inter i o r, Z a r d o n ã o apoia o Programa M a i s Mé d i c o s , p o r considerar a proposta autoritária. Infraestrutura Além da não a p r o v a ç ã o d a Me dida Provisória 621, que institui o Programa Mais Mé d i c o s , e p e l a retirada dos vetos impostos ao At o Mé d i c o, a

categoria solicita a melhoria na infraestrutura dos hospitais e postos de saúde do S i s t e m a Ún i c o d e S a ú d e . Po r i s s o, os médicos defendem o projeto Saúde + 10, que solicita a aplicaç ã o d e 1 0 % d o o rç a m e n t o d a Un i ã o na saúde. Outra sugestão propõe carreira de estado para os profissionais do SUS, através de concursos públicos. Larissa Mayra

Ap ó s a re a liza ç ã o de t rê s p ar a lis aç õ es e m mais de 15 ci d a de s do Par aná , o s mé dicos p a rana ens e s t amb ém f i zeram na s e mana p ass ad a. C om b arra c as mont ad as na B o c a Ma ldit a e no L argo d a Orde m, o i ntuito foi e s cl a re cer p ar a a p opul a ç ã o os mot ivos d a g re ve e re c olher assinatu ras cont r a o Prog rama Mais Mé di c os . A l ém diss o, houve t amb é m afe r iç ã o d a pre ss ão ar ter i a l p ar a as p e ss o as que s e inte ress a v am . O número baixo de selecionados nas 1ª e 2ª chamadas do Programa Mais Mé d i c o s a u m e n t a a possibilidade de importação de médicos estrangeiros sem a realização do Revalide (exame nacional de revalidação de diplomas e s t r a n g e i r o s ) . De acordo com o Governo Federal, os estrangeiros devem preencher os postos não ocupados pelos brasileiros. No d i a 0 9 d e a g o s t o, f o i divulgada uma lista com 715 médicos estrangeiros classificados para atuar no Brasil. Dos 715 escolhidos, 194 são brasileiros que estudaram fora do Brasil e 521 são estrangeiros. Par a o D outor Ne stor C ama cho C a liz ay a , graduado na Bolívia, não ter a revalidação pode ser uma escolha perigosa, pois a qualidade do profissional não é t e s t a d a . Ao s e mudar para o Brasil, Calizaya se preparou por um ano para realizar o Revalide. Como funcionário da Prefeitura de Curitiba há 22 anos, Calizaya diz que a importação não é a melhor alternativa para melhorar a saúde brasileira. Outro ponto

Ac a d ê m i c o s Nã o são apenas os médicos que decidiram ir para as ruas. Os estudantes que estão se preparando para atuar na área se preocupam com o futuro d a p r o f i s s ã o. C o m a possibilidade de estender o curso de graduação em medicina para oito anos descartada, os estudantes se preocupam com outros aspectos. Pa r a a estudante de

“Se tivesse infraestrutura, eu trabalhava no interior”, diz a estudante de medicina Paola Martins Barcellos.


Colunistas

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Gustavo Vaz Centro Cívico Ligeirinho da politicagem A Câmara de Vereadores desde junho conduz uma CPI, que tem como meta investigar supostas irregularidades na URBS e na gestão das empresas que detêm as concessões do transporte coletivo curitibano, tudo sob a presidência do interminável vereador Jorge Bernardi (PDT) – atualmente no seu sétimo mandato. As investigações, o leitor deve ter notado, começaram imediatamente após as manifestações que varreram o país, a “Revolta do Vinagre”. Os jovens saíram às ruas clamando pela anulação do aumento abusivo da passagem em São Paulo, os PMs reprimiram com violência

extrema o movimento (com televisionamento em rede nacional) e o resto é história. Apesar das reinvindicações etéreas que o movimento tomou, seu primeiro e primordial objetivo foi conquistado: a redução da passagem. Não era só por 20 centavos, mas principalmente. Aqui em Curitiba, lá em março, havia ocorrido toda a celeuma dos subsídios. Um cabo-de-guerra entre o governo municipal e estadual. Beto Richa, o comandante-em-chefe do PSDB paranaense e – por que não? – do estado havia recémperdido a prefeitura para uma chapa rival, encabeçada por seu

ex-partidário Gustavo Fruet. Richa aproveitou para fazer uma manobra politiqueira e Fruet não administrou muito bem o golpe. A passagem aumentou em 25 centavos e o pedetista nem deu sinal de cumprir sua promessa de campanha de “abrir a caixa-preta da URBS”. Foi necessário um levante de uma geração autodidata em protestos – já que nunca havia orquestrado um daquela magnitude – para Fruet, pressionado (inclusive por medidas do governo estadual) baixar a tarifa e tomar atitudes. A URBS nunca foi um órgão considerado transparente, e os aumentos anuais sempre

davam em alguma gritaria. Então, a Câmara de Vereadores resolve “botar a mão no vespeiro” e investigar toda a logística do transporte público. Jorge Bernardi, em recente entrevista para este colunista, ressaltou que “a CPI foi uma iniciativa de todos os vereadores” – leia-se: “decidimos nos mexer depois de o povo ter ido às ruas”. Desde então, lucros abusivos e sonegação fiscal foram descobertos, por parte das empresas gestoras. Há suspeitas de formação de cartel nas licitações de 2010, que monopolizaram de vez o controle das viações. Todas estas acusações remetendo à gestão Richa/Duc-

ci (note-se também que Jorge Bernardi é do mesmo partido de Fruet). Por outro lado, vereadores da oposição apontam o dedo para Fruet em relação à falha grotesca na redação da lei que proíbe a função dupla dos motoristas em Curitiba (reportada na última edição do LONA). Função instituída na gestão anterior da prefeitura. Some-se a toda esta balbúrdia o fato de que os empresários do transporte frequentemente investem nas candidaturas das eleições. Resumo da ópera: o transporte coletivo curitibano vai dar muita munição para as campanhas eleitorais, e já no pleito de 2014,

que reunirá Beto Richa, contra o grupo político no qual Gustavo Fruet está inserido, com a figura central de Gleisi Hoffmann. Até lá, a passagem está em R$2,70, ou seja, o aumento de março não foi revogado totalmente. Nós, usuários do transporte, veremos se a CPI dará resultado, se a URBS será reformulada, se a passagem ficará justa, evitando lucros absurdos; ou se tudo isso é apenas batalha eleitoral e politiqueira. Caso seja a última opção, junho está de exemplo para mostrar que ir às ruas funciona, mas com ordem e metas fixas – por favor.

meira. Além da mágica de acender (e de prevenir que sua mãe surte porque você não atendeu o telefone), o EMBRACE+ é totalmente feito de silicone, que é uma alternativa aos plásticos que podem vazar produtos químicos e, à borracha, à qual algumas pessoas podem ser alérgicas. Ah! Ele também é à prova d’água, o que te ajuda a ficar ainda mais perto das redes sociais ou mensagens, sendo que não vai ser possível tomar banho em paz com a sua pulseira piscando. E graças à nossa segregação moderna e tecnológica, na qual eu

estou incluída, o EMBRACE+ só funciona para iPhone (sistema iOS) e celulares Android. Se você possui esses sistemas operacionais, você pode comprar seu EMBRACE+ pela bagatela de US$100,00 na pré-venda. Mas, se você quiser mais um alarme/timer/relógio visível, uma cor fixa na sua pulseira ou que ele tenha uma recarga magnética em vez de usar o USB, você vai ter que desembolsar de US$120,00 a US$210,00. Uma coisa me incomoda, porém: o EMBRACE+ parece aquelas pulseiras de neon que distribuem em festas de 15 anos e em raves.

Luiza Romagnoli 8bits Pisca, pisca, pulseirinha Século XXI. Ninguém mais vive sem smartphones. Eles afetam cada detalhe de nossas vidas pessoais e profissionais, e nós o usamos para organizar, planejar e interagir com outras pessoas. Contudo, nossas vidas ocupadas nos obrigam a nos concentrar no trabalho, atividades e obrigações. E mesmo assim, não queremos perder ligações, mensagens de textos, ou atualizações do Facebook. Isso nos torna inquietos e perdemos a concentração em quase tudo, enquanto nós continuamos verificando nossos telefones. Foi com essa ideia em mente que Paul

Hornikx e Rudi Beijneno, ambos apaixonados por tecnologia, criaram o EMBRACE+, uma pulseira inteligente que o alerta quando há uma notificação no seu smartphone. Através de uma conexão via app com o seu celular, o EMBRACE+ te avisa com uma luz e uma vibração quando houver uma notificação no seu celular – desde o aviso de que sua bateria está acabando, até notificações do Facebook - enquanto seu smartphone permanece em seu bolso ou bolsa. Então, no celular você escolhe a cor e o tipo de vibração que você quer para a notificação de SMS, por exemplo, e quando houver, a sua

pulseira vai piscar e vibrar. É uma boa ideia. Útil até, ouso dizer. Um dos motivos é que você não fica com o celular na mão 27 horas por dia (como foi dito anteriormente). Então é possível se concentrar em coisas importantes, como estudar, trabalhar ou dormir. Entretanto, quando o seu EMBRACE+ piscar, alguma coisa no seu subconsciente vai estar dizendo “pegue o seu celular e veja essa notificação”. Então, você vai acabar visualizando a notificação e sua concentração foi embora. Há outros dois motivos (felizmente, que não se contra-

dizem), que fazem o EMBRACE+ ser útil. Primeiro, por segurança. Porque você pode estar em algum lugar público suspeito, como o ônibus, e não querer ver aquela mensagem de texto naquele exato momento, porque pode ser perigoso, mas sabe que ela está lá, esperando por você. E segundo, quando você está num lugar muito barulhento, como baladas ou na rua mesmo, e não escuta a sua mãe ligando 15 vezes querendo saber onde você está e se pode passar comprar pão, o EMBRACE+ te avisa que ela está desesperada tentando falar com você, então você atende de pri-


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NOTÍCI ANTIGA O dia 13 de agosto de 1942 foi marcado pela estreia do filme de animação Bambi, da Disney, em Nova York, durante a Segunda Guerra Mundial. Bambi é o quinto-longa metragem animado dos estúdios Disney e conta a história da infância de um pequeno

veado que perdeu a mãe. O primeiro lançamento em vídeo, em VHS, foi realizado nos anos 80, sendo o primeiro DVD lançado em 2005, em uma Edição Platinum. Uma edição combo Blu-Ray/DVD, intitulada Edição Diamante foi lançada em 2011, e continha

cenas deletadas. Bambi foi nomeado para três Oscars nos anos de 1943 e 1947.

O que fazer em Curitiba? Teatro Paiol Dia 13 de agosto, no Teatro do Paiol (Praça Guido Viaro, s/nº - Prado Velho), tem 2º Curitiba Acordeom Festival, com os instrumentistas Bruno Moritz, Marcelo Cigano, Orimar Hess Jr., André Ribas e Leandro Panneitz. Ingressos: R$15,00 e R$7,50 (meia-entrada). Informações: (41) 3322-5462. Museu Paranaense Até dia 15 de novembro, no Museu Paranaense (Rua Kellers, 289 - São Francisco) fica a exposição “Negros no Paraná: passado e presente”. Informações: (41) 3304 3300 e www.cultura.pr.gov.br


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