Notícia Antiga No dia 4 de setembro de 1969, o MR-8 sequestrou o embaixador americano Charles Burke Elbrick. O evento foi relatado por Fernando Gabeira.
Edição 821
Curitiba, 04 de setembro de 2013
lona.redeteia.com
Fruet confirma irregularidades na licitação dos ônibus
Everson Bressan/SMCS
Em reunião na prefeitura que anunciou um pacto de sete ações para a mobilidade urbana, Fruet disse estar ciente das irregularides e encaminhará o relatório para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas. O relatório diz ter favorecimento para benefício de empresas de ônibus.
Divulgação Motter Home Curitiba Hostel
Viagem barata Os chamados hostels se tornaram opção para jovens de todo o mundo que tinham vontade de viajar, mas não tinham muito dinheiro. Com acomodações coletivas, ambientes jovens e trocas de experiências, os hostels de tornaram um grande negócio em todo o mundo. Página 4
Opinião Editorial
Estudantes
Por onde anda?
“Cerca de 20 estudantes da disciplina de administração em jornalismo da PUC-RS passaram por uma experiência traumática dentro da sala de aula.”
“Seria interessante que com tanta coisa acontecendo [...] nós estudantes pudéssemos trabalhar e tivéssemos respeito como todos os demais profissionais.”
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluna Evelyn Bueno.
Colunistas
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Política
Samba
“Governo atual de Beto Richa fechou metas para os quatro anos de gestão em contrato. Várias dessas metas ainda não foram sequer abordadas”, Gustavo Vaz
“Desde
o primeiro momento em que comecei a me interessar e a estudar música, em especial percussão, procurei tomar como influências alguns cantores [...]” Halanna Aguiar.
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Violência em qualquer lugar Nesta segunda-feira, cerca de 20 estudantes da disciplina de administração em jornalismo da PUC-RS passaram por uma experiência traumática dentro da sala de aula. Um sujeito armado se passou por um estudante, invadiu umaa sala e fez com que os alunos presentes depositassem dinheiro e pertences de valor dentro de uma mochila.
Mas o que torna essa experiência tão assutadora é observar a violência chegando as pessoas em lugares que antes pareciam intocáveis. Se nem em uma sala de aula de uma universidade cara e prestigiada é possível escapar da brutalidade da vida urbana, como alguém pode se sentir seguro nas ruas? Ou, até mesmo, dentro de casa?
Depois de concluir a graduação no final de 2012, já comecei a procurar um emprego. Estava muito ansiosa em poder me candidatar a vagas que não tivessem “estágio” no título. Enquanto isso eu me dei ao luxo de ir dormir as quatro e acordar meio dia. Lia um livro a cada três dias, assistia
Expediente
treze séries ao mesmo tempo e me aventurava fazendo várias receitas na cozinha. Procurava emprego na internet logo que acordava e o resto do dia só alegria. Pijama era uniforme, eu nem saía de casa. Eis que em maio um amigo (William Bressan, um beijo) me indicou para uma vaga
na empresa F-bits, especializada em e-commerce. Vou completar quatro meses de casa, estou muito feliz! Trabalho como social media e sou responsável por duas contas (e-lens e Allbags) ou seja, fico conectada o dia inteiro! Amo o que faço, me divirto muito e aprendi centenas de coisas
novas. Se quiserem me encontrar, Facebook minha gente! É lá que sempre estou. Sinto muitas saudades da UP, aproveitem cada segundo.
Bruna Bozza
Status: “Estudante” Quantas dificuldades enfrentaram naqueles quatro anos de curso. Parece-me que ao pegar o tão sonhado “canudo”, muitos esquecem o que viveram. O que chega a ser até engraçado, afinal, há alguns ou muitos anos atrás os mesmos passavam pelas mesmas dificuldades que nós estudantes passamos para conseguir uma informação. Faça um telefonema, mande um email e nele diga: “eu sou estudante de
Além do fator da pobreza, que, como dizem, leva as as pessoas a apelar para medidas extremas, a falta de punição e de patrulhamento de forma geral oferece poucas razões para que os meliantes pensem duas vezes antes de cometer o crime. Infelizmente, a consciência não pesa nesses casos.
Evelyn Bueno
Por Onde Anda?
Perdi as contas de quantos e-mails, telefonemas e mensagens foram simplesmente ignorados nesses dois anos em que estou cursando jornalismo. Parece que os profissionais das mais diversas áreas, mas aqui me refiro claro, mais especificamente a minha área, tiveram um lapso gravíssimo de memória e apagaram de suas vidas a fase acadêmica. Onde estudaram como era ser aluno, fazer matérias, trabalhos e entrevistas.
Há quem possa dizer que o incidente só foi possível por causa da falta de segurança e fiscalização da própria universidade. Ainda que essa não seja uma afirmação falsa, o problema vai muito além disso. Incidentes como esse só são possíveis, pois as cidades brasileiras são ambientes muito confortáveis para que esse tipo de crime seja praticado.
jornalismo”, pronto, era a deixa que a grande maioria queria para simplesmente ignorar o que você está dizendo. Ás vezes chego a pensar em uma “vingança”, agora que me formei tratarei os estudantes como me tratavam, assim eles vão ver... há há há, sabe? Seria interessante pensar sobre o assunto e relembrar o que muitos jogaram em algum lugar da memória e trancaram a sete chaves,
acompanhado de um diploma que deve estar na gaveta ou pendurado na parede. Se nós estamos no lugar em que um dia você esteve, é porque queremos seguir a sua profissão e você “formado” deveria estar feliz por isso. Não existe coisa mais frustrante para um estudante (sim nós somos isso, estudantes, como você foi e como muitos que ainda serão) que lidar com o descaso ou a falta de interesse de
quem está do outro lado. Entendam, às vezes um não cordial em um e-mail evita a perda de um tempo (que no nosso caso muitas vezes é curto, assim como o de vocês) que poderia ser destinado a outra pauta, já que aquela não pode ser feita. Chega a ser absurdo pensar que porque somos estudantes a nossa matéria não tem tanta importância quanto às demais. Pois saibam vocês profissionais... Que
Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Da Redação Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira
sai muita coisa boa do meio acadêmico. Textos, opiniões matérias e essas são muitas vezes melhores do que as produzidas nos grandes meios de comunicação. Seria interessante que com tanta coisa acontecendo e em um meio que teoricamente deveria ser livre de pré-conceitos, nós estudantes pudéssemos trabalhar e tivéssemos respeito como todos os demais profissionais.
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Fruet anuncia pacote com sete ações para melhoria do trânsito O prefeito fez o anúncio e na mesma tarde, Fruet se pronunciou e confirmou os indícios de irregularidade no licenciamento dos ônibus Lucas de Lavor terminais de ônibus. “Temos certeza de que mais pessoas usando bibletas teremos um trânsito mais rápido”. Outra ação apresentada durante a reunião e explicada pela Secretária Municipal de Trânsito Luiza Simonelli é a descentralização dos serviços oferecidos pela Setran, facilitando cadastramentos e protocolos que poderão ser feitos em uma das nove regionais espalhadas pela cidade, evitando grande deslocamento do cidadão.
Everson Bressan/SMCS
Com uma parceria da Prefeitura Municipal de Curitiba, Secretaria de Trânsito (Setran) e Câmara Municipal de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT) anunciou um pacote de ações com sete propostas que tem como objetivo facilitar a mobilidade urbana de Curitiba. Uma das propostas é a venda de Estar em casas lotéricas da Caixa econômica Federal, medida que deve começar a vigorar até o final do ano. Fruet explicou que não há uma data definida para começar a funcionar efetivamente as medidas do pacto e define como uma “ação permanente”. A implantação de bicicletários também é uma proposta para desafogar o trânsito e melhorar o trânsito. O vereador Bruno Pessutti (PSC), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, anunciou que está se discutindo um projeto que pretende colocar bicicletários em pontos e em
Irregularidade confirmada pelo prefeito O prefeito Gustavo Fruet confirmou na tarde de ontem (3), irregularidades apontadas pela Comissão de Auditoria da Urbanização de Curitiba no processo licicenciatório do transporte público de 2010. Os relatórios foram encaminhados até o Ministério Público do Paraná e ao Tribunal de Conta e acusam que empresas podem
Presidente da URBS, Roberto Gregório e o prefeito Gustavo Fruet
ter sido beneficiadas com o processo de licitação. Fruet disse que é preciso dar tempo para respostas e prefere não se pronunciar muito sobre o caso, deixando aberto a questão de cancelamento das concessões atuais dos ônibus.O primeiro indício de
irregularidade na licitação foi constatada pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Urbs, que investiga possíveis irregularidades dentro da empresa. As primeiras reclamações desse ano foram feitas pelo vereador Pastor Valdemir
(PRB) quando disse durante uma sessão plenária que não obtia respostas da empresa quanto a planilhas orçamentárias e custos em geral. A empresa, em resposta na própria CPI, nega que tenha omitido qualquer tipo de informação e que tudo é um
processo burocrático e demora, além de não ter recebido nenhum pedido formal.
Vídeo mostra riquezas culturais da Lapa Inspirados no estilo do Playin for change, uma equipe de lapeanos reúnem músicos da cidade tocando a mesma música Júlio Rocha
Em 2009, uma versão da música Stand by me, de Ben E. King, cantada por músicos de todo mundo e compilada em só vídeo fez sucesso no Youtube. Esse foi o primeiro hit do projeto Playing for change, que hoje já tem 11 vídeos circulando na internet. Baseando-se nesse formato, uma equipe de lapeanos teve a ideia de produzir um vídeo em estilo semelhante mostrando as riquezas culturais da Lapa. Segundo Alex Cal-
derari, um dos idealizadores do projeto e dos responsáveis pela edição do vídeo, a ideia veio do francês erradicado na Lapa Auguste Lepoutre. “Conversando comigo me perguntou se eu conhecia o vídeo Playing for Change”, conta Calderari. Quando ouviu a resposta positiva, Lepoutre logo perguntou quando alguém faria o Playing for Lapa. Lançada a ideia, os irmãos Alex e Caio Calderari (da banda Radioplay) agar-
raram o projeto e planejaram sua execução. A escolha da música, das locações e dos convidados não foi difícil para os irmãos. “Nós conhecemos uma porção de músicos, pois no criamos por lá”, conta Calderari. Já a escolha da música Corajosa Natureza foi por causa do CD homônimo da banda lapeana Gatos no Telhado, que no ano 2000 venceu a etapa regional do festival Sprite Sounds, patrocinado pela Coca-Cola, ficando
entre as oito melhores bandas do país. As gravações do vídeo foram realizadas nos fins de semana no mês de junho, aproveitando a época do Corpus Christi, que é t radiciona lmente comemorado na cidade com a confecção de tapetes. Segundo Alex Calderari, a equipe escolheu as locações que mais destacavam as belezas da cidade e distribuiu os 29 músicos por ela, incluindo Claudio Fokin (com-
positor da letra de Corajosa Natureza). E, de acordo com Alex, os músicos não combinaram o arranjo. “Tínhamos apenas uma guitarra base e uma voz guia, ou seja, os músicos foram criando tudo na hora”. O lançamento do vídeo foi no último sábado na Panificadora Zeni e contou com a presença de vários lapeanos, inclusive a prefeita Leila Klenk. Para Calderari o evento foi um sucesso e emocionou os presentes. Depois do
lançamento oficial, o Playing for Lapa foi disponibilizado no youtube e conseguiu mais de 2500 visualizações em 24 horas.
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Geral
Holstels são opção para quem quer se hospedar pagando pouco Jovens de todo o mundo adotaram esse tipo de acomodação coletiva como forma de conhecer novas pessoas e novos lugares sem se preocupar com o bolso Maiara Yabusaki
Viajar todo mundo quer, dinheiro pra isso nem todo mundo tem. Foi com base nessa lógica que nasceu na Europa um tipo diferente de alojamento para viajantes, os hostels. É muito comum no velho continente os jovens, logo após saírem da escola, e antes de ingressar na faculdade, tirarem um gap year, que nada mais é do que um ano viajando com amigos, com pouco dinheiro e apenas uma mochila nas costas. Os hostels são quartos simples, c o mp a r t i l h a d o s pelos hóspedes por preços convidativos que atraíram esse tipo de público. Hoje, os hostels se espalharam por todo o mundo com a mesma intenção: abrigar mochileiros de passagem nas cidades. A prática se tornou comum no exterior e ganhou adeptos brasileiros que resolveram trazer a moda para cá. Aline Motter passou dois anos na Europa cursando seu mestrado e foi por lá que conheceu esse tipo de acomodação. “Aprendi que, lá, se hospedar nesse tipo de lugar é muito comum, então por que seria diferente aqui?”, disse. Logo que voltou, Aline resolveu
abrir seu próprio negócio, o Motter Home Curitiba Hostel, no bairro Mercês, que é um dos mais bem classificados hostels de Curitiba, segundo o site Hostel World, que oferece para viajantes de todo o mundo preços de acomodações em todos os continentes. Outra vantagem desse tipo de hospedagem é a possibilidade de conhecer novas pessoas e fazer novas amizades. Com ambientes descontraídos e pessoas da mesma faixa etária dividindo espaços e todos viajando, muitas vezes sem
destino, a troca de experiências acaba virando amizades verdadeiras. A estudante de Relações Internacionais Ana Cláudia Oliveira é a prova
viva disso. Ela já viajou para o exterior e se hospedou em vários hostels por onde passou, e mantém amizades com
hecida com muita vontade de conhecer tudo”, afirma. Segundo Aline, o público que visita Curitiba é bem diversi-
pedes e ao ambiente jovem, leve e descontraído, além de buscar sempre juntar nos quartos pessoas que se conhecem ou do
máximo.”. Os hostels são uma ótima opção pra quem quer viajar, conhecer pessoas e ter um teto para dormir por um preço
algumas pessoas que conheceu até hoje. “Você acaba conhecendo pessoas de todo o mundo e que estão na mesma situação que você, numa cidade descon-
ficado, a cidade atrai pessoas do Brasil inteiro e até viajantes americanos e europeus passam por aqui. Ela prima pelo bom atendimento aos hós-
mesmo gênero. “Quem está viajando não quer saber de problemas, então nós buscamos acomodar todos da melhor maneira possível, a fim de agradar ao
acessível, sem esquecer que os banheiros também são coletivos, vale a pena e x p e r i m e n t a r. Os preços variam de R$38,00 a R$75,00.
Colunistas
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Gustavo Vaz Centro Cívico Passando longe das metas A edição da Gazeta do Povo do último domingo trouxe um dado que não deve ser novidade para a maioria das pessoas, sem necessariamente acompanharem bem a política paranaense. O governo de Beto Richa cumpriu apenas 54% das metas que estipulou em contrato, no começo da gestão. Considerando que já se passaram pouco mais de dois anos e meio de administração de Richa, ou seja, algo em torno de 65% dos quatro anos protocolares. Esta não aparenta ser uma boa proporção. Tais números só comprovam a im-
pressão que se tem de que Richa administra o estado, com muito menos sucesso do que os seis anos em Curitiba. Além de dar munição extra aos seus já famintos rivais, como a ascendente Gleisi e o falastrão Requião. Um possível não cumprimento das metas previstas trará a pecha de “quebrador de contratos” para o tucano, o que aí representaria a farra de seus possíveis rivais na eleição do ano que vem. Como tem sido moda nos últimos tempos, Richa assinou um plano de metas com seus secretários, registrado em cartório – para
deixar tudo o mais chique e sério possível. Dentre as metas não cumpridas estão: a implantação de programas na saúde, capacitação de policiais civis e a disponibilização de cursos de pós-graduação para servidores públicos. Nessas metas citadas, o governo Richa sequer obteve um mísero resultado, ou seja, não fez nada do que se prometeu. A Gazeta apresenta estes campos, mas não é difícil imaginar que existam outras metas esquecidas e fracassadas. Nem mesmo no campo do transporte e vias públicas, Richa consegue re-
sultados satisfatórios. Bem diferente das obras que brotavam em cada canto de Curitiba, quando o tucano era prefeito da capital – a maioria delas destinada apenas ao tráfego de carros, diga-se de passagem. Como já citado, a administração atual simplesmente não conseguiu capacitar policiais civis em chamados “cursos especiais”. Nada que surpreenda, vindo de um governador que chegou a dizer que “uma pessoa com curso superior é insubordinada” (quando falava sobre a capacitação de policiais). Aliás, a
coleção de pataquadas e perdas de oportunidade de melhor o sistema policial e penal paranaense são enormes na gestão atual. Vários escândalos foram registrados nos últimos dois anos e meio. O mais recente – e talvez, o pior – deles foi o caso Tayná e a péssima condução da investigação, com direito a métodos medievais. Algo que poderia ser evitado caso houvesse uma preocupação em realmente capacitar que trabalha na pressão da vida policial. Por outro lado, também houve avanços. A Procuradoria Geral do Estado ampliou o
seu leque de núcleos jurídicos no estado. Os recursos hídricos foram mais distribuídos (que o previsto, inclusive). Contudo, não são acertos suficientes para ocultar as omissões no plano de governo original. A população já percebeu isso, como já falado. O nome de Beto Richa já não é intocável como entre 2004-2010. É bom o governador e sua cúpula avaliarem este fato, pois desta maneira, apenas o carisma e a sabedoria política que Beto Richa detém não serão suficiente quando as urnas vierem no ano que vem.
Halanna Aguiar Samba, choro e afins Para sempre Candeia Desde o primeiro momento em que comecei a me interessar e a estudar música, em especial percussão, procurei tomar como influências alguns cantores, percussionistas, compositores, musicistas em geral, que pudessem contribuir para o meu aprofundamento no assunto. Sempre escutei samba de raiz devido às influências que meu pai tomava para si e ensinava para mim e, dentre tantos artistas do qual ele escutava, lembro-me vagamente de um nome que me chamava a atenção, o grande Candeia. Mas é vagamente mesmo, não consigo me lembrar de muitas músicas que meu pai costuma escutar, mas hoje quando estou junto dele cantando e tocando,
inevitavelmente mandamos uma do mestre Candeia, então meu pai sempre diz: “Essa eu cantava para você, lembra?”. Ah, como eu gostaria de lembrar detalhadamente desses momentos. Meu maior prazer hoje dentro de uma roda de samba, além de tocar o meu pandeiro, é poder relembrar alguma música do Candeia. Não consigo enxergar dentro da história do samba alguém tão grandioso quanto ele, não existe e jamais existirá, Candeia é único. Em 1953 compôs seu primeiro samba-enredo “Seis Datas Magnas”, junto com Altair Prego, que levou a escola de samba Portela ao título do carnaval, obtendo nota máxima em todos os quesitos do
desfile, e foi a partir daí que Candeia começou a trilhar o seu caminho dentro da história do samba. Ele sempre foi um dos maiores defensores da cultura afro-brasileira, que eram muito presentes em suas composições, até que fundou o Grêmio Recreativo de Arte Negra e a Escola de Samba Quilombo, que lutava pelos diretos e pela valorização da cultura negra no país. O mestre também carregava em suas composições uma confabulação com o pressentimento da morte e com a deficiência. Candeia levou um tiro na espinha que paralisou suas pernas para sempre, após uma troca de tiros num acidente de trânsito. Sendo assim, quando se viu
preso em uma cadeira de rodas, ele se dedicou à música inteiramente, mesmo com grande lamento pelo fato ocorrido, o mestre seguiu
Candeia gravou Testamento de Partideiro que foi considerado um dos seus melhores sambas e gravou o disco Axé, considerado o
em frente. Grande partideiro e improvisador,
melhor disco de todos os tempos.
Atualmente nas rodas de samba que costumo frequentar, não podemos deixar de lembrar do mito do partido alto e do samba brasileiro, não existe roda de samba sem música do Candeia. Levo como teoria para toda morte desses grandes artistas: “O corpo a morte leva. A voz some na brisa. A dor sobe para as trevas. O nome a obra imortaliza.” E como já dizia Luiz Carlos da Vila em homenagem ao mestre: “A chama jamais se apagou Nem se apagará És luz de eterno fulgor Candeia O tempo que o samba viver O sonho não vai acabar E ninguém irá esquecer Candeia”
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NOTÍCI ANTIGA O Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8) foi uma organização brasileira que promoveu o combate armado contra a ditadura militar, tendo como objetivo a instação de um Estado socialista no
Brasil. Em setembro de 1969 com a ajuda da Aliança Libertadora Nacional, elaboraram o sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrik. O sequestro, que teve a p ar t i c ip a ç ã o
de Fernando Gabeira, resultou na vitória do movimento revolucionário que conseguiu negociar a liberdade de Charles Burke em troca de 15 prisioneiros políticos.
O que fazer em Curitiba? Exposição “Consiente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Museu de Arte Contemporânea Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contemporânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e axposição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kaminishi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337. Teatro Novelas Curitibanas De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Novelas Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psicodélico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.