Lona 823 - 06/09/2013

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Notícia Antiga No dia 06 de setembro de 1997, aconteceu o funeral de Diana, Princesa de Gales. Assistido por 2,5 bilhões de pessoas pela televisão.

Edição 823

Curitiba, 06 de setembro de 2013

lona.redeteia.com

3° Quilt Craft Show é Destaque da Expo Unimed O evento que reúne cursos, workshops, exposições de artistas nacionais e internacionais, obras com temas voltados para o folclore brasileiro e também uma feira de artesanato. A feira e os cursos estão disponíveis para o público até o dia sete de setembro. O ingresso para o evento custa R$ 10 com possibilidade de meia-entrada. Página 3 A Equoterapia utiliza cavalos no tratamento de diversas dificuldades motoras, físicas, psíquicas e intelectuais e já possui um grande histórico de sucesso nas superações dos praticantes, como é o caso de Iuri de Paiva Mota, que hoje vive normalment graças ao apoio familiar e as terapias realizadas em sua vida, principalmente a Equoterapia. Página 4

Opinião Editorial

Violência

Por onde anda?

“A relação já não se sustenta, mas muitas delas morreram ou vivem hoje com sequelas porque praticaram seu livre arbítrio e deram fim ao casamento”

“O que se passa no cotidiano do casal fica apenas entre o casal, mesmo que o nível das brigas vá além de xingamentos e choradeiras”, Marina Geronazzo.

O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Giulia Lacerda.

Colunistas

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Séries

Moda

Na Sexta fora de série de hoje, a colunista Júlia Trindade fala sobre a série americana Community, reconhecida por usar a metaliguagem em seus episódios.

Muita gente acredita que a moda para homens é cara e precária. Alguns ainda enxergam isso como um tabu. A colunista Elana Borri desmistifica esse assunto na coluna Moda por Ai.


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Mais do mesmo O receio de que algum assunto caia no lugar comum justamente pela insistência em abordá-lo sempre existe, no entanto, não é possível ignorar mais um caso bárbaro de violência contra a mulher que aconteceu em Goiânia, no último dia 29. A operadora de caixa Mara Rúbia Guimarães teve os olhos perfurados com uma faca de cozinha, além de ter sido espancada e torturada. Ela perdeu totalmente a visão no olho esquerdo e depende de uma cirurgia para conseguir recuperar 25% da visão no outro olho.

Segundo a vítima, ela já havia prestado queixas quatro vezes na Delegacia da Mulher. Em todas elas, encontrou barreiras, descaso e falta de atitude concreta. A história de Mara Rúbia é mais uma entre tantas, mas não menos singular e aterrorizante. O Lona fez, na semana passada, uma série de reportagens sobre a violência contra a mulher. O fato motivador foi a divulgação do relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher, divulgado no último dia 27. Entre várias

informações sobre o tema, o relatório trazia o vergonhoso 3º lugar do Paraná no ranking dos estados mais violentos contra a mulher. Ao apurar a matéria, o repórter Lucas de Lavor esteve em uma Delegacia da Mulher. Viu o tratamento dado às mulheres, a espera e a vergonha de precisar se submeter a esse tipo de atendimento. E o que presenciou faz parte de dois elementos bastante comuns nessas trágicas histórias. O primeiro elemento é o descaso nas delegacias. De modo geral, as

Abri uma empresa, como microempreendedora individual. O nome é Curta Produções. Ofereço serviços de produção de conteúdo, roteiros para vídeos institucionais e sou redatora do portal Guia da Semana de Curitiba.

As consequências da violência

Expediente

chista e repugnante do homem que não aceita um não. É inacreditável a repetição dessa “justificativa”. A mulher não tem vontade própria em todas essas histórias. A relação já não se sustenta, mas muitas delas morreram ou vivem hoje com sequelas porque praticaram seu livre arbítrio e deram fim ao casamento, namoro, noivado. É inaceitável que o homem ainda tenha essa postura do macho que não pode ser contrariado. É repugnante e intolerável. As histórias de violência contra a mulher são

numerosas e assustadoras. Mas pior que isso é a propaganda que se faz em torno da Lei Maria da Penha ou da criação de delegacias especializadas da mulher, como se vivenciássemos avanços no atendimento e proteção às mulheres que são diariamente agredidas, humilhadas e mortas. Não há avanços. Enquanto o atendimento nas delegacias continuar precário, enquanto não houver efetiva fiscalização de denúncias e verdadeira atenção às mulheres que procuram ajuda, nada vai mudar.

Giulia Lacerda

Por Onde Anda?

Na última segundafeira (02), foi divulgado na mídia um caso absurdo de violência contra a mulher em Goiânia. Uma vítima de 27 anos, operadora de caixa, foi torturada e teve os olhos perfurados, pelo próprio ex-marido, com o qual foi casada por seis anos. O agressor ainda não foi localizado desde o acontecido. Além de ser um fato de extrema crueldade, a polêmica não para por aí,

vítimas são questionadas e, não raro, transformadas em pivôs da violência. Além disso, muitas são dissuadidas da ideia de manter a queixa, com argumentos como “o agressor pode ficar mais violento” ou “você terá consequências ao manter a queixa até o fim”. Mara Rúbia, que vai “viver na escuridão”, como ela mesma disse, também ouviu que “as coisas não são assim, não é só chegar e falar”. Mas as coisas foram assim – o ex-marido chegou e a cegou. Outro elemento comum é o traço ma-

a vítima afirmou que buscou ajuda da polícia cerca de quatro vezes para denunciar o agressor. Nada foi feito a respeito. Apesar de realizar o regristro da ocorrência, o medo teria impedido que pedisse proteção. Estamos em pleno século XI e ainda nos deparamos com situações de agressão dignas de tempos medievais. Uma coisa podemos ter certeza, as delegacias da mulher ainda não

Faço conteúdo de sites, crio página do Facebook para pequenas empresas. Além disso, meu principal trabalho hoje é cuidar principalmente do Guia da Semana; faço textos de cultura, roteiro do que fazer em Curitiba e no Estado e atualiza-

ção a agenda. Sou a única redatora do Paraná atualmente. Escrevi um livro durante a faculdade, Famintas, e consegui vender muitos exemplares. Não publiquei o livro, imprimi por conta própria. Uma das participantes do livro trabalha

com a Editora Moderna em escolas do Paraná e está tentando incluir o livro como leitura obrigatória para os professores. Se acontecer, farei palestras também sobre o assunto, mas ainda é um projeto, espero que dê certo!

Marina Geronazzo atendem às necessidades e à maioria das denúncias de forma correta ou no mínimo compreensível. Não são poucos os casos de mulheres que chegam às delagacias para realizar algum tipo de denúncia, e são destratadas, além de não serem levadas a sério. A violência contra as mulheres não pode ser perdoada, seja ela verbal ou física. Acontece que vivemos em uma sociedade regida

pela política de não meter a colher. O que se passa no cotidiano do casal fica apenas entre o casal, mesmo que o nível das brigas vá além de xingamentos e choradeiras, chegando ao ponto dramático em que um marido enfurecido fura os olhos da mulher. Enquanto agressões, mesmo as menores, forem consideradas normais, é impossível evitar que casos como esse aconteçam com

Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Da Redação Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

frequência. Atitudes violentas são fruto da uma aceitação generalizada.


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“Estrutura jurídica é o maior problema que a gente tem” Jurista Paulo Coen fala sobre redução da maioridade penal e duvida que punição penal traga mudanças

Em 1940, a maioridade penal no Brasil foi reduzida de 21 para 18 anos. A mudança foi estabelecida na Legislação Brasileira antes da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que permitiu que os jovens infratores fossem reinseridos na sociedade. A partir do envolvimento de menores em crimes bárbaros assim como o da dentista Cinthya Moutinho assassinada em São Paulo no mês de julho por um menor, que assumiu ter ateado fogo na vítima, o assunto da redução da maioridade penal volta a ser discutido. O jurista Paulo Coen, Mestre em Direitos Fundamentais e Democracia, falou sobre o tema com o Lona: O que é a maioridade penal? A maioridade penal é uma idade, baseada em um critério ideológico, a partir da

qual se entende que a pessoa tem maturidade física e mental o suficiente para responder criminalmente pelos seus atos. No Brasil, a idade escolhida há muito tempo é a de 18 anos e, em cada país, temos uma idade diferente. O senhor acha que o Brasil tem estrutura física e psicológica pra reduzir a maioridade penal? Eu entendo que estrutura psicológica não se refere ao país, o ser humano é igual no mundo todo, agora eu acho que a estrutura jurídica é o maior problema que a gente tem, porque em algumas regiões e cidades os menores acabam tendo necessidade ou, talvez por outro motivo, contato com certas situações que acabam produzindo o amadurecimento precoce. Por isso acabam se envolvendo em situações que normalmente não

aconteceriam, mas isso é um problema social, o que não faz com que isso seja motivo pra você aplicar uma punição criminal. O que eu quero dizer é que, lógico, existem todos os dias e a gente vê na imprensa casos de crimes muito graves praticado por menores, mas isso é uma coisa pontual dos grandes centros. A dúvida é se a punição criminal traria alguma solução. Outros aspectos envolvem a criminalidade precoce, como acesso a áreas básicas como a educação. O senhor acha que investimentos nessa área devem ser feitos em paralelo a uma medida como a redução? Eu diria que nem em paralelo, a prioridade na educação faria com que essas medidas não fossem necessárias. No país, existem

regiões onde o acesso à educação é precário e essa educação a que se tem acesso é mais precária ainda, além disso, muitas crianças acabam vivendo ou sustentando famílias a partir do crime, exatamente pela falta de educação, tanto da criança como da família, pela falta de oportunidade. Se você simplesmente aplica uma punição você atua apenas sobre esse indivíduo e essa punição não vai resolver, ela é na verdade uma vingança uma retribuição, ela não tem fim preventivo, e a educação tem.

punido pelo sistema penal comum. Ele não fica impune, mas tem uma lei própria que está no Estatuto da Criança e do adolescente. O segundo grupo é o das pessoas que têm doenças mentais graves, pois eles agem por causa da doença e não porque desejam praticar um delito. Esses dois grupos têm uma garantia da constituição que a liberdade deles não deve ser afetada pelo sistema penal comum.

Um menor é punido de que forma? Pelo sistema penal comum?

No artigo 228 é dito que a maioridade penal no Brasil é de 18 anos. O problema é exatamente esse artigo 60, parágrafo 4, que diz que os direitos e garantias individuais não podem ser alterados por emenda constitucional, que é a chamada cláusula pétrea. Ou seja, não

No Brasil, dois critérios fazem com que uma pessoa não possa ser tocada pelo sistema de justiça penal. A primeira é a maioridade, um menor de idade não pode ser

O parágrafo 4º, do artigo 60, impede uma mudança na Constituição?

conseguiríamos alterar a maioridade penal sem fazer uma nova Constituição. Nosso país tem dois hábitos, um de produzir muita lei e o segundo de não cumprir quase nenhuma. Eu acredito que se fosse cumprido tudo que se fala na Constituição e na lei em relação aos menores (ECA) não haveria esse problema, mas não adianta a gente ser contra ou a favor da redução da maioridade penal, se ela é impossível de ser mudada perante as leis que existem, não adianta querer uma coisa que não pode existir. Se fosse possível essa mudança eu não seria favorável, mas não adianta eu ter essa opinião, pois não há como.

3° Quilt Craft Show é Destaque da Expo Unimed

O festival internacional de patchwork e artes traz as principais novidades na área do artesanato

Fernanda Anacleto de Ramiro

Entre os dias 4 e 7 de setembro acontece o 3° Quilt Craft Show, um evento que reúne cursos, workshops, exposições de artistas nacionais e internacionais, obras com temas voltados para o folclore brasileiro e também uma feira de artesanato onde pode-se encontrar pintura em madeira, mosaico em vidro, bijuterias, sabonetes artesanais, costuras e etc.

O artesanato geralmente surge como hobby e acaba se tonando profissão, e para Emíllia Aoki, organizadora do evento, é uma oportunidade para os profissionais da área divulgarem o seu trabalho “Nós recebemos um público maior esse ano, tanto que o evento é reconhecido nacional e internacionalmente e com isso a qualidade dos trabalhos melhorou”. Para

Emíllia também é possível alcançar a formalização do segmento, p r i n c i p a l m e nt e na parceria com o SEBRAE, e a expectativa de recorde de movimentação financeira também é grande. A movimentação no salão da Expo Unimed é grande em todos os dias do evento. Caravanas de diversos lugares do Brasil não param de chegar e o público, na sua grande maioria mulheres, pro-

curam os principais lançamentos da área. Oficinas e cursos, como a “Aula de Bonecas” da artesã Lu Gastal que veio de Porto Alegre, têm tido bastante procura e as inscrições deste e outros cursos e oficinas são feitas no próprio local um pouco antes de começar as aulas. Para Fábio Souza, artesão destaque e premiado em alguns festivais, o evento nada mais é do que uma

grande oportunidade para quem já é da área ou pensa em entrar “ Além de vir visitar e conhecer nossos trabalhos e materiais novos, as pessoas podem futuramente participar do evento expondo seus trabalhos”.

Workshops – De 4 a 7 de Setembro das 14h às 20h (inscrições no local) Local: Expo Unimed Curitiba Rua professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 Universidade Positivo – Curitiba/ Serviços PR Ingressos: Inteira Feira e Mostra de R$ 10,00 Arte – De 4 a 7 de Meia Setembro das 13h R$ 5,00 às 20h Cursos – De 4 a 7 de Setembro das 9h às 20h


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Geral

Terapia Prazerosa Vítima da paralisia cerebral, Iuri de Paiva Mota superou todos os obstáculos de suas necessidades especiais montado em um cavalo Aline Katzinsky Nunes de Paiva Mota, 22 anos, é graduado em Marketing, pósgraduado em Gestão Social e funcionário público concursado no cargo de agente administrativo da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), tudo isso com a ajuda do que ele chama de “prática de lazer”: a Equoterapia. Há dez anos, Iuri iniciou o tratamento no Instituto de Convivência Incluir (ICI) por conta de sequelas da paralisia cerebral: “A terapia é um prazer pra mim, e traz muito mais benefícios do que qualquer terapia convencional”, diz Iuri. Quando garoto, o diagnóstico dos médicos era de que ele poderia nunca andar nem desenvolver-se intelectualmente de uma forma convencional, mas hoje Iuri não vê mais obstáculos em seu caminho para o sucesso: “A Equoterapia me ajudou e ainda ajuda na autoestima, no meu equilíbrio e na minha postura”. Hoje Iuri faz parte da equipe de Enduro Equestre Adaptado do ICI equipe de Enduro Equestre Adaptado do ICI , tendo total autonomia para desenvolver suas atividades rotineiras e com o cavalo, sendo apenas um dos casos de grande superação e sucesso que passaram pelas mãos dos profissionais da prática equoterapêutica. A Equoterapia consiste em inúmeras atividades terapêuticas que têm como principal instrumento o cavalo. Segundo a Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-BRASIL), órgão que fiscaliza os centros de equoterapia por todo o país, a prática é “realizada em proveito da melhoria da qualidade de vida de pessoas tão especiais, onde aparece de modo marcante, o cavalo como grande facilitador do procedimento terapêutico”.

O tratamento é interdisciplinar e utilizado no desenvolvimento biopsicossocial de crianças, adolescentes, adultos e até mesmo idosos e bebês (estimulação precoce).

“A prática proporciona fortalecimento muscular, melhoria das capacidades emocionais, motoras e cognitivas, aumento da autoestima, autoconhecimento e participa-

ção mais ativa no meio social e muitos outros benefícios”, afirma a super visora do Instituto de Convivência Incluir, coordenadora e desenvolvedora do projeto de especialização em

Equoterapia da UTP, Fabiana Ryscalla. Segundo Fabiana, as áreas mais comuns do desenvolvimento trabalhadas pela Equoterapia são motora, intelectual, sensorial, emo-

cional e social. O tratamento também pode ser utilizado contra a depressão, vulnerabilidade funcional, epilepsia, hiperatividade, déficit de atenção, deficiências intelectuais, deficiências auditivas, sequelas de AVC, paralisias cerebrais e muitas outras dificuldades. “Cada caso é analisado por uma equipe de profissionais da área de saúde e educação, especialistas na prática, que irão indicar os melhores métodos dentro da prática Equoterapêutica”, explica a super visora do Instituto Incluir. Entre os profissionais que atuam na área estão terapeutas ocupacionais, psicólogos, educadores e fisioterapeutas. Segundo a ANDEBRASIL, a Equoterapia pode ser dividida nas categorias Hipoterapia, Reeducação e Educação, Pré-esporte e Esporte; em ordem de evolução. Ser viço: Instituto de Convivência Incluir – (41) 3677- 9084 ou (41) 8413-0705 w w w. i n c l u i r. or g . br | incluir@incluir. org.br Horário de atendimento: das 8h às 17h.


Colunistas

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Júlia Trindade Sexta fora de série Quebrando a quarta parede Você já ouviu falar da expressão “break the fourth wall”? Essa frase quer dizer, literalmente, quebrar a quarta parede. Porém, no universo dos filmes e séries de TV, esse termo ganha um significado especial. Geralmente, um set de filmagem tem três paredes: a uma no fundo e duas laterais. A quarta parede, pela qual a audiência assiste ao filme, série ou até mesmo uma peça de teatro é invisível. Quando as obras fictícias “quebram” a quarta parede elas têm consciência de que estão sendo assistidas e se comunicam diretamente com o público. Esse fenômeno pode ser observado quando um personagem olha diretamente para câmera e dá uma piscada ou fala com a audiência. Há cenas desse tipo em Amélie

Poulain (quando ela está no cinema e explica porque ela gosta de olhar para a expressão das pessoas) e em vários outros filmes como Rocky Horror Picture Show e Clube da Luta. Atualmente, a série que utiliza mais (e melhor) esse recurso se chama Community, um seriado norte-americano lançado em 2009. O enredo é bem simples: sete estudantes de uma universidade comunitária formam um grupo de estudos para as aulas de espanhol, mas eles sempre acabam deixando os estudos de lado para resolver algum problema, ou inventam alguma coisa para não estudarem. Jeff Winger (Joel McHale) é um advogado suspenso por tem um diploma falsificado e, por isso, deve cursar a Universidade Comunitária Greendale

para se formar e conseguir um verdadeiro diploma. As principais características desse personagem são seus discursos longos e convincentes e a sua natureza como líder do grupo de estudos. Britta Perry (Gillian Jacobs) é uma jovem que, depois de viajar o mundo como uma ativista, resolveu voltar aos estudos. Annie Edison (Alison Brie) tem 19 anos e, apesar de ter sido umas das melhores alunas no ensino médio, ela teve uma crise por causa do seu vício por pílulas durante seus estudos. Shirley Bennett (Yvette Brown) é uma mãe solteira vista como a “mãe” do grupo. Troy Barnes (Donald Glover) tinha uma bolsa de estudos jogando futebol americano, mas ele a perdeu quando se machucou “gravemente” em uma

de suas partidas. Pierce Howthorne é o mais velho (e mais chato) do grupo. A maioria dos membros não gosta de Pierce por causa de sua arrogância. E por último, mas não menos importante, Abed Nadir (Danny Pudi), que é o responsável por boa parte da metalinguagem que a série utiliza. Abed é um grande fã de série e filmes e, como tem dificuldade de interagir com outras pessoas, ele tende a copiar algumas cenas ou personagens de suas histórias favoritas. Há alguns episódios em que ele realmente acredita ser o Batman, por exemplo. Juntando todos esses personagens é difícil perceber como a série faz tanto sucesso. O segredo está na criatividade e genialidade de Dan Harmon, o criador de Community. Har-

mon ganhou o coração dos fãs com episódios muito especiais e diferentes em comparação a outras séries produzidas no mundo todo. A batalha épica de paint ball, a partida emocionante de Dungeons and Dragons, ou quando os personagens entram dentro de um vídeo game. Todos esses foram episódios que aumentaram o número de fãs da série. O episódio mais famoso, porém, foi quando o grupo sorteou, usando um dado, quem iria buscar a pizza que eles tinham pedido. Cada lançamento do dado é uma dimensão diferente, ou seja, o que aconteceria quando cada pessoa fosse pegar a pizza. Será que uma dessas histórias poderia terminar em um apartamento em chamas? Talvez. Além da metalingua-

gem, os personagens são bem desenvolvidos durante a série e eles nunca abandonam as suas características essenciais. Mudar o conceito de um personagem no meio da história é um erro muito cometido por escritores que tem problemas com continuidade e não sabem mais o que fazer com o enredo. O único personagem com qual o público não conseguia se relacionar bem é Pierce, mas o ator já está fora da série a partir da quinta temporada. Community é exibido no Brasil pelo canal Sony Entertainment Television. Duas temporadas da série também estão disponíveis no Netflix Brasil.

Elana Borri Moda por aí

Jorge Nikolas Camargo

Homens na moda

Desfile da marca Erre Nove, no Paraná Business

Há quem diga que homens que se preocupam com moda são todos homossexuais. Não que isso seja realmente uma ofensa, mas nessa sociedade homofóbica que estamos presenciando, algumas pessoas “xingam”, sim, as outras de gays, lésbicas e afins. Mas se engana muito quem possui essa mentalidade de que os homens não dão a mínima para o que vestem. A moda masculina é o segundo maior setor lucrativo para a indústria têxtil, e a cada dia ganha mais espaço no mercado. As roupas masculinas que vemos nas vitrines de lojas mais acessíveis

são, na grande maioria das vezes, sempre a mesma coisa: Uma bermuda de tecido leve ou uma calça jeans e uma camiseta estampada. Moda masculina não se limita somente a isso. Alfaiataria para o dia a dia, sapatos estilo Oxford e bolsas estão invadindo o guardaroupa dos homens de uma maneira estrondosa. O que antes era sinal de esnobismo, hoje caracteriza um homem que se preocupa com sua aparência e quer se sentir bem do jeito que se veste. Entretanto, alguns homens ainda olham isso com muito preconceito. Preferem ir comprar

suas roupas sozinhos porque sabem que não vão ser tão influenciados a mudar o próprio estilo como quando estão com alguma mulher – seja mãe, namorada, esposa ou sogra. Se vestir bem não é somente uma questão de “quero me mostrar” e sim de ter uma noção mínima do que se veste. A questão não é começar a comprar roupas caríssimas em lojas de luxo, e sim de, minimamente, combinar o sapato social com a meia e o terno. É questão de colocar algo legal e adequado pra usar, não aquela camiseta velha com 5 anos de estrada. É

questão de, quem sabe, pedir opinião para alguém e perguntar: “tá legal assim?”. São coisas muito básicas, mas que trazem a garantia de que vão fazer muita gente satisfeita com o que observa. Exemplos de homens que se vestem bem não faltam. Só pra citar alguns: David Beckham, Bruno Mars, Justin Timberlake, George Clooney, John Mayer, entre muitos outros que representam o sexo masculino muito bem. Homens que talvez leiam essa coluna: Não custa nada tentar melhorar o visual um pouquinho, não é?


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NOTÍCI ANTIGA A Princesa de Gales, foi a primeira esposa do Príncipe Charles, filho mais velho e herdeiro de Isabel II do Reino Unido. Após o seu casamento, Diana tornou-se uma das mulheres mais conhecidas do mundo, sendo admirada por seus trabalhos

de caridade em especial por seu envolvimento no combate à AIDS. Sua morte aconteceu de forma trágica e inesperada, após sofrer um acidente de carro em Paris, no dia 31 de agosto de 1997. A sua morte sensibilizou grande parte da população do Re-

ino Unido, que se uniu em um grande luto público. Seu funeral foi realizado no dia 06 de setembro do mesmo ano, e foi assistido pela televisão, por cerca de 2,5 bilhões de pessoas, sendo conhecido como um dos eventos históricos mais assistidos.

O que fazer em Curitiba? Exposição “Consiente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Museu de Arte Contemporânea Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contemporânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e axposição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kaminishi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337. Teatro Novelas Curitibanas De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Novelas Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psicodélico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.


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