Notícia Antiga No dia 16 de setembro nasceu Riley Ben King, guitarrista de blues mais conhecido como B. B. King.
Edição 829
Curitiba, 16 de setembro de 2013
lona.redeteia.com
Espionagem Internacional: interesse econômico ou segurança contra o terrorismo?
Wikimedia Commons
Alexsandro, Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da UFPR explica um pouco sobre o caso de espionagem internacional e alerta: “A espionagem de informações da Petrobras, por exemplo, pode favorecer empresas americanas interessadas nos leilões de concessões, previstos para outubro e novembro deste ano”.
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Osbenefíciosdareciclagem A ideia é velha, mas a reintrodução de matéria com a reciclagem ainda é uma das melhores opções ecologicamente corretas. “A energia contida em 1kg de plástico é equivalente à energia contida em 1kg de combustível mineral”. Uma dos destaques é a reciclagem do vidro, que diminui a emissão de gases e a economia de recursos naturais e econômicos. Benefícios como a diminuição do lixo e geração de empregos impulsiona o mercado ecologicamente correto. Página 4
Opinião Editorial
Black Bloc
Por onde anda?
“O Ministério defende o interesse dos governantes e das empresas de telefonia, que oferecem um serviço porco e caro à população brasileira”.
“Acredito que todos devem ter liberdade suficiente de se expressar, mas ainda não vejo a violência como solução”, Marina Geronazzo.
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluno Daniel Emmendoerfer de Castro.
Colunistas
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Games
Esportes
“Aqueles que se dedicam em um jogo sabem o prazer de conquistar aquele tão sonhado troféu, ou chegar naquele ponto onde poucos conseguiram chegar”, Maximilian Rox.
“Ora, como o jovem técnico do coxa vai tirar água de pedra e conseguir fazer que a equipe mantenha o nível que tinha nos primeiros jogos do campeonato”, Osmar Murbach.
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Discou tem que pagar Se depender do Ministério Público, cerca de 7,1 milhões de brasileiros de classe média são criminosos em certo ponto. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Data Popular, esse o número de pessoas que compartilham o sinal de wi-fi com vizinhos. E o crime na história, segundo um recurso apresentado pelo MP e rejeitado pelo TRF da 1ª região, não é a cobrança impostos abusivos que elevam extraordinariamente
os preços no que diz respeito à telefonia, os criminosos são aqueles que fazem acordos com pessoas geograficamente próximas para conseguir economizar parte das mensalidades da internet de banda-larga. O mesmo levantamento indica que a maior parte desses 7,1 milhões de criminosos é proveniente da classe média. E o fator apontado para que esse número não seja maior entre pessoas das classes baixas é que estes não
dispõem de uma conexão que seja boa o suficiente para ser compartilhada. Entretanto, o Instituto não comentou o fato de o número de membros da classe alta que compartilham a rede ser tão pequeno quanto o da classe baixa. Provavelmente, os terrenos enormes e apartamentos duplex dificultam um compartilhamento de qualidade entre vizinhos, já que estes acabam vivendo mais afastados. Apesar do nome que
Desde 1º de janeiro trabalho na Secretaria Municipal da Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba. Faço parte da equipe de rádio, onde atuamos em duas frentes: assessoria de imprensa
Manifestações violentas
Expediente
seria um “grupo”. Apesar de terem afinidades ideólógicas, a maioria dos integrantes nem ao menos se conhece. Diferente do esperado, também não possuem líderes, e afirmam que apenas questionam o sistema atual. Sempre com os rostos cobertos, os integrantes buscam se manifestar, sem serem reconhecidos. O Black Bloc surgiu na Alemanha, na década de 80. Seus membros
diz respeito à telefonia móvel. Ainda assim, a internet não fica muito atrás. Comparando-se os preços dos planos de conexão brasileiros com seus equivalentes em países desenvolvidos, é possível enxergar um aclive assustador. No Brasil, se paga mais caro por menos qualidade. Mesmo os planos mais caros, apresentam instabilidades e deficiências que deveriam ser inadmissíveis pelo valor cobrado pelo serviço. Ainda assim, parece
que o mais importante é criminalizar as práticas que tentam diminuir o lucro das empresas que fazem de gato e sapato para o consumidor brasileiro. A ação do Ministério Público representam um golpe contra o companheirismo da classe média brasileira, que é a responsável por carregar nas costas todos os benefícios recebidos pela classe política e as bolsas oferecidas às classes mais baixas.
Daniel Emmendoerfer de Castro
Por Onde Anda?
Uma entrevista realizada com os responsáveis pela página do Facebook Black Bloc Curitiba, no jornal Gazeta de Maringá mostra aspectos que não são de conhecimento do público em geral. De forma coletiva os integrantes responderam perguntas que trazem questionamentos comuns sobre as manifestações realizadas. A entrevista começa quebrando já a ideia de que o Black Bloc
o órgão leva, neste caso, o Ministério Público luta contra o interesse público. Quando tenta criminalizar a prática do compartilhamento de rede (possibilidade ainda existente, pois existe a possibilidade de apelo), o Ministério defende o interesse dos governantes e das empresas de telefonia, que oferecem um serviço porco e caro à população brasileira. Não é novidade que essas empresas são líderes em reclamação no Brasil, no que
eram adeptos do anarquismo, onde adotavam táticas esp e cif ic amente violentas, e buscavam a anulação do governo. Hoje o discurso se mostra um pouco diferente, “apesar de termos afinidades ideológicas, os coletivos anarquistas existentes não têm nada a ver com o Black Bloc”, como afirmaram na entrevista que saiu no site da Gazeta de Maringá. Acredito que todos devem ter li-
e agência de notícias. Tem sido uma baita experiência, com uma equipe muito experiente e comprometida. Agradeço imensamente aos professores pela formação durante os quatro anos
de Universidade Positivo, em especial ao Witiuk, pela preparação na área em que estou trabalhando.
Marina Geronazzo berdade suficiente de se expressar, mas ainda não vejo a violência como solução. Aqueles que são favoráveis a ela que me desculpem, apesar de chamar a atenção, atos de vandalismo não são a única solução para os problemas. Acho preocupante que atos de radicalismo sejam consideradas por algumas pessoas como a única forma de se conseguir a democracia que tanto buscamos. Certa-
mente aqueles que apelam para o vandalismo esquecem que a violência em si, não é a melhor forma de se realizar um protesto. Apesar de não agredirem os manifestantes que estão a sua volta, usar os casos de agressões causadas por policiais como desculpa para suas reinvindações violentas, não justifica a depredação do patrimônio público. Devemos continuar lutando pela igualdade,
Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Da Redação Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira
como os próprios integrantes afirmaram durante a entrevista, porém, acredito que se você está se manifestando e lutando por algo, você deve mostrar sua cara, usar uma máscara para não ser caçado pelo Estado posteriormente, é um ato tão hipócrita quanto o dos policias que tiram a identificação da farda.
Notícias do Dia
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Terrorismo é pretexto para espionagem, diz especialista O aparente interesse econômico por parte dos EUA deixa o Brasil em alerta. O caso reabre o discurso de vulnerabilidade quanto a tecnologia da informação e segurança nacional. Associar-se à outros países é solução para pressionar os EUA e obter respostas, para especialista Lucas de Lavor
O drama para o EUA começou com o as revelações de documentos secretos pelo Wikilieaks em 2010. Esse ano, outra revelação feita pelo ex-agente da Agência Nacional de Segurança (NSA), Edward Snowden, acusa o mesmo país de espionagem. Segundo Snowden, o EUA espiona a própria nação e também outros países -inclusive aliiados-, entre eles o Brasil. A relutância de resposta do país e o suposto interesse econômico põem em jogo a credibilidade já abalada desde 2010. O Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da Universidade Federal do Paraná explica melhor o caso e esclarece alguns pontos e mostra os riscos que o Brasil enfrenta quanto a vulnerabilidade de informações. ALEXSANDRO EUGENIO PEREIRA Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da Universidade Federal do Paraná (NEPRI/UFPR) (www.nepri.ufpr.br) Há quem justifique a espionagem depois do 11 de setembro... há mesmo essa justificativa? R – Normalmente, a justificativa é baseada na necessidade de combater o terrorismo e, nesse sentido, obter informações é fundamental. Mas não é uma justificativa válida, pois a espionagem não se restringe
apenas às informações relacionadas ao terrorismo. Prova disso é a divulgação recente de espionagem da Petrobrás. Esse caso de espionagem a uma empresa brasileira, situada em área estratégica e fundamental para a economia mundial, demonstra que os propósitos da espionagem estão muito além de qualquer política de combate ao terrorismo. Trata-se de um pretexto para justificar violações de direitos civis dentro e fora dos EUA e para obter informações políticas e econômicas relevantes para os EUA. O Brasil é, sabidamente, um dos países mais visados pela espionagem. Mesmo que essa espionagem tenha como propósito facilitar o acesso a países como a China e o Irã, ela não se justifica. O Brasil não abriga terroristas e não há provas de financiamentos consistentes e regulares de grupos terroristas por empresas ou pessoas brasileiras. Então, de fato, o combate ao terrorismo tornou-se pretexto para espionar o Brasil e outros países. Hoje o terrorismo e as ameaças decorrentes do 11 de setembro tornaram-se pretextos da mesma forma que as tensões da Guerra Fria eram pretextos para justificar ações de espionagem dos EUA e dos seus aliados. Se for mesmo apenas pela “segurança nacional”, porém sabe-se agora que a Petrobras (como mostrou a reportagem
especial do programa Fantástico) é alvo de espionagem também. Como que um país aliado pode ser alvo de espionagem para obter informações econômicas? No que isso pode prejudicar para o Brasil? R – O Brasil é um dos países mais vulneráveis e suscetíveis de sofrer violações de informações vitais, pois não investiu, de modo consistente, em mecanismos que possam impedir o acesso às suas informações. Os Estados Unidos, ao contrário, é um dos países mais avançados no que se refere ao desenvolvimento de tecnologia da informação e tem recursos avançados para espionar países aliados, como a Alemanha, e seus rivais na política internacional. A espionagem não se restringe apenas às questões de segurança. Essas questões são usadas como justificativa para a violação de informações de natureza política e econômica de outros países. A espionagem de informações da Petrobras, por exemplo, pode favorecer empresas americanas interessadas nos leilões de concessões, previstos para outubro e novembro deste ano. Como as empresas americanas concorrem com empresas de outros países, a espionagem pode fornecer dados e informações relevantes que podem favorecer empresas americanas. E isso é prejudicial aos interesses brasileiros, mas também afeta os
interesses de empresas de outros países. O petróleo é um recurso estratégico fundamental. O Brasil, por causa de suas reservas de petróleo do pré-sal, tende a se tornar cada vez mais importante na determinação dos preços do petróleo no mercado mundial. Para os EUA, é importante saber exatamente qual pode ser a participação brasileira no mercado internacional dessa importante fonte de energia. Dessa forma, a espionagem afeta interesses econômicos imediatos, mas, também, tem consequências geopolíticas importantes, concedendo aos EUA vantagens na definição de estratégias políticas na medida em que os americanos podem obter informações relevantes sobre as nossas reservas de petróleo. Os EUA tem tomado posição defensiva e reluta muito em prestar satisfações. O que essa atitude representa? R – Para os EUA, conceder essas satisfações significa revelar quais informações foram obtidas por meio da espionagem e mostrar até onde chegaram as ações da espionagem (quem foi alvo da espionagem; qual foi o nível de detalhamento das informações obtidas; quais foram as tecnologias utilizadas para obter as informações; etc.). Revelar essas informações pode aumentar o constrangimento do governo americano. Por isso,
os EUA continuarão na defensiva e farão o possível para não detalhar os resultados das ações de espionagem. Acho que a posição assumida pela presidente Dilma Rousseff foi correta ao exigir um detalhamento das informações obtidas por meio da espionagem. Ao mesmo tempo, o Brasil deve se associar com outras potências para pressionar os EUA e encontrar mecanismos de regulação internacional da espionagem. No entanto, as chances desses mecanismos funcionarem bem são limitadas. Há muitos anos, os EUA realizam espionagem com fins diversos, não apenas estratégicos. Os EUA sempre apresentaram pretextos para espionar outros países quando, na verdade, usaram as informações para fins políticos e econômicos. E isso não constitui novidade. Na prática, a insatisfação com relação às práticas americanas de espionagem não é exclusiva do Brasil. É um bom momento para o país se posicionar contra essas práticas e exigir avanços na regulação internacional da espionagem, mesmo que eles tenham eficácia limitada.
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Geral
Reciclagem traz benefícios econômicos, ambientais e sociais Processo industrial que converte lixo descartado em produto semelhante ao inicial ou a outro, pode ser realizado de três maneiras distintas Alessandra Becker
A reciclagem surgiu como uma maneira de reintroduzir no sistema uma parte da matéria e da energia, que se tornaria lixo. Assim, os resíduos são coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de bens, os quais eram feitos anteriormente com matéria-prima virgem. Dessa forma, os recursos naturais ficam menos comprometidos. Reciclar para a maioria das pessoas é apenas separar o lixo na própria residência, mas o processo vai além desse ato. Para obter um novo objeto é necessário coletar, separar novamente, revalorizar e transformar em material reciclado, o lixo não pode estar contaminado diretamente ou indiretamente. Pode ser reciclado de três formas diferentes: são elas a reciclagem energética, a reciclagem orgânica e a reciclagem industrial – mais comum de todas. A reciclagem energética é um processo tecnológico de recuperação da energia contida nos resíduos plásticos, por meio de incineradores com a queima de resíduos em altíssimas temperaturas. O técnico ambiental, Sandro
Marcio, considera que o processo é de extrema importância ao meio ambiente. “A energia contida em 1kg de plástico é equivalente à energia contida em 1kg de combustível mineral”. O plástico pode demorar até 450 anos para se decompor, mas quando ele é reciclado corretamente pode ser transformado em combustível mineral e não poluirá o meio ambiente, contou Sandro. A reciclagem orgânica também é conhecida como compostagem. É um processo que pode ser executado com parte do nosso lixo doméstico, resultando em um excelente adubo para ser utilizado em hortas, plantações e jardins. Para o técnico ambiental, Sandro Marcio, este é um dos métodos mais antigos e eficientes da reciclagem, pois “o processo é natural e é utilizado para fertilizar a terra de maneira saudável”. A dona de casa, Edite Schlosser, conta que fazer a separação em casa já é rotina para ela, e que possui três tipos de lixeira: uma para lixo comum, outra para lixo reciclável, e outra para lixo orgânico. Mas para a dona de casa, entre todas, a reciclagem orgânica é a mais fundamental, pois a aju-
da a fertilizar o seu jardim e a sua horta. “Todas as cascas de frutas, verduras e legumes eu jogo na terra”. Assim as plantações crescem mais saudáveis e sem químicas e eu contribuo para o meio ambiente e para a saúde da minha família, conta a dona de casa. Outro processo, talvez o mais conhecido por todos, é o da reciclagem industrial. Esse processo converte o lixo descartado por nós – sendo ele matéria-prima secundária, em produtos semelhantes ao mesmo ou em algum outro material. O técnico ambiental, Sandro Marcio, fala
sobre a importância desse processo. “Reciclar industrialmente é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é descartado”, explica o ambientalista. Os benefícios A reciclagem possui enormes benefícios, talvez nem imaginados por nós, podendo eles ser econômicos, ambientais ou sociais. Dentre os benefícios econômicos, podemos destacar: reciclar uma única lata de alumínio equivale a economizar energia suficiente
para manter um aparelho de televisão ligado durante três horas; a reciclagem do alumínio economiza cerca de 95% da energia que seria usada para produzir alumínio primário; a cada 10% de utilização de vidro quebrado, há uma economia de 2,9% de energia; reciclar 1kg de vidro quebrado gera 1kg de vidro novo, economizando 1,3kg de minérios. Já os principais benefícios sociais são: reciclando, há uma contribuição para a diminuição do volume de lixo – atualmente o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia; com a reciclagem, materiais que podem contaminar o solo, a água e o ar são recolocados no ciclo produtivo; dando a destinação correta ao lixo, é evitado que os mesmos sejam acumulados em lixões infectos; a reciclagem do papel gera milhares de empregos, desde catadores de papel aos empregados das empresas de intermediação e recicladoras; a reciclagem do plástico no Brasil gera aproximadamente 20 mil empregos diretos em 300 indústrias de reciclagem.
Os principais benefícios ambientais destacados são a reciclagem do vidro, com a qual ocorre a diminuição da emissão de gases poluidores pelas fábricas, além do fato de uma tonelada de papel reciclado economizar 20 mil litros de água e 1200 litros de óleo combustível. Além disso, reciclando 50kg de papel, evita-se o corte de uma árvore de 7 anos; a cada quilo de alumínio reciclado, 5kg de bauxita (minério com que se produz o alumínio) são poupados. Para saber O Brasil é o país líder mundial em reciclagem. A capital paranaense Curitiba e algumas das suas regiões metropolitanas – principalmente Pinhais, são as cidades brasileiras mais destacadas como exemplo de reciclagem do país. Além de Curitiba, as cidades de Londrina –PR, Natal – RN, Itabira – MG e Santo André – SP, também são considerados grandes exemplos.
Colunistas
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Maximilian Rox Press Start Tempo pelo prazer Prazer instantâneo é geralmente enjoativo. Muitas vezes apreciamos muito mais algo que dedicamos tempo para entender ou realizar, ou que esperamos muito para conseguir. Assim é na arte: músicas bonitinhas ou quadros simplicistas podem enjoar fácil a percepção; enquanto as orquestras bem trabalhadas e as grandes obras de arte demandam tempo e estudo para serem compreendidas – e quando entendidas, tornam-se extremamente significativas para nossas vidas. Assim também é na vida: as conquistas que nos dão mais prazer são aque-
las que mais esperamos e investimos nossos esforços. E, finalmente, assim também é para o entretenimento – e encaixamos os games nessa reflexão. Lembro que Seth Killian, um dos mestres da teoria competitiva, certa vez comentou em um artigo que existem pessoas que se divertem em Street Fighter apenas vendo explosões, magias na tela e combos difíceis sendo executados. Essas geralmente eram as primeiras a serem vencidas nas máquinas de fliperamas. Para ele, existe uma diversão ainda maior escondida no embate mental entre os jogadores – onde cada um
previa os movimentos do adversário e tentava contra-atacar antes mesmo de serem executados. Uma partida desse nível traria um prazer sequer experimentado pelos novatos, onde estaríamos prevendo situações e movimentos – brincando de vidência em uma batalha que vai além da tela, alcançando níveis psicológicos profundos. Mas não somente da competição vive o gamer. Aqueles que se dedicam em um jogo sabem o prazer de conquistar aquele tão sonhado troféu, ou chegar naquele ponto onde poucos conseguiram chegar. Aqueles loucos que se aventuram em fe-
char Super Mario sem morrer nenhuma vez, ou destruir um chefe usando a pior arma do arsenal: não duvido nada que quando alcançada, a conquista representa a satisfação de um trabalho duro em algo que inicialmente era apenas diversão. Temos que lembrar aqui daqueles que passam meses esperando por um game. E essa não seria uma coluna de games de não falasse da imensa ansiedade pela chegada de GTA V. O mais belo “nove mil games em um” está tirando a concentração de gamers do mundo inteiro – e é dispensável falar da imensa satisfação em apreciar
algo que se espera meses. Como eternas crianças ganhando seu primeiro videogame, a espera muitas vezes vale a pena. Games casuais, por sua vez, aproveitam do descompromisso. Não há desafio, não há grandes conquistas – há muitas vezes a simples ação de “jogar para logo largar”. Aposta-se na premissa viciante, mas que logo se enjoa. Provavelmente você já jogou um, admita. Nem que seja Colheita Feliz, FarmVille ou Candy Crush. Mas cada gênero satisfaz um público diferente: dos que procuram pelo prazer rápido, descompromissado e casual aos que pro-
curam a diversão batalhada, suada e conquistada. Dos dois lados, os videogames cumprem a proposta interativa. E tudo no final culmina na questão de tempo. Bons eram os tempos em que a saída da escola representava o início do dia livre para brincar e jogar. Podíamos nos dedicar aos games, enquanto hoje eles são cada vez mais limitados pela nossa agenda e compromissos. Crescemos, mas os videogames continuam lá, ao dispor de todos; apenas basta termos o tempo suficiente de nos servir.
Osmar Murbach Do campo pro Lona INOPERÂNCIA ALVIVERDE SE DEVE AO DM LOTADO O Coritiba passa por um momento conturbado no Brasileirão 2013. Depois de ficar 10 rodadas sem perder, chegar a figurar entre os primeiros colocados e ser dado como um dos favoritos pela disputa por uma vaga na Copa Libertadores da América (e por alguns mais otimistas pelo título
do campeonato), o Coritiba passou a declinar cada vez mais, apresentando atuações pífias que têm deixado o torcedor irritado. E a irritação do torcedor é completamente compreensível. Torcedor é o indivíduo mais passional que existe: em dois minutos pode passar do estágio de xingar técnico, jogadores, comissão técnica,
estádio, o tio que vende refrigerante ao estágio de amar o time, venerar o jogador, jogar o tio do refrigerante pro alto de tanta alegria. E nada é pior para um torcedor que ver a equipe arquirrival em boas condições na tabela de classificação. E o pior, tendo um elenco visivelmente pior que o time pra quem torce possui.
O pior problema do Coritiba que, pelo visto, fez a equipe chegar à situação em que está, é o Departamento Médico sempre lotado. No momento, são nada mais nada menos que oito jogadores lesionados, alguns de titularidade indiscutível como Deivid, Leandro Almeida, Victor Ferraz e Júnior Urso (que há tempos deixou Willian para trás) e outros valores de destaque como Uélinton, que estreou bem e se lesionou após apenas dois jogos no jogo contra o Bahia, Geraldo e Sérgio Manoel. Completam a lista Anderson Aquino, que se lesionou assim que voltou a atuar e Rafhael Lucas, que se lesionou no começo do ano, na primeira partida válida pela primeira rodada do Campeonato Paranaense, ainda em janeiro deste ano. Neste patamar, fica realmente difícil para qualquer treinador montar uma equipe competitiva e que tenha
um banco de re- s e r v a s equilibrado. E como é de cultura brasileira sempre jogar toda responsabilidade sobre o treinador, Marquinhos Santos tem sofrido amargamente com questionamentos sobre os times que escala. Ora, como o jovem técnico do coxa vai tirar água de pedra e conseguir fazer que a equipe mantenha o nível que tinha nos primeiros jogos do campeonato sem um elenco com a mesma qualidade da que começou a competição? Alex, um dos porta-vozes alviverdes frente aos repórteres deste país costuma culpar o calendário brasileiro como pior problema para montagem de times competitivos. Se os jogadores atuam muito, com certeza é muito mais fácil que o desgaste físico seja maior, e aí as lesões aparecem. Na saída do jogo contra o Bahia, no último domingo, o camisa dez do Cori voltou a culpar
o, conside- rado por ele, desumano calendário e a defender Marquinhos Santos. O capitão está correto. Entretanto, isso não deve mudar no Brasil, e infelizmente os jogadores poderão apenas se adaptar ao que a CBF impõe. Jogar quarta e domingo, quinta e sábado, competições diferentes, realmente causam um forte impacto no preparo de qualquer equipe, e é aí que a qualidade do elenco entra em questão. E pensem o que pensarem, o elenco do Coritiba tem sim muita qualidade. Qualidade superior à de muito time grande por aí. Mas boa fatia dela está entregue ao D.M. Resta torcer para que ela seja entregue novamente ao técnico Marquinhos Santos e que o time volte a brilhar como brilhou no começo do Brasileirão.
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NOTÍCI ANTIGA R i le y B en King , guit ar r ist a d e blues mais con he ci d o como B. B. King , é u m comp os itor e c antor est a do-unidense. E le nas ceu em u ma pl ant a ç ã o de a l go d ã o em 16 d e s etem bro d e 1 9 2 5 , em Itt a B ena . Su a infânci a foi mu ito d if íci l, a os 9 anos j á mor ava s ozin ho e col h i a
a l go d ã o p ar a s e suste nt ar, t r a b a l ho que l he rendi a c e rc a de 3 5 c e nt avo s de d ól ar p or di a . Considerado o te rc e i ro me l hor g u it ar r ist a d o mu ndo p el a re v ist a norte-americana R ol l i ng Stone, hoj e B. B Ki ng é u m do s g u it arr ist as de blu e s mais re c on he cid o s d a atu a lid a de, s e ndo
chama do mu i t as ve z e s de “R e i do s Blu e s”. C ome ç ou su a c ar re i r a mus i c a l to c ando na e s qu i na de u ma Ig re j a onde e m t ro c o p e di a p or a l g u mas mo e d as.
O que fazer em Curitiba? Exposição “Consiente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Museu de Arte Contemporânea Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contemporânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e axposição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kaminishi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337. Teatro Novelas Curitibanas De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Novelas Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psicodélico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.