Notícia Antiga No dia 19 de setembro o militar Jules Répond trouxe de volta os traços de Michelangelo ao uniforme oficial da Guarda Suíça.
Edição 832
Curitiba, 19 de setembro de 2013
lona.redeteia.com
Julgamento do mensalão se estende por mais um ano Wikimedia Commons
Depois de 7 anos, o julgamento do caso da compra de votos em brasília se estende por mais um ano. Depois de uma tarde de justificativas, o ministro Celso de Mello votou a favor do embargos infringentes fazendo com o que o julgamento se estenda até o ano que vem, agora como relator o minitro Luiz Fux. Réus como José Dirceu podem ter penas reduzidas. Página 3
Divulgação
Deputados estaduais mais votados se ausentam nas sessões plenárias e elaboram leis sem interesse público Entre os dez deputados estaduais mais votados nas últimas eleições, todos se ausentaram em várias das sessões plenárias. Das propostas de leis aprovadas, a maioria é para acrescentar datas comemorativas ao calendário estadual, para dar nome a rodovias ou para homenagear alguém. Ano que vem haverá eleições. Veja na reportagem o que cada um dos mais votados fez para a população durante o mandato.
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Opinião Editorial
Veganismo
Por onde anda?
A impressora 3D, da qual muito se tem falado hoje em dia, é um exemplo de inovação de utilidade duvidosa.
“O consumo de carne animal pode ser considerado um vício e uma ótima fonte de proteína, mas ele pode ser substituído por completo, sem danificar a natureza”, Marcela Gama.
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Felipe Glück
Colunistas
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Teatro
Música
“Escrever o prefácio do seu próprio drama é uma possibilidade de construir um contato com o leitor”, Larissa Mayra.
“A musicoterapia tem, entre seus objetivos, proporcionar uma melhor qualidade de vida, não somente tratar distúrbios de saúde, como ocorre em muitas outras áreas da medicina”, Pamela Castilho
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Imprimindo armas A linha entre a realidade e a ficção científica está cada vez mais tênue. Se, por um lado, os carros ainda não voam e os robôs ainda não ameaçam a vida humana, pelo outro, a Google está prestes a lançar os óculos que farão os usuários se sentirem como o Exterminador do Futuro ou o extraterreste do filme Predador. Até certo ponto, essas inovações são muito bem vindas. Seja como entretenimento, no caso do Google Glass, ou
como avanços sustentáveis, no caso das fontes de energia limpas e renováveis. Ainda que sempre exista uma parcela da população que vire a cara para as novidades, é fácil afirmar que a vida se tornou muito mais fácil com as inovações que hoje estão presentes nas casas de todo mundo. Infelizmente, é preciso de dinheiro para investir nas tecnologias que prometem virar tendência na vida cotidiana. Muitas vezes, o investi-
Por Onde Anda?
dor desse dinheiro não tem a melhor das intenções ou ignora as possibilidades adversas do objetivo que visa alcançar. A indústria bélica, por exemplo, é uma das que mais cresce em detrimento da paz mundial. A impressora 3D, da qual muito se tem falado hoje em dia, é um exemplo de inovação de utilidade duvidosa. Para começar, é muito difícil de enxergar uma necessidade real que seja suprida pela invenção. Por
Expediente
pleto, sem danificar a natureza e nenhum ser que habite ela. Além de prejudicar os animais, as atividades pecuaristas são responsáveis por 30% do desmatamento no mundo. Ao usar um casaco de pele legítima, da marca Hérmes, com o valor de aproximadamente 25 mil dólares, a cantora Lady Gaga virou alvo de críticas no mundo todo,
ções de disparo da arma original. Muito pior foi a repercussão da notícia que mostrava um rifle feito pela máquina que conseguiu disparar mais de dez tiros antes do plástico ceder ao impacto. O responsável pela réplica ainda comentou que a grande desvantagem do objeto era o tempo prolongado entre um tiro e outro, pois era necessário desmontar a arma para recarregar. Fica claro, então, que a impressora
3D nas mãos erradas possui grande potencial para o desastre. Um invenção que aparentemente não possuía grandes funções pode acabar virando instrumento para brincadeiras de mau gosto, ou pior. Talvez a materialização de objetos, que em filmes parece tão emocionante, deva ficar, para o bem de todos, nas obras de ficção.
Felipe Glück Eu me formei no final de 2008, e logo publiquei o livro do TCC, “7 olhares: depoimentos sobre a homossexualidade na adolescência”, que produzi com meu colega Diego Ramos. Vendemos perto de 300 exemplares. No ano seguinte, fui para São Paulo, fazer uma pós em Jornalismo Literá-
Por que ser vegano São cerca de 3 milhões de animais mortos por hora em abatedouros, apenas no Brasil. Eles recebem tratamento desumano durante toda vida, são mantidos confinados e destinados a uma morte injusta e violenta. O consumo de carne animal pode ser considerado um vício e uma ótima fonte de proteína, mas ele pode ser substituído por com-
mais que deva ser imensamente divertido ter impressões tridimensionais do Mestre Yoda nas prateleiras de casa, as funções da impressora vão pouco além do lazer. Ou pior, juntam o lazer a ideias idiotas. Como, por exemplo, a impressão de armas. A réplica de uma pistola feita pela impressora gerou certo furdunço no começo do ano, ainda que fosse uma réplica de plástico que não apresentasse as fun-
rio e comecei a trabalhar como freela na área de editoria de livros, fazendo também um pouco de análise de mercado. Nessa época, comecei a me envolver um pouco com a questão de direitos autorais e comecei a me apaixonar por direito. Resolvi iniciar o curso que acabou me abrindo outras portas. Hoje
estou no 3 ano de Direito, trabalho na Tucumann Engenharia, na parte jurídica, com análise de contratos e acompanhamento de demandas judiciais. Apesar de não ter seguido o Jornalismo, o curso me ajudou muito a como colocar ideias no papel e escrever de forma mais clara e precisa.
Marcela Gama pr i n c ip a l m e nt e pela organização não governamental PETA, que age com o intuito de proteger e proclamar os direitos dos animais. Em junho de 2012, a socialite Kim Kardashian sofreu um atentado feito pela ONG, por fazer o uso de peles de animais mesmo tendo o conhecimento de como funciona esse processo de crueldade, no qual os animais
são mortos a pauladas na cabeça para não danificar a pele e outras formas. Essa é a pior maneira de matança, pois serve apenas para alimentar a vaidade humana com algo que poderia ser feito sinteticamente e com o mesmo resultado. O veganismo é uma forma de praticar a defesa dos animais sem fazer exploração da carne ou uso de sua pele . Os
praticantes dessa filosofia também não utilizam qualquer tipo de produto que em sua manufatura abuse ou violente os animais. Mesmo que ainda não praticado e desconhecido por boa parte da população, o número de veganos tem crescido, de acordo com uma pesquisa realizada em 2007 pela Oxford Companion to American Food and Drink.
Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Da Redação Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira
Além de proteger e preservar todos os seres vivos, o veganismo é uma boa prática a favor da saúde segundo A Associação Dietética Americana (The American Dietetic Association), pois evita e reverte doenças degenerativas como a doença arterial coronariana e a diabetes.
Notícias do Dia
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Julgamento do mensalão é prolongado para 2014 O voto que acatou os embargos infringentes foi dado pelo ministro Celso de Mello. Em 60 dias novo acórdão que permitirão os recursos para novo julgamento. Lucas de Lavor mento. Nessa etapa, através de sorteio eletrônico, o ministro Luiz Fux tomará o papel de relator de Joaquim Barbosa, mudança obrigatória de acordo com o regimento interno. Com os novos recursos que serão apresentados, ícones do mensalão como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, pode ter a pena reduzida de 10 anos e 10 meses em regime fechado, para 7 anos e 11 meses em regime semiaberto. Celso de Mello explicou que só há essa possibilidade de solicitação de redução de pena para aqueles que foram condenados pela maior parte dos ministros. Os ministros Marco Aurélio e Gilmar Mendes acreditam que todos os 25 réus podem ser condenados, até mesmo aquele com embargos infringentes, já que a maioria não teria conseguido quatro votos venci-
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Foram aprovados ontem (18), no Supremo Tribunal Federal, os embargos infringentes, prolongando o julgamento para 12 réus do mensalão. O último voto, depois de uma tarde de justificativa, Afoi do ministro do STF, Celso de Mello. A decisão dos embargos implica em uma possível conclusão do julgamento dos 12 réus somente em 2014. Votaram contra os embargos os ministros Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Marco Aurélio Mello. Foram a favor Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli. Com isso o STF tem até 60 dias para divulgar o novo acórdão que, assim que publicado, os advogados dos réus terão um prazo de 30 dias para apresentar recursos que peçam um novo julga-
dos em todos os crimes. Ação Penal 470 A Ação Penal 470, mais conhecida como “mensalão”, foi o esquema de compra de votos divulgado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB - RF), quando foi pressionado a revelar informações sobre supostas frau-
des em licitações na época. Na época, o presidente Luís Inácio Lula da Silva negou ter qualquer conhecimento sobre o esquema, e mesmo os acusados tendo seus cargos afastados – como João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados e o Ministro da Fazenda Antonio Palocci – Lula se reelegeu em 2006,
com o escândalo voltando à tona quando o STF enfim acatou a denúncia e abriu processo contra 37 dos envolvidos, respondendo por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e outros. Agora o julgamento se encaminha para uma “terceira fase”. A primeira foi ano passado quando os 25
dos 37 condenados tiveram o tamanho da pena decretado. A segunda começou mês passado e terminou ontem. Nesse tempo, os primeiros recursos de embargos declaratórios não foram aceitos e aprovaram-se os infringentes, levando á terceira parte com o novo relator, Luiz Fux e um novo julgamento serão feito.
Gaeco denuncia cinco pessoas por roubo, dentre elas, três são policiais Tayná Soares O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), denunciou na tarde de ontem (18) à Justiça de Colombo, dois investigadores da Polícia Civil, um agente de seguros, um tenente da Polícia Militar e uma advogada, acusados de estarem envolvidos em um caso de desvio de peças de caminhões. Segundo Leonir Batisti, coordenador geral do Gaeco, o roubo teria acontecido em fevereiro de 2012. O tenente e os dois policiais civis desviaram 42 pneus usados montados com roda, sete baterias e um tanque de combustível. Pra ninguém desconfiar do roubo, eles esconderam as peças num
barracão de uma outra pessoa que nem sequer sabia do ocorrido. O agente de seguros que foi denunciado foi quem providenciou o barracão para guardar as peças que, após alguns dias, os policias tentariam vender. Mas, no momento em que estavam transportando o material, foram abordados pela Polícia Rodoviária Federal e encaminhados para o Gaeco, onde os objetos foram apreendidos. Durante as investigações do caso, a advogada acusada de participação no crime ofereceu dinheiro para o transportador que estava levando as peças no dia em que eles foram pegos. Em
troca, a testemunha deveria falar que não sabia o local do barracão onde tinha carregado os objetos. Os policiais e o agente de seguros são acusados de peculato (crime específico do servidor público por se tratatr de um abuso de confiança), e a advogada, de corrupção ativa de testemunha. Boa parte dos assaltos foi realizada em Curitiba e região metropolitana. As vítimas foram chamadas para reconhecer as peças e segundo Batisti, a maioria delas foi reconhecida como sendo as roubadas. De acordo com o Gaeco, o tentente acusado é o mesmo que no ano passado foi preso por ser “chefe” de um gru-
po de extermínio em Campina Grande do Sul. A operação ficou conhecida como operação Wally. Caso Vortex Em 15 de agosto de 2013 o Gaeco denunciou um caso de corrupção que estava acontecendo há mais de um ano na polícia. Um esquema de extorsão onde policiais estavam cobrando dinheiro de autopeças e ferros-velhos para não fazer a fiscalização correta do lugar. A quadrilha foi formada dentro da Delegacia de Furtos e Roubos e Veículos (DFRV). O delegado titular do 6º Distrito, Gérson Machado, o responsável pela Divisão de
Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), Luiz Carlos de Oliveira, e o investigador do 6º DP, e o delegado Aleardo Riguetto, foram presos na operação. No total, quatro delegados e 16 policiais civis foram presos. Eles foram acusados de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e concussão (exigir para si mesmo dinheiro ou vantagem em decorrência do cargo público). Além deles, três proprietários de lojas automotivas serão acusados. Conforme o Gaeco, o delegado Luis Carlos de Oliveira, Alves Machado, ex-chefe da DFRV, Marco Antônio de Góes Alves e Anferson Ormeni Fran-
co, ambos da DFRV, estão sendo acusados. Durante as investigações do caso, mais de 80 pessoas foram ouvidas. “Já apuramos tudo, mas estamos a espera de outras provas que podem chegar. Mais pessoas podem ser denunciadas”, diz Batisti. O Ministério Público identificou 24 casos de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, denunciação caluniosa, abuso de autoridade e corrupção ativa e concussões, em Curitiba e região metropolitana.
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Geral
O que eles fizeram por nós Das leis sancionadas dos dez deputados estaduais mais votados, 89,76% não têm grande importância para a população; os parlamentares também estiveram ausentes em várias das sessões plenárias Viviane Menosso
Desde janeiro de 2011, mês em que os deputados estaduais começaram seu mandato, até setembro de 2013, 310 sessões em plenário foram realizadas na Assembleia Legislativa do Paraná. Os dez deputados mais votados nas últimas eleições estiveram ausentes em muitas delas, com um total de 821 faltas. Dentre estes mais votados, Luiz Romanelli, Augustinho Zucchi e Marcelo Rangel abandonaram o cargo para exercer outras funções durante o mandato. Os mais votados foram, respectivamente, Alexandre Curi (PMDB), Gilberto Ribeiro (PSB), Ênio Verri (PT), Nereu Moura (PMDB), Ney Leprevost (PP), Artagão Junior (PMDB), Augustinho Zucchi (PDT), Luiz Romanelli (PMBD), Marcelo Rangel (PPS) e Valdir Rossoni (PSDB). O deputado Ney Leprevost, por exemplo, ausentou-se em 81 sessões plenárias. Já Romanelli, que passou a exercer dois cargos ao mesmo tempo, foi o campeão de ausências. Das sessões em plenário, não participou de 265 delas. Cada ausência pode ou não ser considerada. Se o
deputado justificar, ele não será punido por isso. Mas, se faltar sem justificativa, são descontados do salário R$ 650,00. Porém, as ausências consideradas ‘faltas’ são poucas. A Assembleia considera todas as justificativas e, mesmo o representante do estado se ausentando, acaba recebendo o salário inteiro. Única forma então de ser descontado é o deputado faltar e não justificar. Seja porque esqueceu, porque não quis ou por qualquer outro motivo, o que é raro. Mas as ausências ou faltas não são a única questão nesses anos de mandato. Eles, que foram eleitos para defender os interesses do povo, elaborar leis, fiscalizar contas do governo estadual, entre outras atividades, muitas vezes não agem para o benefício de toda a população. Um exemplo são as leis criadas. Tomando como base os dez mais votados, 466 propostas de leis foram elaboradas. Destas, 127 foram sancionadas. Adicionar datas ao calendário estadual é umas das leis mais frequentes. São criadas para instituir, por exemplo, o ‘dia do tecnólogo em gestão pública’, ‘dia da valorização
militar e estadual’ ou ‘dia do repórter policial’. Dar nome a rodovias também é objeto frequente de projetos de lei. As mais requisitadas entre os dez são aquelas que tornam instituições como de utilidade pública (qualificação concedida no Brasil às sociedades civis, às associações e às fundações constituídas no país com o fim exclusivo de ser vir desinteressadamente à coletividade), por todo o Paraná. Leis para homenagear pessoas concedendo o título de cidadão honorário ou benemérito também são frequentes. Das 127 aprovadas, apenas 12 das leis podem ser consideradas importantes para toda a população. 12 leis importantes Uma delas aprova que o poder executivo crie o selo agrícola natural. O selo informa ao consumidor final que o produto foi produzido pelo sistema orgânico de produção; a lei foi criada por Alexandre Curi. Duas são de autoria de Gilberto Ribeiro. Uma torna obrigatória a fixação de cartazes sobre doenças sexualmente transmissíveis em cinemas, teatros, lojas de artigos eróticos, casas de massagem, saunas,
hotéis, motéis e estabelecimentos do gênero, do Paraná. E outra obriga farmácias e drogarias a manterem disponíveis para os clientes as bulas de medicamentos. Ney Leprevost elaborou 149 leis, apenas 28 foram sancionadas. Seis delas podem ser consideradas relevantes; uma delas exige a realização do ‘teste do coraçãozinho’ (exame de oximetria de pulso) em todos os recém-nascidos, no Paraná. Outras leis têm o seguinte teor : garantir ao idoso informação sobre seus direitos de manter acompanhante no período em que estiver internado ou em obser vação em hospitais do Paraná; proibir a ocupação de cargos ou funções aqueles que não tiverem a ‘ficha limpa’ (fez essa lei com outros quatro deputados - Stephanes Junior, Marcelo Rangel, André Bueno e César Silvestri Filho); estabelecer que as operadoras de telefonia celular e os fabricantes de aparelhos celulares deverão alertar os usuários sobre a possibilidade de danos à saúde, no âmbito do Paraná; inserir no roteiro turístico oficial do estado o ‘parque histórico de Ca-
rambeí’; e estabelecer a política estadual de apoio ao cooperativismo. Outras duas leis de importância nesses meses de mandato são de Marcelo Rangel. Ele cria lei que assegura ao cônjuge do consumidor de ser viços públicos o direto de solicitar a inclusão de seu nome na fatura mensal de consumo. E outra que dispõe sobre a ampla divulgação da cláusula de escusa ou objeção de consciência à experimentação animal nos colégios e universidades do Paraná. A última lei importante é de Valdir Rossoni, que estabelece prazo para conferir a regularidade tributária e financeira, do pagamento de empréstimos e da prestação de contas de recursos públicos recebidos por prefeituras municipais. Mudança de cargo O deputado Marcelo Rangel se candidatou a prefeito no município de Ponta Grossa. No início de 2013, elegeuse e obteve licença no cargo de deputado. Passa a assumir em seu lugar Alceu Maron Filho (PSDB), conhecido como Alcelzinho Maron. Maron já
teve seu mandato de deputado estadual cassado, por infidelidade partidária. Antes ele era filiado ao PPS, mas trocou de partido em 2011 para o PSDB, com a finalidade de disputar a prefeitura de Paranaguá. Como não conseguiu conquistar a prefeitura, acabou assumindo a vaga de Marcelo Rangel (PPS), mesmo não sendo mais filiado a este partido. Mesmo caso aconteceu com Augustinho Zucchi. No dia 1º de janeiro de 2013, foi eleito prefeito de Pato Branco (PR). Deixa então a ALEP. Em seu lugar, assume Gilberto Martin (PMDB), que obteve pouco mais de 40 mil votos nas eleições de 2010. O deputado Romanelli começou seu mandato em janeiro de 2011, mas resolveu mudar de cargo. Foi denominado no dia 3 de janeiro de 2011 o novo secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, pelo governador Beto Richa. Teve licença da Assembleia Legislativa do Paraná, mas ficou por um bom período com dois cargos ao mesmo tempo. Quem assumiu seu lugar na ALEP foi Elton Welter (PT).
Colunistas
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Larissa Mayra Falo de Teatro O sublime e o grotesco No dia 4 de dezembro de 1827, foi publicado por Ambrosio Dupont, em Paris, o drama “Cromwell”, de Victor Hugo. Porém, não vamos falar sobre o conteúdo da peça e sim do seu prefácio, escrito também pelo autor do drama. Ao escrever um prefácio do seu próprio drama, Victor Hugo deixa clara a sua intenção com a frase “Destruamos as teorias, as poéticas e os sistemas”. Com isso, o autor busca a liberdade da criação artística, pretende esmagar a estética clássica e representar o homem na sua
total complexidade. Uma das primeiras questões questionadas pelo autor é a postura do leitor que não se importa com as ideias do artista, se restringindo a obra finalizada, tendo como opinião apenas o bom ou ruim e se deixando levar pela opinião alheia. Dessa forma, escrever o prefácio do seu próprio drama é uma possibilidade de construir um contato com o leitor. O objetivo do prefácio escrito por Victor Hugo não é limitar a arte ou impor um ataque ou defesa do livro. Para ele, suas palavras
não deveriam ser aplicadas por outras pessoas e utiliza uma frase de São Tomás de Aquino para ameaçar as possíveis aplicações “Quem fizer aplicações, coma-as com pão”. Um dos temas abordados em profundidade no prefacio diz sobre a teoria das três idades. Para o autor, da mesma forma que o gênero humano passa por três fases, três grandes fases resultam no desabrochar da poesia, sendo elas: 1 – PRIMITIVOS: O homem desperta num mundo que ele acaba de nascer e a poesia desperta com
ele. Suas primeiras palavras é um hino perto de Deus. Nessa fase, o homem é jovem, lírico. 2 – ANTIGO: Nessa fase, esferas crescem, a família se torna tribo e a tribo se faz nação. O instinto social sucede ao instinto nômade. Choque das nações, guerra. A civilização torna-se ÉPICA. Tudo é simples. Há um culto ao lar, aos sepulcros. O épico se reinventa em diferenças formas, mas jamais perde o seu caráter. 3 – MODERNOS: Cristianismo (separa a alma do corpo). O homem se torna
Deus. Há uma inserção de um sentimento de melancolia. A Europa está em uma situação de ruína. O homem olha para o feio e o cristianismo conduz a poesia à verdade. O belo se mistura ao feio, o mal com o bem. Influenciado pela melancolia cristã e crítica filosófica, a arte se dispõem a misturar coisas antagônicas. Surge um novo tipo de se desenvolver na arte, o grotesco e a sua forma é a comédia. A união do tipo grotesco ao sublime resulta na arte moderna: complexa, variável e inesgotável nas suas criações.
“É, pois, o grotesco uma das supremas belezas do drama. Não é só uma conveniência sua; é frequentemente uma necessidade”, considera o autor. Nesse momento, você leitor deve estar pensando que essa coluna é dedicada a literatura, porém as reflexões de Victor Hugo são consideradas uma definição do teatro romântico, popular em diferentes partes na Europa do século XIX. FIM!
Pamela Castilho Eight Days a Week Música é terapia Há quem diga que a música foi uma das melhores invenções já feitas pelo homem. A música já tem muitas utilidades, seja meramente para diversão, relaxamento ou forma de sustento, é raro não ouvirmos pelo menos uma música durante todo um dia. Durante vários períodos do dia estamos em contato com diversos ritmos e diferentes estilos musicais. Na história da música, consta que o ritmo se antecedeu ao som, e os primeiros instrumentos musicais surgiram da própria estrutura do corpo humano. Outra vantagem: a música é um método de comunicação universal. Independente da língua em que é transmitida, a compreensão de ritmo e sonoridade é algo comum entre as pessoas. Tendo sido subdivida em vários “estilos” e segmentos, a música é
utilizada como forma de sensibilização. No cinema, por exemplo, é usada como trilha sonora para acompanhar as imagens da trama. Já pensou como seria assistir a um filme sem trilha sonora? No mínimo, impensável. A música dá, tanto aos filmes como à vida das pessoas, outro viés, outro ângulo e outra cor (figurativamente falando, é claro). Por isso, há quem diga que “a música é tão antiga quanto o homem”. Ela surgiu da necessidade de comunicação dos homens primitivos e surgiu, de início, imitando os sons produzidos pela natureza. Porém, com o seu desenvolvimento ao longo do tempo, a música começou a ter mais funções que só a comunicação, fazendo parte então de rituais religiosos, cultos, etc. Assim, se desenvolvendo ao longo de tempo, a música foi sendo
descoberta pelos seres humanos como tendo utilidades variadas. A partir do século XX, tratar a música como forma de cura passou a ser oficialmente um ramo da medicina. Esse processo começou a se consolidar na década de 1940, quando a musicoterapia (agora já com esse nome) passou a ser reconhecida como tratamento médico. Isso se deu graças ao uso da musicoterapia no tratamento de soldados feridos consequentes das 2ª Guerra Mundial. Vários músicos começaram a tocar em hospitais com o objetivo de amenizar a dor e sofrimento dos pacientes. Depois, porém, foi percebido que esse processo causou evidente melhora no quadro de muitos pacientes. Diante da experiência positiva vivenciada com os soldados, o primeiro curso universitário de musicoterapia foi criado
em 1944, na Michigan State University. Logo depois disso, com o surgimento de outros seguimentos da medicina, a musicoterapia ficou em segundo plano. Isso perdurou até a década de 1980, quando em 1985 foi criada a World Federation of Music Therapy e os valores da musicoterapia voltaram a ter maior reconhecimento. No Brasil, os primeiros cursos de musicoterapia foram criados em 1971, sendo no Paraná (Faculdade de Artes do Paraná) e no Rio de Janeiro. A musicoterapia é ampla e tem o objetivo de tratar distúrbios mentais e físicos. Num resumo simplista, essa área da medicina utiliza os diferentes sons para esse tratamento. Comumente muito usada no tratamento de crianças com autismo ou até câncer, a musicoterapia pode se entender ao tratamen-
to de adultos e idosos com os mais variados tipos de problemas de saúde. Assim como nos demais tipos de terapia, a musicoterapia avalia o estado emocional do paciente, estudando também suas capacidades cognitivas, físicas e comportamentais. A musicoterapia tem, entre seus objetivos, proporcionar uma melhor qualidade de vida, não somente tratar distúrbios de saúde, como ocorre em muitas outras áreas da medicina. Porém, o trabalho do musicoterapeuta também pode se associar ao trabalho de outros profissionais e médicos. Um exemplo é a combinação do trabalho da fonoaudiologia, dos educadores e da musicoterapia. Há escolas que utilizam essa área do tratamento médico como maneira de ajudar os alunos e desenvolver melhor a capacidade motora e intelectual de crianças.
Segundo uma definição feita pela Federação Mundial de Musicoterapia, a Musicoterapia é a utilização da música e seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) para facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. Se, num universo paralelo eu tivesse decidido seguir na área médica, poderia facilmente ter escolhido a musicoterapia. Afinal, o que pode ser melhor que unir música ao bem estar do nosso corpo? Música combina com tudo!
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NOTÍCI ANTIGA O lado estilista de o colorido uniforme dos uniformes mida Guarda Suíça. litares mais antigos Michelangelo Os renomados artistas da Renascimento são famosos pela capacidade de trabalhar com primor em diversas formas de arte. Michelangelo é um destes. Famoso pela escultura de Davi, o trabalho magnífico na Capela Sistina, Michelangelo também ganha crédito de estilista para um dos uniformes militares mais famosos do mundo:
O uniforme da Guarda Suíça Pontifícia passou por diversas modificações ao longo dos cinco séculos de existência da guarda oficial do Papa. Porém, no dia 19 de setembro de 1909, Jules Répond (que no ano seguinte viria a se tornar líder da Guarda) resgatou os elementos espalhafatosos do uniforme idealizado por Michelangelo. Considerado um
do mundo, o clássico traje azul, laranja e vermelho com um glamoroso penacho no capacete nem sempre são utilizado pelos membros da Guarda Suíça. Em ocasiões cotidianas, os militares usam um uniforme mais simples, colorido apenas de azul. A vestimenta tricolor fica guardada para solenidades e ocasiões especiais.
O que fazer em Curitiba? Exposição “Consiente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Museu de Arte Contemporânea Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contemporânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e axposição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kaminishi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337. Teatro Novelas Curitibanas De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Novelas Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psicodélico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.