Lona 833 - 20/09/2013

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Notícia Antiga No dia 20 de setembro de 2001, o presidente americano George W. Bush declarou que o Estados unidos estavam numa guerra contra o terrorismo

Edição 833

Curitiba, 20 de setembro de 2013

lona.redeteia.com

Segundo dia de greve com 268 agências fechadas Bancários de Curitiba

Mantendo o padrão dos últimos três anos, os bancos entram em greve em 2013 para reinvindicações de reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Ao todo são 268 agências bancárias fechadas em Curitiba e Região Metropolitana, além de 13 centros administrativos em Curitiba. O total de funcionários em paralisação é de cerce 13,2 mil. O reajuste salarial reivindicado é de 11,93% e ainda o aumento do piso para R$ 2.860,21.

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Uso excessivo de aparelhos tecnológicos pode trazer efeitos negativos futuros à crianças A era tecnológica de hoje não afeta apenas o adultos, ela atinge também crianças. O uso excessivo de aparelhos tecnológicos durante a infância pode ser prejudicial, afetando não somente as atividades motoras como também o excesso de estímulos visuais pode tornar a criança apática ao que é repassado em sala de aula.

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Opinião Editorial

Musicletada

Por onde anda?

“O musicletada permite curtir a família que, com a correria do dia a dia fica mais difícil de compartilhar bons momentos juntos”, Giuliana Nogara.

O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex -aluno Guylherme Fogo Custódio.

Colunistas

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Séries

Moda

Na Sexta fora de série de hoje, Júlia Trindade comenta as expectativas para a série Agents of S.H.I.E.L.D., a primeira aposta da Marvel na Televisão.

“Moda realmente pode ser considerada Arte? E, já que esse dinheiro é publico, porque os desfiles são fechados para convidados?”, Elana Borri.


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Editorial

O homem que ia enterrar um carro Um brasileiro super rico. Um carro muito caro. E uma ideia muito boa. Essa foi a receita que a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos encontrou para incentivar as pessoas a serem doadoras. A campanha consistiu em fazer, durante uma semana, anúncios diários de que Chiquinho Scarpa, milionário da alta socie-

dade, enterraria seu Bentley, um carro que custa de R$ 900 mil a mais de 1 milhão de reais. Segundo o ricaço, ele faria como os faraós do antigo Egito, que enterravam suas maiores riquezas nos próprios palácios. Como não poderia deixar de ser, a notícia invadiu as redes sociais, tamanho era o absurdo do seu

Por Onde Anda?

conteúdo. Esbanjador, metido e “só quer aparecer” foram alguns dos comentários a respeito de Scarpa. Sem mais detalhes, a notícia era de que o enterro aconteceria hoje. No entanto, a surpresa foi de que Scarpa fez a analogia para mostrar quantas pessoas são enterradas por ano, com órgãos saudáveis, sem dar a possi-

Expediente

trela Leminski e Téo Ruiz traz a poesia de Paulo Leminski para o festival com o espetáculo “Essa Noite Vai Ter Sol” que homenageia o celebrado poeta paranaense, apresentando canções compostas por ele e seus parceiros mais notáveis. No mesmo dia Trombone de Frutas banda, revelação da cena curitibana, que recentemente dividiu o palco com o pernambucano Siba na Boca Maldita e vem colecionando elogios na imprensa. A Locomotiva Duben e a Confraria da Costa

só chamaram atenção de uma forma brilhante para o problema, como também expuseram um lado não tão nobre da mídia. Mesmo com um lado negativo, a campanha faz seu papel para abrir a Semana Nacional de Doação de Órgãos, de 23 a 29 de setembro. Scarpa, ao dizer que as pessoas enterram coisas muito mais

valiosas que seu carro, chama atenção ao fato de como é simples nos declararmos doadores (basta avisar sua família), para que o Brasil deixe de ser um país tão carente em doadores, ainda que esteja no topo do ranking dos países que mais fazem transplantes no mundo.

Guylherme Fogo Custódio Andei por Itajaí, pelo teatro, pela música e agora ando pelas letras. Quando me formei (2008) fazia estágio na assessoria da Secretaria de Estado da Cultura e não poderia continuar, mas tinha

Música e bicicleta Neste final de semana acontece a Musicletada, um festival muito interessante pois reúne duas coisas agradáveis: música e atividade ao ar livre. O festival tem início na Praça Nossa Senhora de Salete nos dias 21 e 22 àss 10h da manhã e conta diversas práticas saudáveis como Yoga para adultos e crianças. Quem abre as atrações musicais do evento no primeiro dia é o grupo Serenô, famoso pelos dançantes bailes na tradicional Sociedade 13 de Maio. Na sequência o casal Es-

bilidade de viver a quem espera por um transplante. A estratégia é, no mínimo, curiosa. Apesar de extremamente inteligente, ela traz à tona a maneira como a imprensa e as redes amplificam assuntos, muitas vezes, sem nenhuma noticiabilidade. Ao saber e aproveitar-se disso, os idealizadores da campanha não

boas perspectivas. Participei de atividades acadêmicas, fiz estágios e ganhei prêmios. Mesmo assim fiquei fora da área. Em 2010 trabalhei em um jornal de Itajaí/SC, mas não deu cer-

to. Trabalhei na bilheteria do Festival de Curitiba e depois no Teatro Regina Vogue. De volta para a área assessorei o artista Mc Cabes. Em 2013 comecei tudo de novo. Estou cursan-

do Letras, estagiando na agência FG1 e colaborando com a agência Lab300. E claro, desde 2008 mantenho um blog de contos e crônicas, o DiVagá (www.divag.blogspot. com).

Giuliana Nogara encerram o sábado (21) com duas apresentações conhecidas e queridas pelo público do festival. A Banda Mais Bonita da Cidade abre as atrações musicais do domingo (22) – Dia Mundial sem Carro – às 14h com canções do novo álbum “O Mais Feliz da Vida”, que tem lançamento previsto para outubro e deve mobilizar uma expressiva quantidade de fãs ao local. Logo após o cantor e compositor Bernardo Bravo, mostra seu novo trabalho “Arlequim”, disco solo

voz e piano, que será apresentado com arranjos e banda especialmente preparados para o festival. Janaína Fellini, após ser bem recebida em turnê pelas principais capitais do país, volta a apresentar o show do seu recente disco em Curitiba. Janaína passa o microfone para o Mc CABES, referência do hip-hop curitibano e que terá a responsabilidade de “dar boas vindas” a “Marcha das 2013 Bicicletas” com previsão da participação de mais de 3mil ciclistas que pedalam

pelo dia mundial sem carro. Para encerrar, o grupo Real Coletivo, lança seu segundo álbum, “Venha Vê”, trazendo a música “Vou de Bike” que é praticamente um hino do festival. Além da extensa programação musical, o Musicletada traz oficinas de materiais recicláveis, distribuição de mudas nativas, debates sobre desenvolvimento sustentável e mobilidade, atividades esportivas em parceria com a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, bazar de trocas cen-

Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Da Redação Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

tradas na cultura da bicicleta e práticas de yoga e meditação. 10h da manhã uma prática de Yoga, seguida pela orquestra de silêncio e oficina de mantras harmonizam as energias e dão as boas vindas ao público. Na sequência, 14h debates e oficinas sobre desenvolvimento sustentável e mobilidade com a designer Rosângela Araújo mostram que o evento, além de uma festa é também ponto de encontro para trocas de ideias e um novo (re)pensar social


Notícias do Dia

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Cerca de 13,2 mil trabalhados estão parados por causa da greve dos bancos Os reivindicantes paralisaram 268 agências com o objetivo de exigir melhores condições de trabalho Lucas de Lavor fruto de uma insatisfação dos bancários em função da postura do banqueiro, um dos segmentos que mais lucra no país, porém que mais sofre também”. O principal objetivo, explica Otávio, é retomar o diálogo. “É retomarmos a negociações para nosso efetivo funcionar bem. É uma mobilização nacional e não vamos sair de greve até conseguirmos”. Ainda para essa tarde, uma assembleia está marcada no Espaço Cultural e Esportivo às 17h. A mobilização, que irá reunir delegados e dirigentes sindicais junto com os trabalhadores da categoria, é analisar os primeiros dias da greve e planejar quais serão as próximas atitudes tomadas. “As condições de trabalho são primordiais”. Otávio reforça que não é só pelo salário. “Além das pautas econômicas que discutimos com o ban-

queiro, há também as cláusulas sociais de saúde, trabalho e segurança”. A insegurança do emprego preocupa os trabalhadores mais velhos que têm medo de serem substituídos: “Em Curitiba, 597 funcionários foram homologados em 2012, é um número expressivo e assusta. Isso tem apenas um objetivo, que é reduzir custos. Quando você é desligado e tem certo tempo de serviço, é substituído por um trabalhador mais jovem que recebe um terço do salário do anterior”.

SEEB Curitiba

A greve dos bancários em Curitiba entra hoje no seu segundo dia. Já são 268 agências fechadas em Curitiba e Região Metropolitana, além de treze dos centros administrativos de Curitiba que sozinhos contabilizam 50% dos bancários sindicalizados. Os números da assessoria do Sindicato dos Bancários apontam que são 13,2 mil trabalhadores parados no momento. As principais reivindicações dos bancários são respeito com os funcionários, clientes e benefícios básicos como auxílios alimentação e refeição. Estão na pauta também reajuste salarial de 11,93%, piso de R$ 2.860,21 e também o fim de demissões, metas abusivas, assédio moral e condições trabalhistas em geral. Para o Presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba, Otávio Dias, o motivo da greve é claro. “Isso é

Greves anteriores Nos últimos três anos, os bancos de Curitiba (e de outros munícipios) fizeram paralisações reivindicando reajustes e melhorias no trabalho. O ano de 2011 foi o que apresentou a paralisação mais longa, um total de 20 dias (em 2010 foram 15 dias e em 2012 fo-

ram 9). Coincidência ou não, foi nesse mesmo ano que os reivindicantes conseguiram a maior conquista, 9% de reajuste salarial. Em 2012, mesmo que a paralisação tenha sido mais curta, a conquista foi

superior à de 2010. Serviço Quem precisa dos serviços dos bancos pode buscar outros meios de obtê-los. Os caixas eletrônicos e bancos 24 horas con-

tinuam funcionando normalmente, assim como os atendimentos eletrônicos via internet, aplicativos em celulares e telefone.

Overdose tecnológica infantil Luana Vosgerau e Victória Pagnozzi

Vive-se hoje uma verdadeira “era da tecnologia’’, e não são apenas os adultos que estão enfeitiçados com as maravilhas tecnológicas. Estas estão chegando cada vez mais cedo às mãos das crianças. Com tablets, smartphones e notebooks, elas estão cada vez mais antenadas e espertas. Mas será que existe um limite para esse contato precoce com os aparelhos eletrônicos? É certo que essa overdose tecnológica infantil pode trazer benefícios, visto que as crianças estão ficando cada vez mais rápidas. E também podem beneficiar crianças e jovens com paralisia cerebral, como é o caso do software Livox, criado por

Carlos Pereira, que permite que estas se comuniquem com os demais por meio de toques e figuras que emitem sons e mensagens. Mas o excessivo uso de aparelhos tecnológicos durante a infância pode ser prejudicial. Segundo a psicóloga Priscila Santos, o uso precoce de aparelhos tecnológicos transmite à criança a sensação de poder “deletar” os erros, e a criança não percebe que “algumas coisas fora do universo tecnológico não podem ser deletadas”, diz a especialista. Ela ainda cita dois outros malefícios: o primeiro é a não realização de atividades motoras, pois as crianças passam a usar somente o toque

na tela, e o segundo é o excesso de estímulos visuais aos quais a criança fica exposta desde pequena, o que a torna apática diante de um quadro negro na escola, ou então de um livro. Nayane Maia, mãe de Isabelle, 1 ano, diz como impõe limites à filha quanto ao uso do IPad: “Eu acho que o uso deve ser moderado, afinal, a infância da criança não pode se resumir a ficar trancada em um quarto. Tem que ter hora pra essas coisas”. Milena Ribeiro, mãe de Luiza, de quase 3 anos, concorda: “A melhor maneira de impor limites aos filhos é por controlar o tempo de uso dos aparelhos tecnológicos”. Ambas afirmam que a criança

deve alternar essa experiência tecnológica com idas ao parquinho, brincar com os amigos, correr e pular. A psicóloga acrescenta: “A substituição das atividades lúdicas por material tecnológico retira da criança todo esse momento de desenvolver e fantasiar. O excesso de informação de jogos eletrônicos interfere na criatividade e na concentração”. Os exemplos de Isabelle e Luiza mostram que as crianças, hoje, desde muito cedo têm contato com a tecnologia. Isso causa espanto às mães. “A Isabelle começou a pegar o Ipad primeiro pra ver a Galinha Pintadinha. Mas como toda criança é

curiosa, ela começou a mexer na tela e viu que dá pra mudar as coisas só com o dedinho. Agora, segura! Se ela vê um Ipad, já mete o dedo!”, diz Nayane Maia. A mãe Milena Ribeiro também diz que a situação das crianças atualmente é muito diferente de alguns anos atrás: “A Luiza só tem 2 anos e 11 meses, e parece que já nasceu sabendo (mexer no Ipad). Minha outra filha, 10 anos mais velha, não era assim! E a diferença de idade não é tão grande!”. Mas a maior preocupação dos pais talvez deva ser os efeitos futuros que o contato excessivo com aparelhos eletrônicos pode causar aos filhos, como a situa-

ção mais do que comum destes de ficar muito tempo na internet durante a adolescência, ou a falta de traquejo social. “Se a criança se concentra apenas em contatos e informações virtuais, acaba esquecendo como utilizar os recursos pessoais para bem desenvolver suas relações. Seja na escola ou em outros ambientes, sem os recursos visuais e tecnológicos, a criança ou adolescente pode se sentir deslocado, fato que o motiva a se isolar em ambientes virtuais”, conclui a psicóloga Priscila Santos.


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Geral

A queda de um Império Jornalístico a Norte Luís Alves

A estória é simples e conta-se em poucas linhas. Há 30 anos havia uma cidade no norte de Portugal cheia de fulgor, que emanava vida e não sabia o que a palavra crise significava. A banca privada, os grandes grupos económicos, o comércio resplandecente e uma presença política notada a nível nacional faziam dessa cidade uma verdadeira capital económica e de poder. Depois, por razões várias, a banca transferiu-se para outras paragens, os grandes grupos económicos seguiram o caminho e o poder – sempre próximo da economia – mudouse igualmente. Com a partida, ficou órfão o comércio que viu perder grandemente a sua expressão. Mas não só. A imprensa dessa cidade cujo nome anda nas bocas do mundo também esmoreceu. Em alguns casos foi mais do que isso. Morreu, mesmo. Chama-se Porto a cidade que viu o sol desaparecer quando todos se foram embora. Quem só conheceu a cidade do Porto a partir dos anos 90 não pode imaginar o que ela foi só por ouvir quem viveu o quase el dorado nortenho. Se fosse uma comboio,

Miguel Ângelo Pinto, director do Semanário Grande Porto (GP).

a Invicta, até à década de 90, ia a todo o vapor. A acompanhar o ritmo dos meandros político-económicos, estava a imprensa. E tinha três títulos: “O Comércio do Porto”, “O Primeiro de Janeiro” e o “Jornal de Notícias”. Três colossos jornalísticos, que ocupavam edifícios inteiros sem vergonha e com orgulho. Faziam mexer a cidade, num frenesim de profissionais – jornalistas, fotógrafos, gráficos, tipógrafos, etc. - que imprimiam e reflectiam um Porto vivo, quase adolescente tal era a euforia.

tante. Nos anos 70 era o grande jornal da cidade. Imprimia milhares de exemplares e tinha uma estrutura monstruosa”.

“O Primeiro de Janeiro”, conhecido no meio como apenas “Janeiro”, apesar de mais pequeno do que o “Comércio” tinha também uma presença notada. Hoje em dia vai resistindo, ainda que muito diferente. Jorge Pinto olha -o como “um travesti do jornal que foi” e Miguel Ângelo Pinto, director do Semanário Grande Porto (GP), recorda que o seu “fim” deveu-se à O crash do Porto uma “latente falCom a desloca- ta de escrúpulos” ção de tudo, veio das administrao crash. Para Ri- ções. cardo Jorge Pinto, actual sub-director da Agência O rg u l ho s ame nte Lusa e ex-jorna- regionais lista do Expres- Ambos, Miguel so, o caso mais Ângelo Pinto e flagrante foi o do Ricardo Jorge “Comércio”. “É Pinto, corroboum exemplo gri- ram a tese de que

a mudança dos centros de poder foram decisivos para a decadência mediática do Porto. Ainda assim, o primeiro acrescenta uma razão. “A matriz burguesa do Porto esfumou-se. O Porto era uma cidade que lia. E lia com fulgor os jornais da sua cidade. Aliás, os três jornais tinham todos eles os seus públicos. Sabia-se perfeitamente quem lia “O Janeiro”, quem lia “O Comércio” e quem lia o “Jornal de Notícias”. Com a perda dessa marca societária, acrescenta Ângelo Pinto, o Porto “perdeu leitores e consequentemente jornais”. Num aspecto, ambos os directores concordam: o Porto é uma cidade muito mais pobre sem os grandes actores jornalísticos que operavam a norte. “Uma cidade com um só

jornal não pode ser uma cidade mediaticamente saudável. Quanto mais não seja porque esse jornal não tem concorrência”, lamenta Ângelo Pinto, num tom grave. O director do GP, que afinal contribui para o JN não seja o “único”, enchese de entusiasmo quando fala do projecto que dirige. “O GP tenta reaver a marca nortenha que os jornais tinham e, mais do que isso, não tem quaisquer ambições de vender em Coimbra ou em Lisboa. Somos orgulhosamente regionais, sem sermos paroquianos.” Uma cidade morta Quem passa na Rua de Santa Catarina não imagina que a grande superfície comercial lá instalada, o “Via Catarina”, já albergou um jor-

nal. Foi a casa d’ “O Primeiro de Janeiro”. A poucos metros da entrada, Arminda Mota vende castanhas ao som de uns poucos cantores de rua. Lamenta uma “cidade morta”, mesmo na artéria mais comercial da cidade. “Os jornais davam vida à cidade”. Ricardo Jorge Pinto acredita que a conjuntura que Arminda Mota descreve pode mudar. “Com boas universidades no Norte, acredito numa regeneração”. É o que esperam os portuenses e os nortenhos. É o que espera todo um país. Afinal de contas, o Porto foi sempre o detonador de serviço nos piores momentos.


Colunistas

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Elana Borri Moda por aí Lei Rouanet A Lei Rouanet, simplificando um pouco, é uma lei de incentivo à cultura e as artes em geral, como música, literatura, exposições, etc. Entretanto, no dia 22 de agosto, o Ministério da Cultura aprovou a captação de recursos via esta lei para a realização de desfiles, e isso tem gerado muita polêmica. Ate agora, três estilistas já se beneficiaram desta lei: Alexandre Herchcovitch, que recebeu 2,6 milhões de reais, Pedro Lourenço 2,9 milhões e Ronaldo Fraga 2 milhões. A lei incentiva a produção

de moda pois isenta os estilistas das cargas tributárias, porém isso não significa que a captação seja bem sucedida. O problema surge em dois pontos: moda realmente pode ser considerada Arte? E, já que esse dinheiro é publico, porque os desfiles são fechados para convidados? O assunto divide até mesmo os que estão inseridos no mercado da moda. Pois então, moda é um estilo de arte SIM, por mais que queiram negar. Moda é o um dos meios que os estilistas/artistas podem se expressar. Nada mais é do que uma

representação de um estilo, ou de um país, de uma época. O que seriam dos filmes considerados obras primas se os figurinos também não fizessem parte do enredo? B onequinha de Luxo está aí para a prova. Um dos argumentos de Alexandre Herchcovitch é de que um quadro, depois que ele é exposto, é vendido. As roupas também: depois de um desfile, elas são vendidas. Ele também contou que quando foi requisitar o auxilio da Lei Rouanet, teve dificuldades com o nome Estilista, porém com o nome Artista, a si-

tuação foi diferente. Isso demonstra claramente o preconceito que a moda ainda sofre. Muita gente ainda acredita que moda é só para os que tem poder aquisitivo, e isso não é verdade! Moda é para tudo e para todos. Na segunda “parte” da polêmica, que é a de que já que os desfiles são bancados com o dinheiro público, eles deveriam ser abertos para todos. Aí entram duas vertentes: a de quem espera o retorno para o capital brasileiro e a daqueles que querem “usufruir” deste gasto já. Quem está no pri-

meiro grupo são estilistas e políticos, como a própria Ministra da Cultura Marta Suplicy. Ela defende que a aplicação desde dinheiro nos desfiles é uma forma de incentivo àqueles que não têm tanta oportunidade de expor no exterior (entrando em contradição: então porque dar esse dinheiro para Herchcovitch, Lourenço e Fraga já que eles são os maiores nomes da moda nacional e possuem sim reconhecimento lá fora? Debate para depois). A Ministra ainda explicou que o governo não irá patrocinar as marcas, e

sim o setor de moda, partindo de quatro eixos: internacionalização, tradição brasileira, preser vação de acer vo e formação de estilistas e pequenos desfiles. Para aqueles que preferem usufruir o incentivo desde já, uma má notícia: os estilistas não pretendem deixar o público em geral comparecer aos desfiles. Infelizmente, nesse quesito vou discordar dos artistas. Todos tem direito à cultura, ao lucro, à manifestações de opinião e ao entretenimento. E é isso o que a moda é: lucro aliado à opinião .

Júlia Trindade Sexta fora de série Agents of S.H.I.E.L.D Pela primeira vez na coluna “Sexta Fora de Série” vou escrever sobre uma série que ainda não estreou, mas que há grandes expectativas em relação a ela. Eu já fiz um texto sobre a oitava temporada de Skins antes do primeiro episódio, mas tinha bastante material para analisar sobre o estilo dela. Já Agents of S.H.I.E.L.D, a novidade do momento, será uma surpresa. Criado por Joss Whedon, Jed Whedon e Maurissa Tancharoen, o seriado é baseado na organização S.H.I.E.L.D da Marvel Comics. A série, que foi encomendada no começo de maio desse ano, será exibida pela primeira vez no dia 24 de setembro de 2013. O enredo, de acordo com as informações que foram liberadas até agora, é sobre um

grupo de agentes, reunido por Phil Coulson, com o objetivo de resolver casos e descobrir novos indivíduos “super-humanos” espalhados pelo mundo. Phil Coulson (Clark Gregg), além de ser o personagem principal, é o agente que supervisiona a maioria das atividades da S.H.I.E.L.D. Os outros agentes são Melinda May (Ming-Na Wen), Grant Ward (Brett Dalton), Skye (Chloe Bennet), Leo Fitz (Iain De Caestecker) e Jemma Simmons (Elizabeth Henstridge). Todos esses personagens tem habilidades e especialidades distintas e, juntos, formam, um grupo mais completo e preparado para futuros desafios. Alguns fãs ficaram muito animados, já outros estão desconfiados. Antes de tudo

é preciso entender alguns aspectos importantes da série: Agents of S.H.I.E.L.D, apesar de estar ligado ao filme The Avengers de alguma forma, pretende funcionar como um trabalho novo que vai seguir seu próprio caminho com personagens novos e histórias interessantes e atraentes com personagens interessantes e atraentes tanto para os fãs da Marvel quanto para as

pessoas que ainda não assistiram aos filmes. Agents of S.H.I.E.L.D, segundo os criadores da série, é uma história que se passa depois do filme The Avengers. Então, como é possível que Coulson esteja vivo depois de ter “morrido” no filme? Os fãs já publicaram diversas teorias sobre como o personagem poderia ter voltado à história. Algumas são plausíveis

e outras são bizarras, mas a verdade só será revelada na própria série. Ou pelo menos é o que eu espero. Se um personagem volta de maneira tão inesperada, o público merece uma resposta clara. Não será fácil chegar no mesmo nível de qualidade que um blockbuster como The Avengers, ainda mais por meio de uma série de TV. Porém, S.H.I.E.L.D aparenta

ser um seriado promissor e tem a vantagem de ter várias possibilidades em termos de enredo e histórias novas. A primeira temporada, que estreia semana que vem, tem 13 episódios previstos e será exibida pela emissora norte-americana ABC.


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NOTÍCI ANTIGA Nove dias foi o tempo que o, então, presidente George W. Bush levou para declarar que o Estados Unidos entravam em uma guerra contra o terrorismo após o atentado do 11 de setembro. Essa guerra declarada é a característica mais marcante do governo americano desde o atentado. Mesmo quando o democrata Barack Obama substituiu Bush em seu segundo mandato, essa tal guerra dita quase todos os

movimentos políticos do país. Há quem defenda com fervor que toda essa situação foi uma estratégia maquiavélica do presidente Bush para governar a nação através do pânico e arrecadar aliados ao redor do globo. Teorias da conspiração à parte, o fato é que o atentado do 11 de setembro foi uma tragédia para muitas famílias e a guerra proveniente desse fatídico acontecimento já fez

muitas vítimas dos dois lados da disputa. O medo do terrorismo é uma característica tão marcante do povo americano no pós-11 de setembro que já foi retrada diversas vezes em produtos culturais americanos. Dois grandes examplos são os aclamados filmes de Kathryn Bigelow, Guerra ao terror e A hora mais escura.

O que fazer em Curitiba? Exposição “Consiente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Museu de Arte Contemporânea Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contemporânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e axposição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kaminishi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337. Teatro Novelas Curitibanas De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Novelas Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psicodélico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.


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