Notícia Antiga No dia 24 de setembro de 1949, Pedro Almodóvar, um dos nomes mais importantes do cinema europeu, veio ao mundo
Edição 835
Curitiba, 24 de setembro de 2013
lona.redeteia.com
CNJ suspende aposentadoria de Clayton Camargo
ANPr
Ontem o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná renunciou ao cargo ao pedir aposentadoria alegando problemas de saúde, porém o pedido foi suspenso pelo corregedor Francisco Falcão do Conselho Nacional de Justiça a pedido do Ministério Público Federal que alegou que Clayton estaria “fugindo” das investigações conduzidas pelo CNJ.
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Idosos contam como a atividade física a qualidade de vida e o bem-estar, e quais são as melhorias notáveis na saúde quando passam a fazer exercícios continuamente. E personal trainer dá dicas de quais são os melhores exercícios para serem realizados na “melhor idade”, e também quais são os benefícios adquiridos por idosos que praticam esportes regularmente.
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Opinião Editorial
ONU
Por onde anda?
“A verdade é que,
“ A política imigrató-
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluno Rodrigo Ferraz Cesar.
como a maioria dos impostos excessivos, o pedágio é mais uma forma de reverter o dinheiro brasileiro para o privado, e não para o público.”
ria brasileira, apesar de incentivar a imigração qualificada, precisa de forte reestruturação para ser adequada a um país ciente de sua responsabilidade humanitária,” Lis Claúdia.
Colunistas
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Política
Música
“Vários momentos na história da humanidade, foram marcados por decisões que, mesmo contra todos os padrões legais, foram necessárias para um bem maior.”, Jorge Washington
“O texto da coluna de hoje é um pouco diferente. Não fala sobre música, mas fala sobre um assunto que aflige a quase todos: o passar dos anos”, Pamela Castilho.
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Editorial
Ou liga a britadeira ou abaixa a tarifa Para quem acha que o valor pago pelos usuários das praças de pedágio é muito alto, uma novidade: nessa semana, será firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que prevê uma perda parcial da receita das empresas responsáveis pelas rodovias que não entregarem as obras no prazo previsto no contrato. Ou seja, ao invés de multar a concessionária pelo atraso, o
documento assegura uma redução na tarifa, para que o benefício se destine ao usuário. A medida será aplicada no próximo reajuste de tarifas. O capital arrecadado na cobrança de pedágios deve ser investido na melhoria das vias para facilitar o tráfego, beneficiando – se é que “beneficiar” é o termo adequado, considerando que o cidadão está pagando pelo serviço - o
Por Onde Anda?
motorista. Porém, os únicos favorecidos – e dessa vez o termo está correto – são os órgãos reguladores, que estabelecem preços acima da inflação justamente para angariar seus lucros em cima dessa receita. Essa alteração nas regras é a primeira decisão em prol do usuário, que também é lesado tanto pelo atraso das empresas quanto pela má manutenção das rodo-
vias. Se a medida for cumprida com efetividade, de uma forma ou de outra, o pedágio será utilizado para aquilo que realmente se destina. Se as obras atrasarem, a tarifa diminui, o que, consequentemente, beneficia apenas o usuário. Para que isso não aconteça e a empresa não tenha prejuízos, o órgão regulador fará o máximo para que não haja nenhum
problema com o andamento do projeto e nem no cumprimento da data estipulada. Ou seja, por mais que o valor do pedágio continue o mesmo, o cidadão pode ver o resultado da cobrança de impostos. A verdade é que, como a maioria dos impostos excessivos, o pedágio é mais uma forma de reverter o dinheiro brasileiro para o privado, e não para o público. Ele fun-
ciona como uma espécie de instrumento que explora os recursos para suprir gastos. Das duas, uma: ou as rodovias continuam desestruturadas, ou as empresas prolongam as reformas por muito tempo. Independente do motivo, qualquer que seja a opção escolhida, a problema permanece, e o motorista não é considerado o alvo das melhorias.
Rodrigo Ferraz Cesar Ao longo da faculdade, minha principal área de interesse foi a política e no final do meu último ano fui convidado a trabalhar para a Câmara Federal no gabinete de um deputado. Comecei desenvolvendo e gerenciando mídias digitais, escrevendo artigos e releases. Nos 3 anos que
trabalhei na Câmara dos Deputados assumi novas responsabilidades e coordenei toda a comunicação do gabinete. Trabalhei na equipe de comunicação e marketing de duas campanhas eleitorais vitoriosas (uma para deputado federal em 2010 e outra para prefeito em 2012) e desde janeiro de
2013, sou Chefe de Imprensa e Relações Públicas da Prefeitura de São José dos Pinhais. Faço o meio campo entre a Imprensa e a Prefeitura, a edição final das notas, matérias e releases enviados para a imprensa e o planejamento de comunicação da instituição. Continuo investindo na minha
formação acadêmica e hoje faço MBA em Marketing. Também dou aulas particulares de inglês e faço freelas para empresas privadas que querem melhorar seu rankeamento no google através da produção de artigos específicos para cada segmento.
O Brasil com os olhos na ONU e os braços cruzados Lis Claudia Ferreira Mantendo a tradição da Assembléia Anual da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil fez a abertura dos discursos nesta terça (24). O Brasil tem esse “privilégio” por ter sido o primeiro país a se tornar membro das Nações Unidas após a 2ª Guerra Mundial. Este compromisso é estratégico e poderá influenciar nos planos brasileiros de obter assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Essa posição, além de garantir ao Brasil o poder de interferir na manutenção da paz mundial, nos daria o prestígio político e econômico que, os membros permanentes (França, Estados Unidos, Reino Unido, Rússia e China), pro-
Expediente
vavelmente não estejam dispostos a dividir. Apesar da dificuldade em conseguir o apoio dos membros permanentes, o Brasil tenta ganhar a notoriedade necessária para conseguir alcançar seu objetivo - as várias tentativas do presidente Lula em convencer Ahmadnejad a entregar o urânio enriquecido do Irã, visavam ganhar a credibilidade internacional. Entretanto, o Itamaraty e o Ministério da Justiça, não parecem tão preocupados em serem “bem vistos” quando o assunto é imigração. A política imigratória brasileira, apesar de incentivar a imigração qualificada, precisa de forte reestruturação para ser adequada a um país ciente de sua respon-
sabilidade humanitária. O Brasil coordena a Minustah - Missão de Paz da ONU no Haiti - e havia se comprometido a conceder visto humanitário para os haitianos que desejassem vir ao Brasil fugindo da situação de pobreza extrema do país. Essa decisão foi posteriormente revogada. O coronel José Mateus Teixeira Ribeiro é oficial de comunicação do CCOMSEx – Centro de Comunicação Social do Exército, serviu na Missão de Paz do Haiti e declara que os vistos dados aos haitianos não são humanitários: “Quando o visto é concedido na embaixada brasileira, é um visto de trabalho, o fato de a população não ter a qualificação necessária é um problema do país”. Os haitianos continuam
entrando clandestinamente no Brasil e a maioria acaba vivendo em condições subumanas (muito próximas da realidade no Haiti) na pequena cidade de Brasileia, no Acre. O governo brasileiro não se responsabiliza pela situação em que vivem esses imigrantes e não parece planejar nenhuma mudança nas políticas de concessão de visto aos haitianos. O Brasil também tem mostrado o pouco compromisso com políticas imigratórias em relação aos sírios. Tendo uma das maiores comunidades sírias fora do Oriente Médio, o Brasil recebeu desde 2011 quando iniciaram os confrontos na Síria, menos de 300 sírios, a maioria com visto de turismo. Questinado sobre visto de
refúgio para sírios, o Itamaraty apenas informa que para obter esse visto, é necessário estar em solo brasileiro e para isso, precisa possuir o visto de turismo (não surpeende os haitianos entrarem ilegalmente no país). Sobre a concessão de visto de turismo para cidadãos sírios o Itamaraty orienta a procurar o Conculado Brasileiro do Líbano que por sua vez, declara que só é possível obter o visto mediante apresentação de comprovante de trabalho no país de origem, extrato bancário dos últimos seis meses e carta convite. Para os sírios, é praticamente impossível conseguir os documentos solicitados pela embaixada brasileira pois muitos bancos e orgãos públicos foram des-
Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Isabelle Kolb Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira
truídos ou fechados por causa dos conflitos. O Brasil portanto, tem tentado (com baixíssimo desempenho) por meio da concessão de visto de turismo ou trabalho, ser visto como um país humanitário e conseguir os olhos e apoio do mundo para sua candidatura à cadeira no Conselho de Segurança. Esperamos que o discurso da presidente Dilma, seja mais eficaz em esconder toda a falta de interesse do país em socorrer vítimas da guerra ou resolver problemas que já se tornaram uma crise em Brasileia. Caso contrário, a vaga no Conselho de Segurança, será – como muitos declaram que é – um sonho utópico distante.
Notícias do Dia
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Pedido de aposentadoria de Clayton Camargo é suspensa pelo CNJ O presidente do TJ pediu ontem a aposentadoria que foi suspensa pelo CNJ a pedido do MPF. Segundo nota oficial, o MP alega que ele estaria “fugindo” das investigações feitas pelo CNJ Lucas de Lavor O Desembargador Clayton de Coutinho Camargo, Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, renunciou e pediu aposentadoria na tarde de ontem (23) que foi suspensa pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão. Segundo o Ministério Público, Clayton estaria fazendo isso para fugir de um possível processo administrativo disciplinar. Em nota oficial, Falcão teria notificado o Ministério Público Federal (MPF) que pediu concessão de liminar e impedir a trâmite do pedido de aposentadoria. Com isso, Cleyton Camargo mantém o seu cargo como presidente do TJPR. Antes de renunciar, Clayton adiou a abertura do processo licitatório de reforma do
Palácio da Justiça que tinha sido anulado pelo vice-presidente do TJ, Paulo Roberto Vasconcellos. O pedido de aposentadoria, que foi encaminhado ao Órgão Especial, foi aprovado por unamidade pelos desembargadores que elogiaram as realizações de Clayton no curto espaço de tempo que ficou como presidente. A eleição para o novo presidente está marcada para as 13h30 do dia 03 de outubro. Os desembargadores que quiserem se candidatar tem até o dia 30 de setembro. Em nota oficial, Clayton pediu a aposentadoria por motivos de saúde. Trajetória Clayton Camargo assumiu o cargo de presidente no iní-
cio do ano vencendo, nas eleições, um empate no segundo turno com o Desembargador Guilherme Gomes e Clayton foi eleito por ser mais velho. O ex-presidente do TJPR também é investigado pelo Conselho Nacional de Justiça por tráfico
de influência e por suspeita de interferência por parte do TJ na eleição do seu filho ex-deputado Fábio Camargo para conselheiro do Tribunal de Contas. O CNJ também criticou Clayton pela criação de mais 25 cargos de desembargadores e
aconselhou a desistir, porém o CNJ foi ignorado. A censura do jornal “Gazeta do Povo” quando Clayton conseguiu aprovar a não divulgação do processo de julgamento do CNJ contra Clayton Camargo também faz parte do repertório do apo-
sentado, que semana passada sofreu um infarto durante o Órgão Especial e mesmo assim insistiu em ir à reunião do CNJ em Brasília. Mesmo tendo 30 dias de folga, Clayton voltou na sexta-feira passada e renunciando ontem.
Arquitetura vs Realidade vs Inovação Ao longo de 10 semestres, a Arquitetura e o Urbanismo integram-se num plano de estudos preparado para receber cerca de 30 alunos por ano Célia Martins, projeto Além Mar
Apesar do desenvolvimento de projetos pensados para se inserirem em núcleos urbanos e contextos reais a verdade é que, na maior parte das vezes, os trabalhos dos alunos de Arquitetura, não passam do papel. Cerveira Pinto, arquiteto e docente da UFP, entende que, em Portugal, não é muito comum a aplicação de trabalhos desenvolvidos em contexto académico na realidade externa, salientando a importância de “não se desperdiçar o potencial que é desenvolvido nas Universidades pelos próprios alunos.” Sendo os trabalhos aplicados à realidade ou não, esta é uma área onde as técnicas, a “criatividade e a inovação são indissociáveis” visto que permitem a exploração
de novos métodos de criação que, de alguma forma, são integrados “no processo de qualificação do espaço urbano”, segundo Luís Pinto de Faria. Estes fatores manifestam-se em qualquer projeto, tendo em conta a evolução do espaço urbano e dos edifícios que o constituem e para este docente, a criatividade deverá ser encarada “como um fator de diferenciação e competitividade de uma cidade bem como exercer um papel significativo no processo de criação, articulação ou implementação de novas políticas publicas urbanas.” Laboratório de Estudos e Projetos Na UFP, a Arquitetura não passa só pela planificação, desenho
e criação: tem um carácter interdisciplinar e interage diretamente com as mais diversas áreas. A vantagem é a aquisição de conhecimentos e competências para integrar um mercado de trabalho cada vez mais exigente, onde se procuram profissionais que saibam ir além da sua área de especialização. “A estratégia de ensino adotada não deixa de garantir uma capacidade real e efetiva de intervir profissionalmente ao nível da construção, da arquitetura e do planeamento”, assume o coordenador do curso, abrindo espaço para novas atividades emergentes enquadráveis na área onde “o arquiteto enquanto técnico, artista e cidadão terá uma responsabilidade acres-
Construção de uma maquete cida na concretização fazerem parte desta deste objetivo,” de- iniciativa, os futuros fende Luís Pinto de arquitetos desenvolvem uma consciência Faria. Exemplo disto é a mais efetiva e crítiCaminhada da Aces- ca das dificuldades sibilidade organizada encontradas nas inpelos alunos do Cur- fraestruturas públiso de Pós Licenciatu- cas por pessoas com ra de Especialização mobilidade reduzida em Enfermagem de ou outro tipo de deReabilitação da UFP, ficiência. na qual participam Por outro lado, tanto também os alunos o LEP - Laboratório de Arquitetura. Ao de Estudos e Proje-
tos da UFP, como os estágios profissionais permitem a interação entre investigação, ensino e aprendizagem sem nunca esquecer a “aproximação aos atos próprios da profissão”, como ressalva Luís Pinto de Faria.
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Geral
Atividade física na terceira idade previne doenças, combate o sedentarismo e aumenta a qualidade de vida Idosos praticam exercícios físicos para manter a saúde equilibrada e para se prevenir de graves doenças que atingem com frequência a terceira idade Alessandra Becker
Todos sabemos que a prática de exercícios físicos é essencial em todas as fases da vida, mas para os idosos ela tem uma importância a mais. A atividade física auxilia no combate de diversas doenças dentre elas o câncer de mama e de próstata, a obesidade, a depressão, o stress, a osteoporose, o diabetes, e ainda previne contra doenças cardíacas e vasculares. Segundo a personal trainer, Andressa Tatsch, é fundamental aos idosos a prática de exercícios pelo menos cinco vezes na semana, mas dois desses dias devem ser reservados somente para a prática de exercícios aeróbicos. Os cuidados com a carga, com o tipo e a forma de praticar a atividade devem ser dobrados, para que haja sensação de bem-estar e não de dor ou desconforto: “pr i m e i r am e n te é necessário realizar uma avaliação médica, para depois escolher os exercícios corretos”, explica a personal.
sequentemente há menor incidência de infecções urinárias e respiratórias, e quando alguma doença for contraída a recuperação é extremamente mais rápida. Para a personal trainer, Andressa Tatsh, os exercícios devem ser de leve a médio impacto para não provocar lesões, os mais indicados para os idosos são a caminhada, a bicicleta, e a hidroginástica. A musculação também deve ser feita para fortalecimento dos músculos, “o alongamento, o pilates e a yoga também são ótimas opções para aumentar a flexibilidade e a mobilidade”, fazendo um pouco de cada “haverá um retardamento imenso no processo de env e l h e c i m e n t o”, fala Andressa.
A prática da atividade física faz com que os idosos tenham um aumento significativo no sistema imunológico, con- A nutricionista,
Rutieli Fadter, explica que inúmeras vantagens como a flexibilidade, a força muscular, a melhora da memória, o equilíbrio, e a resistência aeróbica são obtidas com a prática regular de exercícios físicos, e “quando esse é aliado a uma dieta regada a legumes, verduras, vitaminas e proteínas os resultados são ainda mais positivos”, conta a profissional. Os idosos Com diversas opções de atividades para escolher e praticar, a maioria dos idosos prefere realizar exercícios ao ar livre, a caminhada é considerada por eles um dos mais destressantes e prazerosos. A aposentada, Teresinha Pereira de 64anos e seu marido também aposentado
João Maria de 68 anos, praticam atividade física regularmente. Para o casal a caminhada é o melhor de todos, mas eles também fazem musculação porque consideram essencial para firmar os músculos. Teresinha diz que além da caminhada também pratica hidroginástica duas vezes por semana “eu tenho uma energia incrível, não consigo ficar parada um dia sequer”. Ela ainda conta que raramente fica doente “minha saúde está sempre em ótimo estado, tudo muito controlado, graças à movimentação e a alimentação balanceada”, conta a aposentada. Já o marido, João Maria, é adepto apenas da caminhada e da musculação, e diz que a alimentação também é fundamental para uma boa qualidade de
vida “não adianta você se movimentar e ao sentir fome comer bobagens, substituir alimentos calóricos por saudáveis é a melhor coisa”, fala o aposentado. A pensionista, Marli Ribeiro de 66 anos, conta que também gosta de praticar atividades, mas sem muito esforço “não gosto de pegar peso, prefiro fazer caminhada e me exercitar também nas academias ao ar livre”. Para ela, quem diz que não pratica atividades porque não tem dinheiro para pagar academia é extremamente preguiçoso “você pode fazer caminhadas pela manhã e pela tarde e ainda conta com muitos aparelhos nas praças e parques para se exercitar gratuitamente”. A pensionista fala que faz constantemente os
exames de rotina para conferir como está a saúde, e que não tem nenhum problema com pressão alta ou baixa, colesterol alto ou baixo e diabetes e ela atribui esse fato a sua prática contínua de atividades físicas. Marli, também mantém uma alimentação controlada a base de vitaminas e proteínas, “quando você une a alimentação equilibrada e faz os exercícios regularmente”, a sua qualidade de vida só tende a melhorar cada vez mais, você fica de bem consigo mesmo, “além de se sentir mais jovem e saudável”, conta a pensionista.
Colunistas
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Jorge Washington Politicalizando
Derrocada Na última quarta fei-
em uma política limpa e
país. Se lembrarmos do
que a pizza continuará a
abre espaço para a no-
ainda continuam sol-
ra (18), o Brasil sofreu
mais justa com o povo.
caso PC Farias em 1992,
ser entregue em Brasília.
meação de novos minis-
tos, e pior, alguns até
uma pesada derrota. Já
Vários
na
quando nenhum envol-
O novo julgamen-
tros, o que infelizmente
estão exercendo manda-
adianto que nessa colu-
história da humanida-
vido (inclusive o então
to do caso “Mensalão”
é feito por escolha pre-
tos parlamentares (José
na não citarei aspectos
de, foram marcados por
presidente,
Fernando
ocorrerá só no ano que
sidencial, e não por con-
Genuíno, Pedro Henry
jurídicos, e sim morais.
decisões
mesmo
Collor de Mello) foi
vem. Uma boa notícia,
selhos da OAB ou ou-
e Valdemar da Costa
Afinal toda lei é feita
contra todos os padrões
preso, ou então dos pos-
foi a escolha (por sor-
tras organizações mais
Neto, todos deputados
para proteger a vida em
legais, foram necessá-
síveis casos que virão,
teio) do ministro Luís
competentes em aspec-
federais). Ano que vem
sociedade, e não para
rias para um bem maior.
como estes poderão ser
Fux como relator do
tos jurídicos do que a
temos eleições. A cada
beneficiar uma parcela
Certas vezes é preciso
presos, se quando o STF
processo. Tal qual o an-
presidenta Dilma Rou-
pleito o numero de elei-
da mesma. O voto do
que heróis (digo mes-
teve a chance de prender
tigo relator, o célebre
ssef. Nomes como Dias
tores que votam em bran-
ministro do STF, Cel-
mo,
ultrapas-
réus culpados, não o fi-
Joaquim Barbosa, Fux
Tóffoli (investigado por
co ou anulam seu voto
so de Mello, derrubou
sem a ordem do sistema,
zeram. O suposto cartel
foi um efusivo comba-
supostos
empréstimos
cresce. Decisões como
não só a oportunidade
para que exista igualda-
envolvendo a empresa
tente dos réus durante
ilegais com o banco Mer-
a de Celso de Mello aju-
de pela primeira vez,
de para todos. Esse era
alemã Siemens e o metrô
todo o processo. Mes-
cantil) e de Luís Rober-
dam a enterrar qualquer
a punição de políticos
o momento na quarta
de São Paulo é um bom
mo assim muitos mi-
to Barroso, dois votos
espírito de renovação
que ajam de má fé e que
passada. Não houve um
exemplo. Como punir
nistros acabarão saindo
que pesaram na absol-
política no Brasil. Agora
pratiquem atos crimi-
ato heroico de 5 homens
os possíveis envolvidos
do julgamento, ou por
vição dos infringentes.
esperamos deitados em
nosos em seus cargos,
e 1 mulher de toga.
nesse embuste? Só pela
aposentadoria compul-
O futuro desse caso
berço esplendido, um
mas marcou também a
O caso “Mensalão” foi
prerrogativa de serem
sória (Gilmar Mendes),
é uma incógnita. Pois
novo raio de esperan-
derrocada da esperança
apenas um caso de cor-
os tucanos os acusados
ou por motivos de saúde
mesmo que alguns réus
ça na aurora nacional.
da população brasileira
rupção de políticos no
dessa vez? Me parece
(Joaquim Barbosa). Isso
sejam condenados, eles
momentos
que
heróis)
Pamela Castilho Eight Days a Week O texto da coluna de hoje é um pouco diferente. Não fala sobre música, mas fala sobre um assunto que aflige a quase todos: o passar dos anos. O texto de hoje é um crônica sobre o meu medo de envelhecer e não aproveitar a vida como gostaria. Acho que todos nós temos um pouco desse medo... Então, espero que gostem! *** Acordei num espasmo. Dei um pulo tão forte, que por pouco não caio da cama. Tinha tido um pesadelo... Mas não qualquer pesadelo. Sentei, esfreguei os olhos, olhei em volta e agradeci por tudo ter sido apenas fruto da minha imaginação. Coloquei os pés para fora da cama, calcei os chinelos, fui para a cozinha e tomei um copo de água. Fiquei um tempo parada ali, até que fui para o banheiro e lavei o rosto. Queria ficar acordada, pra não correr o risco de deitar e ver a continuação daquelas imagens perturbadoras. Olhei para o espelho, mas por poucos segundos... Mania minha de detestar olhar o espelho de madruga-
da, como se algo fosse surgir atrás de mim. Bobeira. Enfim, deitei novamente, mas o coração estava acelerado e o peito apertado. Demorei a conseguir fechar os olhos outra vez. Sempre gostei de explorar a origem dos sonhos, os significados e afins. O motivo? Eu tenho sonhos muito, mas MUITO incompreensíveis. Aí você diz: “mas Pamela, todo mundo tem sonhos assim”. Ok. Mas vai dizer que não é curioso sonhar com o mesmo lugar (que você nunca esteve antes) ou com a mesma pessoa (que você não conhece) várias noites seguidas? Eu tenho isso. Tenho sonhos característicos, que vão e vem, sempre nos mesmos lugares e com as mesmas pessoas. Essa noite, porém, a minha mente percorreu caminhos até então desconhecidos... E sombrios. Eu me encontrava em frente a uma grande escadaria, com uma tapeçaria vermelha sobre os degraus. O teto tinha lustres de cristal e a arquitetura era imponente. Bonito, se não
tivesse um ar estranhamente sombrio. As luzes estavam apagadas e um único feixe de luz passava por entre uma porta no fim da escadaria. Eu estava sem sapatos. Sei que pode parecer ridículo, afinal, quem se lembra dos sapatos que usa num sonho? O mais esquisito é que me lembro de sentir frio com os pés descalços no chão de mármore. Tenho a impressão que essa cena não era a primeira produzida pela minha mente. Ouvi dizer, certa vez, que nunca nos lembramos do começo dos nossos sonhos (ou pesadelos). Possível. Além de frio, eu sentia medo. Mas um medo devastador, daqueles que quase não cabe em você mesmo. A sensação era de pânico. Estava sendo perseguida? Talvez. Próximo à escadaria, na parte de baixo (onde eu estava) havia dois corredores: um a direita e outro a esquerda. Ambos escuros, sem sinal de vida ou de qualquer outra coisa. Eu tinha que escolher para qual lado seguir. Pelo meu pânico, a escolha deveria ser feita corretamente... Caso
contrário, algo muito ruim aconteceria. Sempre tive medo do improvável, do desconhecido, da dúvida. Desde criança, detestei quartos totalmente escuros, deixando pelo menos uma fonte de luz à vista, fosse uma porta entreaberta ou um abajur. Faço isso até hoje, acredite se quiser. Creio que, por essa razão, escolhi o corredor do meio. Corri pelos degraus, tropeçando, caindo de joelhos, me apavorando e me levantando para continuar correndo. A escada parecia agora maior do que quando a olhei de cima... Corri, subi, corri, subi, tropecei, subi mais um pouco. Era interminável, assim como a minha agonia. Depois de muito tempo, chego finalmente a tal porta. Entro e, surpresa desagradável: mais um corredor, dessa vez com várias portas fechadas. No fim do corredor, uma mesa. Mais desespero. “Rápido, entra em alguma delas de uma vez!”. Entrei. Mas escolhi errado.
madeira. Tábuas mal pregadas e um teto com um buraco no meio era o que eu via. Curiosamente, como sempre acontece nos sonhos, não estava mais descalça. Aonde eu arranjei sapatos, vai saber. Novamente, um único feixe de luz invadia o ambiente, dessa vez vindo do céu, visível no buraco do teto. No meio da sala, onde a luz alcançava, um homem estava sentado de cócoras. Não pude ver muito bem ao certo como era, na primeira olhada. Com receio, me aproximei. Estava maltrapilho e presumi que era idoso, devido às rugas nas mãos e pés (estava descalço). Ele olhava para o chão, então não podia ver seu rosto.
No lugar dos olhos, dois círculos redondos e vazios. A boca era desprovida de quase todos os dentes e os poucos que sobraram eram podres. O rosto era todo enrugado, como as mãos e os pés. Não sei como, afinal, não via seus olhos, mas a expressão dele era de alguém mau, ruim. Era realmente assustador. Ele se levantou e veio em minha direção. Eu me virei para correr, mas o que vi foi apenas o quarto de madeira vazio. A porta, por onde antes tinha entrado, não existia mais, apenas uma parede. Eu bati contra ela em desespero. Senti uma mão no meu ombro e me desesperei. Foi nesse momento que acordei.
- Olá! Você pode me ajudar?
Não sei por que, mas tive a impressão de que, não importa em qual caminho seguisse ou em qual porta entrasse, o destino teria sido o mesmo.
A arquitetura do lugar mudou completamente. O mármore agora era
Assim que disse isso, ele levantou a cabeça e eu pude ver suas feições.
“Não!” A voz dele era rouca e horrível. - Quem é você? “O tempo”
Essa noite, o “tempo” vai demorar a me encontrar. Não consigo mais dormir.
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NOTÍCI ANTIGA No dia 24 de setembro de 1949 nasceu o diretor, roteirista, compositor e ator Pedro Almodóvar. Almodóvar nunca pôde estudar cinema, pois nem ele nem a sua família tinham dinheiro para pagar os seus estudos. Antes de dirigir filmes, foi funcionário da companhia telefónica estatal, fez banda desenhada (desenho em quadrinhos), actor de teatro avant-garde e cantor de uma banda de rock, na qual participava travestido. Foi o primeiro espa-
nhol a ser indicado ao Óscar de melhor realizador. Publicamente homossexual, os seus filmes trazem a temática da sexualidade abordada de maneira bastante aberta. Os filmes subsequentes de Almodóvar incluem “Labirinto de Paixões” (1982), “Matador” (1986), “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” (1988), indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, sendo o filme estrangeiro de maior bilheteria nos Estados Uni-
dos no ano de 1989, e o filme espanhol de maior sucesso em todos os tempos. Seguindo sua carreira com “Atame!” (1990), “Carne Trêmula” (1997) e o grande sucesso mundial “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999), que venceu o Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro e lhe rendeu vários prêmios e indicações em todo mundo, consagrando Almodóvar na carreira comercial.
O que fazer em Curitiba? Exposição “Consiente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Museu de Arte Contemporânea Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contemporânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e axposição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kaminishi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337. Teatro Novelas Curitibanas De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Novelas Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psicodélico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.