Notícia Antiga No dia 4 de outubro de 1942, o Cruzeiro é instalado por Getúlio Vargas como moeda oficial do Brasil
Edição 842
Curitiba, 04 de outubro de 2013
lona.redeteia.com
Eleito novo presidente do TJ Guilherme Luiz Gomes assume o cargo de Clayton Coutinho Camargo, que deixou a presidência no dia 24 de setembro por pressão das investigações do Conselho Nacional de Justiça. Guilherme venceu a eleição no segundo turno contra o Desembargador Sérgio Arenhart. Foram 107 desembargadores que elegeram o novo presidente. A eleição, que foi presidida pelo Desembargador Paulo Vasconcelos, levou pouco mais de duas horas.
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A mulher por trás do Cyborg Conheça a trajetória de Cristiane Justino Venancio, a mulher que nasceu para ser atleta. Desde ainda jovem, Cris já demonstrava aptidão para o esporte sendo reconhecida por times brasileiros de handebol. Após seu primeiro contato com o Muay Thay, teve certeza de que viria a se tornar lutadora.
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Opinião Editorial
Alcóol e direção Por onde anda?
“Deixar passar o fato de jovens estarem bebendo é conferir aos mesmos uma responsabilidade que ainda não possuem maturidade para receber.”
“O homem com lágrimas no rosto é o pai de Gabrieli Empinoli de 23 anos, que como tantos outros pais sentiu a dor da perda de um filho”, July Anne Fernandes.
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-alun
Colunistas
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Séries Júlia Trindade comenta a importância da recémfindada série Breaking Bad, que está ganhando uma adaptação colombiana
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Editorial
Vista grossa Três jovens de treze anos foram internados após uma disputa de shots de vodca. Dois meninos e uma menina adquiriram a bebida em quanto participavam de disputas esportivas interescolares na cidade de Agudos, São Paulo. Agora, os pais, a polícia e organizadores estão batendo as cabeças para descobrir quem culpar pelo incidente. A Polícia Civil está investigando como foi que os jovens tiveram
contato com a bebida. Como se fosse necessário investigar. Existe a lei que impede a venda de bebidas alcóolicas para menores de idade. Mas isso não quer dizer, de jeito nenhum, que três crianças (ou préadolescentes, se esta classificação existe) não consigam comprar bebidas se quiserem. A fiscalização dessa lei é mínima, se é que de fato acontece. Não existe um
Por Onde Anda?
baile de debutantes no qual não seja possível ver menores bebendo até cair. Até pouco tempo atrás, ainda era necessário que os adolescentes falsificassem carteiras de identidade ou arrumassem um amigo maior de idade para comprar os drinks. Hoje, parece que fiscalizar para quem se está vendendo a bebida seja algo supérfluo. E, talvez, de fato seja, já que
Desde o começo da faculdade, eu já me “intrometia” em outras áreas de comunicação, paralelas à atividade na redação. Ao mesmo tempo, eu sempre achei o trabalho da redação algo completamente apaixonante - mais que isso, viciante (e até hoje a ideia de notícia e correria mexe um pouco comigo). Por isso, logo que eu saí da faculdade, há um ano e meio, mesmo com a possibilidade de outros caminhos, fui tentar dar um mergulho bem
Álcool e direção: Até quando continuaremos acostumados? Assistindo normalmente (digo acostumadamente) ao jornal na televisão, desencosto meu corpo do sofá, que antes folgado, agora se paralisa. Com os olhos fixos na TV e os ouvidos atentos ao que o homem, ainda assustado e com lágrimas no rosto, tinha a dizer: “Ele matou três pessoas! Os matou e nos matou também!”. No entanto, você, assim como eu, deve estar se perguntando: mas hoje em dia isso não é comum? E eu respondo, sim, e é exatamente a isso que quis chegar.
Expediente
Até que ponto nós continuaremos a aceitar que a imprudência no trânsito seja algo comum? Que passe distante dos nossos olhos já acostumados a cenas horríveis como esta e até piores, onde os monstros que criamos com o alcoolismo saem por aí em seus carros, sentindose os donos do mundo e fazendo da bebida o combustível para a velocidade e a satisfação de se sentirem livres? Que para criarem asas roubam também asas daqueles que são sadios e buscam uma vida simples e justa. Segundo o jornal me-
não comprar diretamente a bebida não impede criança nenhuma de tomar seus shots de vodca. O uso excessivo do álcool por menores de idade é um problema que existe com a ajuda da vista grossa e da indiferença em relação ao assunto. Na verdade, quase ninguém se importa com isso, até o momento em que os jovens entrem em coma alcóolico ou batem o carro (que
tro de Curitiba, com a Lei Seca, em muitas cidades o número de mortes no trânsito teve quedas expressivas. São Paulo diminuiu 9,8%, Rio de Janeiro teve queda de 32%, Belo Horizonte caiu 30%, Brasília com 12,6% e Curitiba teve queda de 37%; somente em Porto Alegre subiu 26% no número de mortes provocadas no trânsito. Sendo a semana do trânsito, as propagandas vão ao ar com intuito de prevenção e conscientização, temas como “Parada: Um Pacto Pela Vida”, “Não deixe um aci-
não deveriam estar dirigindo). Essa indiferença está enraizada profundamente na sociedade. Deixar passar o fato de jovens estarem bebendo é conferir aos mesmos uma responsabilidade que ainda não possuem maturidade para receber. Existem pais que se orgulham de dizer que o filho é forte e sabe beber. Mas quando, dez anos depois, os filhos alcóolatras se tornam um estorvo,
fundo em redação. Participei de dois processos de trainee: o do GRPCOM e o do Valor Econômico, em São Paulo. Fiz os dois trainees e no Valor a oportunidade foi excelente. Fiz um curso ótimo por alguns meses na sede do Valor, ministrado por grandes nomes da área no país. Pouco depois do fim do curso, voltei à Gazeta do Povo, ficando um bom tempo na editoria de Economia. Mas alguns outros caminhos começavam a aparecer. Depois desse
demonstram desprezo pela própria criação. No Brasil, parece que a própria sociedade enxergam as leis como uma sugestão de comportamento. Se o cidadão “se garante” para desrespeitá-las, pode agir como bem entender, até o momento em que vai parar no hospital (ou no necrotério) junto com outras pessoas que nada tinham a ver com sua transgressão.
ano e meio formado, aprimorei o gosto por construção de marcas e comunicação voltada para o marketing e para agências de publicidade. Tive sorte de conhecer pessoas ótimas com quem passei a conhecer mais a área de Planejamento. Resolvi investir nisso, saí do jornal e hoje trabalho com Planejamento de Comunicação, como freelancer. Gostei muito do que vivi na redação, mas gosto desse novo rumo e estou muito satisafeito com a área.
July Anne A. Fernandes dente obrigar você a reaprender. Seja você a mudança no trânsito” são vistas constantemente na televisão e em qualquer lugar que você vá. Porém, inúmeros acidentes continuam a ocorrer e ainda ficam como mais um exemplo terrível, para que as pessoas se coloquem no lugar da dor e tristeza dessas famílias, que, assim como com o crack, se veem também destruídas pela combinação do alcoolismo e direção. O homem com lágrimas no rosto é o pai de Gabrieli Empinoli
de 23 anos, que como tantos outros pais sentiu a dor da perda de um filho. Gabrieli morreu em um acidente de trânsito na madrugada do último dia 22, quando voltava de uma formatura. Com ela estava a mãe, o sobrinho e o marido que sobreviveu no acidente. O motorista que provocou a tragédia é um jovem de 24 anos que, segundo as testemunhas, estava embriagado e avançou o sinal vermelho colidindo contra o carro em que estava a família. Chamo a atenção para as vítimas jovens, que,
Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Da Redação Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira
assim como Gabrieli, morrem sem ter a chance de concretizarem ou viverem seus sonhos, de construírem suas famílias, devido ao desastre de uma família terrivelmente interrompida, por culpa de quem? Por culpa da maldita bebida e de pessoas irresponsáveis que conhecem as leis. Cuidado, porque você também pode ser o próximo e ter que reaprender, ou então dizer adeus às pessoas que mais ama ou tirar o sorriso daqueles que, assim como você, também querem viver.
Notícias do Dia
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Desembargado Guilherme Luiz Gomes é novo presidente do Tribunal de Justiça O Desembargador Guilherme Luiz Gomes venceu com 60 votos no segundo turno contra 46votos do Desembargador Sérgio Arenhart. Guilherme assume hoje e inicia os trabalhos
Lucas de Lavor
Foi eleito ontem a tarde (03) o novo presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) Desembargador Guilherme Luiz Gomes, vencendo Sérgio o Desembargador Sérgio Arenhart em segundo turno. Com isso, Guilherme Luiz Gomes ocupa o cargo de presidente com um mandato-tampão, ou seja, ocupa o cargo até dezembro de 2015, mandato do ex-presidente Clayton Coutinho Camargo, que renunciou no dia 24 de setembro devido a pressões das investigações conduzidas pela corregedoria do Conselho Nacional de Justiça.
Cinco desembargadores concorriam a presidência: além de Guilherme Luiz e Sérgio Arenhart, disputaram os desembargadores Antenor Demeterco Júnior, Miguel Thomaz Pessoa Filho e Robson Marques Cury. O novo presidente já assumiu o cargo e começa hoje. A eleição começou por volta das 13h30m. Os votos dos 107 desembargadores do primeiro escrutínio (processo de votação) terminaram pouco depois de uma hora. Conferido o número de assinaturas, o resultado do primeiro turno foi 41 votos para Guilherme, 28 para Sérgio,
22 para Miguel, 8 para Robson e 6 para Antenor resultando no segundo turno. As 15h a votação se iniciou novamente se encerrando pouco depois de 30 minutos, tendo comemorações antecipadas por quem acompanhava a votação — servidores, assessores, juízes e advogados—, com a contagem interrompida pelo presidente interino Paulo Vasconcelos, que presidia a sessão de ontem. “Eu vi a hora que passou duas cédulas, eu sou testemunha” declarou. Contestações avulsas foram rebatidas por Vasconcelos que deixou claro “que eu
sou o presidente, eu estou presidindo e vi passar duas cédulas”. Recontagem feita, 60 votos foram para Guilherme contra 46 votos para Sérgio e 1 voto em branco. Aposentadoria suspensa Um dia antes de renunciar o cargo de
presidente do Tribunal de Justiça, Clayton Camargo teve seu pedido de aposentadoria suspenso pelo Conselho Nacional de Justiça. O pedido, que passava por um processo padrão de trâmite dentro do Tribunal de Contas, foi suspenso a
pedido do Ministério Público Federal, alegando que Clayton estaria “fugindo” das investigações do CNJ que suspeita de envolvimento com tráfico de influência.
Universidade Positivo promove intercâmbio de estudantes na França Instituições incentivam a interação entre culturas diferentes e recebem intercambistas como forma de ampliar a formação acadêmica
Marina Geronazzo
A Universidade Positivo pretende fechar um contrato em parceira com a Universidade de Lyon na França, para realizar um intercâmbio de estudantes entre universidades da França e do Brasil. O professor Luiz Busato é formado em jornalismo no Rio Grande do Sul, fez mestrado na França e hoje leciona na Universidade de Lyon. Durante uma palestra que aconteceu na Universidade Positivo, Luiz contou um
pouco sobre a oportunidade de intercâmbio. A Universidade Stendhal - Grenoble 3, nos Alpes Franceses, sudeste da França, onde Luiz já foi professor realiza intercâmbios de estudantes com a USP (Universidade de São Paulo) e a UNB (Universidade de Brasília), desde 1991. Cerca de 120 estudantes já foram intercambiados, e sempre em pequenos números (de 2 a 3 estudantes).
conversar, Como se organi- de zar para realizar entender, e escrever um pouo intercâmbio co. Quando parÉ bom lembrar ticipar da aula que é um inter- de um professor câmbio de estu- francês ele deve dantes, de mes- tirar proveito de mo nível e de pelo menos 90% mesma discipli- do curso, explina. Isso implica ca Luiz Busaem uma prepa- to. Além disso, ração individual o estudante deve consciênpor parte do alu- ter no e das univer- cia que terá que sidades. De acor- cuidar das situado com Busato, é ções que passar necessário que o no dia a dia por própria, estudante tenha conta preparação lin- p r i n c i p a l m e n guística, cultural te do ponto de e administrativa vista da comuantes de viajar. nicação social. O estudante deve Para sobreviver aprender a lín- no país, ele deve gua e ser capaz dominar esse as-
pecto linguístico, e enquanto isso deve preparar o conhecimento da cultura, do modo de vida, como coisas que não deve dizer em público, ou da maneira como se tratam os colegas e professores. “Essas coisas facilitam muito a vida do estudante,” afirma Luiz Busato. Tarefas administrativas como pedir um visto, não serão realizadas pela universidade. Para viajar o estudante ainda precisa de um papel atestando
que participa do convênio entre as universidades, onde também deve atestar que tem meios financeiros para sobreviver no país. A Universidade oferece ajuda institucional pelo serviço de relações internacionais, onde orientam o aluno indicando o local correto do alojamento.
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Geral
Invicta A trajetória de Cristina Justino dos Santos, a lutadora conhecida com Cris Cyborg Ingrid Decker Quem vê a lutadora Cristiane Justino dos Santos, mais conhecida como Cris Cyborg, pode nem pensar que por trás de seu 1,82 de altura, corpo forte e completamente musculoso e olhos verdes penetrantes, existe uma guria que apenas quer cumprir seu papel, realizar seu sonho de viver do esporte e curtir a família, que deixou em Curitiba para seguir seu caminho em San Diego, Califórnia. Cris foi da capital paranaense para o mundo levando a raça e a coragem de ser lutadora de MMA, um esporte que, na época, ainda não era tão popular entre as mulheres. Travou batalhas no decorrer de sua vida, enfrentou polêmicas na sua carreira, mas até hoje não encontrou um adversário à sua altura. A atleta começou seu sonho jogando handebol na escola. De acordo com seus amigos da escola, ela era a melhor jogadora: “A Cris sempre deu o seu máximo para chegar no topo em tudo o que fez”. E foi mesmo. No handebol Cris, ainda adolescente, passou no teste para entrar para a seleção do time carioca Vasco da Gama, mas não quis: “Só fiz o teste para dizer que passava”, dizia ela às amigas. Tempos depois, mais precisamente em 2005, enquanto jogava pelo Paraná Clube, o pai de uma colega de time ficou impressionado ao ver Cris jogar, e a convidou para fazer uma aula experimental gratuita de Muay Thai, ela pensou: “Nada a ver, mas vou ver qual é”. E, durante o treino, viu que tinha jeito, pegou gosto e tornou-se praticante assídua da academia Chute Boxe. Tanto que os mais experientes ficaram surpresos com as habilidades da moça e já marcaram a sua primeira luta. Nessa época, a futura lutadora conheceu seu marido, Cyborg, de quem pegou o nome de luta, carinho e algumas convicções. E então com apenas quatro meses no mun-
do das artes marciais mistas, nossa atleta teve a única derrota da história da sua carreira, em uma batalha exaustiva, após três rounds completos. Os combates seguintes, nos quais obteve rapidamente a vitória por nocaute técnico, deixaram claro que no Brasil não havia oponentes ao nível de Cris. E assim, a curitibana começou a lutar no exterior. Sua primeira adversária foi a estadunidense Gina Carano, em 2009. Querida pela população norte americana tanto por sua beleza, quanto pela fama, Gina era considerada a musa. E a mídia, cruel, logo impôs os apelidos para instigar os fãs e atiçar fogo no combate: A Bela (referindo-se à Gina) versus a Fera (Cris). Enquanto todos falavam e provocavam, a Fera manteve-se quieta e calma, no aguardo de mostrar seu talento para o mundo. E faltando poucos segundos para o término do primeiro round, Cris nocauteou a gringa, tornando-se a primeira mulher a carregar o cinturão de campeã mundial do Strike Force na categoria peso
pena (66 quilogramas)! Em janeiro de 2010, Cris teve a sua primeira defesa de título, contra a holandesa Marloes Coenen, de quem também venceu por nocaute. Logo em junho do mesmo ano, manteve o cinturão após uma luta contra a estadunidense Jan Finney. Novamente, enfrentou a falta de adversários que pudessem ao menos tentar derrotá-la e permaneceu um ano e meio sem lutar. Mas o combate seguinte veio, realizado em dezembro de 2011, também em defesa do cinturão, contra a japonesa Hiroko Yamanaka, que foi nocauteada com apenas 16 segundos do primeiro round. Entretanto, após a luta, a Comissão Atlética da Califórnia divulgou que havia encontrado uma substância proibida no exame antidopping, o estanazolol, e Cristiane foi punida com uma multa de 2.500 dólares, além da luta considerada como “No Contest” (sem validade) e suspensão de 16 meses: “Foi um cara da minha equipe técnica quem me deu a substância para que eu emagrecesse mais rápido. Não
sabia que era proibida, deveria ter consultado um médico antes. Mas quem me conhece sabe que eu não preciso disso para vencer”. A carreira de Cris poderia ter despencado naquele momento, mas a lutadora se manteve por cima, continuou focada nos treinos, ampliou seus horizontes com o jiu-jitsu. Viajou pelo Brasil ministrando “aulões” nas academias da equipe Chute Boxe, cobrando apenas um quilo de alimento não perecível, que encaminha para entidades que cuidem de crianças carentes: “Eu nunca vou cobrar para dar aula em Curitiba. É onde eu cresci, não tem como cobrar”. Mesmo afastada dos combates, Cris Cyborg continuou apontada como a melhor lutadora de todos os tempos: “Enquanto estava suspensa eu evitei a internet ao máximo. Ouvia pessoas falando de mim enquanto eu treinava, mas cada um tem sua opinião, assim como muita gente não luta e tem opiniões que podem afetar. O meu papel é lutar e eu queria mostrar que eu não preciso disso pra ganhar, eu sou do mesmo jeito que eu lutei das outras vezes.
Acho que crítica é sempre produtiva e vai fazer você melhorar, mas eu evitava de ficar fuçando na internet e indo atrás”. Não bastasse toda essa polêmica, Cris recusou o convite de entrar para o UFC (Ultimate Fight Championship), maior evento de MMA do mundo, o que pode ter causado atritos com o produtor e presidente desses combates, Dana White, e imprensa. A atleta afirma que essa confusão aconteceu porque se recusou a ultrapassar os limites de seu corpo para baixar para a categoria galo (61 quilos) que considera desvantajosa para lutar: “Nas semanas em que luto eu desidrato cinco quilos para chegar aos 65 que a categoria exige e já é difícil. Eu já bato os 65 chorando. Eu acreditava que daria, eu falava que tinha que conseguir bater aquele peso até porque às vezes o Dana White ficava falando de mim. E eu fiz o máximo, daí depois dessa última luta eu falei: não dá 61, mas 63 dá, porque eu já bati 63. E eu não me importo com o cinturão, eu me importo em fazer essa luta. Mas se for pra acontecer, com certeza eu vou estar preparada”,
explica e desabafa. Apesar das calúnias, a atleta deu a volta por cima, entrou para o Invicta FC, que realiza as melhores lutas de MMA feminino: “Eu já conhecia a Shenna, dona do Invicta, desde o Strike Force, quando ela já falava que sempre me queria no Invicta. Acho que esse é o maior evento de luta feminina. Estou muito feliz por fazer parte desse evento e quero crescer junto com ele. Quero que as pessoas vejam o Invicta e me vejam, assim como me vejam e vejam o Invicta”. E após mostrar coragem ao se confrontar com os grandes, Cris vence por nocaute técnico já no primeiro round mais uma luta, a primeira pelo Invicta, contra a australiana Fiona Muxlow. E assim recupera seu orgulho e comemora mais um título com equipe, fãs e amigos. Cyborg ainda tem dois combates marcados para esse ano, sendo que o próximo é em defesa do cinturão, e será realizado em julho, quando a holandesa Marloes Coenen tentará uma revanche.
Colunistas
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Júlia Trindade Sexta fora de série Breaking Bad Muitas pessoas me perguntam como eu consigo arranjar conteúdo o suficiente para escrever minha coluna todas as semanas. Confesso que não é fácil, porque eu tenho que assistir tudo ou pelo menos um número razoável de episódios da série. Ultimamente não tenho tido tempo para procurar novos títulos, até porque é nessa época que muitos seriados voltam de hiatos e não há muito espaço para grandes estreias. Porém, finales são tão importantes quanto estreias e semana passada foi a vez dos fãs de Breaking Bad de se despedirem da série. Breaking Bad, um seriado norte americano exibido pela AMC, foi criado por Vince Gilligan e é uma das séries que os críticos mais elogiam ( c o m muita razão). P a r a comprovar o s u cesso e a qualidade da série, basta verificar a nota de Breaking Bad no site IMDb. Tirar 9,5 em um site tão rigoroso nesse sentido não é para qualquer
um. A série é bem vista pelas críticas por causa do roteiro inteligente, direção e, claro, atuação impecável do elenco. O enredo no começo parece simples: Walter White (Bryan Cranston), um professor de química do ensino médio, descobre que tem câncer de pulmão inoperável. Isso faz com que ele fique preocupado com sua família, pois ela passaria por grandes dificuldades se ele morresse. Depois de se reencontrar com um ex-aluno, Jesse Pinkman (Aaron Paul), Walter é i n troduz i do a o tráfe-
go d e drogas e usa seus c o n h e cimentos para produzir a metanfetamina mais pura do mercado. Com isso ele espera garantir um fu-
turo financeiro xou nada sair humano” nessa do tão bem feimelhor para a de controle e situação é reve- to e inteligente. família. A par- trabalhou com lar a verdadei- Mas enquanto
tir daí a história toma rumos surpreendentes que prende a audiência. O seriado tem seis temporadas com 13 episódios cada. Uma das p i o r e s consequências de uma série que possui muitas temporadas é a queda de qualidade, c ons i stê n c i a e narrativa. Fe l i z m e nt e Breaking Bad é uma exceção. Gilligan nunca dei-
o principal conceito da série até o fim. A audiência observa Walter White tomando decisões terríveis e se tornando uma pessoa mais fria. Ele foi corrompido pela situação em que ele estava ou ele era assim desde o começo? É uma pergunta aberta para inter pret açõ es, mas é importante lembrar que, apesar de não concordar com as atitudes dele, são os erros que Walter comete na série que mostram o quanto ele é humano. “Ser
ra natureza da pessoa, e isso nem sempre é algo positivo. Jesse Pinkman também é um personagem que deu sentido à série e que tocou muitos fãs. Há muitas referências ao personagem na internet porque, além de ser complexo, Jesse quase nunca consegue ser feliz, sendo que Walter pode ser considerado um dos grandes responsáveis por isso. A série, que foi vencedora de cinco Emmys, vai fazer falta. Vai demorar algum tempo até surgir um seria-
isso, teremos a oportunidade de assistir a um remake colombiano da série, que ganhou o nome Metástasis. Espero que não seja um somente uma cópia da série original. Há muitas possibilidades quando se muda o cenário e a cultura de uma narrativa. Cinco temporadas de Breaking Bad já estão disponíveis na Netflix Brasil.
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NOTÍCI ANTIGA O Cruzeiro, adotado no dia quatro de outubro de 1942, foi a moeda oficial do Brasil por quase 40 anos. Getúlio Vargas implantou, ainda no começo de seu governo, a moeda que manteve por mais tempo o título de
oficial no país. Apesar de sua longa vida, o Cruzeiro foi substituído duas vezes antes da chegada definitiva do Real. No governo de Castelo Branco, em 1967, ele foi substituído pelo Cruzeiro Novo, que durou
apenas três anos. Em 1986, foi Sarney quem substituiu o Cruzeiro, com o seu Plano Cruzado. Essa fase durou quatro anos, quando o Cruzeiro voltou para dar lugar o Real três anos depois.
O que fazer em Curitiba? Galeria Teix De 5 a 30 de setembro, na Galeria Teix (Rua Vicente Machado, 666), fica a exposição “Quanto um Chapéu de Palha”, e reúne 11 obras inéditas em tecido, bordadas e pintadas à mão do artista Alexandre Linhares. Informações: (41) 3018-2732. Exposição “Consciente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Memorial de Curitiba Até dia 3 de novembro, no Memorial de Curitiba (R. Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico) fica a exposição “Curitiba Protesta”. As recentes manifestações populares que tomaram conta das ruas de todo o país são tema da exposição Curitiba Protesta. Integram a mostra 60 imagens feitas por fotojornalistas que acompanharam as manifestações, apresentando um recorte visual dos principais momentos dos atos que lotaram ruas e avenidas do centro da capital. Entrada franca. Informações: (41) 3321-3328.
III Semana
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