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Notícia Antiga Contaminação de água em Angra dos Reis completa 27 anos.
Edição 844
Curitiba, 08 de outubro de 2013
lona.redeteia.com
Obras na Arena são retomadas CAP/SA
Depois de seis dias de paralisação, o embargo expedido pelo Tribunal Regional do Trabalho do Estado do Paraná foi anulado pela mesma juíza que o assinou. Dessa vez, a Justiça do Trabalho conseguiu fazer com que as obras fosse mretomadas, porém com algumas exceções: medidas de proteção deveram ser adotadas em um prazo de 72 horas.
Página 3 João Lemos
Restaurante sustentável: alunos de 12 anos defendem projeto científico Estudantes de 7º ano exercitam a pesquisa científica e sugerem a solução para um sério problema em Curitiba: a poluição atmosférica. Desde março, Paulo Araújo e Mateus Fagundes investigam a fumaça emitida pelas chaminés de restaurantes da cidade, em um procedimento que incluiu análises em laboratório e levantamento de dados. As etapas de pesquisa resultaram em uma maquete que reproduz uma churrascaria sustentável já existente em Curitiba. O projeto dos pequenos cientistas foi defendido no último sábado, 5, na VI Mostra de Soluções Para Uma Vida Melhor, do Colégio Positivo.
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Opinião Editorial
Crime
Por onde anda?
“Um dado alarmante ba-
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Sidney da Silva.
seado na leitura de mais de mil inquéritos sobre homicídios realizado na série “Crime Sem Castigo”, publicada em agosto de 2013 por repórteres da Gazeta do Povo, demonstra que apenas 1 em cada 4 criminosos responde a processo na Justiça,” Bruna Teixeira.
Colunistas
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Esporte “O AtleTiba de número 358 foi, com certeza, recheado de emoções. Raça dos dois lados marcaram o jogo, que tinha como favorito o Atlético Paranaense, que está no G4. O Coritiba
entrava em campo buscando recuperação e um ânimo novo na competição, sabendo que se perdesse ficaria em maus bocados na parte de baixo da tabela do Brasileirão,” Osmar Murbach.
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Editorial
Vida virtual A articulista Emma G. Fitzsimmon, do “The New York Times” escreveu sobre um tema que é quase que clichê atualmente: a imersão no mundo cibernético e a dispersão natural que as pessoas estão tendo ao se conectaram em Smartphones. Clichê ou não, Emma “só diz verdades”. O mundo corrobora para que essa “dispersão pessoal” se agrave. Smartphones, como
o da Apple, estão ficando cada vez mais baratos e acessíveis. Mesmo que alguns considerem isso como uma “ameaça” por causa da popularização de um produto e virar “mainstream”, a ameaça está em algo bem pior. Um mundo em que as pessoas se esquecem de que estão acompanhadas de seres humanos. Para um aparelho em que a tentativa é aproximar pessoas, interação social e
Por Onde Anda?
conversas coletivas em geral, o que o Smartphone pode causar é justamente o contrário. Conspirações é o que não falta: da Samsung à Nokia. Hoje é a Apple que oferece tal risco, talvez o pior de todos, mesmo com inúmeros benefícios, o risco é alto e o preço a se pagar não é só do “minicomputador”, mas sim de uma individualização que vai além de conceitos estudos por Emile
Durkheim e Max Weber. Quem uma nova Instituição Social? Acesso rápido a informação (mesmo que muitas vezes inútil), é um dos benefícios que quase equaliza com os malefícios da “conexão 24h por dia”. Campanhas, como explica Emma, para a o policiamento do indivíduo para não utilizar eletrônicos têm sido mais comuns. “Jogo da pilha de telefones”
é um exemplo que Emma faz. Um grupo de amigos empilha os celulares na mesa e o primeiro que tocar no telefone para verificar mensagens/e-mails deve pagar a conta. Por outro lado, em uma sociedade conectada, uma atitude que envolve o desapego eletrônico oferece ímpetos altos àqueles que estudam e trabalham: um lugar onde facebook virou ferramenta de trabalho,
difícil é desconectar dessa rede. Moderação, autopoliciamento. Talvez seja essa a solução de viver em um mundo onde se expor virou moda e a busca por popularidade virtual é imprescindível para uma vida “perfeita”. Interação virtual com “limites” para se viver “livremente”.
Sidney da Silva Comecei na Universidade Positivo em 2008 após cursar o primeiro período da graduação na Pontifícia Universidade Católica (PUC -PR). Conclui o curso no fim de 2011. Em março do ano seguinte recebi uma proposta, através de indicação de uma amiga, para trabalhar no Jornal Folha do Alto Vale. Um periódico com sede na cidade de Rio do Sul (SC) que circula em 28 municípios
do estado catarinense. Fiquei no jornal até o fim de 2012 como responsável pelas matérias de política e economia. No início deste ano, tive a oportunidade de trabalhar em Brusque, no Jornal Município Dia a Dia. O jornal, que circula na região de Brusque, Nova Trento, Guabiruba, Botuvera e São João Batista tem 59 anos de fundação e é um dos veículos mais tradicionais do esta-
do. Possui uma das maiores tiragens entre os jornais do interior, com cerca de 10 mil exemplares. Comecei como repórter esportivo, segmento que eu mais me identifico, em janeiro. Três meses depois, fui promovido a Editor de Esportes, função que ocupo atualmente.
Bruna Teixeira Um dado alarmante baseado na leitura de mais de mil inquéritos sobre homicídios realizado na série “Crime Sem Castigo”, publicada em agosto de 2013 por repórteres da Gazeta do Povo, demonstra que apenas 1 em cada 4 criminosos responde a processo na Justiça. 77% dos homicídios seguem sem solução, ou seja, apenas 23% dos 5.806 homicídios entre 2004 e 1013 obtiveram solução e o réu foi levado ao Tribunal do Júri. Os inquéritos denunciam a lentidão da polícia na hora de resolver os casos. Em inúmeros deles, a primeira testemunha é ouvida meses após o crime e grande parte dessas pessoas são apenas informantes, ou seja, pessoas que conviviam com a vítima e não que presenciaram o assassinato. A culpa desses casos sem solução pode ser atribuída ao atraso da polícia em resolver os crimes, coletar provas e até mesmo ouvir as testemunhas. A série ainda revela que apenas 19% dos casos tem provas técnicas. Houve casos em que a insistência da
Expediente
família e o barulho da mídia fizeram com que a polícia “se interessasse” pelo caso e o resolvessem mais rápido, mas se ninguém cobra a polícia “deixa estar”. Quando casos como o da Tayná ou Isabela Nardoni foram repercutidos na mídia obtiveram uma investigação mais ativa, ao contrário de casos quando se tratam de “Amarildos”. Em documentos oficiais a própria polícia ou o escrivão relata que é humanamente impossível dar continuidade aos casos devido a saturação de inquéritos abertos para serem resolvidos no momento, e alegam que há casos que precisam de prioridade, esses inquéritos deixados de lado, não solucionados, permanecem abertos durante anos. Segundo Marcelo Balzer Correa, promotor de justiça, a falta de material humano é uma das principais causas dos inquéritos estarem sem solução, a situação do IML é precária assim como a quantidade de policiais que atuam para solucionar casos de homicídios na cidade, a solução, no caso, seria que o gover-
no investisse em segurança para a população e melhorasse as condições de trabalho dos investigadores. Mas infelizmente, essas pautas não são discutidas pelo governo, nem pela população. O ex superintendente e investigador de Campo Largo, Marcos Gogola, foi baleado e morto no início do mês de setembro por criminosos quando levava um dos presidiários ao dentista no centro da cidade. Em relato na sua conta pessoal do Facebook, o repórter cinematográfico e fotógrafo João Carlos Frigério conta como saiu de Curitiba assim que soube do ocorrido e seguiu para a Delegacia de Campo Largo, no relato, Frigério declara “...vi uma polícia unida, como jamais havia visto, com sangue nos olhos, sedenta por justiça, uma justiça que não existe no nosso país, mas sim uma justiça que eles deveriam pagar bem caro pelo que fizeram. Eu queria que fosse todos os dias essa polícia determinada como foi hoje, com sede
de justiça, de ir pra cima! A bandidagem ia respeitar, ah se ia!!!...” e prossegue o relato denunciando o que todos já sabem, bandidos que agem na certeza da impunidade. Esse caso nos faz refletir como a polícia age em assuntos de seu interesse, a equipe policial não descansou enquanto não encontrou os suspeitos nas redondezas de Curitiba na mesma tarde. Em contra partida, a série “Crime Sem Castigo” mostra a ineficiência da polícia em solucionar homicídios na capital do Paraná quando os casos tratam-se de “Amarildos”. Alguns dias depois, começou a circular na internet um vídeo do suposto atirador de Gogola definhando-se e agonizando no chão após apanhar e levar tiros. Esse tipo de situação, de “justiça”, na minha opinião, demostra a imaturidade do imediatismo da sociedade em querer resolver casos graves e complexos, buscam a solução rápida e prática, no estilo fast food, pensam em reprimir mas não em
prevenir. Onde estão pautas sobre segurança pública? A polícia não deveria estar protegendo a população? O governo não deveria estar investindo em educação e em programas que ajudem na prevenção de crimes? Em entrevista exclusiva ao estudante de jornalismo, Victor Arendt da Universidade Positivo, Rogério Galindo um dos repórteres da série “Crime Sem Castigo”, confessa o choque obtido pela falta de repercussão que a série deu, pois não houve um choque social ou uma indignação coletiva da sociedade quando a série foi publicada. Numa sociedade aparentemente séria, nota-se a indiferença da população com os casos de impunidade. Conformismo? Descaso? Abismo social? A população não reclama, não reivindica, uma ótima pauta para as manifestações de julho – até mesmo como Galindo sugere, sendo um assunto muito importante que não foi lembrado pelos protestantes – a policia continua na inércia com os “Amaril-
Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Da Redação Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira
dos” e dá mais prioridade a casos que repercutem na mídia a casos periféricos. E o governo? A segurança pública não é pauta discutida pelos manifestante muito menos pelos políticos. Quem nós devemos culpar? Nós mesmos? A mídia? O governo? A polícia? Eu acredito que todos tem uma parcela de culpa. Enquanto a violência não afeta nossos umbigos, não nos importamos com os casos do zé da esquina. A polícia precisa de um estrutura melhor e de salários dignos, mas ela também precisa mostrar que é eficiente e não resolve apenas casos de seu interesse, as pesquisas mostram a lentidão e aparentemente “falta de interesse” dos investigadores. O papel da polícia não é dar segurança a população? Quem se sente protegido numa sociedade onde a mídia prova a corrupção e má fé da polícia? Precisamos de uma sociedade mais consciente, que se importe com o próximo e não faça pouco caso de assuntos graves como esses, precisamos de uma sociedade mais crítica.
Notícias do Dia
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Editora da Universidade Fernando Pessoa aposta no livro digital O mundo actual é digital. Esta mudança de paradigma atingiu todos os meios de comunicação, pelo que a música, o vídeo, e a fotografia são formatos cada vez mais, presentes no nosso quotidiano
Diogo Boissel
Editora de cariz universitário conta no seu catalogo com duzentos e vinte livros dos quais sete em formato digital. Os principais motivos em apostar neste modelo dividem-se em três questões centrais. Como nos explica Ágata Rosma-
ninho, responsável pelas edições U.F.P. Esta é “uma forma de não deixar morrer o livro”, depois “sabendo que é uma editora universitária, existem duas vertentes a ter em conta: os livros que são um sucesso de bilheteira porque são manuais adoptados nas aulas e os que são tão específicos que fazer uma pequena tiragem não se justifica”. Finalmente a terceira razão prende-se com a facilidade de internacionalizar estas obras, “facilita muito as transacções comerciais, principalmente com o Brasil”. Por parte dos alunos da U.F.P este
Diogo Boissel
Assim, como os jornais sentiram a necessidade de serem digitais de modo a abranger mais público e fidelizar os seus leitores, chegou, agora a vez das editoras. Na área já encontramos vários exemplos adeptos deste novo formato. Uma delas é a editora da Universidade Fernando Pessoa.
novo meio ainda não é muito usado. Os estudantes preferem outras formas de utilizar os materiais necessários para a sua formação e estudos. “Eu continuo a preferir tirar fotocópias, requisitar livros na biblioteca ou pedi -los emprestados a
um colega. Isto deve-se sobretudo ao factor económico pois não possuo um tablet”, explica-nos a aluna Rita Brandão do curso de Ciências da Comunicação. A editora UFP que edita entre vinte e cinco a trinta livros
por ano junta, assim, às suas edições de papel mais uma forma de divulgar os seus autores e publicações. Não se pretende acabar com as edições em papel. Como afirma Ágata Rosmaninho: “Ninguém vai matar o
livro”. Contudo, devido ao “período de grande contenção que nos encontramos” a editora utiliza o digital para permitir que os livros que não necessitem de uma edição em papel, continuem sempre disponíveis para o seu público.
Justiça do Trabalho libera obras da Arena Foram seis dias de paralisação. Justiça liberou para que os operários retomem os trabalhos, mas com exceções Lucas de Lavor
CAP/SA
embargado as obras, Lorena de Mello Rezende Colnago, mas sob condições impostas pelo Grupo Móvel de Auditoria de Condições do Trabalho (GMAI). O grupo, que fiscaliza grandes obras em todo o Brasil, é do Ministério do Trabalho e Emprego e impõem a implantação
de medidas preventivas. Segundo nota oficial do Tribunal Regional do Trabalho do Estado do Paraná, a juíza Lorena fez o despacho segundo o relatório do GMAI e de um Laudo Pericial que expõem correções em problemas mais graves apontados anterior-
CAP/SA
A Justiça do Trabalho liberou, nessa terça-feira (8), as obras que acontecem no Estádio Joaquim Américo, mais conhecido como Arena da Baixada, um dos 12 estádios que abrigará jogos oficiais da Copa do Mundo 2014. A liberação foi assinada pela mesma juíza que havia
mente. Uma parte do relatório feito pelo GMAI e apresentado semana passada ressaltava “o grave risco de soterramento de trabalhadores, atropelamento e colisão, queda de altura e projeção de materiais, dentre outros graves riscos”. Esses seriam os principais motivos para a interdição da obra semana passados e que
assim ficou durante seis dias. Em destaque na nota oficial, situações que, na opinião da juíza, estariam pendentes ainda instalações elétricas para iluminação noturna, sinalização adequada no Canteiro de Obras, um ambulatório para socorro de trabalhadores, treinamento específico de funcionários
como tema assuntos relacionados a segurança no trabalho. Um prazo de 72 horas foi imposto para a empresa CAP/SA possa cumprir as medidas de adequação. Um perito do juízo retornará às obras para fiscalizar se o combinado estará sendo implantado.
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Geral
Projeto desenvolvido por meninos de 12 anos propõe redução da poluição em Curitiba Melhorando o ar de Curitiba, que reproduz um restaurante sustentável, foi um dos trabalhos apresentados na Mostra de Soluções do Colégio Positivo João Lemos
Após assistirem a uma reportagem de televisão que abordava a qualidade do ar em Curitiba, em março, Paulo e Mateus, que estão no 7º ano, decidiram investigar a poluição emitida por restaurantes da cidade e propor métodos para resolver o problema. Para isso, eles iniciaram uma pesquisa de campo, explorando a metodologia científica nos padrões internacionais, que inclui a realização de entrevistas, visitas a locais diversos, levantamento de dados estatísticos e fundamentação teórica, entre outros elementos. Como parte do trabalho qualitativo, os jovens pesquisadores realizaram, por exemplo, entrevistas com cerca de 30 moradores de regiões próximas a churras-
João Lemos
Reatores biológicos podem reduzir a fumaça liberada pelas chaminés de restaurantes? Essa pergunta constitui a questão -problema do projeto Melhorando o ar de Curitiba, apresentado por Paulo Guilherme Araújo e Mateus Pizzato Fagundes, de 12 anos, na VI Mostra de Soluções Para Uma Vida Melhor, realizada neste sábado, 5, em três unidades do Colégio Positivo (Júnior, Jardim Ambiental e Internacional). O evento é uma tradição na instituição, sendo promovido anualmente desde 2007, dando aos alunos de Ensino Fundamental e Médio a oportunidade de sugerir soluções para problemas cotidianos. Este ano, a temática central da mostra foi a Água, mas foram discutidos vários outros assuntos de teor científico.
Mateus Fagundes e Paulo Araújo: projeto que prevê a diminuição da poluição atmosférica tem grande valor social, pois propõe o cuidado com o meio ambiente e o bem-estar da população.
carias e com os donos dos estabelecimentos. A segunda etapa do processo de elaboração do projeto consistiu em visitas periódicas ao Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), onde Paulo e Mateus puderam realizar experimentos em laboratórios de alta tecnologia. Com base em todo o material colhido e nas informações obtidas por meio das pesquisas, os estudantes fizeram, em uma maquete, a representação de um restaurante (o Devon’s Grill, localizado no Centro Cívico) que já utiliza um recurso sustentável de emissão de fumaça: o reator biológico. Por meio da utilização de microalgas e outros organismos aquáticos em foto biorreatores, essa técnica garante a redução da poluição em até 35%. De acordo com os autores do projeto, a ideia de Melhorando o ar de Curitiba é apresentar uma solução viável para um problema recorrente na cidade. “O valor social do trabalho é grande,
pois ele propõe o cuidado com o meio ambiente e o bem-estar da população, com a diminuição da ocorrência de doenças respiratórias”, afirmam. Segundo eles, o projeto cumpre um dos pilares da sustentabilidade - o desenvolvimento humano –, por contemplar o melhor relacionamento do homem com a natureza e a sociedade em geral. Para o pesquisador do Tecpar Anderson Cardoso Sakuma, que acompanhou parte do processo de pesquisa dos jovens, como os experimentos nos laboratórios do instituto para explicar como funciona o metabolismo das algas, Paulo e Mateus foram bastante comprometidos e interessados em construir um trabalho de conteúdo valioso. “Fiquei surpreso com a atitude deles, pois, apesar de serem garotos tão jovens, eles têm uma visão muito abrangente”, diz. Leandro Andrade Pegorato, também pesquisador do Tecpar, explica que Melhorando o ar Curitiba contribui não
só para a ciência, mas também para a sociedade: “Essa interação deles com a atualidade e a preocupação com a questão ambiental vão se reverter em uma cidadania melhor”. O evento Mais de 200 projetos científicos foram expostos na VI Mostra de Soluções Para Uma Vida Melhor, produzidos por alunos de 6º ano a 1ª série do Ensino Médio. Além de Melhorando o ar de Curitiba, outros destacaram-se, entre os quais Jogos matemáticos, de Enzo Erico Piola, que criou um jogo de tabuleiro para exercitar conceitos básico da matemática, e Trabalho saudável, dos alunos de 1ª série do Ensino Médio Leonardo Sprengel, Giovanna Voigt Machado e Alciana Machado, que propuseram a aplicação, em Curitiba, de uma nova concepção de locomotiva para os catadores de lixo, criada pelo cientista Jason Duani Vargas. O projeto dos estudantes inclui uma monografia, um plano de pesquisa e um diário de bordo, com o cronograma
das pesquisas. “O nível das apresentações este ano está bem maior do que nas edições anteriores da mostra: os alunos estão mais preparados e os trabalhos têm um conteúdo científico melhor”, considera Geórgia Macedo Salomão Guzzo, mãe de Giulia Salomão Guzzo e Carolina Benevides de Souza, participantes do evento. Para ela, a defesa dos projetos foi realizada com mais entusiasmo e comprometimento, uma vez que todos aplicaram grandes esforços para a consolidação da proposta. Além disso, ela destaca a importância social da Mostra de Soluções, que, todos os anos, estimula nas crianças e jovens a pensar em maneiras de conscientizar a população, apontando soluções viáveis para problemas do dia a dia. A coordenadora do evento, Irinéia Scotta, concorda que a Mostra de Soluções 2013 evoluiu bastante, principalmente no que se refere à qualidade de apresentação dos trabalhos. “Os professo-
res estão exigindo mais a questão da investigação científica, ou seja, algo que envolva visitas, entrevistas e levantamento de estatísticas e não só a reprodução de um trabalho já feito”, completa. Irinéia também destaca a importância do evento no sentido de dar às crianças e aos jovens a oportunidade de desenvolver habilidades de argumentação e pesquisa, constituindo um esboço do que eles encontrarão na universidade. Ainda de acordo com Irinéia, serão escolhidos três projetos, entre os apresentados por alunos de 9º ano e 1ª série do Ensino Médio, para serem expostos na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), promovida todos os anos pela Universidade de São Paulo (USP). A avaliação e escolha dos melhores projetos será feita por profissionais de referência no segmento científico, entre os quais o pesquisador do Instituto de Tecnologia do Paraná, Anderson Cardoso Sakuma.
Colunistas
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Osmar Murbach Do Campo pro Lona O clássico de Paulo Baier Geraldo Bubniak / Ag. Estado
O AtleTiba de número 358 foi, com certeza, recheado de emoções. Raça dos dois lados marcaram o jogo, que tinha como favorito o Atlético Paranaense, que está no G4. O Coritiba entrava em campo buscando recuperação e um ânimo novo na competição, sabendo que se perdesse ficaria em maus bocados na parte de baixo da tabela do Brasileirão. Ainda sim, com todos estes ingredientes, o clássico foi do maestro Rubro-Negro Paulo Baier. Havia, antes do jogo, uma grande expectativa por um duelo entre Bayer e Alex. O camisa 10 coxa branca, porem, não se recuperou de uma luxação no dedo mindinho, e ficou de fora do clássico. No seu lugar apareceu Lincoln. BaIer também poderia ser cortado do confronto, mas foi pro jogo, e foi decisivo. O jogo começou como se esperava: o Atlético buscava o ataque, da sua maneira, abusando da velocidade de Éverton, pela esquerda, e de Marcelo e Léo,
Baier faz dois gols e vira o jogo em três minutos na Vila Capanema.
ambos em tarde inspirada, pela direita. O Coritiba se segurava lá atrás, mas saía jogando sempre na sua característica principal: o toque de bola curto. O Furacão passou a usar muito de passes longos e lançamentos, e isso facilitava a vida do Coritiba, que passou então, a partir dos 20 minutos, a dominar o confronto. Numa jogada de contra ataque, aos 23 minutos, Robinho tabelou com Lincoln, e quando tentou dominar dentro da área, foi derrubado por Léo. Pênalti assinalado por Sandro Meira Ricci. O Atlético reclamou muito da marcação do pênalti. Para co-
brança, já que o Coxa não tinha Alex, foi Julio César. E o camisa 11 não desperdiçou. Em duas oportunidades, já que o juiz mandou a primeira cobrança voltar, Julio fuzilou no canto esquerdo do goleiro Weverton, abrindo o placar a favor do Coritiba. É aí que começa a brilhar a estrela de Paulo Baier. O Coritiba passou a ir pra cima, sem se preocupar muito com a defesa. Coube ao Atlético, então, contra atacar. Num dos contra ataques, o furacão conseguiu um escanteio. Após a cobrança, houve uma confusão na área. O volante Uelliton, do Coritiba, tentou afastar, e
a bola bateu nos pés de Paulo, morrendo assim no fundo da rede. Os relógios marcavam 42 minutos do primeiro tempo. Três minutos depois, houve o lance mais reclamado pela equipe do Coritiba durante a partida. Léo foi lançado, Geraldo chegou por trás, e o árbitro Sandro Meira Ricci assinalou falta do atacante coxa-branca, frontal a meta defendida por Vanderlei. Paulo Baier cobrou com perfeição, e virou a partida. O gol de Baier foi o último lance do primeiro tempo e o início de uma reclamação acentuada dos jogadores do alviverde. Mas assim terminou o
primeiro tempo. No segundo tempo, coube ao Atlético segurar o resultado. O Coritiba, d e s or g an i z a d o, buscou o empate. Escudero, seguindo sua tradição em AtleTibas, foi expulso. É a segunda expulsão seguida do zagueiro argentino, que duas rodadas atrás, foi expulso contra o Náutico. Bill teve uma chance de ouro pra empatar o jogo aos 37, mas ao invés de chutar de primeira, tentou dominar, e deu tempo de reação ao goleiro Weverton. Final do segundo tempo com placar do primeiro, e no final, o AtleTiba 358 foi vencido pelo Atlético Paranaense,
que confirmou o favoritismo e assumiu a terceira colocação do Brasileiro. O rubro-negro segue firme em busca de uma vaga para Libertadores de 2014. Na próxima quarta feira, o time de Vagner Mancini, vai até Mogi Mirin para enfrentar o Corinthians. O Coritiba mantem seu jejum de vitórias e sua crise acentuada, mas não perdeu posições, se mantendo em décimo quinto. Também na quarta feira, o verdão recebe o Santos, no Couto Pereira. A equipe está a apenas dois pontos da zona de reb aixamento.
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NOTÍCI ANTIGA Contaminação de água em Angra dos Reis completa 27 anos No dia 08 de outubro de 1986, a usina nuclear de Angra dos Reis (RJ), sofreu um vazamento de água radioativa, fato que prejudicou
muito as cidades próximas, como Paraty. É estimado um valor entre 20 e 25 mil litros de água contaminada, que acabou expondo cerca de 50 mil pessoas à contaminação, que possivelmente podem ter sido vítimas
de um câncer. Esse vazamento ocorreu num período de transição do regime militar para o civil (esse fato está diretamente ligado à falta de informações sobre a tragédia).
O que fazer em Curitiba? Galeria Teix De 5 a 30 de setembro, na Galeria Teix (Rua Vicente Machado, 666), fica a exposição “Quanto um Chapéu de Palha”, e reúne 11 obras inéditas em tecido, bordadas e pintadas à mão do artista Alexandre Linhares. Informações: (41) 3018-2732. Exposição “Consciente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Memorial de Curitiba Até dia 3 de novembro, no Memorial de Curitiba (R. Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico) fica a exposição “Curitiba Protesta”. As recentes manifestações populares que tomaram conta das ruas de todo o país são tema da exposição Curitiba Protesta. Integram a mostra 60 imagens feitas por fotojornalistas que acompanharam as manifestações, apresentando um recorte visual dos principais momentos dos atos que lotaram ruas e avenidas do centro da capital. Entrada franca. Informações: (41) 3321-3328.