Notícia Antiga No dia 9 de outubro de 1940, o músico John Lennon vinha ao mundo para fazer parte da história mundial
Edição 845
Curitiba, 09 de outubro de 2013
lona.redeteia.com
Evento busca democratizar o acesso à alta gastronomia Conhecido como Restaurant Week, o evento que começou na última segunda-feira e que está em sua 8ª edição, conta com a participação de 60 restaurantes curitibanos que fixaram os seus cardápios em R$ 34,90 no almoço e R$ 47,90 no jantar. Além disso, parte da renda será direcionada ao Complexo Pequeno Príncipe, instituição social escolhida para essa edição. A 7ª, realizada em abril deste ano, movimentou mais de 60 mil pessoas e contou com a participação de 50 restaurantes.
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Uso de medicamentos é a maior causa de intoxicação e/ou envenenamento no Brasil O uso indevido e indiscriminado de remédios pode trazer sérios riscos à saúde, podendo inclusive levar à morte. O Ministério da Saúde recomenda que se consulte um médico, evite recomendações de familiares e amigos e em casos de medicamentos de uso livre pedir a orientação de um farmacêutico.
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Opinião Editorial
Assédio
Por onde anda?
“Se existe uma classe que merece e necessita uma reformulação geral nas condições de trabalho, é essa que está sofrendo represálias no Rio de Janeiro”.
“Nós mulheres estamos, de certa forma, acostumadas com esse tipo de assédio, pois é algo que, infelizmente, acontece quase diariamente, mas a humilhação de se sentir um pedaço de carne não para por ai,” Eluyse De Lima Cirino.
O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Marcos Lemos.
Colunistas
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Teatro ““Break a leg!” ou “quebrar a perna” é outra expressão utilizada segundos antes de começar a peça e também possui inúmeras explicações. No Dicionário de Bordões, Eric Partridge considera que o termo surgiu de uma tradução de uma expressão parecida utilizada por atores alemães”, Larissa Mayra.
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Editorial
Foi mal “fessôr” Profissionais de praticamente todas as áreas estão sempre desejando melhores salários e condições de trabalhos. Nem sempre chegam a fazer algo por isso diariamente, mas sempre há um momento em que a reinvindicação se torna a única opção. Com isso acontecem greves, paralisações, brigas com os governos, patrões... Os últimos anos estão sendo marcados por
vários movimentos trabalhistas, alguns ocorreram pacificamente e outros, ainda em andamento, envolveram brigas constantes. Se existe uma classe que merece e necessita uma reformulação geral nas condições de trabalho, é essa que está sofrendo represálias no Rio de Janeiro. Desde que os professores cariocas começaram a protestar nas ruas do estado,
Por Onde Anda?
todo dia surgem novas notícias narrando a hostilidade que os manifestantes estão enfrentando e, em vários jornais, ainda tem a manifestação retratada como algo negativo. Fato é que os professores estão entre os profissionais mais desvalorizados do país. Ser professor em escolas públicas é uma das profissões mais perigosas que não recebe uma bo-
nificação por insalubridade. A sala de aula brasileira pode se mostrar um ambiente tão estressante quanto um corredor lotado do SUS. A recompensa: a gratificação de um trabalho bem feito. O problema: mérito/orgulho não paga contas. Divulga-se uma foto na internet, uma especulação que um policial mostra o cassetete quebrado com a legenda “foi mal
Cantadas não são legais, lembranças ruins muito menos
Expediente
o resultado é realmente aterrorizante. Quando questionadas se já deixaram de fazer algo por conta do medo de sofrerem abusos 81% das participantes disseram que sim. Essa informação fica ainda mais chocante quando lemos as declarações de algumas dessas participantes. Um desses depoimentos me deixou extremamente chocada. A garota que compartilhou sua intimidade conta que aos 16 anos passava em uma rua pró-
gostosa”, em que mostra um policial chamando uma manifestante de “gostosa”, que contesta e é presa por desacato. Outro é o forjamento de um policial, que mostra claramente o policial militar “colocando” rojões na mala de um estudante. Quem paga é povo que fica sem “educação” e se sente inseguro com os “profissionais da segurança pública”.
Marcos Lemos Passei por diversos lugares, como recém-formado aproveitamos todas as oportunidades que aparecem. Nem sempre as melhores, mas pelo menos o aprendizado é valido. Muitos trabalhos de curta duração, famosos “free-
Levar uma contada em ambiente público nem sempre é confortável, e muitas vem em forma de palavras claramente ofensivas e degradantes. Uma pesquisa realizada pela jornalista Karin Hueck e veiculada pelo blog thinkolga.com contou com a participação de 7762 leitoras e mais de 99% delas confirmaram que já sofreram algum tipo de assédio verbal. A pesquisa de Karin Hueck conta com várias perguntas e
fessôr”. Pobre professor (literalmente), profissional desvalorizado. Apela-se para a violência quem não tem argumentos. Desnecessária atitude da polícia que se mostra extremamente violenta contra um protesto pacífico. São inúmeros os vídeos na internet que mostram policiais prendendo sem motivo, intitulados: “Mulher é presa por desacato por ser chamada de
xima a um estádio de futebol em Belo Horizonte quando foi cercada por um grupo de torcedores que não apenas a assediaram verbalmente como chegaram ao assédio físico, a apalpando e empurrando. A moça sentiu medo de ser estuprada pelos torcedores. Esse medo é totalmente compreensível – por mim pelo menos – já que pelo depoimento a situação deve ter sido não apenas terrível como, também, humilhante.
las”. E alguns que prometem grandes coisas mas os anseios são maiores. Depois de muitas coisas que apareceram acabei optando em abrir um negocio próprio, objetivo desejado desde os tempos da faculdade. Acabei deixando um pouco de
lado a faculdade de jornalismo e a pósgraduação de marketing. Hoje sou proprietário do Bali Bar e Gastronomia e atuo em diferentes áreas, cozinha, atendimento, contabilidade, administração...
Eluyse De Lima Cirino Nós mulheres estamos, de certa forma, acostumadas com esse tipo de assédio, pois é algo que, infelizmente, acontece quase diariamente, mas a humilhação de se sentir um pedaço de carne não para por ai. Não podemos esquecer que vivemos em uma sociedade extremamente machista que julga que alguns assédios só ocorrem porque a vítima – sim, a vítima – estava trajando uma roupa considerada vulgar ou até mesmo porque
a garota não estava em casa. Esse pensamento, machista, de que assédio sexual só ocorre fora de casa é uma piada. Segundo o Dossiê Mulher, do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro no ano de 2012 foram registrados 4.993 casos de estupro no estado e apenas 27% o crime foi cometido por desconhecidos. E na maioria dos casos em que a mulher conhece o estuprador este tem algum grau de parentesco com a víti-
Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Da Redação Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira
ma. De acordo com o Dossiê Mulher 51,4% das vítimas de estupro no Rio de Janeiro em 2012 eram crianças de até 14 anos. Esse dado reforça a ideia de que a vítima não tem culpa de sofrer violência sexual. O criminoso deve ser punido, pois nenhuma criança deve ter esse tipo de memória. E muito menos conviver com seu agressor.
Notícias do Dia
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8ª edição do Curitiba Restaurant Week já começou e vai até domingo, 20/10
Para esta edição, os organizadores esperam arrecadar cerca de R$ 40 mil reais, que serão doados para o Complexo Pequeno Príncipe Lucas Borodiak Karas Democratizar o acesso à alta gastronomia dos restaurantes curitibanos, além de doar parte da receita para uma entidade social carente. Este é o lema do Curitiba Restaurant Week, um evento que já está na sua 8ª edição e que atraiu na sétima mais de 60 mil pessoas. A Week – semana, em inglês – começou na última segundafeira (07/10) e termina no domingo, 20. Durante esses 14 dias, restaurantes renomados da capital paranaense irão oferecer cardápios completos, ou seja, com entrada, prato principal e sobremesa, a preços fixos de R$ 34,90 no almoço e R$ 47,90 no jantar. Além disso, é possível doar um real ou até mais para o Complexo Pequeno Príncipe, instituição social escolhida
para essa 8ª edição. Contudo, alguns restaurantes já colocam a doação na conta do cliente e esta só não é feita, caso seja solicitada sua retirada. É o caso do Vin Bistrô, localizado na Rua Fernando Simas e que participa da Week desde a primeira edição curitibana, realizada em 2010. De acordo com a sócia-proprietária do Bistrô, Christine Valente Kunze B ohnenstengel, afirmou que a iniciativa de já colocar a doação na conta nunca foi um problema para os clientes. “A gente não pergunta para o cliente se ele quer doar, já vem no pacote e a grande maioria faz a doação e ainda sai satisfeita com isso.” Christine destaca que a Week é uma ótima oportunidade para as pessoas conhecerem novos pratos. “Com um
cardápio diferenciado e um preço bem a abaixo do que praticamos, acredito que damos a oportunidade para várias pessoas de diferentes estilos de conhecerem o nosso restaurante”, afirmou B ohnenstengel. Para o empresário Carlos Eduardo Barros Previdi, o viés social do evento é um diferencial muito importante. “Quanto a esse auxilio às instituições carentes, como é o caso do Pequeno Príncipe, acho extremamente válido.” Contudo, Previdi comentou que, durante todas as Week’s que participou, percebeu que o atendimento e a qualidade dos produtos baixavam. “Eu faço parte de um público que sempre frequenta esse tipo de restaurante e eu percebo que, durante essa semana, alguns estabeleci-
mentos acabam diminuindo a qualidade que é apresentada fora da Week”, explicou o empresário. “E acredito que se for para apresentar um produto abaixo do que é comum, nem adianta participar”, destacou Previdi. Questionada sobre isso, a sócia-proprietária exclamou que não é o caso da Vin Bistrô, mas explicou que o que acontece é que o público que frequenta normalmente o restaurante duplica durante a Week e isso pode acabar prejudicando um pouco o ser viço. “A demanda durante a Week pode atrapalhar um pouco o ser viço, por fugir do habitual e como o ser humano é suscetível a falhas, é possível que haja algum problema no processo”, destacou Christine. “Mas em questão de qualidade, pelo menos no
Vin Bistrô, não há uma queda, de forma alguma”, confirmou. Para Philip Khouri, organizador do evento pela agência DP9, o público sempre foi um diferencial da Week. “Sempre é enorme e os números surpreendem”, exclamou. Ele conta, inclusive, que teve que por um limite no número de restaurantes interessados em participar. “ Tivemos que colocar 60 restaurantes, no máximo, para possibilitar o nosso próprio trabalho, enquanto agência. Contudo, mais de 85 nos procuraram para participar da semana.” Ele afirma, ainda, que os estabelecimentos e os clientes “compraram a ideia” do viés social e que, em sua maioria ajudam, resultando em valores expressivos. “Na última edição, obtivemos mais de R$ 30 mil revertidos
à instituição que estava participando e nesta 8ª, esperamos arrecadar pelo menos, R$ 40 mil”, finalizou. A história Nascido em Nova Iorque há 21 anos, o Restaurante Week já é sucesso no mundo inteiro, estando presente em mais de 100 países, incluindo o Brasil. Em Curitiba, a primeira edição ocorreu em 2010, com o envolvimento de 42 restaurantes e a participação de mais de 38 mil pessoal durante os 14 dias. A 8ª edição vai até domingo, 20/10. Para mais informações, basta acessar o site do evento, em (www. restaurantweek.com. br). *Com informações da agência DP9, que está promovendo o evento.
“Tem que ter opinião, tem que ter atitude,” Juliana Girardi e Fábio Cypriano contam sobre o trabalho na área de jornalismo cultural em palestra realizada na UP. Para Juliana, ter medo de se manifestar sobre determinado assunto não faz parte da atitude dos profissionais da área e “muitos repórteres procuram especialização para se sentirem mais a vontade na hora de escrever” Lucas de Lavor
“Jornalismo é um aprendizado” concluiu Fábio ao final da palestra. Para quem acompanhou ontem (8) a palestra de Jornalismo Cultural na Universidade Positivo, pode conferir as impressões sobre a área de Fabio Cypriano, jornalista da Folha de São Paulo, e Juliana Girardo, editora do “Caderno G” da Gazeta do Povo. A palestra faz parte da programação Bienal Internacional de Curitiba. A
palestra,
que
começou por volta das 19:30, teve o intuito de instruir e esclarecer mais sobre a área. “Vivemos hoje um momento de demagogia do jornalismo, que devemos agradar o público a todo momento” declarou Fábio durante a Palestra. Fábio trabalha a doze anos cobrindo a área de cultura no jornal Folha de São Paulo e morou três anos em Berlim. “Foi um período de experiência bem legal que me agregou bastante
para o serviço que faço até hoje”. Fábio e Juliana ressaltaram um ponto que a área de jornalismo cultural sofre com o preconceito: desleixo por parte de editores, relacionamento artista/jornalista e a “falta de entendimento” da área são os principais barreiras que profissionais da área enfrentam. “Existe muita crítica no jornalismo cultural e ele se divide (o jornalismo) em bom e ruim. O bom se-
ria o jornalismo cultural onde só se noticia coisas ‘boas’ e onde tudo é lindo. O ruim é o caderno de Política, Cotidiano, onde o leitor lê desconfiando. Parte disso é culpa e desleixo, muitas vezes, do dono do jornal”, conta Fabio sobre o preconceito. “Outro problema é o ‘jornalista amigo’, que acaba se envolvendo demais e isso atrapalha” explica, “acontece muito no jornalismo cultural”. Sobre isso, Juliana conta
que “não posso ir a shows de bandas locais que já me aparece gente oferecendo ‘serviço’”. A decisão do que é ou não publicado e os critérios utilizados também foi uma das questões levantadas por Fábio e citou o caso de “ufanismo”: “Investimos muito em querer saber quem são os artistas brasileiros em feiras no exterior, temos que saber que artista não é só brasileiro”. Juliana
chama
atenção para a postura dos jornalistas que estão iniciando na área. “Tem que ter opinião, tem que ter atitude. Muitos repórteres procuram especialização para se sentirem mais a vontade na hora de escrever sobre” e completa que a área “tem a ver com paixão, acho que jornalismo cultural é isso”.
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Geral
Pesquisa revela que brasileiros têm o costume de se automedicar Mais da metade dos brasileiros afirmam ingerir remédios sem consultar um médico
Andressa Turin
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Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) revela que 54% dos brasileiros tomam medicamentos por conta própria, sem a consulta de um médico. Em parceria com o Instituto de pesquisas Datafolha, o ICTQ realizou o “Primeiro Levantamento Nacional dos Consumidores de Medicamentos”. O estudo foi feito em doze capitais brasileiras, dentre elas Curitiba. Além disso, outro dado chamou a atenção. Segundo o “Primeiro Levantamento Nacional”, das pessoas que já são consumidores de remédios em nosso país, 14% declararam já ter comprado medicamento controlado, de tarja preta ou vermelha, sem a receita médica. Ain-
14% dos consumidores já declararam ter comprado remédio de uso controlado sem receita
da de acordo com a mesma pesquisa, 21% dos consumidores afirmam comprar em farmácias ou drogarias, em média, 2 vezes por mês. Para mais da metade dos consumidores, 52%, os produtos que mais chamam a atenção ao entrar em uma farmácia são os medicamentos, seguidos pelos cosméticos e produtos de higiene pessoal. E, por fim, 68% das pessoas têm o costume de comprar medicamentos genéricos. Para o médico Clóvis Santos, a autome dic a ç ão
pode ter desde pequenos riscos até os mais graves, podendo em alguns casos até levar à morte. “O principal problema das pessoas que se automedicam é saber se elas não são alérgicas aos medicamentos, pois correm o risco de entrar em choque”, explica. Clóvis afirma também que a orientação médica é importante, uma vez que existem pessoas que não podem tomar determinados tipos de medicamentos. Como principal exemplo, o médico cita os casos de dengue, cujos pacientes não podem in-
gerir antitérmicos – remédio para reduzir a febre. “A dengue pode se manifestar na forma hemorrágica, que é muito grave, e os antitérmicos facilitam o sangramento”, afirma o médico. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (SINITOX), em 2010, o maior número de casos registrados de intoxicação ou envenenamento foi pelo uso de medicamentos; do total de 27710 casos, 898 ocorreram devido à automedicação. A região que re-
gistrou o maior número de casos e óbitos foi a região Sudeste, com aproximadamente 17 mil casos e 37 óbitos Em relação à faixa etária, há cerca de 8 mil casos envolvendo crianças de 1 a 4 anos. O Ministério da Saúde e a Anvisa alertam para o uso indevido e indiscriminado de medicamentos. Com o intuito de alertar a população sobre os principais riscos da automedicação, a Política de Medicamentos dos Ministério da Saúde tem como um de seus objetivos conscientizar as pessoas
sobre a utilização racional de remédios. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o uso incorreto de remédios pode agravar a doença, pois a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. A recomendação é de que se consulte um médico, evite recomendações de amigos e parentes e em casos de medicamentos de uso livre procurar orientações do farmacêutico.
Colunistas
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Larissa Mayra Falo de Teatro Vera da Veiga Ventura
- Um, dois, t rê s . . . m e rd a ! Grita o grupo reunido de mãos dadas minutos antes de o espetáculo começar. Alguns pulam, outros começam a correr. Os abraços reforçam a mensagem: Merda! Merda! Merda! Tensão é o sentimento que consegue acelerar o coração do ator. O teatro é vida, mas não uma vida banal em um domingo tedioso. Por isso, ele é cercado de part ic u lar idades e mistérios, coisas que o tornam mais ap a i x o n a nt e . Uma forma de dizer “ b o a - s o r t e” ? Talvez! A utilização da palavra “merda” no teatro tem diferentes interpretações e cada grupo define o que ela pretende expressar. Para alguns, é um simples boa-sorte.
Para outros, o merda representa uma tradição do teatro que é repassada de geração para geração. Historicamente, é difícil dizer quando a expressão surgiu por causa do seu caráter lendário. A primeira explicação que escutei foi a seguinte: Antigamente, as pessoas iam ao teatro de carroça. As carroças são movidas por cavalos, certo? E os cavalos não escolhem onde vão deixar os seus restos, isto é, suas
merdas! Por causa disso, as entradas dos teatros tinham cocô. Sim, as mulheres se arrumavam tanto, colocavam aqueles vestidos enormes, mas sujavam os sapatinhos de merda. Porém, os atores não se importavam muito com a sujeira dos sapatos das cinderelas: quanto mais merda, mais público! Além dessa história, acredita-se que um ator, em dia de estreia, estava indo para o teatro e tudo estava dando errado. Ele perdeu o
trem, tropeçou, esbarrou nas pessoas, mas conseguiu chegar a tempo. Para piorar a situação, antes de entrar no teatro ele pisou na merda - que eu especulo que era de algum cavalinho – e mesmo assim fez uma apresentação incrível. “Break a leg!” ou “quebrar a perna” é outra expressão utilizada segundos antes de começar a peça e também possui inúmeras explicações. No Dicionário de Bordões, Eric Partrid-
ge considera que o termo surgiu de uma tradução de uma expressão parecida utilizada por atores alemães. “Hals -und Beinbruch” significa o pescoço e uma perna quebrada. Após a adaptação, o termo se espalhou para os cinemas britânicos e americanos, mas se manteve no teatro e também é utilizado no Brasil. A frase foi utilizada pela primeira vez na imprensa no ano de 1900. Apesar de a expressão parecer um pouco
pesada, usase ela para “enganar” o azar. Falase algo ruim para atrair coisas boas. Essas são apenas duas das expressões de “boa sorte” comuns no teatro. Particularmente, eu acho muito engraçado essa nossa necessidade de se sentir seguro. É uma forma de dizer para si mesmo “agora sim, estou pronto pra começar”, quando na realidade essa certeza é idealizada. M E R D A !
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NOTÍCI ANTIGA O mundo teve a honra de receber no dia 9 de outubro de 1940 a figura de John Winston Lennon. O músico entrou para a história 23 anos após seu nascimento com o sucesso explosivo do lançamento do primeiro disco da banda de rock mais famosa de todos os tempos, o Please Please Me dos Beatles. Sendo o membro mais polêmico da banda, Lennon
sempre teve sua vida bastante exposta pela imprensa. Sua vida amorosa com Cynthia Powell (mãe de seu filho Julian) e com Yoko Ono (com que esteve até seus últimos dias) sempre estiveram escancaradas nas páginas dos jornais. Tanto antes quanto depois de sua morte no dia 8 de outubro de 1980, o músico foi reconhecido diversas vezes como uma das pessoas
mais influentes do mundo. Nos dez anos entre o último disco dos Beatles e o dia de sua morte, John Lennon manteve, além de uma carreira musical regular, uma frequente atividade política. Sua movimentação em busca da paz mundial, segundo teorias conspiracionistas, podem ter sido a causa de seu assassinato pelas mãos de Mark Chapman.
O que fazer em Curitiba? Galeria Teix De 5 a 30 de setembro, na Galeria Teix (Rua Vicente Machado, 666), fica a exposição “Quanto um Chapéu de Palha”, e reúne 11 obras inéditas em tecido, bordadas e pintadas à mão do artista Alexandre Linhares. Informações: (41) 3018-2732. Exposição “Consciente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Memorial de Curitiba Até dia 3 de novembro, no Memorial de Curitiba (R. Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico) fica a exposição “Curitiba Protesta”. As recentes manifestações populares que tomaram conta das ruas de todo o país são tema da exposição Curitiba Protesta. Integram a mostra 60 imagens feitas por fotojornalistas que acompanharam as manifestações, apresentando um recorte visual dos principais momentos dos atos que lotaram ruas e avenidas do centro da capital. Entrada franca. Informações: (41) 3321-3328.