Lona 847 - 11/10/2013

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Edição 847

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Notícia Antiga O primeiro voo do balão Zeppelin aconteceu no dia 11 de outubro de 1928.

Curitiba, 11 de outubro de 2013

lona.redeteia.com

Exploração sexual tem raízes históricas Júlio Rocha

Como parte inédita no seu no livro, Mauri König escreveu três capítulos teorizando sobre as origens da exploração sexual. O livro compila reportagens de König sobre o abuso infatial em várias regiões do país. O LONA fez entrevista exclusiva com o autor que esteve em evento de lançamento do seu novo livro na Livaria Curitiba do shopping Estação. Página 3 WikimediaCommons

Os melhores destinos para livros usados Livros didáticos, enciclopédias e livros técnicos estão entre as publicações que os consumidores estão se desfazendo com mais facilidade. Mas você sabe quais são os locais mais apropriados para se desfazer deste tipo de material? Sebos e bibliotecas então entre os principais locais que recebem este tipo de material e estão abertos a doações de alguns tipos de publicações.

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Opinião Editorial

Tráfico

Por onde anda?

“É, no mínimo, curioso que artistas se coloquem contra a publicação de biografias sem autorização. Um país minimamente livre não censura sua arte”.

“Entendo que a polícia deve averiguar denúncias de tráfico de drogas. Mas eles não tem a obrigação de proteger a população?,” Bruna Karas.

O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluna Elusa Costa.

Colunistas

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Moda “Dentre os grandes nomes do mundo da moda, dos iniciantes aos veteranos, estilistas ou jornalistas especializados ao redor do globo

são poucos os que realmente se destacam, que marcam presença, que fazem a diferença,” Maiara Yabusaki.


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Editorial

A polêmica das biografias Desde semana passada, tem tomado conta do noticiário uma enorme polêmica em relação à produção de biografias não autorizadas. O assunto veio à tona quando Paula Lavigne, em nome de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e outros artistas, posicionouse contra a publicação de biografias não autorizadas. Esses mesmo artistas deram razão a Roberto Carlos, que tirou de circulação sua biografia feita por Paulo Cesar de Araujo, e

criaram o grupo Procure Saber, que defende não só a publicação de biografias apenas com autorização como também o pagamento ao biografado ou a seus familiares. É, no mínimo, curioso que artistas se coloquem contra a publicação de biografias sem autorização. Um país minimamente livre não censura sua arte. E o Brasil é um dos raros países que prevê essa liberdade em sua constituição, que traz em suas linhas:

Por Onde Anda?

“A expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação é livre, independentemente de censura ou de licença”. Proibir que se contem histórias de personalidades públicas do país é um retrocesso inadmissível para o país. No meio dessa polêmica, percebese que o que está em jogo não é a informação disponibilizada ao público, mas sim apenas as questões comerciais. Além disso, a proibição faria surgir no

país a cultura da biografia “chapa branca”, aquela que diz apenas o que o biografado quer. No entanto, é evidente que a história brasileira carrega muito mais honestidade justamente nas entrelinhas e nos detalhes que se escondem, às vezes por anos, sobre um determinado período ou personagem da história. Laurentino Gomes, autor da trilogia sobre a história do Brasil, 1808, 1822 e 1889, aproveitou sua palestra na Feira do

Livro de Frankfurt (na qual o Brasil é homenageado) para criticar duramente a atitude de censura de alguns artistas. Para o autor, “artistas, políticos, empresários e escritores são figuras públicas ou porque atraem a curiosidade das pessoas pela sua criação --vivem disso e gostam de ser reconhecidos pelo público quando isso contribui para o seu sucesso-- ou porque exercem função de interesse público por afetar a forma como a sociedade

se comporta. São, portanto, alvo legítimo da investigação de jornalistas, escritores, biógrafos, pesquisadores e demais estudiosos que por eles se interessem” Querer proibir esse tipo de manifestação configura, sem dúvida, prática de censura. É uma vergonha que grandes nomes da música brasileira estejam envolvidos nesse tipo de movimento.

Elusa Costa Ser jornalista não é fácil e tenho dito. Não consigo desenvolver uma linha de raciocínio lógica explicando todos os porquês, só sei que nunca soube o real motivo de ter sido atraída por tal profissão. E, por mais que ouvisse alguns boatos vindos de professores e colegas de profissão, só entendi quando entrei no meio. De qualquer jeito que

cá estou, formada em jornalismo. Depois de passar os quatro anos na Universidade Positivo, sai de Curitiba e vim morar em São Paulo. Foi por acaso, nada planejado. Sempre tive vontade de morar nessa cidade, mas tinha medo da mudança, dessa coisa de deixar tudo para trás e encarar o novo, por isso acabou acontecendo no susto! Já trabalhei

em alguns lugares aqui, nem todos na área, mas hoje atuo como assessora de imprensa de moda e, paralelamente, escrevo textos sobre games para o portal TechTudo, da Globo. com. Ainda não cheguei onde quero, no entanto acredito que esforço, dedicação e principalmente talento levam você onde quiser. Sendo clichê ou não.

Bruna Luíza Cordeiro Karas 21 de maio de 2013. Um grupo de policiais da Rone entrava na chácara de Edenilson Rodrigues, em Piraquara, para averiguar uma denúncia de tráfico de drogas. A mãe, Marinelsa Rodrigues, está há quatro meses sem uma única pista do paradeiro do filho de 26 anos. Ele simplesmente sumiu. A polícia diz que

Expediente

a abordagem aconteceu, mas que o rapaz não estava em casa. Segundo Marinelsa, cinco pessoas estavam na chácara no momento da abordagem e contam que, antes de ser levado pelos policiais, Edenilson teria sido submetido a sessões de afogamento na piscina da chácara e que, já d e s a c o r d a d o, teria sido co-

locado na viatura. Cartazes foram espalhados em bares, postes e supermercados de Pinhais, Curitiba, Colombo e Piraquara, mas até agora a mãe segue sem notícias de seu filho. O caso de Edenilson nos faz lembrar o caso de Amarildo, que desapareceu no dia 14 de julho depois de ser levado por policiais da

UPP da Rocinha, no Rio de Janeiro. Os dois ainda estão desaparecidos e as duas famílias ainda estão desesperadas por notícias. Entendo que a polícia deve averiguar denúncias de tráfico de drogas. Mas eles não tem a obrigação de proteger a população? Sem provas de nada, esses homens não são crimi-

nosos, são pessoas. Que direito a polícia tem de entrar na casa de alguém, levar o suspeito embora, sumir com as pessoas e não prestar uma única explicação? Era uma denúncia, eles não tinham prova e, mesmo que tivessem, quem condenaria seria a justiça. E condenaria a uma prisão, não ao desaparecimento.

Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Da Redação Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

Acho que muito pior do que ter certeza de que seu filho é um criminoso, é viver sem saber onde ele está e se vai voltar um dia. Sem saber se ele está vivo ou morto. Sem saber se ele sofreu ou não. Mãe nenhuma merece viver sem poder enterrar seu próprio filho. Família nenhuma merece viver com a dúvida.


Notícias do Dia

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Exploração sexual tem raízes históricas no desenvolvimento da sociedade Júlio Rocha

Qual é a principal diferença entre O Brasil oculto e o seu livro anterior? É que uma pequena parte do Narrativas vai estar nesse novo livro, que são as viagens pela fronteira. Mas é só uma pequena parte. Neste novo, está incluído um outro roteiro pelos extremos do Brasil. Incluindo toda a costa brasileira, do Rio Grande do Sul até o Ceará. E outra novidade são três capítulos teóricos. Eu fiz uma investigação teórica sobre a sexualidade humana e, por consequência, a exploração sexual de crianças e adolescentes desde a antiguidade. E a quais conclusões chegou com essa investigação teórica? São dois aspectos fundamentais. O primeiro é que é uma questão cultural da construção histórica da sexualidade humana no mundo ocidental, a partir dos preceitos judaico-cristãos. Como, por exemplo, essa ideologia criou uma série de estereótipos da sexualidade humana, que fez com que homens e mulheres tivessem dificuldade em lidar

com a natureza humana, com a sexualidade. Ela impôs uma série de mandamentos, de o que seria o certo e o errado em relação ao sexo, e isso acabou cerceando ao longo da evolução histórica a relação das pessoas com a sua própria sexualidade. E isso, em alguma medida, tem interferência da exploração sexual que é tratada nesse livro. O segundo aspecto dessa abordagem teórica é a questão do corpo como uma commodity, um instrumento de venda e comercialização, de um ponto de vista capitalista. Por exemplo, o Foucault faz uma análise sobre o corpo como esse instrumento da produção do trabalho. Desde cedo, quando se criou esse processo da escola como formadora de mão de obra para os mercados produtivos, produziu-se corpos dóceis. E eu fiz uma apropriação dessa análise do Foucault pra tentar explicar como se dá o uso do corpo na exploração sexual de crianças e adolescentes dentro desse processo capitalista dos corpos dóceis, dos corpos preparados para a produção, com um elemento da maisvalia dentro do processo de valorização do corpo como um bem capaz de gerar dinheiro. Por que você sentiu que o novo livro poderia ter essa abordagem que não estava presente no Narrativas? Eu venho lendo a respeito desses assuntos há bastante tempo e, na época, quando eu fiz o Narrativas de um correspondente de rua, eu tratei em 15 reportagens outros as aspectos desses problemas e não só o da

Júlio Rocha

O jornalista de Pato Branco Marui König esteve ontem em um evento de lançamento do seu novo livro, O Brasil oculto. O novo livro conta com uma teorização sobre o tema da exploração sexual de crianças e adolescentes, além de reunir reportagens de König sobre o assunto. O escritor também contou ao LONA algumas informações interessantes sobre seu novo trabalho e ainda falou sobre seu futuro como escritor.

exploração sexual. Então, acho que naquele momento não caberia esse tipo de abordagem porque o tema das fronteiras, do tráfico de pessoas para a exploração sexual era só uma pequena parte daquele livro. Agora, este livro, O Brasil oculto, ele é específico sobre uma investigação de campo sobre a exploração sexual tanto nas fronteiras quanto na costa brasileira. Como é um livro monotemático, acho que cabe de forma mais apropriada essa análise teórica sobre o tema. Como foi a produção do novo trabalho? Esse foi um projeto longo. As fronteiras eu fiz entre 2004 e 2005 e a costa brasileira eu fechei em 2011 e 2012. A ideia inicial era publicar na Gazeta, como de fato foi feito. Mas eu fiz essa ampliação, dando uma abordagem teórica sobre o tema e uma ampliação no making of, contando como que foi o processo de produção dessas reportagens. Então valeria a pena publicar um livro só com essa temática. Qual é diferença de publicar em livro as

reportagens que saíram no jornal? Eu acho que tem que ter algum complemento porque o simples recorte de juntar reportagens já publicadas sem ter nenhuma informação nova de acréscimo perde um pouco o sentido porque já não se oferece uma informação inédita. Quando eu publiquei o Narrativas, em 2008, eu tive a preocupação de acrescentar o novo, que era o making of de 9 das 15 matérias. Explicando o processo de produção desde a origem da pauta até alguns resultados pós-publicação. E, agora, esse algo novo são os três capítulos teóricos e a ampliação do making of que, em alguma medida, já tinha sido publico no Narrativas lá em 2008. Acho que não seria justo e nem honesto com o leitor você simplesmente compilar mesma forma como elas foram publicadas no jornal. O mais honesto é você trazer algo novo, fazer uma análise diferente que é o que eu tentei fazer nesses dois livros. Nos seus dois livros, você narra vários casos comoventes.

Como se mantem um postura jornalística diante deles? Ainda em 2004, na primeira parte dessas viagens, eu e o Albari Rosa, quando estivemos na fronteira com o Paraguai passamos por uma situação que chocou muita gente e nós acabamos fazendo uma intervenção que estava fora do escopo jornalístico. A gente acabou se sensibilizando muito com a história de uma menina de 12 anos que estava sendo explorada na tríplice fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina e acabamos mobilizando as autoridades para resgatar esse menina da situação em que se encontrava. Só que, naquele momento, eu e o Albari tivemos uma conversa e um reflexão a respeito do assunto e a gente concluiu que não era o nosso papel correr pelas fronteiras resgatando vítimas da exploração porque não tínhamos qualificação para esse tipo de resgate e deixaríamos de fazer nosso trabalho principal que seria reportar esse tipo de situação. Decidimos, a partir dali, que, por mais que nos condoêsse-

mos com alguma situação, não iríamos interferir mais dessa maneira. Nossa intervenção seria por meio da publicação desse trabalho, dando visibilidade para o problema e cobrando as autoridades que teriam que sanar esse problema. O segundo livro é um ponto que não são todos os autores que conseguem chegar. Pretende seguir um frequência de publicações? Eu pretendo. Estou já faz quatro escrevendo o perfil de uma pessoa, uma pessoa real. É uma biografia real. Estou fazendo todo o resgate histórico da vida dessa pessoa. Não tenho previsão de publicação porque o livro ainda não está pronto. Está bem avançado, diria até 90% concluído, mas ainda não tenho previsão de conclusão porque dependo de apurar muitas coisas da vida desse personagem. E tem ainda um outro livro de ficção já escrito mas ainda não tem previsão publicação, não tem editora que queira publicá-lo. Meu projeto é avançar e não ficar no segundo livro.


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Geral

Livros usados ganham diferentes destinos As opções mais frequentes são os sebos e as bibliotecas. Livros que não interessam a esses locais são encaminhados para outros setores Jordana Lazaroto

WikimediaCommons

De acordo com a Pesquisa de Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, realizada pela Fipe/USP, reunindo 178 editoras de todo país , só em 2011, 58,2 mil títulos foram editados no Brasil, sendo estes novas publicações e também reedições. Em compensação, o número de exemplares produzidos foi menor, mostrando que muitas editoras têm apostado em tiragens menores. O número de exemplares vendidos às lojas cresceu 9,8%, representando que o brasileiro está comprando mais livros. O preço médio do livro caiu 6%. Em 2010, os livros custavam uma média de R$12,94; já em 2011 o preço médio dos exemplares caiu para R$ 12,15. Um dos setores que sofreu queda foi o de obras gerais (ficção e não ficção). Neste caso, houve uma queda de 26,5% no número de exemplares produzidos e um aumento de 8,7% nos exemplares, reforçando o interesse das editoras em produzir mais títulos, mas com tiragens menores de exemplares. Mas o que é feito com os livros que são descartados pelas bibliotecas e também pelos consumidores em geral? Na maioria das vezes, este tipo de material acaba sendo destinado ao lixo ou a ser re-

vendido/doado a sebos e bibliotecas. A Biblioteca Pública do Paraná - BPP, por exemplo, aceita livros, documentos de valor histórico e cultural, livros de leitura em geral e obras raras para comporem seu acervo. Este material deve possuir um bom estado de conservação e as páginas devem estar completas. Outros materiais que estejam incompletos, rasurados, com falta de páginas e outros problemas são descartados e não interessam ao acervo da biblioteca, assim como livros didáticos preenchidos, livros técnicos e de direito desatualizados e enciclopédias. As únicas exceções são para casos de obras raras que estejam mutilados e/ ou contaminados. Cristina Valentim, responsável pelo setor de doações da Biblioteca Pública, diz que há alguns anos as pessoas que tinham interesse em doar livros para compor o acervo da biblioteca entravam

em contato e alguns funcionários ficavam responsáveis por irem até o local buscar este material, mas devido à diminuição do número de funcionários por causa de aposentadoria e outros, esta ação não está sendo realizada. Normalmente, as pessoas têm ligado para eles buscando soluções para fazer este descarte corretamente. Cristina diz que, quando eles recebem este tipo de ligação, alguns questionamentos são feitos já buscando uma solução. “Geralmente, as pessoas ligam antes de vir até nós. Quando eles ligam, nós já fazemos algumas perguntas como se o livro é didático, o ano do livro, o estado de conservação, se é livro técnico, e outras perguntas. Se o livro não for do nosso interesse, ele será encaminhado para o lugar certo”. Os livros que possuem as características que interessem à biblioteca passam por uma triagem antes de serem acei-

tos para verificar se atendem aos requisitos. O problema, ressaltou Cristina, não só da própria biblioteca, mas no geral, é o espaço físico para armazenamento dos livros. Uma das soluções encontradas para este problema foi o encaminhamento para a Divisão de Extensão da própria biblioteca, que envia este material para a Divisão de Municípios, ou para a Fundação Cultural de Curitiba que destina livros infantis e didáticos para as Casas de Leitura. “O que não fica na biblioteca é enviado para esta Divisão de Extensão. Lá, os livros passam por uma triagem e a partir daí eles são enviados para os municípios conforme a demanda de cada um”. Outra opção que visa a doação de livros envolve usuários da biblioteca que não devolveram livros dentro dos prazos ou possuem multas em aberto. Estes usuários podem recorrer a uma

negociação direta com a própria biblioteca que envolve a doação de novos exemplares para compor o acervo da biblioteca. Sobre materiais antigos, como as enciclopédias, Cristina disse que a maioria das bibliotecas não tem aceitado este tipo de material devido à falta de espaço e também à frequente atualização de informações. “Hoje em dia as pessoas estão na era da informática, da internet, e qualquer coisa que elas precisem elas vão até o Google e procuram. Eles não têm mais todo este interesse, as pessoas querem coisas novas”. O gerente do Sebo Releituras, Marco Aurélio, disse que chegam diversos tipos de livros para revenda. A maioria deles são de literatura estrangeira. “Nós recebemos todos os dias vários tipos de livros, de tudo um pouco na verdade, mas na maioria das vezes são livros de literatura estrangeira”. Em relação

a livros técnicos e enciclopédias, Marco disse que no momento muitos sebos que ele conhece não estão aceitando este tipo de material devido ao espaço que ele necessita para ser armazenado. “Eu tenho várias enciclopédias aqui, mas não posso aceitar mais devido ao espaço que toma e também porque a procura por este tipo de livro é pequena. Vende, mas aos poucos”, declarou. Marco disse que muitos catadores de papel trazem livros que eles acham no lixo para serem revendidos. Muitas vezes os livros estão em bom estado de conservação e são aceitos para revenda. “Alguns livros chegam aqui com pequenos defeitos que podem ser resolvidos. Mas depende muito do livro. Se ele tem valor de mercado nós aceitamos, mas se não tem, nós descartamos e nem aceitamos para revender”.


Colunistas

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Maiara Yabusaki Moda por aí Prodígios Dentre os grandes nomes do mundo da moda, dos iniciantes aos veteranos, estilistas ou jornalistas especializados ao redor do globo são poucos os que realmente se destacam, que marcam presença, que fazem a diferença. E desse grupo restrito surgem alguns prodígios. Crianças que aparentemente nascem com um dom, com um olhar diferente sobre a moda e sobre a arte. Pedro Lourenço sem dúvida nasceu assim, diferente. Filho de Glória Coelho e Reinaldo Lourenço, dois dos maiores estilistas brasileiros da atualidade, cresceu no meio de modelos e croquis e aos 12 anos, sim eu disse aos 12 anos, Pedro assinou sua primeira coleção. Aos 15, lançou sua marca e desfilou pela primeira vez no SPFW.

Aos 19 já havia alcançado o que muitos sonham toda uma vida e nem chegam perto: ele apresentou uma coleção no Paris Fashion Week e de lá nunca mais saiu. Hoje, com 22 anos Pedro é possivelmente um dos mais conhecidos e aclamados estilistas brasileiros no exterior e tem inovado tanto em termos de moda quanto de disseminá -la mundo a fora. Acredito que depois dessa breve introdução a vida desse jovem talento não seja necessário dizer a joia que temos em mãos, e sua invejável capacidade de mesmo tão novo ser capaz de ter alcançado o sucesso tão rápido e, justiça seja feita, sucesso mais do que merecido. Felizmente ele não é o único prodígio queridinho da moda.

Passamos de um jovem estilista a uma jovem blogueira. Tevi Gevinson, aos 11 anos criou um blog de moda no qual compartilhava seus looks únicos além de tendências do mundo da moda. Pouco tempo depois Style Rookie já tinha 30 mil visitantes ao dia. A partir daí a vida de Tevi não parou mais. Foi convidada

para ser personagem de um artigo do jornal americano The New York Times e devido ao sucesso de seu blog marcou presença na primeira fileira da maior semana de moda do mundo. Hoje, a jovem de 15 anos não tem mais a moda como seu principal foco. Ela abandonou seu blog e agora toca uma revista onli-

ne chamada Rookie Mag, que prioriza conteúdos artísticos e textos feministas e conta com mais de 40 colaboradores, de fotógrafos a jornalistas, mas sem nunca esquecer suas origens. Conto essas histórias porque acredito que existem diversos talentos como esses citados aqui nessa coluna espalhados pelo mundo,

mas são banalizados por serem jovens demais. Nunca se é muito novo para ser ótimo no que lhe interessa e dividir isso com o mundo. Esses talentos natos devem ser mostrados, compartilhados, aproveitados. Pra que esconder algo que pode nos ensinar coisas novas e nos maravilhar com o diferente?


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NOTÍCI ANTIGA O primeiro voo do balão Zeppelin aconteceu no dia 11 de outubro de 1928, sendo o dirigível mais famoso do mundo a viajar da Alemanha em Direção a outro país pela primeira vez, percorreu um trajeto que durou cerca de 112 horas. O ba-

lão fez um percurso de Friedrichshafen, na Alemanha até os Estados Unidos. No dia 29 de agosto do ano seguinte, o balão completou uma viagem ao redor do mundo que teria durado 21 dias. A viagem comandada por Hugo Eckener teve como ponto de

partida e retorno a Estação Aeronaval de Lakehurst, no estado de Nova Jersey nos Estados Unidos. Atrevessando o Oceano Atlântico e sobrevoando locais como os Montes Urais, o conhecido “Graf Zeppelin” percorreu 34.600 km.

O que fazer em Curitiba? Galeria Teix De 5 a 30 de setembro, na Galeria Teix (Rua Vicente Machado, 666), fica a exposição “Quanto um Chapéu de Palha”, e reúne 11 obras inéditas em tecido, bordadas e pintadas à mão do artista Alexandre Linhares. Informações: (41) 3018-2732. Exposição “Consciente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Memorial de Curitiba Até dia 3 de novembro, no Memorial de Curitiba (R. Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico) fica a exposição “Curitiba Protesta”. As recentes manifestações populares que tomaram conta das ruas de todo o país são tema da exposição Curitiba Protesta. Integram a mostra 60 imagens feitas por fotojornalistas que acompanharam as manifestações, apresentando um recorte visual dos principais momentos dos atos que lotaram ruas e avenidas do centro da capital. Entrada franca. Informações: (41) 3321-3328.


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