Lona 861 - 01/11/2013

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Wikimedia

Notícia Antiga

O triste fim de Lima Barreto aconteceu no dia 1º de novembro de 1922.

Edição 861

Curitiba, 29 de outubro de 2013

lona.redeteia.com

Pedro Mariano se apresenta no Teatro Positivo Divulgação

Filho da cantora Elis Regina, Pedro Mariano inovará em sua apresentação esta noite. Depois de se apresentar em 2003 apenas com piano e voz, dessa vez Pedro Mariano irá cantar ao lado de uma orquestra, o que ele considera imprescindível para um cantor. “Acredito que um cantor que se preze tem que enfrentar alguns desafios” disse Pedro.

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Driblando normas A corrupção, em sua mais variada vertente, é um tema amplamente discutido no Brasil. Não é difícil encontrar manifestações públicas que se mobilizam contra diversos tipos de corrupção, seja no âmbito político, judiciário, ou em qualquer outro nível público. “De pequena em pequena corrupção o “jeitinho brasileiro” vai se tornando famoso mundialmente, toma proporções maiores e acaba sendo generalizado como característica de toda nação, ainda que erroneamente.”

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Opinião Editorial

Miséria

Por onde anda?

“Nos últimos anos, é cada vez mais frequente que piadas e brincadeiras resultem em processos e reprimendas aos responsáveis “

Limparam a casa, conseguiram novos móveis, doaram roupas, acompanham a frequência escolar dos mais novos e revezam-se para cuidar das crianças, quando necessário.

O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluna Taisa Pivetta.

Colunistas

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Moda “É claro que não pode se esperar muito de uma cidade novata, mas a organização, preços, localização e acesso da imprensa poderiam ter sido muito melhores. Na primeira edição de 2012 (não me lem-

bro exatamente se foi a segunda ou terceira edição), a equipe do Positivo Fashion quase não teve dificuldades com credenciais, mas sim com a internet,” Elana Borri


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Editorial

Não é só pelo brócolis O chargista paranaense Bennet publicou na Folha de São Paulo uma ótima charge, na qual mostrava uma criança ateando fogo a um ônibus por estar revoltada com a quantidade de brócolis colocada na sua comida. O que era para ser uma crítica aos protestos vazios, que têm acontecido

com frequência ultimamente, foi interpretado por um leitor como um atentado contra a alimentação saudável dos brasileiros. O jornal publicou em seu portal online uma nota com o título “Leitor critica charge e defende qualidades do brócolis” contando o caso. Ainda

que a identidade do leitor tenha sido mantida oculta, a atitude do jornal ridiculariza a interpretação errada do autor do comentário, que pode, muito bem, ter sido uma piada. Assim, a Folha transforma o seu leitor – a quem deve o status de maior jornal do país – em um ser ignorante, que

Por Onde Anda?

não sabe interpretar humor.      Nos últimos anos, é cada vez mais frequente que piadas e brincadeiras resultem em processos e reprimendas aos responsáveis (Danilo Gentili é o atual alvo, por sinal). Pode ser que o comentário à charge de Bennet tenha sido mais uma tentativa de vilanizar

Abandono e miséria resolvidos com a partilha

Expediente

Não importa qual tenha sido a intenção do comentário, aqueles que lerem a nota no portal da Folha provavelmente vão rir

da ignorância do     leitor e da exagerada defesa às hortaliças. Esse tipo de notícia é comum em sites e portais populares, mas quando aparece vindo de um veículo relacionado ao maior jornal do Brasil, era de se esperar um pouco mais de profissionalismo..

Taisa Pivetta Me formei em jornalismo na Universidade Positivo em 2011. Logo que conclui a faculdade trabalhei na Revista Auto Estima de Curitiba até setembro de 2012. Sai do emprego para ir fazer intercâmbio em Londres. Passei seis meses estudando inglês na capital britânica. A experiência de morar fora do país foi muito boa, considero uns dos

Sem energia elétrica, compartilhando a casa, de vidros quebrados e cheia de frestas, com ratos. Essa era a situação das crianças de 8 e 10 anos e das adolescentes de 17 e 19 anos. Abandonadas pela mãe – usuária de crack – estão sob responsabilidade

o humor, assim como pode ter sido uma piada criticando a vigilância exagerada em cima das manifestações humoradas de opinião.

da irmã mais velha. Foi a mobilização dos vizinhos que mudou a forma como viviam. Limparam a casa, conseguiram novos móveis, doaram roupas, acompanham a frequência escolar dos mais novos e revezamse para cuidar das crianças, quando neces-

sário. O que aconteceu nessa família se repete em várias outras. No Brasil, estima-se que 45,6% das crianças vivam em famílias pobres e que existam, aproximadamente, 8 milhões de crianças abandonadas. Quando se pensa na amplitude do

melhores meses da minha vida até aqui. Quando voltei para o Brasil pretendia ficar morando em Curitiba, mas não deu certo. Contrariada acabei voltando para Nova Mutum, uma cidade pequena no interior do Mato Grosso, onde moram os meus pais. Aqui acabei desenvolvendo, em parceria com uma loja de decoração, a revista Flor de

Lótus. Onde eu abordo temas como decoração, família, gastronomia e turismo. A revista foi lançada no dia 26 de outubro e será, a princípio, quadrimestral. Voltar para o MT, para mim, era o fim da minha carreira como jornalista, mas acabou se tornando um ótimo começo.

Heloísa Helena de Azevedo problema, torna-se difícil imaginar uma solução, porém a resolução de um dos casos contribui para o todo. Com a dedicação de algumas pessoas, a vida de uma família foi mudada. Partilhar o que possui, com quem precisa, é suficiente. Prova disso é um estudo

realizado pela Fundação Getúlio Vargas, com o qual se concluiu que se cada brasileiro não miserável transferisse R$14,04 mensais de sua renda para os miseráveis do país, seria possível erradicar a fome.

Reitor: José Pio Martins Professora-orientadora: Ana Paula Mira Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Editores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina Geronazzo Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Editorial: Da Redação Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira


Notícias do Dia

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Pedro Mariano se apresenta no Teatro Positivo O filho de Elis Regina é, atualmente, um dos nomes mais importantes da cena musical brasileira

Lucas de Lavor e Jorge Carmargo

Divulgação

buscando interpretar canções de artistas consagrados e da nova geração. A todos os fãs de Elis Regina, que desejam conhecer o trabalho de seu herdeiro, a partir das 21 horas desta sexta-feira (01), o cantor se apresenta no Pequeno Auditório do Teatro Positivo, com o show Pedro Mariano e Orquestra. “Marco minha vida como antes e depois do piano e voz. Agora, provavelmente, antes e depois da orquestra, pois acredito que um cantor que se preze tem que enfrentar alguns desafios”, declarou

Pedro sobre esse o novo projeto. “A orquestra surgiu com um sonho, como um desafio, porque eu sempre achei que um cantor que se prestasse deveria fazer na vida dele um piano e voz e cantar com uma grande orquestra. Piano e voz eu já tinha feito em 2003 [quando cantou com seu pai], é algo que eu só conseguiria fazer com ele ou com uma pessoa que eu tenha intimidade. Faltava então cantar com uma orquestra. Surgiu então à ideia de montar esse projeto. O patrocinador comprou a ideia e as coisas

Jorge Camargo

Desde criança, Pedro Mariano esteve envolvido no meio musical e acompanhou os passos dos mais importantes artistas da música brasileira. O filho de Elis Regina e do músico e maestro César Camargo Mariano deixou de lado a carreira de arquiteto em 1995, quando junto com o irmão, produziu um tributo a mãe, cantando músicas marcantes da carreira de Elis. Em 1997, decidiu seguir os passos dos pais e gravou o seu primeiro CD. Com oito álbuns gravados, o cantor é um dos maiores da atualidade,

foram divergindo para que tudo acontecesse: calharam ideias, vontades e o jeito que está o mercado, sempre tendo que se reinventar. É a realização de um

sonho: completando uma etapa e concluindo um objetivo”. O cantor falou ainda sobre o público curitibano, reforçando a importância que a capital paranaense dá a cultura. “É uma das mais altas expectativas, porque em Curitiba tem um público qualificado e culto. Tem toda uma carga emocional extra. A verdade é que estou bem ansioso para fazer esse show”, afirmou. Além de Curitiba, o cantor se apresenta ainda com o Show Pedro Mariano

e Orquestra na cidade de Porto Alegre, no dia 10 de novembro, no Rio de Janeiro, no dia 13 de novembro e em Brasília, no dia 16 de novembro. Serviço Show: Pedro Mariano e Orquestra. Data: 01 de novembro. Horário: 21 horas. Local: Teatro Positivo – Pequeno Auditório. Endereço: Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300.


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Geral

Jeitinho Brasileiro. Mocinho ou vilão? Os brasileiros tem propensão a realizar pequenas corrupções

Priscila Pacheco

A corrupção, em sua mais variada vertente, é um tema amplamente discutido no Brasil. Não é difícil encontrar manifestações públicas que se mobilizam contra diversos tipos de corrupção, seja no âmbito político, judiciário, ou em qualquer outro nível público. Mais do que isso, pensar em corrupção se torna sinônimo de pensá-la como algo de grande nível e sempre associado ao outro. Diariamente ouvimos os burburinhos de corrupções em âmbito político, aquelas que fazem crescer o senso comum de que a corrupção é algo exclusivo de grandes nomes da política nacional. Entretanto, as pequenas corrupções batem recorde entre diversos brasileiros comuns, aquelas pessoas normais que não tem associação direta com órgãos públicos, como prefeituras, por exemplo. São as chamadas “corrupções de nível privado”. Mas, será que esse tipo de corrupção tem o mesmo impacto numa visão negativa da população? Uma pesquisa publicada pela BBC levantou dez práticas de corrupção que os brasileiros mais praticam em nível privado. São elas: Não dar nota fiscal; Não declarar imposto de renda; Tentar subornar o guarda para evitar multas; Falsificar a carteirinha de estudante; Dar ou aceitar troco errado; Roubar TV a cabo; Furar fila; Comprar produtos falsificados; No trabalho bater ponto pelo colega e por último, falsificar assinaturas. Algumas práticas da lista se transformaram em atitudes tão habituais que deixaram de ser encaradas como corrupção e passaram a serem vistas como o famoso “jeitinho brasileiro”. Enrique Dias,

atualmente estudante de engenharia, afirma que antes de entrar na faculdade utilizava uma carteirinha falsa para ter direito a meia -entrada no valor de ingressos, como shows ou cinema. Mesmo reconhecendo a atitude como algo ilegal Enrique afirma que “não é certo, mas muita gente faz, então não se trata de uma corrupção grave e sim de uma maneira de burlar um sistema capitalista” ele ainda afirmou que se tratava apenas de uma medida provisória, e que atualmente esta não é uma prática comum em sua rotina. Deste modo, quando o assunto é o benefício próprio, muitos brasileiros fazem vista grossa a tal corrupção de nível privado, e não se culpam por tomar atitudes que não são tão corretas assim. Mas o pequeno benefício de um pode se transformar em um grande malefício ao outro, e gerar enormes confusões. A estudante Regina Aparecida utiliza todos os dias o transporte público, e sente que em Curitiba este é um “espaço repleto de pequenas corrupções”. Em sua longa trajetória como usuária deste serviço, Regina conta que já viu de tudo, mas o mais comum são as brigas entre passageiros nas estações tubo, onde “além de muitos não aguardarem o desembarque, descaradamente furam filas de quem estava esperando corretamente no local”, para ela neste espaço muitas vezes o correto se torna o errado, já que os que tentam não tomar pequenas atitudes corruptas, como furar fila ou a ordem do desembarque, sofrem represália dos que estão acostumados a dar um jeitinho. Cenário para grandes confusões. Essas pequenas soluções que driblam algu-

mas normas tornam-se tão comuns que para algumas pessoas se transformam em situações questionáveis. Afinal, o que pode e o que não pode ser considerado uma pequena corrupção? Essa dúvida torna difícil até mesmo discutir o que são práticas realmente corruptas ou meramente legais. A.P. não quis se identificar, ela é jovem e atualmente mora sozinha, em sua residência utiliza a internet desbloqueada de seu vizinho há aproximadamente sete meses, para ela “não há pratica corrupta nenhuma nisso, pois se ele deixa o acesso a internet sem senha automaticamente está autorizando qualquer pessoa a utilizar”, para ela não se trata de roubar algo de alguém, e sim usufruir de um bem comum. Mas será que o jeitinho brasileiro tem jeito? No livro Raízes do Brasil, Sergio Buarque de Hollanda afirma que o jeitinho brasileiro pode ser atribuído a um suposto caráter emocional do brasileiro, descrito como “o homem cordial”. Mas essa cordialidade não é interpretada pelo autor como algo gentil, e sim pelo indivíduo que age pela emoção no lugar da razão, e que a partir disso o indivíduo brasileiro criou uma

histórica propensão a informalidade. Ainda segundo Sergio, o fato das instituições brasileiras terem sido concebidas sob uma ação coercitiva e unilateral, onde não ouve diálogo entre o governo e os governados, e sim imposições as leis, influenciaram para que surgisse a tendência ao jeitinho brasileiro, culminando até mesmo em conflitos como a Guerra do Farrapos, por exemplo. De pequena em pequena corrupção o “jeitinho brasileiro” vai se tornando famoso mundialmente, toma proporções maiores e acaba sendo generalizado como característica de toda nação, ainda que erroneamente. Um episódio que marcou os brasileiros de maneira errada aconteceu junto ao site norte americano Ebay, um site ao estilo do mercado livre. Os responsáveis pelo Ebay tiveram que tomar medidas rígidas em relação aos brasileiros, devido ao alto nível de fraudes cometidas por brasileiros, contra vendedores do site. Isso aconteceu pois o site trabalha com o sistema de pagamento em Paypal, enquanto o comprador não recebe a mercadoria o dinheiro fica retido pelo Paypal e só é liberado após aprovação de rece-

bimento do comprador. O que ocorre é que muitos brasileiros entravam com um recurso intitulado “Dispute”, que é basicamente rever o dinheiro de um produto não entregue, ou, entregue com algum defeito ou anormalidade. Por medo de se prejudicar com o Ebay os vendedores devolviam o dinheiro sem maior análise, com o passar do tempo os administradores do site notaram que a quantidade de brasileiros entrandocom “Dispute” no site era tanta, que só poderia ser interpretada como má fé de alguns compradores. Adotando assim medidas mais rígidas. Uma outra corrupção brasileira que tomou destaque mundial ocorreu no âmbitos dos jogos online. É o exemplo do DayZ, jogo online de tiro, ambientado em um mundo repleto de zumbis. Neste jogo os jogadores jogam em primeira pessoa e articulam equipes entre si, tendo interação online com pessoas de diferentes países. A fama negativa do jeitinho brasileiro culminou em um suposto preconceito relacionado aos brasileiros que são adeptos do DayZ. Isso porque muitos brasileiros utilizam táticas nada convencionais para conseguir se dar bem no jogo,

atrapalhando jogadores sérios. Conhecidos como “mendigos virtuais” os jogadores preferem pedir moedas e equipamentos velhos de outros jogadores do que jogar normalmente e acumular esse material de maneira convencional. Alguns, inclusive, utilizam meios criativos para “mendigar” online, como recitar poemas, simular danças com seus bonecos personagens do jogo. Ou até mesmo práticas mais sérias, como ameaçar denunciar jogadores sérios como praticantes de abusos - o que consequentemente irá fazê -los serem banidos do jogo - em troca dos objetos desejados. Evandro Silva joga DayZ com seus amigos e afirmou que por vergonha dessa prática se cadastrou no site com outra nacionalidade para “não sofrer retaliações injustas de jogadores de outros países revoltados com o jeitinho de alguns brasileiros”. Atitudes como essa mostram que a fama do jeitinho brasileiro vai longe e, mais do que isso, se renova em múltiplas formas a cada dia.


Colunistas

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Elana Borri Moda por aí Semana de Moda de Curitiba? Quem é ligado no mundo da moda com certeza conhece as maiores Semanas de Moda do mundo como a de Milão e até mesmo a de São Paulo. Curitiba até que tentou. Desde 2011, a cidade recebeu sua edição da semana com uma certa cautela: em lugares pequenos, com limite pequeno de público e de estilistas. Não tive a oportunidade de participar do ano de 2011, mas em 2012 e 2013 estive presente de corpo e alma e posso dizer que deixaram um pouco a desejar. É claro que não pode se esperar muito de uma cidade novata, mas a organização, preços, localização e acesso da imprensa poderiam ter sido muito melhores. Na primeira edição de 2012 (não me lembro exatamente se foi a segunda ou terceira edição), a equipe do Positivo Fashion quase não teve dificuldades com credenciais,

mas sim com a internet. Em eventos como esse, uma das primeiras atitudes a serem tomadas é organizar a infra -estrutura para que os blogs e jornais possam trabalhar a favor da semana de moda. Resumindo: tivemos que usar o wi-fi do café do MON, que ficava a mais de 100 metros da sala de imprensa e o resultado foi que não conseguíamos postar as matérias no site. Além de que não havia nenhum lugar que oferecesse comida depois que o café fechou por volta das 8 horas da noite (mesmo com os tradicionais preços exorbitantes).  E os desfiles duraram até meia noite. Já na segunda edição do mesmo ano, a situação até que melhorou um pouco: internet estava ok, lanchonete com quantidade razoável de variedades, desfiles com horários certos. Mas tive-

mos muitos problemas com a quantidade de credenciais. O que quero dizem com tudo isso é que: falta infra-estrutura e organização por parte dos responsáveis. Um evento desse porte não pode deixar com que problemas como falta de internet e de lanchonetes acontecem. Pessoas trabalham ali e também sentem fome (inclusive as modelos). Mas o que me deixou mesmo preocupada foi o simples abandono do LAB Moda. O site não é atualizado desde junho, quando foi realizada a primeira edi-

ção da Semana de Moda deste ano. E pode-se dizer que foi outro desastre. O novo local, o Galpão Thá, foi a pior escolha já tomada pela organização. Por quê? Primeiro: o galpão não é atrativo ao público e a localização não favorece em relação ao estacionamento, além de ser inseguro durante a noite. Segundo: em junho já está frio em Curitiba, e com o frio vem a chuva. Junho e chuva são praticamente sinônimos e o galpão é em uma baixada. Resultado? Peças de roupas que estavam à venda foram danifi-

cadas, além do incômodo que o frio trazia. Ah, tivemos novamente o problema da internet, mas dessa vez a situação foi mais grave, pois não havia acesso algum à rede, dependíamos somente dos modem 3G que levamos. Como deixam isso acontecer? Parece picuinha de blogueira, mas, se for pra fazer um evento onde vários sites e jornais fazem cobertura, o mínimo de i n f r a - e s t r utu ra é a internet. A promessa era que durante este ano seria feito três edições da Semana de Moda. Bom, já é dia 1 de novembro

e até agora somente uma edição foi realizada. Meia boca na realidade. Depois de todas estas situações, é difícil continuar acreditando na moda Curitibana. Não há espaço na imprensa para divulgação e agora também não há ao menos espaço físico (pelo menos por enquanto). O que nos resta é continuar consumindo a moda de São Paulo e da Europa e continuar também a ser criticada por isso.


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NOTÍCI ANTIGA O triste fim de Lima Barreto aconteceu no dia 1º de novembro de 1922. Analogias a parte, o mulato nascido no Brasil logo após a abolição da escravatura morreu cedo (aos 41 anos) em consequência de seus sérios problemas de alcoolismo e de frequentes crises de depressão.

marcaram o Prémodernismo brasileiro (sendo que o próprio Modernismo teve início do ano de sua morte).

O triste fim de Policarpo Quaresma, publicado em 1915, é considerada sua principal obra. Mas o autor também emplacou outros títulos na história da literatura brasileira, Durante sua vida como Os Bruzunescreveu obras que dangas e O homem

que sabia javanês. Apesar de sua importância (reconhecida hoje) para a literatura brasileira, Lima Barreto foi alvo de críticas por causa de sua linguagem coloquial e por não seguir os moldes vigentes na época. Barreto foi frustado em todas suas tentativas de ingressar na Academia Brasileira de Letras.

O que fazer em Curitiba? Galeria Teix De 5 a 30 de setembro, na Galeria Teix (Rua Vicente Machado, 666), fica a exposição “Quanto um Chapéu de Palha”, e reúne 11 obras inéditas em tecido, bordadas e pintadas à mão do artista Alexandre Linhares. Informações: (41) 3018-2732. Exposição “Consciente do Inconsciente” no MASAC De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Francisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi. Memorial de Curitiba Até dia 3 de novembro, no Memorial de Curitiba (R. Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico) fica a exposição “Curitiba Protesta”. As recentes manifestações populares que tomaram conta das ruas de todo o país são tema da exposição Curitiba Protesta. Integram a mostra 60 imagens feitas por fotojornalistas que acompanharam as manifestações, apresentando um recorte visual dos principais momentos dos atos que lotaram ruas e avenidas do centro da capital. Entrada franca. Informações: (41) 3321-3328.


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