Lona 869

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Ano XV > Edição 869 > Curitiba, 09 de abril de 2014

Consumidores têm melhor atendimento durante Copa Em ação conjunta com órgãos ligados ao preparo para a Copa, Procon estuda como garantir um bom atendimento, rápido e eficiente, p.3 durante o Mundial COLUNISTAS

EDITORIAL “O Brasil sabe lidar com eventos de grande porte. Será?”

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OPINIÃO “É de se ressaltar a crescente ameaça de uma terceira guerra mundial”

Índice de atropelamentos cai em bairros mais populosos de Curitiba

O número de atropelamentos registrados pelo Corpo de Bombeiros em bairros curitibanos vem caindo nos últimos cinco anos p. 3

p. 2

#PARTIU Orquestra de Câmara de Curitiba abre temporada de concertos com homenagem a compositores universais p. 6

Luiza Romagnoli “O aguardado relógio da Apple deve conter sensores ópticos para rastreamento de informações relacionadas à saúde e a exercícios físicos” p. 5

Cleberton Mendes “O prejuízo fica por nossa conta. A copa do mundo de futebol, além de um grande espetáculo, é, de fato, um enorme negócio” p. 5

LONA > Edição 869 > Curitiba, 09 de abril de 2014

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EDITORIAL

A Copa da insegurança A Copa do Mundo é, sem dúvidas, um belo espetáculo. Milhares de torcedores, de todos os cantos do mundo, direcionam a atenção para as 32 seleções que disputam a tão desejada taça do Mundial. A paixão e o prazer em torcer ficam estampados durante o mês de competição. Cantos e caras pintadas ilustram os estádios. Um evento mundial, que envolve autoridades e grandes personalidades. Um evento que, como todos sabem, vai ocorrer no Brasil.

Em 2013, o Brasil recebeu a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, que mobilizou mais de três milhões de jovens com o anseio de conhecer o Papa Francisco. Além disso, o país verde e amarelo está “acostumado” a realizar grandes eventos, como o carnaval. Ambos (Jornada e Carnaval) aconteceram sem maiores problemas, mostrando que o Brasil sabe lidar com eventos de grande porte. Será?

Junho foi um marco civil para o Brasil. Milhares de pessoas saíram às ruas para reivindicar transparência do Poder Público, tendo entre suas críticas principais, a realização da Copa do Mundo no país. O que se viu, porém durante o ocorrido, foi o despreparo de policiais para agir em grandes mobilizações públicas.

OPINIÃO

À beira de uma guerra?

Eduardo Vernizi

Ucrânia e Rússia têm protagonizado uma crescente disputa de territórios e interesses, a qual adiciona ainda mais tensão para as já frágeis negociações entre os dois países. Agora, com a anexação da Crimeia ao território russo e com o conflito entre o soldado ucraniano e tropas russas em uma base ucraniana na Crimeia, a possibilidade de haver uma ação de guerra direta entre os dois países deixa de ser uma questão de “e se acontecer” para “quando acontecer”.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, declara que o ataque ao soldado ucraniano é um crime de guerra. Essa declaração mostra o nível de tensão entre os dois países, porém, a principal questão seria a que ponto essa disputa entre os dois países afetaria o resto do mundo. Seria este

conflito uma guerra em potencial?

Estaria o mundo se encaminhando para uma terceira guerra mundial? É de se ressaltar a crescente ameaça de uma terceira guerra mundial, quando os conflitos da Turquia, Egito e outros países do Oriente Médio tiveram sangrentas manifestações. Porém, até agora nada foi de fato incendiado por essa fagulha. Agora, com os confrontos entre Ucrânia e Rússia, esses temores voltam a assombrar grandes nações. Essa preocupação é mais válida já que a pressão por uma intervenção estrangeira, ou estadunidense, é bem maior e bem mais realista, visto o histórico de confrontos entre Rússia e Estados Unidos, que já vem de longa data, com herança da Guerra Fria e camuflado por uma máscara de

paz e aceitação entre as duas nações.

Há também uma até agora pequena e quase insignificante ameaça, mas que, a longo prazo, é associada a mais confrontos e disputas, como a retomada de ideias nazista na Europa. Por mais que seja pequena, ela existe e, acumulada com a forte xenofobia europeia, e agora com a divisão da Ucrânia e a aparente reclusão do governo russo com o resto da comunidade mundial, pode vir a reforçar o velho e adormecido espírito fascista em algumas partes da Europa.

O mundo caminha agora em uma tênue corda bamba, segurando duas potências em cada mão. A questão que fica é qual delas irá pesar mais.

E para junho de 2014 – um ano após as manifestações, e quando se inicia o mundial – poderá haver não só uma nova manifestação democrática, com a participação de grupos como os Black Bloc; mas até mesmo ataques criminosos como os do Primeiro Comando da Capita (PCC), que se articula para fazer a “Copa do Mundo do terror”.

O governo se defende, afirmando que fará o maior investimento da história do Brasil em segurança (cerca de R$ 1,9 bilhão), e afirma que os policiais estão em treinamento, recebendo, inclusive, auxílio do FBI. Caso seja necessário, o governo declara que haverá ainda intervenção militar para garantir a segurança na Copa.

Agora não há mais margem para erro. O evento está aí, apontando na esquina. Estando o Brasil pronto ou não para isso. A torcida fica agora não só para as seleções, mas para a esperança que dê tudo minimamente certo e que a dignidade dos brasileiros seja respeitada, ao menos uma vez.

Charge: Thayná de Almeida Jorge

Expediente Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi, Kawane Martynowicz e Luiza Romagnoli Editorial Lucas Karas

Curitiba, 09 de abril de 2014 > Edição 869 > LONA

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NOTÍCIAS DO DIA

Ações do Procon devem garantir melhor atendimento na Copa Kawane Martynowicz

Segurança, infraestrutura para viagens e hospedagens estão entre as principais preocupações das organizações do Estado com os turistas que virão ao país para a Copa

Os setores do turismo estadual e municipal também estão elaborando guias de informação ao turista, que servirão de orientação ao consumidor. “Serão informações úteis nas áreas de defesa de consumidor, segurança, saúde e ação social”, disse em reunião Paulo Mosimann, assessor da coordenação estadual da Copa.

Na última segunda-feira (07), o Procon -PR, órgão vinculado à Secretaria Estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, reuniu várias organizações ligadas ao preparo da Copa, a reunião visou estabelecer ações que garantam o bom atendimento - na defesa do consumidor durante o mundial de futebol.

Cronograma de infraestrutura Também na última segunda-feira, diversos setores dos governos estadual, municipal e federal reuniram-se no Palácio das Araucárias para atualizar os dados sobre a infraestrutura da Copa de 2014.

Segundo o governo do Estado, o coordenador geral da Copa do Mundo no Paraná, Mario Celso Cunha, ressaltou a importância da integração. “Existe hoje uma perfeita integração entre os órgãos estaduais e municipais, e todos os setores envolvidos na proteção do consumidor estão focados neste trabalho”, afirma Cunha.

De acordo com o governo, um dos temas discutidos foram as obras no Aeroporto Afonso Pena. Para o superintendente do Aeroporto, Antonio Pallu, não haverá nenhum problema para atender a demanda da Copa, e reafirma que está trabalhando para aumentar os pontos de embarque e desembarque.

“Já recebemos a informação que cerca de 1500 chilenos virão ao Paraná de navio, através do Porto de Paranaguá, depois até o aeroporto Afonso Pena, onde seguirão para Foz do Iguaçu”.

pela SETRAN a 2ª Semana Nacional de Trânsito, foca nos pedestres. Durante a campanha foram realizadas abordagens em pontos estratégicos da cidade, com a finalidade de alertar a po-

pulação e diminuir os atropelamentos.

Campanhas educacionais, sinalização de trânsito, atenção dos motoristas e dos pedestres são essenciais para que o índice continue caindo.

Consumidores contarão com melhor atendimento durante o Mundial, sediado no Brasil > Foto: Divulgação/ACP

Segundo a coordenadora do Procon, Cláudia Silvano, milhares de turistas virão à Curitiba, e é preciso preparo.

“Essa iniciativa foi tomada na semana passada, e o objetivo foi estabelecer uma linha de comunicação para atender todas as demandas”. De acordo com ela, qualquer problema será resolvido. “Estamos pesquisando os preços abusivos de hotéis, consultando a Secretaria Nacional do Consumo. No caso de cambistas, a ação, considerada

crime, será repassada à Delegacia do Consumidor”, conta a coordenadora.

O Procon ainda está estabelecendo as medidas que deverão ser tomadas, a maneira como atenderão aos consumidores insatisfeitos. “Nada está decidido ainda, pois os atendimentos, tanto pessoalmente, quanto por telefone, deverão ser realizados por alguém que fale várias línguas, e estamos à procu-

Índice de atropelamentos cai em 2013 Ana Cristina Mayer

O índice de atropelamentos dos bairros mais populosos de Curitiba está diminuindo. Analisado de 2009 até 2013, o Cajuru teve uma diminuição de 78%, enquanto o Sítio Cercado diminuiu apenas 23%, e na Cidade Industrial de Curitiba, o índice caiu 38%.

O Sítio Cercado possui mais de 115 mil habitantes e segundo o Corpo de Bombeiros do Paraná, no ano passado teve 93 atropelamentos registrados. A pesquisa revelou que durante os cinco anos analisados, 2009 teve o pior número: 121 ocorrências foram atendidas pelos bombeiros. Na Cidade Industrial de Curitiba, que comporta cerca de 160 mil habitantes, em 2009 foram

registradas 162 ocorrências, dois anos depois, em 2011, o número caiu para 130, e no ano passado o bairro totalizou 102 atropelamentos.

Já, o Cajuru, com 90 mil habitantes, registrou o menor índice em todos os anos analisados. O número caiu de 66% em 2009, para 17% em 2013. Nelson Ribeiro Filho, metalúrgico e morador do bairro há 40 anos, afirma que há muito tempo não testemunha um acidente, e acredita que o índice tenha melhorado por causa da melhora na sinalização de trânsito.

A prefeitura de Curitiba realiza diversas campanhas educacionais de trânsito durante o ano, em 2013 foi realizada Foto: Arquivo Associação Ciclocidade

ra”, esclarece.

LONA > Edição 869 > Curitiba, 09 de abril de 2014

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GERAL

Cobradores expõem dificuldades de trabalho em estação-tubo Apesar de ter uma carga horária reduzida de apenas seis horas, as condições de trabalho nas estações-tubo continuam muito ruins Vinicius Santos

A mobilidade urbana de Curitiba é conhecida por ser uma das melhores do país, mas a defasagem das famosas estações-tubo, presentes em Curitiba desde 1991, acaba comprometendo e muito - o trabalho dos cobradores. A impossibilidade de ir ao banheiro durante o expediente, e até mesmo o calor e frio excessivos em determinadas épocas do ano, fazem com que a qualidade, e a satisfação, dos cobradores com o trabalho caia vertiginosamente.

A primeira, e mais constante, reclamação dos cobradores é de que o “coringa” que deveria fazer a cobertura do cobrador durante o expediente é praticamente inexistente. ”De que adianta ele chegar aqui as 10h30 da manhã? Eu começo às 5h30, no fim do expediente não faz diferença”, relata Anilson de Oliveira, 51, que nesse dia trabalhava numa das estações tubo da Av. Sete de Setembro. “Aliás, o problema não é nem essa demora. Tem dias que ele nem passa aqui, daí temos que ficar 6 horas presos no tubo”, completa.

Tanto a URBS, quanto o Sindimoc (Sindicato de motoristas e cobradores) afirmaram que por decreto, esse coringa deve estar no mínimo durante 15 minutos em cada estação tubo, pois o salário desse trabalhador também esta incluso na tarifa.

A distância entre os tubos na estação Coronel Dulcídio é de quase cinquenta metros > Foto: Vinicius Santos

conheço outros colegas que também já tiveram esse tipo de problema”, conta a cobradora. Andrey além de relatar que está com pedra nos rins, passou por uma situação muito constrangedora nos últimos dias. “Eu tive que urinar nas calças, isso mesmo, nas calças, porque não tive como sair do tubo, pois a rendição não veio”, diz o cobrador cabisbaixo e envergonhado com a situação. Para esse tipo de caso o Sindimoc, afirma que oferece acompanhamento psicológico, uma vez que situações assim estão cobertas pelo fundo assistencial - também presente na tarifa, e que corresponde a 0,01R$ por passagem, ou seja, mais de 500 mil mensais no total da arrecadação, segundo dados da URBS. O Setransp (Sindicato das empresas de ônibus de Curitiba e região metropolitana), quando questionado sobre o ocorrido, alega que desconhece esse tipo de situação, mas diz que quando algum problema chega até lá, busca-se a melhor solução possível para o trabalhador.

“Eu tive que urinar nas calças, isso mesmo, nas calças.”

Sem poder sair dos tubos para executar tarefas simples, como ir ao banheiro, os cobradores são obrigados a passar muito tempo - senão o turno inteiro, de seis horas consecutivas - segurando a bexiga. Esse excesso de tempo sem ir ao banheiro pode acarretar problemas no sistema urinário. Sirlei Telles, 36, e Andrey de Oliveira, 29, contam que sofrem com problemas relacionados ao assunto. “Eu tive infecção na bexiga e

A rendição, ou como é chamada pelos cobradores: “o piniquinho”, era feita com mais facilidade anteriormente, pois as estações tubo ficavam exatamente uma em frente a outra. Porém, com as obras de otimização do sistema de transporte, várias delas foram realocadas, deixando a distância entre um ponto e outro, às vezes, maior do que uma quadra. O que já era não era fácil, se complicou ainda mais. Para tentar corrigir essa situação, a URBS, em parceria com o IPPUC (Instituto de pesquisa e planejamento urbano de Curitiba), planeja padronizar as estações tubo da cidade de acordo com os tubos da a linha verde: com climatização e banheiro.

Frio excessivo No ano passado, o maior problema enfrantado pelos trabalhadores foi o frio excessivo. Com o fim do verão em Curitiba, ocorreu a primeira frente fria

na capital paranaense, e mais uma vez os cobradores não tiveram muita escolha: enfrentaram o frio sem auxílio.

Nesse ponto temos um impasse entre a URBS e o Setransp: o órgão do governo diz que essa responsabilidade é das empresas, já o sindicato patronal alega que esse custo não está incluído na tarifa técnica, seria preciso uma reforma de cálculo dos custos implementados a tarifa, e por isso não tem obrigação de fazer essa entrega, devolvendo a responsabilidade à URBS e, por tabela, para a FAS, fundação de ação Social.

O Sindimoc, quando questionado sobre o assunto, assegurou que a responsabilidade disso é das empresas e a fiscalização desse suporte deve ser feita pela URBS. Porém, a grande falha, segundo o sindicato, não está na não distribuição, ou distribuição do Kit inverno, está nas estações tubo velhas.

“Nada adianta melhorar o sistema de transporte se os tubos continuam sendo os de 91. Nós temos um documento pericial dizendo que as estações apresentam deficiências. O difícil é ser ouvido”, declarou o assessor do sindicato.

Enquanto nada acontece, quem sofre são os 1200 cobradores da capital, que continuarão nessa situação, sem banheiro e passando frio.

Se fossem apenas as cadeiras estragadas, o problema dos cobradores seria fácil de resolver > Foto: Vinicius Santos

Curitiba, 09 de abril de 2014 > Edição 869 > LONA

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COLUNISTAS

8Bits

Luiza Romagnoli

Tic Tac Já faz algum tempo que o iWatch vem sendo cogitado pelos sites e blogs de tecnologia e há chances de que isso se torne realidade ainda neste ano, possivelmente no terceiro trimestre. O aguardado relógio da Apple deve conter sensores ópticos para rastreamento de informações relacionadas à saúde e a exercícios físicos, dizem as fontes do site Electrical Engineering Times. Segundo ele, os recursos devem incluir o monitoramento de níveis de oxigênio e frequência de batimentos cardíacos.

Apesar de estar tudo pensado para o

relógio, os preços não foram nem de longe mencionados, mas é de se esperar que não será qualquer alma viva que poderá comprar um. A não ser que você esteja apto a vender um rim no mercado negro.

A empresa da maçã também considera incluir acompanhamento dos níveis de glicose, sensores de movimento, sono e níveis de hidratação. O iWatch também deve incluir aspectos relacionados à saúde e à boa forma física. O uso de sensores ópticos parece ser algo

bastante apropriado nesse sentido. Já o monitoramento de frequência cardíaca por esses sensores é uma tecnologia mais nova, que usa uma luz jogada sobre a pele para medir o fluxo sanguíneo que passa pelos vasos capilares.

No entanto, a tecnologia exigiria que o iWatch fosse preso de forma bastante apertada sobre o pulso, além de precisar de uma calibração cuidadosa para evitar interferência por conta de movimentos e barulho. Ou seja, se isso for mesmo aplicado ao relógio, há 110% desse dispositivo dar errado, estragar fácil e deixar muitos fanboys da Apple irritados. O que pode acarretar vários xingamentos no Twitter.

Mas ainda há esperança pra que esse dispositivo não seja perda de tempo.

O site Apple Insider já reportou que há grandes chances de que o aparelho surja com controles por gestos, que não precisarão da tela sensível ao toque. O que é inteligente. Porque daria meio errado, talvez, as pessoas correndo e suando e ainda querendo mexer no relógio.

Se tudo isso for confirmado, ficará bem evidente que a Apple planeja entrar no mercado de relógios inteligentes com uma ótima opção para esportistas e outras pessoas que querem ficar de olho na própria saúde (grupos que não incluem a minha pessoa, só pra deixar claro) — sendo então um verdadeiro aparelho de monitoramento, indo além dos atuais relógios inteligentes disponíveis.

E agora a pergunta: e a concorrência?

Onde fica? E eis que a resposta é: Sim, existe concorrência. Em menos de um mês atrás, o Google anunciou “um novo sistema operacional portátil especialmente criado para dispositivos vestíveis”. Soa familiar? Este dispositivo é o Android Wear, que já pode ser visto em alguns relógios inteligentes.

Ainda é meio chocante, levando em conta que mais alguém tenha feito basicamente a mesma coisa, sendo que a Apple é líder de mercado nesse setor.

Mas se o Android Wear for planejado igual ao Google Glass, pode dar muito certo.

A festa não é minha, nem sua, é deles Parece até brincadeira falar que o estádio de abertura do mundial talvez não fique pronto para inauguração. Até a entidade FIFA, que faz o show, sem gastar, e retém todo o lucro, está tendo dor de cabeça.

Faltam apenas 65 dias para começar o mais esperado evento, para o qual todo brasileiro, mesmo protestando, após todo o investimento ter sido feito, conta os minutos, para cair na festa. Só que esqueceram de convidar o dono da festa, o brasileiro, aquele, que vive com um salário mínimo, que parcela a casa e o carro, no máximo de vezes que o cartão permite, pagando juros que cabem em seus bolsos. Esse ilustre dificilmente vai ter condições financeiras de ir aos estádios.

E os estádios, que obras de arte, um mais bonito que o outro. Dos 12, é quase certeza que quatro estádios no país não cobrirão os investimentos, por sediarem jogos sem grande inte-

resse público e por serem localizados em estados sem grande tradição no futebol. E nem saíram com um preço alto, só algumas centenas de milhões acima do orçamento, alguns talvez ganhem reconhecimento internacional, o da Amazônia, quem sabe faça parte do próximo filme do Indiana Jones, “O estádio perdido”, e o estádio do Distrito Federal, pelo tamanho, deve dar conta de lavar a sujeira impregnada na cidade planejada.

O mais chato de tudo isso é ver o homem, aquele que reside em Brasília, utilizando essa arma, o amor, encontrado em um dos únicos lazeres, que vem incluso na conta de luz, daquele que não vai conseguir levar seus filhos para assistir ao “melhor time do mundo” jogando em casa, na casa do povo, aquele que ainda acredita, desde o tempo do Renato Russo, “acreditam no futuro da nação”, mas esquecem que país é esse.

Minuto Final

Cleberton Mendes

Se esse torcedor reclamasse das autoridades, com a mesmo energia que reclama da derrota do seu time, talvez a história fosse outra. Ainda dá tempo de mudar a forma como vemos o futebol: não um simples esporte, mas sim um grande negócio.

O prejuízo fica por nossa conta. A copa do mundo, além de um grande espetáculo, é, de fato, um negócio, que envolve bilhões de dólares e que traz vários prejuízos ao país. Mesmo com alguns residentes conseguindo tirar proveito de todas as obras e investimentos para “melhorias” feitas, o país vai continuar o mesmo depois da festa. O título talvez

venha com um pouco de alegria, para pelo menos amenizar dificuldades do José, João, Podolski, Maria, Fuleco e do Mandela, brasileiros que talvez nem tenha nascido aqui, mas fazem parte da maioria, aquela marginalizada, que dorme quatro horas por dia, que utiliza o mais maravilhoso e digno transporte coletivo, um dos legados da copa.

Depois da festa, o Brasil vai continuar o mesmo, com juros altos, perdoando dividas bilionárias de países amigos, comprando refinarias de petróleo por preços superfaturados, melhorando a segurança, educação e acabando com a fome. Viva o Brasil.

LONA > Edição 869 > Curitiba, 09 de abril de 2014

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ACONTECEU NESTE DIA

Saddam Hussein foge de Bagdá após ser deposto Em 9 de abril de 2003, Saddam Hussein, ditador do Iraque, foge de Bagdá para o norte do país, depois do Exército iraquiano ser derrotado por tropas americanas e o déspota ser deposto após permanecer quase 24 anos no poder.

A Guerra do Iraque foi um conflito que começou em 20 de Março de 2003 com a invasão do mesmo, em razão um acordo militar multinacional liderado pelos Estados Unidos. A Guerra acabou no dia 15 de dezem-

bro de 2011. O principal motivo para o ocorrido, segundo o ex-presidente norte-americano, George W. Bush, e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, juntamente com seus apoiantes foi de que o Iraque estava desenvolvendo armas de destruição em massa, e que as mesmas ameaçavam a segurança mundial.

Bush disse que os Estados Unidos não poderiam esperar até que a ameaça do líder iraquiano Saddam Husseinse tornasse iminente.

Saddam Hussein em exercício do exército Iraquiano > Foto: AFP/Getty-images

#PARTIU Em cartaz Ninfomaníaca: Volume 2 Drama > 123min > 18 anos O Grande Herói Ação, Guerra > 121min > 16 anos Entre Nós Drama > 100min > 14 anos S.O.S. Mulheres ao Mar Comédia Romântica > 94min > 14 anos

Música Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba Dia 10 de abril > às 10h > ensaio geral aberto ao público > Entrada franca; Dia 11 de abril > às 20h > apresentação na Paróquia Bom Pastor (Rua Victorio Viezzer, 810 – Vista Alegre) > Entrada franca Dia 12 abril > às 17h45 > palestra do compositor e arranjador paranaense Marco Aurélio Koentopp Dia 12 de abril > às 18h30 > apresentação na Capela Santa Maria Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro) > Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). > Pagamento somente em dinheiro U2 – Zen Garden Data: 10 de abril > Horário: 21h Duração: 90min > Classificação: 16 anos Ingressos: R$246 inteira R$126 meia-entrada (plateia inferior) > R$176 inteira R$91 meia-entrada (plateia superior) Seu Jorge Data: 12 de abril > Horário: 21h15 Duração: 1h15 > Classificação: livre Ingressos: R$86 à R$606

Orquestra de Câmara de Curitiba abre concertos Obras do inglês Edward Elgar, do brasileiro Radamés Gnattali e do russo Pyotr Ilyich Tchaikovsky integram o concerto “Serenatas” Dando sequência à proposta de executar obras marcantes na história da Camerata Antiqua de Curitiba – Coro e Orquestra –, quando o grupo completa 40 anos de existência, a Orquestra de Câmara de Curitiba selecionou peças que expressam a genialidade de compositores universais.

Obras do inglês Edward Elgar, do brasileiro Radamés Gnattali, e do russo Pyotr Ilyich Tchaikovsky integram o concerto “Serenatas”, que a Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba executa neste fim de semana, sob a direção musical do violinista e “spalla” do grupo, Winston Ramalho. Como solista convidado atua o paulista Alexandre Razera (viola), um dos mais respeitados instrumentistas brasileiros.

O espetáculo de abertura da temporada 2014 de concertos da Orquestra de Câmara de Curitiba, conta ainda com palestra do compositor e arranjador paranaense Marco Aurélio Koentopp, que acontece às 17h45 de sábado (12), antecedendo a apresentação na Capela Santa Maria. Mestre em Música pela Uni-

O compositor e arranjador Marco Aurélio Koentopp > Foto: Ana Clara Fischer

versidade Federal do Paraná, Koentopp atualmente é professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, além de coordenador do Curso Superior de Composição e Regência daquela instituição.

No programa deste concerto da Orquestra de Câmara de Curitiba estão “Serenata para cordas em Dó maior Op. 48”, de Tchaikovsky; “Serenata para cordas em Mi menor Op. 20”, de Edward Elgar; e “Concerto para viola e cordas”, de Radamés Gnattali.