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Ano XV > Edição 871 > Curitiba, 11 de abril de 2014
Foto: Arquivo Università Campus Bio-Medico di Roma
Em 10 anos, processos contra médicos triplicam Livro “Erro Médico e a Judicialização da Medicina” mostra aumento de processos contra médicos e desconhecimento de juízes envolvip.3 dos nos casos COLUNISTAS
EDITORIAL “O texto traz como questões proibidas o uso da linguagem infantil, efeitos especiais e excessos de cores.” p. 2
OPINIÃO
Exposição constrói um muro que visa derrubar barreiras socias
Projeto permanece em exposição no Museu Oscar Niemeyer até 29 de junho, e traz a realidade da infância na favela p. 4
“Nós reagimos como se o que está escrito no papel fizesse parte de uma outra realidade” p. 2
#PARTIU A sequência do longa Capitão America estreia com vilões de arrepiar p. 6
Ana Santos “A Banda Mais Bonita da Cidade que conquistou não só Curitiba, mas também o Brasil. O grupo surgiu por meio da parceria entre cinco amigos.” p. 5
Lucas Karas “Aqui vou falar de duas paixões do brasileiro: o futebol e a cerveja. Irei discutir os acontecimentos do futebol paranaense, além de trazer notícias e dicas sobre cervejas especiais.“ p. 5
LONA > Edição 871 > Curitiba, 11 de abril de 2014
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EDITORIAL
Compra, mãe? Compra, pai?
A Justiça no Brasil, como todos sabem, é extremamente morosa – em projetos importantes e não tão importantes assim. Por isso já não era sem tempo a publicação no Diário Oficial da proibição de publicidade infantil desde o dia 13 de março. Entre outras limitações, o texto traz como questões proibidas o uso da linguagem infantil, efeitos especiais e excessos de cores; trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança; representação de criança; pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil; personagens ou apresentadores infantis; desenho animado ou de animação; bonecos ou similares; promoção com distribuição de prêmios ou de brindes colecionáveis ou com apelos ao público infantil; promoção com competições ou jogos com apelo ao público infantil. Quem convive com crianças percebe exatamente o quanto esse tipo de publicidade é nocivo. Não só se aproveita da falta de discernimento dos pequenos como joga com o que ela tem de mais puro, que são seus sentimentos. Além disso, também inclui na “brincadeira” o sentimento dos pais, muitas vezes sem coragem para dizer não. Canais, a princípio, educativos, com programação exclusiva para crianças, se sustentam muitas vezes desse tipo de publicidade. Porém, como é praxe no sistema capitalista, a lógica é contraditória. A programação educa, ensina, preza pelo conteúdo devidamente adequado à idade. No entanto, a publicidade massiva faz o contrário: deseduca ao explorar o consumismo e o ter sem precisar. A proibição da publicidade infantil não só era uma necessidade, como até mesmo uma espécie de prevenção. Afinal, já não basta a propaganda a que as crianças serão submetidas ao crescerem, os padrões impostos que pensarão ter que alcançar, o bullying que sofrerão por não terem esse ou aquele produto. A realidade de adolescentes e adultos já é pesada demais no que diz respeito à imposição publicitária. Não era nem um pouco justo fazer isso também com crianças.
OPINIÃO
A divina comédia Francisco Mateus
Somos todos os dias bombardeados pelas mesmas desgraças. Lavagem de dinheiro, estupro, assassinato e assim vai. Passamos os olhos no jornal que mostra o sofrimento do povo, e nós, os poderosos de carro importado, reagimos como se o que está escrito no papel fizesse parte de uma outra realidade. Lutamos contra a copa do mundo com todas as nossas forças, mas chegam os jogos e todos nós ficamos preocupados em completar o álbum de figurinhas do mundial. Em fevereiro vemos nossos jovens falarem que “tem vergonha de ser brasileiro” pelo carnaval ser apenas bunda e samba, e que gostariam de ser estadunidenses por causa de sua riquíssima cultura de “ser melhor que o resto do mundo”. A verdade é que não queremos
mudar de realidade, queremos apenas mudar nossas palavras para assim conquistar a imagem de “jovem revolucionário” nas redes sociais. Tudo gira em torno da imagem, até mesmo o governo, que demonstra estar interessado pelo povo, mas está jantando nas costas dos trabalhadores. As manifestações de junho do ano passado serviram apenas para mostrar que até algo sério (ou que deveriam ser) as pessoas conseguem transformar em festa com direito a foto no Instagram. E então amarram o menino negro no poste, alguns dizem que são totalmente contra a tal ato, mas quando roubam o seu iPhone, vai para o facebook demonstrar a raiva que sente pelo marginal. Já outros são a favor da justiça feita pelas próprias mãos, mas nem ao
menos tem noção do que se trata. As opiniões viraram uma mistura, como as ideologias, e assim, ninguém tem uma postura concreta sobre quase nada. Queremos mudar o mundo olhando exclusivamente as coisas ruins, mas esquecemos de olhar para a beleza que existe. Não vemos os olhos cheios de gratidão de um necessitado ao ajudá-lo, não damos atenção à risada de uma criança carente feliz em brincar com sua única boneca, não damos atenção ao outro lado. Mudanças acontecem de dentro para fora, se queremos mudar algo, não adianta mudar diretamente por fora, temos que começar mudando o que existe por dentro, para assim passá-la para fora.
Charge: Thayná de Almeida Jorge
Expediente Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto
Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani
Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm
Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira
Editores Ana Justi, Kawane Martynowicz e Luiza Romagnoli
Curitiba, 11 de abril de 2014 > Edição 871 > LONA
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NOTÍCIAS DO DIA
Processos contra médicos aumentam mais de 300% em 10 anos Pesquisa mostra que o aumento de processos por erros médicos se deve desconhecimento de juízes envolvidos nos casos Bruna Teixeira
O número de processos contra médicos brasileiros aumentou 302% nos últimos onze anos. O número se deve ao fato de juízes não terem conhecimento técnico para compreender procedimentos médicos. Esse é o resultado da pesquisa feita pelo advogado Raul Canal, que escreveu o livro “Erro Médico e a Judicialização da Medicina”, lançado ontem na Universidade Positivo. O advogado foi atrás de processos médicos e tentou encontrar uma solução analisando os inquéritos, “as pessoas definem como erro médico qualquer coisa relacionada a saúde, se a enfermeira errou, foi erro médico e, às vezes, o médico só fez prescrição, a aplicação que foi feita de maneira errada”, relata. No evento, estive presente, também, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná, Maurício Marcondes Ribas. Maurício enfatiza os problemas que a medicina enfrenta, como falta de estrutura e qualidade profissional.
condenação procedimentos que foram feitos de maneira correta, mas por ter levado a fatalidade ou ter deixado sequela, o juiz pode entender que o erro foi do próprio médico, por isso Raul Casnal defende a criação de varas especializadas em direito da saúde.
Foto: Bruna Teixeira
ram em 302%, em 2001 o número de processos éticos profissionais somava 4 mil, em 2011 esse número chegou a 12.356. Raul aponta que isso tem um lado bom, e um lado ruim. O fato do cidadão conhecer seus direitos e saber que pode processar e questionar o profissional pelo seu trabalho é algo positivo, mas tem um agravante de peso. Hoje a saúde e o requerimento de profissionais na área de medicina é focado e visto com intuito primordial de suprir uma necessidade de consumo, ou seja, os pacientes passam a ver, e consequentemente tratar, a medicina como um negócio. Isso gera uma nova postura: é desejável ser tratado como consumidor, e, em caso de insatisfação, age-se como tal: leva-se ao jurídico.
“O cidadão conhece seus direito e sabe que pode processar.”
Hoje, o Brasil é o segundo país com maior número de médicos, atrás apenas da Ásia. “O país está abrindo escolas a torto e a direito. Quem irá formar esses médicos? Qual o corpo docente?”, questiona. Ano passado em São Paulo, dados divulgados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) revelaram que 54% dos médicos que fizeram a prova do CRM no estado foram reprovados. No entanto, essa reprovação não impede o jovem médico de exercer a profissão. Atualmente o país tem 218 escolas de medicina, 118 delas foram criadas apenas nos últimos quinze anos. Números Em onze anos, os processos aumenta-
Soluções O advogado sugere possíveis soluções para diminuir o número de processos contra médicos. Dentre elas, então inclusas a criação de varas especializadas em direito da saúde, uma vez que, a ausência de juízes que entendam de termos técnicos, e procedimentos, cria-se a necessidade de especialistas, ou entendidos da área, para avaliar casos de maneira mais justa.
O número de médicos apenados, ou seja, julgados e considerados culpados pelo Conselho Regiona de Medicina (CRM), e que receberam algum tipo de
pena aumentou 108% nos últimos dez anos. Os quadros de complicações se encaixam em três situações distintas: - Fatalidade: aspectos que fogem do controle, ou alcance do médico, não sendo possível que ele tome atitudes para resolver a situação; - Culpa do paciente: quando o paciente não seguiu à risca as recomendações médicas, e sofreu sequelas em decorrência disso; - Negligência: ocorre quando há falta de cuidado, ou atenção por parte do próprio médico; O maior problema no julgamento desses inquéritos se dá devido ao fato dos juiz não ter conhecimento de métodos médicos, ou seja, o Juiz julga e acaba levando a
Foto: Bruna Teixeira
É preciso, ainda, segundo Canal, que o Conselho de Medicina fiscalize as faculdades que vem abrindo em ritmo desenfreado, de maneira que a qualidade do ensino seja garantida. Os índices do Ministério da Educação (MEC) revelam números alarmantes sobre a formação que os médicos recém formados vem adquirindo. O uso das notas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), que deveria funcionar como parâmetro para o fechamento de cursos com médias fracas, não é realmente colocado em prática.
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GERAL
“O Muro” pretende desconstruir barreiras sociais Exposição traz e transforma em arte a realidade das crianças de comunidades carentes, participantes do projeto “Eu sou” Bruna Karas e Kawane Martynowicz
Helio Rodrigues é um artista plástico e arte-educador. Vindo de uma família de classe média, fundou o projeto “Eu sou” em 2003. Resolveu apostar na arte como instrumento trans-formador, como ferramenta para transpor limites e obstáculos. “Eu Sou” foi idealizado para atuar nas comunidades carentes e atender crianças e adolescentes com dificuldades de auto-aceitação e autoestima. Na estreia da exposição “O Muro”, no Museu Oscar Niemeyer, Helio contou sobre as limitações impostas às crianças nascidas nas favelas. “Algumas crianças nunca foram à praia. As favelas se transformam em guetos e as crianças não se enxergam no mundo lá fora, elas se sentem inseguras”. Para Rodrigues, a transformação das crianças foi parte importante do processo. No início, quando eles puderam modelar qualquer coisa com argila, eles transformaram o projeto em uma fábrica de armas. A ideia de desconstruir a ima-
gem de que o tráfico é a única saída foi colocada em prática com exercícios de construção poética. “A palavra inicial era arma, e eles tinham que ir relacionando com outras coisas que vinham na cabeça. Depois disso, o processo de exercer questões reflexivas aconteceu naturalmente. As crianças, que quando começaram diziam gostar do tráfico, dois meses depois estavam sonhando em ser professores. O próximo passo foi a inserção da família no processo. “As crianças contavam que chegavam em casa mostrando os produtos confeccionados e os pais jogavam fora, diziam que era lixo”. Notou-se que era preciso sensibilizar os adultos também. “Ampliamos o alcance do projeto. Agora atendemos os adultos e crianças de 5 a 7 anos também.” Quando questionado se havia crianças que entraram no projeto beirando o crime, Rodrigues se emocionou. Contou que foram muitos. Um menino roubou uma das professoras do projeto. Eles conversaram com o menino sobre os motivos que levam ao roubo, sobre a sensação de tirar dos outros o afeto que ele não tem, que se reflete nas coisas materiais. O menino não foi expulso. Hoje, ele participa dos cursos oferecidos para virar monitor.
Através do Muro a realidade da favebla chega ao observador > Foto: Bruna Karas
O artista sabe que os resultados não seriam vistos imediatamente. Ele tem plena convicção de que está abrindo uma janela nova na vida dessas pessoas e que a resistência dessa mudança é muito grande. Mas seu objetivo transformador tem sido atingido: as crianças melhoraram na escola. Não só as notas, mas o comportamento e os objetivos de vida.
Exposição fica até dia 29 de junho no MON > Foto: Ana Cecília Brignol
Janela Periférica visita exposição Projeto que incentiva crianças carentes à comunicação e criatividade troca experiências com outras na mesma situação Os alunos do Janela Periférica, projeto de TCC da ex-aluna de jornalismo Priscila Pacheco com comunidades carentes, visitaram a exposição “O Muro” na última quarta-feira. “Quem nos convidou foi o jornalista Mauri König. A ideia era fazer uma espécie de troca entre os projetos e, para mim, foi incrível levá-los ao museu, pois foi uma extensão ao projeto. A maioria das crianças nunca tinha idoe foram pra ver fotos realizadas na mesma proposta que eles”, declara Priscila.“Uma exposição que simboliza os muros que existem na nossa sociedade”. A troca cultural, bem como a visita e o bate-papo entre as crianças e Hélio, foi acompanhada pela RPC TV. “Algumas crianças até ajudaram o cinegrafista na produção”, conta. “Olha ali na foto, o Edu até ajudou o cinegrafista na produção!”, arremata. Janela Periférica é um webdocumentário, viabilizado em 2013, no qual as crianças da comunidade Mo-
radias Zimbros são entrevistadas, e produzem conteúdo, despertando o encontro entre criança e comunicação e desenvolvendo assim sua capacidade crítica e criadora. O projeto tem como objetivo mostrar um olhar diferente sobre a periferia, que num determinado segmento da comunicação, é explorada por um viés negativo, influenciando na visão da criança sobre o seu espaço. Para o professor orientador do TCC, Felipe Harmata Marinho, o projeto está tendo um ótimo retorno e cumpriu seu papel. “O Janela Periférica quis revelar que é possível mostrar um outro olhar, ter outra abordagem e mesmo assim ser crítico. E desde que o webdocumentário foi lançado, por várias vezes a mídia tradicional já procurou os meninos que participaram do projeto para, justamente, mostrar um olhar diferenciado do local. É ótimo ver os meninos participando da exposição justamente por isso”, conta.
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COLUNISTAS adivinharam não é?! Isso mesmo, a música é Oração!
What’s the story... Ana Santos
Os mais bonitos de Curitiba Já que vamos falar de música, nada melhor do que começar por nossos conterrâneos mais bonitos: A Banda Mais Bonita da Cidade que conquistou não só Curitiba, mas também o Brasil. O grupo surgiu por meio da parceria entre cinco amigos: Uyara Torrente, Vinícius Nisi, Rodrigo Lemos, Diego Plaça e Luís Bourscheidt que, mesmo sem pretensão de fazer grande sucesso, hoje realizam shows fora do Brasil, chegando a participar de festivais em Portugal, Espanha e até mesmo em Paris, capital francesa. Música brasilei-
ra, e o que deixa melhor ainda: música curitibana! As letras são um espetáculo à parte, sendo que a maioria delas foi composta por: Luiz Felipe Leprevost, Troy Rossilho, Alexandre França, Vitor Paiva, Leo Fressato, entre outros. Leo Fressato, cantor, compositor, ator da capital paranaense e amigo da banda, fez uma música, de letra simples, porém com uma capacidade enorme de tocar os corações dos brasileiros e agitar as pessoas em todos os shows que a banda faz. Acredito que vocês já
A canção explodiu em 2011, no Youtube, com um vídeo no formato de plano-sequência (que não possui cortes). O vídeo, gravado na cidade de Rio Negro - Paraná, foi uma divertida e criativa comemoração do 24º aniversário da vocalista Uyara. A partir daí, o grupo curitibano não parou mais de fazer sucesso e construir a sua história. Na mesma onda do “boom” do vídeo, o grupo tive a ideia de usar o site de financiamento coletivo, o catarse.me, para a produção de seu primeiro disco. Em um mês arrecadaram mais do que haviam estipulado, sinal de que o trabalho deles agradou mesmo o público. Em 2012 veio um projeto muito bacana e vintage com a colaboração do cantor e compositor China. Foi a criação de um disco de vinil com o nome de Canções Que Vão Morrer No Ar, com duas faixas: ‘Terminei Indo’ e ‘Só Serve Pra Dançar’. A banda não parou por aí. Em 2013,
com a saída de Diego Plaça no baixo e a entrada de Marano no lugar, o grupo lançou seu segundo disco: O Mais Feliz Da Vida. Que foi trabalhado com mais calma e planejamento, e contou ainda com a estreia da vocalista Uyara como compositora da música ‘Um Cão Sem Asas’. O disco passeia entre faixas mais alegres como ‘O Mais Feliz da Vida’, composta por Rodrigo Lemos, o guitarrista da banda, e canções que proporcionam uma reflexão maior, como ‘Uma Atriz’ e ‘Reza Pra Um Querubim’ com a participação de Troy Rossilho. O álbum ‘O Mais Feliz da Vida’ reúne um conjunto de versos, vozes, instrumentos, sentimentos e desabafos, com uma capacidade incrível de tocar os corações de seus fãs. Se você ainda não conhece A Banda Mais Bonita da Cidade, corra já para a internet, principalmente para as redes sociais, que eles estão lá, esperando você se derreter nos encantos das canções da banda considerada (e com razão), a mais bonita da cidade.
Futebol Paranaense em rebuliço Fala galera! Beleza? Aqui vou falar de duas paixões do brasileiro: o futebol e a cerveja. Irei discutir os acontecimentos do futebol paranaense, além de trazer notícias e dicas sobre cervejas especiais, sempre deixando alguma sugestão de bera, contando sobre suas características e dicas para a degustação! Espero ajudar! Vamos lá, então? Coritiba O técnico Celso Roth assumiu, e junto com ele, novos ares devem pintar no Alto da Glória. Ares necessários para tirar o sufoco do presidente Vilson Ribeiro de Andrade, que viu a derrocada, pelos problemas financeiros, pela desclassificação no Campeonato Paranaense ou pela carta que os jogadores confeccionaram, demonstrando o desgosto pelo mandatário Coxa-Branca. Roth vem para, com sua linha dura, tentar ajeitar os problemas do Coritiba. Vários por sinal, como está salientado acima. Talvez o mais problemático seja o vestiário, que está em constante con-
flito com a diretoria. Além disso, o gaúcho vem para tentar ajeitar o carente futebol coxa-branca, que demonstrou toda a fragilidade técnica em dez jogos que disputou no regional. E o detalhe é que o principal problema alviverde é sua defesa. Defesa que é a característica de Roth, tido por muito como retranqueiro, ou seja, defensivo. Mas acima de tudo, Celso Roth e também Paulo Paixão (que é preparador físico da Seleção Brasileira e que foi contratado pelo Coxa), além de Anderson Barros, contratado como diretor de futebol demonstram que a cúpula alviver busca algo a mais. E isso dá esperança para a desolada nação alviverde, que vê agora, uma luz no fim do túnel. Atlético-PR O Furacão se despediu da Libertadores de forma melancólica. Perdeu de dois, mas poderia ter sido mais, muito mais, não fosse Weverton com suas defesas sensacionais. Mas a despedida do rubro negro da competição não marcou
Futebol Cervejeiro
Lucas Karas
só o fim do sonho de conquistar um campeonato tão importante. Mostrou também a fragilidade de um time mal comando por seu técnico. Miguel Angel Portugal não consegue dar liga ao time, pois é insistente com certas peças e substitui mal. Está na hora do Furação repensar seu comando técnico e não seria nada mal, ter o Vagner Mancini de volta. Ele, que levou um time mal colocado no Brasileiro à terceira posição do torneio nacional, além de carimbar presença na final da Copa do Brasil do ano passado. Ainda há tempo de arrumar, mas para isso, as mudanças devem ocorrer já. A primeira? Trocar de técnico.
Dica de cerveja A dica que deixo hoje é a Baden Baden Chocolate Beer. Uma cerveja forte escura, que tem como principal característica, os aromas de baunilha e cacau, que se fazem presentes também na hora de tomar. A taça recomendada é a Tulipa e a temperatura, entre 6º a 8º graus. O valor em média custa R$20 e seu valor alcoólico é de 6%. Uma ótima cerveja para um dia mais frio e vai muito bem com doces, especialmente de chocolate! Bom, por hoje é isso, galera. Um abraço e até a próxima.
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ACONTECEU NESTE DIA
Campo de Concentração de Buchenwald é libertado Em 11 de abril de 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, o 3º Exército Norte-Americano liberta o campo de concentração de Buchenwald, que praticamente não resistiu. Buchenwald era um campo de trabalhos forçados para pessoas consideradas inimigas da supremacia ariana, como comunistas, judeus, ciganos e homossexuais. Voltado para a produção de armamentos, funcionou de julho de 1937 a abril de 1945, tendo passado mais de duzentos e cinquen-
ta mil detentos por ele. Embora não tenha sido um campo de extermínio, a exemplo de Auschwitz, na Polônia (aonde existiam câmaras de gás), estima-se que aqui pereceram mais de cinquenta mil pessoas, vítimas de fome, doenças, assassinatos e violência arbitrária dos soldados nazistas. O campo foi também local de testes ilegais em grande escala de vacinas contra a epidemia de tifo em 1942 e 1943.
Prisioneiros durante a inspeção no campo de concentração de Buchenwald > Foto: Soldado H. Miller > Arquivo Wikimedia
#PARTIU Em Cartaz Confia em Mim Suspense > 85min > 12 anos Capitão América 2 – O Soldado Invernal Aventura > 136min > 12 anos Yves Saint Laurent (França) Biografia > 106min > livre As Aventuras de Peabody e Sherman Animação > 93min > livre
Shows Paula Fernandes – Um Ser Amor Data: 24 e 25 de abril (21h30) e 26 de abril (22h15) Duração: 1h40 > Ingressos: R$101 à R$216 Classificação: abaixo de 16 anos acompanhado dos pais ou responsáveis Local: Teatro Positivo – Grande Auditório Vilma Ribeiro Data: 11 de abril > Horário: 20h Ingresso: R$30 e R$15 Local: Teatro Paiol
Exposições Coleção Andreia Las: Trocas Data: 13 de março a 19 de maio – de terças a domingos Horário: 9h às 12h e 13h às 18h (3ª a 6ª ); 12h às 18h (sábado, domingo e feriados) Local: Museu da Gravura > Entrada Franca A Imagem (Des)Construída Data: 21 de fevereiro a 27 de abril – de terças a domingos > Horário: 10h às 19h Local: Museu Municipal de Arte (MuMA) Entrada Franca
Estreia Capitão América 2 – O Soldado Invernal O filme apresenta inúmeras referências e personagens do Universo Marvel no novo longa do Capitão América Após os eventos ocorridos em Nova York (em Os Vingadores), Steve Rogers (Chris Evans) assume importante posto na S.H.I.E.L.D., sendo responsável por inúmeras missões. Ele continua discordando da forma como Nick Fury (Samuel L. Jackson) mantém uma série de segredos sobre suas atividades, algo que se voltará contra eles. O herói conta com a ajuda de Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) e do Falcão (Anthony Mackie), tendo que enfrentar um vilão bem poderoso e misterioso chamado Soldado Invernal. O novo filme da Marvel conta com uma boa dose de humor, mas não se perde em momentos cômicos, e ainda oferece antagonistas realmente perigosos e temidos. Superando o original Capitão América: O Primeiro Vingador, mas também se aproveitando do tempo que este tomou para construir o personagem principal, a sequência conta com muito mais ação. São várias as cenas de lutas, perseguições, tiroteios e explosões, mas quase sempre investindo no realismo e no
Cartaz de divulgação do longa
combate corpo a corpo. Apenas na batalha final os efeitos especiais roubam a cena, mas sem exageros. Não se trata de um filme apenas para os fãs das HQ’s, mas tem tudo para agradar este público específico, que ficará empolgado com referências à Bruce Banner (Hulk), Stephen Strange (Doutor Estranho) e às indústrias Stark. Como de costume, também temos participação especial de Stan Lee, que surge numa ponta simpática.