Lona 876

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O único jornal-laboratório diário do Brasil

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Ano XV > Edição 876 > Curitiba, 23 de abril de 2014

Após última inspeção às obras realizadas na Arena da Baixada, coletiva de imprensa contou com a presença de Petraglia, Jérôme Valcke e Aldo Rebelo

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EDITORIAL “Por uma esquerda festiva”, é o retrato do pensamento arcaico, retrógrado e machista.” p. 2

OPINIÃO

Estilista brasileiro dá palestra para estudantes de design de moda, na UP

Com renome mundial, estilista Icarius de Menezes palestra para estudantes de design de moda da instituição p. 4

Arena da Baixada > Foto: Kawane Martynowicz

FIFA realiza última inspeção na Arena antes do Mundial

A tão esperada decisão sobre os embargos infringentes veio. Mas não agradou. p. 2

#PARTIU Grupo Molungo convida atração recifense para dividir o palco em duas apresentações na cidade p. 6

COLUNISTAS Luiza Romagnoli A armadura do Homem de Ferro não está nessa lista bacaninha, mas com certeza é mais legal que todos os itens juntos. Mas eu poderia viver apenas p. 5 com o J.A.R.V.I.S. Cleberton Mendes As perdas são os destaques nesse início de Brasileirão, a perda do bom futebol, de igualdade, de credibilidade e a perda do melhor narrador de televisão, Luciano do Valle. p. 5


LONA > Edição 876 > Curitiba, 23 de abril de 2014

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EDITORIAL

Por menos ignorância O texto publicado ontem na Folha de São Paulo, de Luiz Felipe Pondé, “Por uma esquerda festiva”, é o retrato do pensamento arcaico, retrógrado e machista que, infelizmente, hoje se vê na sociedade. Com pérolas como “quando liberais se reúnem há uma forte escassez de mulheres, o que é sempre um drama” e “as meninas detestam economia, ‘essa ciência triste’, porque atrapalha a alergia da vida”, a proposta torta do texto é mostrar que quem é de direita não pega mulher. Exatamente com esses termos. A boa argumentação normalmente dita que se estabeleçam provas – concretas ou não – de que o que se pensa ou se diz tem lógica. Além disso, ela deve envolver uma temática passível de discussão. Pondé é um pós-doutor, provavelmente sabe disso. No entanto, sua argumentação, além de nada comprobatória, tem como objeto o que é preciso fazer para “pegar mulher”. Para ele, a direita precisa ser mais festiva para ser mais interessante e atrair as meninas que “detestam economia”. Não é novidade que os conceitos de direita e esquerda há muito foram diluídos, especialmente no Brasil, onde o jogo do poder e a infidelidade partidária são duas constantes no emaranhado político. A politização da política infelizmente nos leva à realidade governamental que existe hoje no Brasil e a esse tipo de visão machista e preconceituosa da esquerda e da direita, já não tão definidas quanto na Revolução Francesa, época em que surgiram, mas bastante estereotipadas pelo não tão ilustre pós-doutor.

OPINIÃO

De técnico e de juiz todo mundo tem um pouco Rodigo da Silva

Foi longa a semana que antecedeu o voto do decano da Suprema Corte, ministro Celso de Mello. De um lado, a opinião pública comandada pela Suprema Imprensa e de outro, os réus, maiores interessados no assunto. Nesse meio, estavam os cidadãos comuns, que acompanharam atentamente a tão esperada decisão sobre os embargos infringentes. E ela veio. Mas não agradou. O julgamento, chamado de Saga e transmitido ao vivo pelas emissoras, expôs o público a enquetes que perguntavam se os “condenados” deviam ser presos imediatamente ou não. Os espectadores dos grandes telejornais viraram os milhões de técnicos de futebol durante jogo da seleção ou da copa do mundo. Como se questões jurídicas pudessem ser decididas por meio de enquetes ou por apostas

e bolões. O que mais pasmou foi que, inspirado pela grande mídia, passou-se a fazer o mesmo com o julgamento do mensalão. Sem nem entender do que se tratava, apenas movido por um ódio extremo à classe política, as pessoas passaram a julgar, condenar e palpitar em decisões técnicas proferidas pelos ministros do STF. Porém é preciso respeitar o Estado de Direito. Há lugares específicos e assegurados pela Constituição para protestar. O espaço do judiciário, precisa ser neutro, imparcial. É preciso que o espaço do julgamento seja aberto para que se possa acompanhar, no entanto, ele não pode ser penetrado por vontades e clamores públicos. Existem advogados, magistrados e promotores. Se eles não são satisfatórios, daí sim é hora de protestar, de pedir ao legislativo a

revisão das leis, e que então possam ser usados pelos magistrados, sem a interferência externa. Se os juízes não são capacitados o suficiente, é preciso protestar para os órgãos responsáveis. Nunca vi pessoas irem barrar o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), aliás, muitos nem sabem que ele existe. Não se pode pedir a presidente prender alguém. Da mesma forma, não se pode esperar que o juiz mude a lei. Banalizar tudo não é o caminho. Ninguém será doutor em embargos infringentes, mas é preciso saber do que se tratam as coisas. Caso contrário é só indignação. Do quê? No fim, nem eles sabem. E quem sabe, se estivessem no posto daqueles que tanto reclamam, não fariam diferente, infelizmente.

Como se não bastasse, em meio a isso tudo, está, mais uma vez, a visão bestializada da mulher. Ela é apresentada como um objeto a ser conquistado, como alguém esperando para ser idiotizada. Como alguém que não entende esquerda e direita. Convivemos, cada vez mais, com grandes jornais que publicam grandes asneiras. O pensamento presente no texto, infelizmente, só mostra que não precisamos nem de direita nem de esquerda festiva. Precisamos de menos ignorância. Charge por Thayná de Almeida

Expediente Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm

Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Editores Ana Justi, Kawane Martynowicz e Luiza Romagnoli


Curitiba, 23 de abril de 2014 > Edição 876 > LONA

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NOTÍCIAS DO DIA

Coletiva marca última inspeção na Arena da Baixada Após a vistoria, uma breve coletiva de imprensa foi realizada para esclarecer dúvidas a respeito da situação do estádio para a Copa 2014 Kawane Martynowicz

Na tarde desta terça-feira (22), o Secretário Geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez a última vistoria na Arena da Baixada antes do evento-teste previsto para o dia 13 de maio. Além dele, estava presente o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e outros representantes do Comitê Organizador Local (COL). O estádio do Atlético-PR ainda não está concluído, e também preocupa a FIFA. A CAP S/A, responsável pelas obras da arena, espera um apoio financeiro para finalizar a obra, e não garante que vai entregar o estádio pronto no dia 30 deste mês como havia prometido. Uma coletiva de imprensa foi realizada após a vistoria para o debate e esclarecimento do andamento das obras. Sentaramse à mesa Jérôme Valcke, Aldo Rebelo, o Presidente do clube, Mario Celso Petraglia, o Secretário Estadual para Assuntos da Copa, Mario Celso Cunha, o Secretário Municipal, Reginaldo Cordeiro, o Vereador Paulo Rink e o jogador Ronaldo. O Presidente Petraglia iniciou seu discurso fazendo um pedido de desculpas pelos transtornos com as obras do estádio, dizendo que elas estão na reta final e cumprindo a promessa de ter uma estrutura própria para a recepção dos jogos. “Nós precisamos do apoio, compreensão e confiança dos curitibanos que acompanham nossa luta, nosso desgaste. O que vai contar no final é a obra feita, esta maravilha que está ficando”, afirma. Sobre o evento-teste, ele afirma que acontecerá no dia 13 ou 14 de maio, e ainda não se sabe o adversário. Também não foi estabelecida a data e nem o adversário do segundo evento. “O grande desafio é que esteja tudo 100% após a realização do primeiro evento, que vai testar a real situação da Arena”, esclarece.

zer um questionamento tão desnecessário aqui dentro”. Reprovação Um levantamento feito pela Paraná Pesquisas, a pedido da Gazeta do Povo, indicou que apenas 38,7% dos curitibanos apoiam a realização da Copa do Mundo de 2014 na cidade. É o pior índice das quatro sondagens realizadas pelo instituto, ao longo dos três últimos anos. Sobre esta pesquisa, o Presidente do Atlético contestou a veracidade das informações, dizendo que “não acredita em pesquisa tendenciosa”.

Coletiva contou com a presença de Petraglia, Aldo Rebelo e Jérôme Valcke > Foto: Kawane Martynowicz

O Ministro Aldo Rebelo falou que seu esforço para pôr de pé o projeto da Arena está sendo satisfatório, e que confia na capacidade do Atlético. “Eu tenho uma visão otimista, crítica e consciente. Sei dos problemas, mas também do lado bom, refletidos nos mais de 3 milhões de empregos que estão surgindo aqui no Paraná. Estamos correndo contra o tempo, e é essa a importância de estarmos aqui hoje falando sobre prazos e metas”.

“Sei dos problemas, mas também sei do lado bom.”

A palavra mais aguardada da ocasião foi a do dirigente francês Jérôme Valcke. Ele falou sobre a conclusão da obra, que ainda precisa de 27 mil assentos, tempo para o gramado se fortalecer, instalações para a iluminação e nas entradas e acessos de todo o estádio. “Meu papel é proteger a FIFA. O prazo que prometemos era o final de 2013, mas as verbas e o financeiro acabaram dificultando o processo de conclusão. Não se pode assistir um jogo de pé, e é por isso que a prioridade são os assen-

Rebelo afirma que o descontentamento da população com a Copa é porque elas estão preocupadas somente com a referência negativa que a cidade vai ter. “Nós somos referência em vários âmbitos, seja na sustentabilidade, no turismo, na gastronomia. As obras da Arena tiveram um dos orçamentos mais baixos, soubemos aproveitar e valorizar os materiais que dispuseram para ela”, rebate a pesquisa.

tos, assim como as estruturas onde os jogadores vão atuar”. Ele afirma que os setores das partes inferiores são menos importantes. “O principal para a realização do evento estará pronto no dia 13 de maio. As áreas onde eu vou atuar, por exemplo, podem não ficar prontas, não somos a prioridade. Repito: são os jogadores e os espectadores”, ressalta. Mario Celso Cunha afirma que essa Ao ser questionado sobre uma acu- insatisfação não pode ser levada a sésação feita pelo Estadão de estar re- rio. “Se a população está descontente, cebendo salário da FIFA mesmo sem como explicar a venda de 42 mil inestar no cargo, o Secretário Geral gressos e Curitiba em terceiro lugar no criticou a pergunta, chamando-a de ranking de vendas?”, conclui. boba e desnecessária, e disse que é preciso verificar as informações antes de divulgá-las. Petraglia também se irritou com a suposta acusação. “Peço desculpas ao Valcke por isso que acabamos de ouvir. Este tipo de pergunta cria um clima de destrutividade na coletiva. A imprensa deveria ter vergonha de fa- Obras na Arena estão previstas para o dia > Foto: Kawane Martynowicz


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MODA

O sonho de Icarius Estilista curitibano não sonhou voar de verdade, como seu quase xará Icaro; mas não deixa de voar bem alto no mundo da moda Nicole Gulin

Curitibano e graduado na Escola de Belas Artes Santa Marcelina, em São Paulo, com uma carreira de 15 anos no exterior, Icarius de Menezes é ratificado na Itália, vive atualmente em Milão e é um daqueles personagens brasileiros que todos precisam conhecer. Na faculdade, os projetos de Icarius já chamavam a atenção, até mesmo da imprensa. Por abordar temáticas polêmicas como o câncer, a cirurgia plástica e as reflexões de uma decadência social e política no Brasil, o estilista cresceu e dois anos após a faculdade colocava os pés em Paris, na França. Apresentou suas coleções prêt-à -porter no Carrousel du Louvre Paris, entre os anos de 2000 e 2002. Esses trabalhos, não foram divulgados no Brasil por opção própria de Icarius. As quatro coleções criadas pelo estilista entre os dois anos foram de grande sucesso e tinham objetivo comercial. Essas coleções valorizavam o corpo femenino, o corpo huamano em todas as suas formas, mistura estampas experimentais

e um estilo delicado. O estilo foi muito elogiado e em pouco tempo estava em lojas de luxo como Barney’s, Neiwman Marcus, Maria Luisa, Joseph, Selfridges, Joyce e Daslu. “Não acreditava que aquilo estava acontecendo, a moda no Brasil não estava em evidencia, representar o país era a realização de um sonho.”, disse o estilista. Como diretor de criação, relançou a Lancetti, com um toque fresco limpo e sofisticado, chamando novamente a atenção da imprensa e principalmente de compradores. Não se importava de não trabalhar em seus próprios projetos. O ego sempre o motivou, queria ver as coisas acontecerem.

Icarius na Diesel Durante cinco anos Icarius trabalhou como diretor criativo na Diesel, experiência que lhe proporcionou um grande aprendizado, descobrindo a visão de um direção criativa de verdade. Tudo acontecia no mesmo lugar, a Diesel era uma “mini cidade”, segundo ele. Existiam regras e precisava deixar o seu próprio estilo de lado para acatar o estilo da empresa, para conseguir promover a marca como luxo. O diferencial da Diesel, conforme o estilista, era acreditar nos jovens, um trabalho feito time. “ Eu liderava, mas tinha todo um time” conta Icarius. No Brasil houve uma estratégia de luxo, já na Europa e nos Estados Unidos era uma marca de jeans. Existiam projetos para diferentes mercados. O estilista saiu da Diesel porque precisava voltar para “Milão fazer suas histórias”, mas, mesmo de longe, continuou ajudando por meio de seu escritório.

Icarius fala com os alunos de design de moda da UP > Foto: Nicole Gulin

Palestra do estilista Icarius de Menezes na Universidade Positivo > Foto: Nicole Gulin

Uma forma de vivenciar o mundo da Moda O estilista Icarius de Menezes abre portas, praticamente blindadas, do mundo da moda para estudantes Icarius de Menezes esteve na Universidade Positivo nesta terça-feira (13) para uma palestra com os estudantes de Design de Moda, para falar um pouco da sua carreira e também apresentar o projeto “The Fashion Traveller”. Chamado de evento, pelo estilista, e não de projeto, o “The Fashion Traveller” tem como objetivo mostrar para os estudantes o luxo da história da moda com todo glamour de vivenciar esses espaços do “Made in Italy”. Viver o que acontece no mundo da moda, é o foco principal da viagem. Os participantes em três semanas irão descobrir quais são as emoções vividas nesse mundo diariamente. O ambiente será luxuoso, e também será uma possibilidade de abrir portas e acelerar um processo que poderia levar muito tempo para acontecer. “Moda é uma coisa que não pode ser gratuita. Tem as portas blindadas e é muito difícil.”, disse o

estilista. Existirá um contato direto com alguns estilistas, modelos, empresários, managers, jornalistas e protagonistas da indústria da moda italiana e mundial. Durante três semanas, doze estudantes, não necessariamente moda, vão visitar os lugares e conhecer pessoas que influenciam diretamente na moda italiana, consequentemente também na difusão dela pelo mundo. Quem não é estudante de moda, como, os jornalistas, terá a oportunidade de conhecer as assessorias de imprensa dos estilistas visitados, assim como quem faz arquitetura irá conhecer a cidade de Milão e suas riquezas. O projeto ainda conta com um curso de italiano no período da manhã. A viagem será feita pela agência Agatur (3016-3192), e quanto antes quem quiser participar deve entrar em contato. Mais informações sobre o evento você encontra no site http://www.thefashiontraveller.it/


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COLUNISTAS uma peça estética e também como um botão de emergência que é ativado em situações de perigo.

8Bits

Luiza Romagnoli

Selo Tony Stark de qualidade Quando eu penso em “tecnologia vestível”, acabo sempre me lembrando do Homem de Ferro ou do Google Glass. Porque é o que eu tinha (até agora) de bagagem cultural sobre o assunto. Mas ontem eu descobri uma lista de “tecnologias vestíveis” que vão além do Google Glass e podem estar cada vez mais perto de se equiparar com os gadgets do Tio Tony (ou não, porque ele é o cara). Mas vale lembrar que todos os itens da lista ainda não estão à venda, são apenas protótipos, preços foram cogitados e só vai servir para IOS – blé.

THE DASH – Se parecem com dois botõezinhos, mas na verdade são fones de ouvido sem fio. O The Dash Headphone pode reproduzir músicas, medir temperatura do corpo, calcular batimentos cardíacos e calorias queimadas durante atividades físicas, plus é a prova d’água. Ou seja, você pode usar onde e quando quiser. CUFF – São joias e acessórios (sim, você leu certo), equipados com um sensor de localização por GPS. Esse é o conceito do Cuff, que pode ser usado como

RING – O nome é minimalista: anel. O design é minimalista: é um anel. Mas as funções possibilitadas pelo Ring são bem mais do que isso, e até ouso dizer que vai ser um gadget bem legal (pra quem puder ostentar, óbvio). Com a utilização de gestos do dedo (onde está o anel, duh), as pessoas podem controlar eletrodomésticos, computadores, comprar, escrever mensagens e outras coisas divertidas. SMART DIAPERS – Ainda em desenvolvimento, o sistema de fraldas inteligentes promete fazer com que os pais e as mães saibam mais detalhes sobre a saúde fisiológica do seu bebê calculada pelo xixi ou cocô. Junto com o App, são feitas medições constantes para saber como estão os rins, o estômago e o intestino das crianças. As fraldas também podem alertar quando os bebês estiverem com qualquer problema. Mamães e papais de primeira viagem

agradecem. LENTES DE CONTATO GOOGLE – A empresa de Mountain View tem projetos de criar lentes de contato. Trata-se de lentes monitoras de açúcar, criadas exclusivamente para pessoas com diabetes (pra quem não sabe, diabéticos tem risco de ficarem cegos se a doença permanecer sem tratamento inicial). Quando essas pessoas estiverem com altos níveis de açúcar no sangue, alertas são enviados para que o usuário saiba que deve controlar a ingestão. Acho muito válido essa ideia. Mas aposto que só a “elite diabética” vai poder ostentar um gadget desse. Num futuro próximo, essas “tecnologias vestíveis” devem ser apenas uma pequena parcela de tudo o que vai estar no mercado internacional. E eu ainda anseio pelo dia em que a armadura do Homem de Ferro – dos filmes, vire realidade. Não está nessa lista bacaninha, mas com certeza é mais legal que todos os itens juntos. Mas eu poderia viver apenas com o J.A.R.V.I.S.

Fora de campo As perdas são os destaques nesse início de Brasileirão, a perda do bom futebol (aquele decidido em campo, em que o melhor vence), de igualdade, de credibilidade e a perda do melhor narrador de televisão, Luciano do Valle. único que ainda conseguia levar emoção a cada gol, independente do time, que conseguia deixar animado até o jogo mais morno e sem graça, aquele que eternizou lances e momentos mágicos, no estadual, no brasileirão e no mundial, que deixou eu e mais um bando de loucos em extremo estado de êxtase. Com toda certeza ele fará falta, mas nem tudo se perdeu, todo seu legado está gravado, em vídeo, fotos, áudios e na memória de todos que puderam apreciar seu trabalho. O campeonato brasileiro começa com uma grande perda e com a sombra da edição do Brasileirão do ano passado, os jogos não são mais decididos dentro de campo, a classificação não decide quem permanece na primeira divi-

são da competição, e sim a influência e camisa dos participantes. Com o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) os jogos nem sempre terminam com o apito final do árbitro da partida, só se tem fim em uma audiência, que beneficia “por acaso” um clube “grande”. E a caça às bruxas da CBF foi longa, o trabalho ardo dos advogados da entidade foi recompensado com nenhuma derrota, todas liminares que iam contra os interesses da CFB foram derrubadas com uma ajudinha de Paulo Schmitt procurador-geral do STJD. A tabela do campeonato não vai ser modificada, a Portuguesa, Icasa, Fluminense e Figueirense permaneceram nas divisões que realizaram a primeira partida. No caso da Portuguesa, ela pode até se complicar mais, pois uma liminar impedia que o time continuasse a partida, e assim o time jogou apenas 15 minutos, a CBF em nota

Minuto Final

Cleberton Mendes

declarou que por conta desse fato, a Portuguesa pode até ser eliminada do campeonato (série B), mesmo obedecendo uma ordem judicial. O futebol por ser um negócio muito lucrativo, tem interesses que vão além do esporte, por isso às vezes não é justo, e assim o histórico de falta de ética se repete por décadas no Brasil.

continuar dormindo. Voltando a realidade atual, a qualidade técnica ainda é um problema, mesmo o campeonato nacional contando com times melhores (pelo menos na teoria) que os presentes nos estaduais, os jogos não empolgam, não consegui acompanhar o jogo entre os dois últimos campeões da libertadores.

O pior de tudo é ser viciado nessa droga, que manipula toda uma sociedade. Sou obrigado pelo meu inconsciente a continuar acompanhando e acreditando, vai que um dia o mundo fique de ponta-cabeça, e tudo se acerte, a base de tudo é o sonho, mas não podemos

Com a parada de 30 dias para realização da Copa do Mundo, tem um ponto positivo para os times, uma nova prétemporada pode ser realizada. E quem sabe depois do Mundial, as coisas comecem a ficar mais claras, e legados desnecessários não sejam repetidos.


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ACONTECEU NESTE DIA

Descoberto o vírus da AIDS, nos Estados Unidos A AIDS foi observada clinicamente pela primeira vez em 1981, nos Estados Unidos. A pesquisa genética indica que o HIV surgiu no centro-oeste da África durante o início do século XX. A AIDS foi reconhecida pela primeira vez em 1981, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, e a sua causa — o HIV — foi identificada na primeira metade da década. Desde a sua descoberta, a AIDS causou a morte de aproximadamente 30 milhões

de pessoas (até 2009). Em 2010, cerca de 34 milhões de pessoas eram portadoras do vírus no mundo. A AIDS é considerada uma pandemia, um surto de doença que está presente em uma grande área e que está se espalhando ativamente. Os infectados apresentavam sintomas de pneumonia pelo fungo (PCP), uma infecção oportunista incomum até então, conhecida por ocorrer em pessoas com o sistema imunológico muito debilitado.

A faixa vermelha simboliza a luta contra o vírus da AIDS > Foto: Sham Hardy

#PARTIU Música Grupo Molungo Data: 25 e 26 de abril, às 20h30 Local: Teatro do Paiol – Praça Guido Viaro s/n – Prado Velho Ingressos: R$ 20 e R$ 10 Bate-papo com Siba e Molungo no dia 26 de abril (sábado), após o show. Apresentações do Coro da Camerata Antiqua de Curitiba Data: dia 25 de abril, às 20h, com palestra de Flávio Stein às 19h15 Local: Congregação Evangélica Luterana São João (Rua Raggi Izar, 528 – Vila Hauer). Ingressos: entrada franca Data: dia 26 de abril, às 18h30, com palestra de Flávio Stein às 17h45 Local: Capela Santa Maria Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro). Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Pagamento somente em dinheiro.

Em Cartaz Copa de Elite Comédia > 99min > 14 anos Divergente Aventura > 139min > livre Capitão América 2: O Soldado Invernal Aventura > 136min > 12 anos Noé Drama > 138min > 14 anos

Grupo Molungo recebe Siba no Teatro do Paiol O integrantes do grupo Molungo convidaram o cantor, compositor e instrumentista recifense Siba para duas apresentações em Curitiba Levando-se em conta os pontos em comum entre Siba e Molungo, o encontro era inevitável. Tanto o músico pernambucano quanto o grupo paranaense utilizam-se de ritmos populares como base para suas composições. Cada um a seu modo, não fazem questão de economizar poesia para falar sobre sentimentos individuais, o Brasil com suas festas, manifestações populares e fazer críticas sociais. O esmero nas letras, além da intensa pesquisa rítmica, é outro elemento que os aproxima. Enquanto Siba lançou, em 2012, o álbum “Avante”, buscando uma nova sonoridade com o instrumento elétrico, o Molungo vive um novo momento ao preparar-se para lançar seu novo disco “Mais Agreste”, utilizando também as cordas amplificadas para obter uma sonoridade mais densa. O encontro, além de misturar vivências e referências, apresentará novidades do próximo disco do grupo, previsto para o segundo semestre deste ano, juntamente com algumas canções do primeiro CD. O show trará também algumas das com-

Grupo Molungo > Foto: Divulgação

posições de Siba, músico ao qual o público curitibano vem prestando atenção há vários anos. O grupo Molungo nasceu em 2008, em Curitiba, a partir do interesse comum dos músicos pela cultura popular brasileira. A pesquisa rítmica atrelada às vivências individuais de cada um deu origem a uma sonoridade única, na qual percussões, violão e guitarra dialogam de forma harmônica com as poesias das letras.


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