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Ano XV > Edição 881 > Curitiba, 30 de abril de 2014
Foto: Isabela Nishijima ( James Cwb)
Lei aprova contador eletrônico em casas noturnas Projeto idealizado pelo vereador Jairo Marcelino foi aprovado ontem em primeira instância, na Câmara dos Vereadores; o objetivo é conp.3 trolar com mais rigor a superlotação de casas noturnas EDITORIAL “Somos todos macacos, até o cabelo black power da moça negra ser um “cabelo de vassoura de bruxa”” p. 2
OPINIÃO
Obras de reparação na Estrada da Graciosa devem durar dois meses
Interditada há quase 43 dias, estrada que liga Curitiba ao litoral do estado sofreu com os temporais de março. Reparos são realizados pelo DER-PR p. 4
“O senso de liberdade e o orgulho brasileiros precisavam de um mártir para carregar tal bandeira.” p. 2
#PARTIU Cantor Daniel traz a história de sua carreira para Teatro Positivo, em apresentação única p. 6
COLUNISTAS Cleberton Mendes “Como é gostoso assistir um jogo no qual se tem mais que raça e vontade, no qual se tem qualidade. Assim foi a final antecipada da Liga dos p. 5 Campeões da UEFA.” Luiza Romagnoli “A ideia é tão legal quanto utensílios de cozinha coloridos feitos de silicone, mas ainda prefiro ter meu Nokia Lumia 520, que funciona sem “frufruzisses”. Mesmo que eu não cozinhe.” p. 5
LONA > Edição 881 > Curitiba, 30 de abril de 2014
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EDITORIAL
#Somostodosmacacos ou será que não? Jogaram uma banana no estádio para Daniel Alves, que comeu a fruta e continuou a jogar seu bom futebol. A situação chamou a atenção nas redes sociais surgiu a campanha “Somos Todos Macacos”, lançada pelo também jogador Neymar. Com repleto desconhecimento histórico e cultural desse processo de luta do movimento negro contra o racismo, a campanha acabou viralizando e muitas pessoas, incluindo celebridades, começaram a participar. Pessoas, estas, normalmente brancas, tirando fotos do alto dos seus privilégios sociais, dizendo que são todos macacos. A discussão começa exatamente nesse ponto: é fácil fazer uma declaração assim sem saber que esse rótulo é algo com que as pessoas negras precisam lidar a vida toda. Os que aderiram à campanha realmente se preocupam com esse sofrimento ou estão ali por mera e rasa aparição? Existem diversos outros casos, como quando o Ronaldo foi visto com uma transexual: choveram comentários contra o jogador pois ele saiu com uma mulher transexual; nesse caso houve campanha contra a transfobia? Ou quando o jogador Richarlyson, que foi (e ainda é) chamado de homossexual, sofrendo diversas humilhações por essas declarações; houve campanha contra a homofobia?
OPINIÃO
O que compõe um ídolo? Luiz Kozak
Há vinte anos, no dia 1º de maio, o automobilismo brasileiro perdia um dos seus grandes nomes – Ayrton Senna. Alguns discordarão: “Ele não foi apenas um dos melhores, mas sim o melhor de todos os tempos”. Os menos aficionados pelo esporte e não adeptos do culto ao piloto estranharão ao saber que Senna conquistara, sim, três títulos mundiais (1988, 1990, 1991), mas não foi o maior vencedor da história da Fórmula 1. Então, por que tal afirmação ainda é repetida a exaustão por alguns? O contexto histórico no qual o Brasil vivia nos ajuda a responder. O jovem piloto paulistano iniciara sua carreira em 1984. Dois anos antes, na Copa de 1982, o time de Telê Santana fracassara na Espanha e deixara a Seleção mais uma vez sem um título mundial
(conquistado somente em 1994, compondo um jejum de vinte e quatro anos). Portanto, o futebol no país não colheria bons frutos durante toda a década de 1980. E o momento não era nada oportuno para o fracasso de nossos ídolos nacionais: em 1985 a ditadura era derrubada, o senso de liberdade e o orgulho brasileiros precisavam de um mártir para carregar tal bandeira. Quem exerceria o papel? A geração de prata do vôlei nas Olimpíadas de Moscou poderia ter tomado para si tal responsabilidade, mas o esporte ainda carecia de recursos e era pouco conhecido no país. Outro candidato seria Nelson Piquet, bicampeão quando Senna apenas engatinhava na F1. Ele jamais seria o homem certo para o cargo: era debochado, não gostava de entrevistas e não fazia média com a imprensa – a qual
não media esforços para exaltar a figura de Ayrton em detrimento de Nelson. Senna era o escolhido. Garoto educado, nascido na mais importante cidade do país, declaradamente católico, amigo íntimo de Galvão Bueno e pioneiro ao ter ao seu lado uma Assessoria de Imprensa. Sua trágica morte na curva Tamburello em 1994 só aumentou a idolatria, transformando seu sobrenome em sinônimo de amor à pátria e fazendo esquecer muitas de suas ações desleais dentro da pista. Perguntem ao Prost... Ayrton Senna da Silva não carregava o país dentro de seu carro branco e vermelho da Mclaren, não dedicava cada vitória aos brasileiros e brasileiras que acordavam cedo para assistí-lo todo domingo, tampouco era gentil com os fãs. Era um excepcional piloto, mas nada além disso.
Para lutar contra o racismo é preciso que rever privilégios, rever posições sociais, rever julgamentos e, finalmente, rever que uma campanha só é efetivamente contra o racismo ou outro tipo de preconceito, quando não o reafirma ainda mais na sociedade. Somos todos macacos, até o cabelo black power de uma moça negra ser considerado um “cabelo de vassoura de bruxa” por um apresentador de um programa em seu horário nobre. Somos todos macacos, mas que atitudes efetivas essas pessoas têm nos outros 364 dias do ano para que os negros tenham as mesmas oportunidades que os brancos? Lutar contra o preconceito de maneira preconceituosa, com certeza, não é uma delas.
Charge: Thayná de Almeida Jorge
Expediente Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto
Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira
Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Carolina Justi, Kawane Martynowicz e Luiza Romagnoli Editorial Priscilla Fontes
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NOTÍCIAS DO DIA
Lei pode impor uso de contador eletrônico em casas noturnas Millena Müller
perigo e de como elas devem agir em uma situação de emergência por incêndio ou pânico”, finaliza o Major.
Projeto do vereador Jairo Marcelino, votado e aceito em primeira instância ontem, visa evitar possíveis acidentes devido à superlotação de casas noturnas na capital paranaense A câmara de vereadores aprovou ontem o projeto de lei do vereador Jairo Marcelino. O objetivo é regulamentar a emissão de alvará para funcionamento de estabelecimentos de diversão, como casas noturnas, e inclui um contador eletrônico para não superar a quantidade máxima de pessoas no ambiente, evitando acidentes como em Santa Maria (RS). O projeto teve início em novembro do ano passado, mas foi adiado para o dia 29 deste mês. O principal argumento para a lei é a prevenção de eventos como o ocorrido que resultou na morte de 242 jovens em um incêndio na Boate Kiss. O contador eletrônico já era utilizado em alguns lugares, porém, em Curitiba, era opcional. “Ele por si só não resolve o problema, depende de outras medidas de segurança. É fundamental sistema de incêndio com extintores e hidrantes; controle de material de acabamento e revestimento; sinalização de emergência”, afirma o Major Baranoski, responsável pela segurança contra incêndio e pânico. A Lei ainda vai para segunda votação hoje e por isso ainda não foi divulgada, mas os donos dos estabelecimentos já estão informados que o processo para aprovação estava em andamento. Em consideração a estes aspectos, a casa noturna James Bar não vê problemas em se adaptar a esta nova funcionalidade. “Não há problema algum em mostrar a quantidade de pessoas na casa, tudo depende dos parâmetros que foram colocados. Tudo que der mais informação para as pessoas é bom, mas é um item pequeno perto de outros fatores importantes como
Como agir em incêndios - Ao perceber indícios de incêndio (fumaça, cheiro de queimado, estalidos, etc.), aproxime-se a uma distância segura para ver o que está queimando e principalmente a extensão do fogo. - Dê o alarme através de algum meio disponível aos responsáveis pela administração do prédio, a seguranças e/ou telefone para o Corpo de Bombeiros através do telefone 193.
Diana Ribeiro, frequentatora de casas noturnas > Foto: Milena Müller
os extintores e a autorização do Corpo de Bombeiros”, destaca Claudio Yuge, assessor de imprensa da casa noturna. Outras casas noturnas escolheram não se pronunciar sobre o assunto. O principal foco dessa lei é proteger os frequentadores e priorizar a segurança. Para Diana Ribeiro, 24 anos, estudante, este fator é crucial e pode beneficiar muito as pessoas que estão no local. “Eu acho que essa lei realmente era necessária, porque quanto mais cuidado tiver, mas segurança e comodidade a gente tem na balada. Acho que esse é o caminho mais fácil, com o contador tanto o cliente que está fora pode ter certeza se quer entrar ou não, quanto a casa por ter o controle para evitar problemas futuros. Mas também devemos ficar atentos em relação aos números que forem colocados, este contador deve apresentar o número exato para não confundir os clientes.” Ainda não foi divulgado o prazo máximo para as casas se adaptarem à nova lei, mas o processo de divulgação está a caminho e o Corpo de Bombeiros fará em breve a vistoria para que a lei seja concluída. Devemos observar que o principal fator em caso de incêndio ainda é manter a calma e ficar atento às sinaliza-
Ainda não foi divulgado o prazo máximo para as casas se adaptarem à nova lei> Foto: Isabela Nishijima (James Cwb)
ções de segurança que as casas devem conter obrigatoriamente. Se o fogo for pequeno, deve ser apagado com extintores, mas se o fogo não puder ser contido, avise imediatamente ao Corpo de Bombeiros e saia do local. Evite correria e gritaria para não causar pânico a outras pessoas e jamais tire as suas roupas do corpo para tentar apagar o fogo. Jamais volte para apanhar algo, apenas depois que o fogo for apagado por alguém especializado. “O mais importante de todas as especificações é que a gente precisa mudar a cultura criada pela população contra incêndio. Não adianta ter tudo isso se as pessoas não se conscientizarem do
- Caso não saiba combater o fogo ou não consiga dominá-lo, saia imediatamente do local, fechando todas as portas e janelas atrás de sí, sem trancá-las, desligando a eletricidade e alertando os demais ocupantes do andar. - Não perca tempo tentando salvar objetos, sua vida é muito mais importante. - Mantenha-se vestido, pois a roupa protege o corpo contra o calor e a desidratação. - Procure chegar ao térreo usando sempre a escada, sem correr. Jamais use o elevador: a energia é normalmente cortada, e ele poderá ficar parado. Há chances de abrir no andar em chamas.
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GERAL
DER-PR inicia obras de reparo na Serra da Graciosa PR-410, estrada mais antiga que liga Curitiba ao Litoral do estado, permanece interditada desde os deslizamentos de 13 de março Camila França
Desde a última quarta-feira (23), equipes do Departamento de Estradas e Rodagem (DER-PR) trabalham na Estrada da Graciosa para liberar a via que está completamente interditada há quase 43 dias. A previsão da entrega inicial da obra é daqui dois meses. O período será suficiente para a estrada ser parcialmente revitalizada, o objetivo é atrair turistas que venham a Curitiba acompanhar os jogos da Copa. Os fortes temporais do mês de março interditaram 100 metros da estrada. No km 9, o estrago foi total: com o deslizamento, o trecho ficou completamente intransitável. E ainda há pontos que correm o risco de desabar. O trabalho é intenso para resolver a situação: 12 funcionários trabalham no local todos os dias. De acordo com o DER, as vigas já estão sendo construídas no local do desabamento e a sondagem do solo das cabeceiras que sustetaram a ponte também está sendo concluída. Para evitar atrasos, os operários estão trabalhando para liberar o mais rápido possível a passagem de veículos aos municípios da região, que são Morretes, Antonina, Paranaguá e praias do litoral. “A intenção é concluir dentro do prazo, estipulado para junho, caso não ocorra chuva forte e atrapalhe o processo”, afirma o superintendente do DER, Gilberto Loyola.
antes da copa a estrada seja liberada, acreditamos que nesse período as nossas vendas aumentarão”. Já nas cidades de Morretes e Antonina, que vivem inteiramente do turismo, a queda foi um pouco menor. Em alguns locais como o ponto comercial Floresta, que fabrica as tradicionais balas de bacana, os números alcançaram quase 40%. “Tivemos queda em nossas vendas. Os turistas que descem são poucos, mas acreditamos que logo o problema se resolva. Para que não sintamos tanto esses impactos procuramos investir nos feriados prolongados, que atraem um número significativo de turistas”. A Estrada da Graciosa está interditada há quase 43 dias > Foto: Camila França
par e de representantes do Instituto Ambiental do Paraná. A Graciosa, que depois de meados de 1873 ficou conhecida também como Rodovia-PR410, é um dos principais atrativos naturais do litoral do Paraná. Atualmente a via pertence ao governo do estado. Os paralelepípedos que ainda se mantêm no local, no passado, serviam de passagem aos tropeiros que desciam em direção ao litoral. O geólogo Francisco Souza conta que, no início dos anos 90, a Serra do Mar foi reconhecida pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, isso porque a região resguarda o trecho mais preservado da Mata Atlântica no Brasil.
“Baixamos a porta do nosso quiosque, por não ter clientes.”
Ainda com relação às informações repassadas pela assessoria do DER, a estrutura será feita em concreto por causa das condições do solo e da alteração da rocha. Com isso, o tráfego para os usuários ficará mais seguro e evitará que futuros desmoronamentos possam ocorrer no local. A medida atende as orientações de geólogos da Minero-
Quem estava acostumado a incluir o passeio na Graciosa às saídas do final de semana lamenta ao se deparar com a atual situação da via. “Venho com frequência passear de moto na região; ao menos uma vez por mês, faço esse
trajeto pela estrada da Graciosa. As expectativas são grandes para que logo a estrada seja liberada”, disse o técnico mecânico, Clei Colaço, que é morador de Curitiba.
O setor gastronômico também foi atingido. Restaurantes de Morretes registraram grandes quedas nas vendas, segundo o empresário Loureço Malucelli, sócio-proprietário do restaurante My house, localizado às margens do rio Nhundiaquara. “Inicialmente achávamos que esse impacto não seria tão grande. A cada final de semana o movimento está mais devagar. Diante dessa situação ficamos preocupados se a estrada ficará revitalizada até o período da copa, e se isso não acontecer, deixaremos de mostrar a nossa serra da Graciosa que é tão linda”.
Comércio Local O comércio da região foi o que mais sentiu os impactos da interdição da estrada. Os quiosques situados na descida da serra registraram queda de 100% nas vendas, já no primeiro final de semana após o incidente. Margaret Marcelino, comerciante, disse que os problemas na estrada influenciaram diretamente na lucratividade do comércio da família.” Vivemos da renda do turismo para todos os gastos que incluem as nossas necessidades. Com o desabamento, na primeira semana, baixamos a porta do nosso quiosque, por não ter para quem vender. Esperamos que Muitos pontos da estrada ainda correm risco de desabamento > Foto: Camila França
Curitiba, 30 de abril de 2014 > Edição 881 > LONA
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COLUNISTAS
Minuto Final
Cleberton Mendes
Nem tudo são flores Na semana em que assisti a um dos melhores jogos do ano, Bayern e Real Madrid (pela Liga dos Campeões da Europa), deparo-me com um ato de racismo na Espanha, e uma segunda rodado do campeonato brasileiro morna, apesar de contar com vários clássicos (Corinthians x Flamengo, São Paulo x Cruzeiro, Palmeiras x Fluminense). Um domingo que tinha tudo para ser empolgante. Como é gostoso assistir um jogo no qual se tem mais que raça e vontade,
no qual se tem qualidade. Assim foi a final antecipada da Liga dos Campeões da UEFA, Ronaldo x Robben, Casillas x Neuer, Real Madrid x Bayern (uma partida que lembra narrações de rádio, um jogo muito equilibrado, em que cada lance parecia que iria sair um gol). Como seria bom assistir a jogos no Brasil com 50% dessa qualidade. Uma rodada no qual 8 jogos terminaram empatados, promessa de campeonato equilibrado. Ironicamente, apenas o Fluminense ganhou as duas
primeiras partidas e lidera isolado, diferente do ano anterior, em que o time tricolor carioca foi rebaixado em campo, e salvo nos tribunais. Ainda no Rio, o Botafogo conquistou um ponto com um empate sofrido contra o Inter de Porto Alegre que vencia por 2x0 e aliviou, facilitando para o carioca. Tudo indica um ano difícil para o Botafogo ao lado do trio de Santa Catarina que provavelmente acabarão disputando a parte inferior da tabela. No maior clássico da rodada, Corinthians x Flamengo, o jogo contou com um tempero especial: a despedida (um “até logo”) do Estádio do Pacaembu. No clássico, a retranca do time carioca prevaleceu, mas, com toque de bola e paciência, o Timão conseguiu um bom resultado, sendo o único paulista a vencer na rodada (Santos e São Paulo não saíram do empate, e com muita dificuldade, porque o time do Cruzeiro foi muito superior ao tricolor paulista). Atlético-MG, Grêmio e Cruzeiro são os destaques do Brasil. Mesmo com a
pequena crise do Atlético Mineiro, que despediu o técnico e não está com o elenco 100%, os times de minas, ambos na Libertadores, conseguem conciliar bem os primeiros jogos, somando pontos com uma boa regularidade. Voltando para a Europa um, ato lamentável se repetiu: o racismo. A vítima da vez foi Dani Alves, lateral do Barcelona e da Seleção Brasileira, que reagiu de forma inesperada e positiva ao ser hostilizado com uma banana arremessada no campo (conduta várias vezes repetida em estádios no decorrer dos anos), o lateral teve uma atitude diferente de outros jogadores (que geralmente ficam chateados e acabam, às vezes, abandonando a partida). Dani fez diferente, não deixou essa estupidez atingi-lo, deu um tapa na cara do preconceito: comeu a banana, e recebeu apoio de vários jogadores, atores, amigos e fãs por meio de redes sociais. Esses atos pejorativos são práticas comuns nas competições europeias, uma vez que nem times, nem torcedores não são devidamente punidos.
Botões frufrus Nós seres humanos adoramos tudo que nos facilita a vida, e estamos sempre aprimorando conhecimento para que ela fique cada vez mais fácil e rápida. Tipo a roda. Nós não seriamos nada sem a roda hoje. Nem sem o fogão, a geladeira, o micro-ondas, o celular, o computador, os tablets, as TV’s, etc... Mas estamos aqui para falar sobre coisinhas inúteis que a gente adora. Então vamos ao que interessa: Todos sabemos que a maioria dos dispositivos Android não tem um botão físico de “home” como o iPhone ou iPad. E enquanto isso diminui uma parte dos custos de fabricação, e é uma coisa a menos a se quebrar, para algumas pessoas, pode ser interessante ter um botão que dê um retorno tátil. Então essas pessoas criativas criaram o Dimple, que são 4 botões adesivos que oferecem não apenas a opção de ir para a sua home, mas também quatro funções diferentes, que podem ser customizáveis.
Algo bem legal sobre o produto, é que ele não requer que o sistema seja burlado ou hackeado, nem modificações permanentes no seu qualquer-coisa Android serão necessárias. Mas o mais sensacional, é que o Dimple funciona com tecnologia NFC (Near Field Communication, em inglês). Ou seja, não é preciso Bluethooth, WiFi e nem mesmo alimentação de energia separada. O NFC limita o campo de atuação de frequências para uma distância de até 10 centímetros, e as próprias frequências do celular ou qualquer-coisa Android, alimentam o gadget. Além disso, é necessário estar bastante próximo ao objeto para que haja a troca de dados o que a torna bastante segura. A instalação dos botões também é muito simples: consiste em simplesmente colá-los no seu smartphone (ou no seu qualquer-coisa Android). Cada um dos quatro botões tem sua própria identificação NFC para que o aplicativo que acompanha o Dimple e o sistema
8Bits
Luiza Romagnoli
operacional possa localizá-los separadamente quando pressionados. Por exemplo, no botão 1 você pode acessar diretamente o Facebook, no botão 2 o Menu, no 3 as chamadasm, e no botão 4 o WhatsApp. Porém, enquanto o acessório é simples e pode ser usado em qualquer aparelho com NFC, smartphones revestidos de metal, como o HTC One da Sony, infelizmente não respondem a ele. O Dimple ainda não está disponível para a venda - ainda. Mas em 6 de maio os responsáveis pelo gadget vão iniciar uma campanha no Indiegogo para conseguir fundos para realizar a
produção do sistema. Quem doar pelo menos US$ 27 vai poder receber o dispositivo NFC já nos primeiros lotes de produção comercial, e o Dimple pode estar no mercado ainda em agosto deste ano. Mas e depois? Teremos que vender quantos rins para adquirir um dispositivo da grossura de 5 fios de cabelo? A ideia é tão legal quanto utensílios de cozinha coloridos feitos de silicone (sério, acho um máximo e são mais úteis), mas ainda prefiro ter meu Nokia Lumia 520, que funciona sem “frufruzisses” e ter um kit colorido de utensílios de cozinha. Mesmo que eu não cozinhe.
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ACONTECEU NESTE DIA
Fim da Guerra do Vietnã Em 30 de abril de 1975, ocorreu o fim da Guerra do Vietnã com a ocupação de Saigon pelos Vietcong e pelo exército norte-vietnamita. A Guerra do Vietnã foi um conflito armado ocorrido no Sudeste Asiático. Em 1965, os Estados Unidos enviaram tropas para sustentar o governo do Vietnã do Sul, que se mostrava incapaz de debelar o movimento insurgente de nacionalistas e comunistas, que haviam se juntado no movimento Frente Nacional para a Libertação do Vietname (FNL).
Mas, apesar de seu imenso poder militar e econômico, os norte-americanos falharam em seus objetivos, sendo obrigados a se retirarem do país em 1973. Dois anos depois o Vietnã foi reunificado, tornando-se oficialmente, em 1976, a República Socialista do Vietnã. Na guerra, aproximadamente quatro milhões de vietnamitas, de ambos os lados, morreram. Cerca de 58 mil soldados dos Estados Unidos também foram mortos em combate.
Exéricito Vietcong > Arquivo Wikimedia Commons
#PARTIU Happy Hour Sláinte Irish Pub Al. Presidente Tauney, 435, Batel > Fone: 3026.8701 Happy Hour: 18h às 21h Mix Indie Mix Data: 30 de abril (quarta) Horário: 00h às 03h The Englishmen Data: 01 de maio (quinta) Horário: 00h às 03h Confine Data: 02 de maio (sexta) Horário: 00h às 03h Foo Fighters (cover band) Data: 03 de maio (sábado) Horário: 00h às 03h Entrada: até as 21h – free depois das 21h – masc. R$24 fem. R$20 depois das 00h – masc. R$29 fem. R$24
Show Daniel Data: 03 de maio (sábado) > Horário: 21h15 Duração: 1h30 > Local: Teatro Positivo Ingressos: Plateias Centrais > de R$106 à r$606 Plateiais Laterais > de R$81 à R$506 Vendas via DiskIngressos, Shopping Muller, Shopping Estação, Shopping Palladium, Bilheteria Teatro Positivo
A história do cantor passa agora no Teatro Positivo Além de um Grammy Latino, e sua carreira movimentada, Daniel vem à Curitiba para show no Teatro Positivo A história da carreira do cantor vem desde o século passado, quando lançou seu primeiro CD, em 1968, “Daniel”. Em 2009, gravou o remake do filme O Menino da Porteira ao lado de Vanessa Giacomo, filme que levou mais de meio milhão de pessoas ao cinema. Com a trilha sonora do filme, Daniel recebeu o Grammy Latino. Foi também o responsável pela restauração e reforma do Cine São José, da sua cidade natal, Brotas. Além da novela, o cantor participou do especial do Roberto Carlos, cantando as canções “Quando quero falar com Deus” e “Estou Apaixonado”. Em 2010, Daniel desfez sua parceria com Hamilton Régis Policastro. O cantor assinou pela gravadora Som Livre e lançou o trabalho Raízes e a canção “Tenho que Sonhar”. No segundo semestre de 2010 o cantor Daniel emplacou a canção Disparada na trilha sonora da novela Araguaia da Rede Globo de Televisão, inclusive cantando a canção em um dos capítulos da trama, no início de 2011. No final de 2010, o cantor Daniel
O cantor Daniel > Foto: Divulgação
organizou seu primeiro Cruzeiro, entre os dias 16 e 19 de dezembro, sendo sucesso absoluto de vendas e crítica. Em setembro de 2011, Daniel lança o seu novo CD, gravado pela Sony Music, “Pra ser Feliz”. Em 2012, passa a ser jurado do The Voice Brasil, junto de Claudia Leitte, Carlinhos Brown e Lulu Santos. Em 2013, a convite do diretor musical Mariozinho Rocha, gravou o tema de abertura da novela Amor à Vida. A canção, Maravida, é de autoria de Gonzaguinha.