Lona 887

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O único jornal-laboratório diário do Brasil

lona.redeteia.com

Ano XV > Edição 887 > Curitiba, 12 de maio de 2014

Foto: Karinne Lourenço

Dilma assina contratação do metrô de Curitiba Presidente da República compareceu à capital paranaense para lançar edital do metrô da cidade; aberta a consulta pública, obras devem p.3 ter início no segundo semestre de 2014 EDITORIAL “Que o bom senso impere e que cada profissional possa exercer seu trabalho sem barreiras.” p. 2

OPINIÃO

Transexualidade ainda é vista clinicamente como doença

Apesar do conceito médico permanecer o mesmo, inúmeros projetos e medidas visam mudar o panorama atual dos transexuais brasileiros p. 4

Ninguém é humilde o suficiente para aceitar que o outro seja melhor. Nossa chegada aqui já foi uma disputa.” p. 2

#PARTIU Exposição visa mostrar que a natureza é orgânica até mesmo em sua matéria bruta p. 6

COLUNISTAS Igor Castro “Semana passada aconteceu o Draft da NFL, que nada mais é que o recrutamento de jogadores universitário. O evento começou na quinta-feira (08), p. 5 e terminou no sábado (10).” Jorge de Sousa “Quando um governo está em baixa, a população logo quer derrubar tudo e reconstruir do zero. Isso não é ruim. O problema é escolher o engenheiro dessa obra.” p. 5


LONA > Edição 887 > Curitiba, 12 de maio de 2014

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EDITORIAL

O presidente e o monstro

Desde o começo da sua gestão como presidente do Clube Atlético Paranaense, em 1995, Mario Celso Petraglia é a figura mais simbólica do time. Desde então, vem colecionando títulos e polêmicas: um Campeonato Brasileiro, uma final de Copa Libertadores da América, e um estádio de nível internacional que contrastam com denúncias de corrupção nas obras da Arena da Baixada, e incessantes conflitos com a imprensa paranaense. Este último fato é a razão de muitos dos veículos de mídia esportiva (locais e nacionais) terem uma severa antipatia pela equipe. Óbvio que não se pode colocar apenas os fatos negativos como carro-chefe da gestão Petraglia. Sua maneira ousada de comandar o Atlético-PR fez o time ultrapassar os limites do eixo Rio-São Paulo e tornar-se, junto com o Cruzeiro, um dos únicos dois times fora dos estados acima citados que venceram o Campeonato Brasileiro. Mas é preciso reconhecer que há momentos que prejudicam a imagem do clube. Como a coletiva de semanas atrás, na qual, em uma mesa com Jerome Valcke (Secretário Geral da FIFA) e Ronaldo (centroavante campeão mundial pelo Brasil), o presidente ofendeu os jornalistas paranaenses com palavras de baixo nível, e de forma injusta. Afinal, todas as matérias divulgadas sobre denúncias nas obras da Arena da Baixada foram comprovadas pelo Ministério Público. Isso, somado ao fato de que a imprensa é proibida de entrar nas dependências do clube e levar informações para a própria torcida rubro negra, chega-se à percepção de que certos fatos precisam mudar radicalmente na diretoria da agremiação. Por isso, que o bom senso impere e que cada profissional exerça seu trabalho. Que os jornalistas possam cobrir o clube sem barreiras (o que divulga a marca do Clube Atlético Paranaense em todo o Brasil); que haja liberdade para se criticar o que é bem feito, e o que não é também. Que apenas dentro de campo exista a fúria, e dentro dele se concentrem todos os esforços em vencer o seu adversário, não na imprensa, mas sim no time que enfrentar o rubro negro paranaense.

OPINIÃO

Do latim; “supervia” Bianca Ogliari

O último livro que li é de um escritor argentino, explica a soberba em forma de romance. Talvez a surpresa não fosse pelo autor ser jornalista, nem pelo personagem ser um jornalista de ficção completamente perfeito no seu trabalho; mas sim, pela forma como ele prova que a soberba está presente em todo e qualquer ser. Um detalhe que fundamenta isso, por exemplo, é que o autor é uma espécie de “eu invertido” em relação à sua “criatura”.

percebemos que absolutamente tudo é movido a tempo e competição. Você só vai ser escolhido o funcionário do mês se der duro, bem mais do que todos os seus colegas. E grande parte do seu tempo vai ser para o seu trabalho. Tempo é dinheiro. Errado, o tempo custa muito caro para quem não sabe ter. Benjamim Franklin que

me desculpe, mas, nem sempre foi assim. Algumas gerações atrás só faltava dinheiro. Todo mundo tinha tempo. Mais ou menos 170 anos depois, na década de 1920, o “tempo das máquinas” tomou conta do homem por inteiro, com a criação da linha de produção. A identidade não tem contornos precisos. E também espelhos in-

Referente à Argentina, vale lembrar que ela sempre quis ser um país europeu. E quiçá isso não tenha sido um erro. São 7 pecados capitais. São Tomás de Aquino dizia que a soberba é a forma básica do pecado. Nada mais é do que o desejo distorcido de grandeza. Ela é tão enraizada em nós, que só morre meia hora depois do dono. Ninguém é humilde o suficiente para aceitar que o outro seja melhor. Antes mesmo de estarmos vivos nesse mundo, a nossa chegada aqui já foi uma competição de quem é mais rápido. Vale lembrar, também, que humildade tem limite. A soberba de sempre levou a raça ariana a desencadear uma Guerra Mundial. Isso sem contar no regime do Apartheid, na África do Sul. Além dos colonizadores europeus; da parcela radical de árabes e judeus; da sociedade indiana. O nacionalismo xenófobo. Uma coisa leva a outra. E se piscarmos um pouco menos,

Expediente Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto

“Pride” > Ilustração: Florence Sophie Boyd

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Carolina Justi, Kawane Martynowicz e Luiza Romagnoli Editorial Da Redação


Curitiba, 12 de maio de 2014 > Edição 887 > LONA

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NOTÍCIAS DO DIA

Dilma Rousseff vem a Curitiba lançar edital de licitação do metrô Karinne Lourenço

der do Cabral até o Santa Cândida.

Presidente esteve presente em evento sobre mobilidade urbana em Curitiba, e participou da cerimônia de contratação do metrô e lançamento do edital da parceria público-privada da capital A presidente Dilma Rousseff esteve nesta sexta feira, dia 9, na cidade de Curitiba para assinar o documento de autorização do lançamento do edital de licitação das obras do metro na capital. A cerimônia aconteceu durante o evento Mobilidade Urbana, mais investimentos para Curitiba, e contou com a participação de Gustavo Fruet, atual prefeito da capital, a senadora Gleisi Hoffmann, o vice-governador Flávio Arns, entre outras autoridades. As obras do metrô em Curitiba serão fruto de uma parceria entre público e privado, e deverão custar R$ 4,56 bilhões, entre recursos do governo federal, estadual e da prefeitura. Além de assinar os documentos, Dilma anunciou a liberação de uma verba de 450 milhões para a obra de restauração do Contorno Sul de Curitiba

O processo de licitação do metro será gerenciado pela BM&F Bovespa, os consórcios interessados tem 45 dias para apresentar suas propostas. O grupo escolhido será responsável pela gestão do sistemas pelos próximos 35 dias. A preseidente da república aproveitou, ainda para elogiar o transporte coletivo de Curitiba, dando destaque ao pioneirismo da capital na instalação de linhas expressas, caneletas exclusivas para ônibus e estações tubos, “nós estamos querendo essa integração em todo o Brasil”, disse. O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, e a presidente, em cerimônia de assinatura do edital > Foto: Roberto Stuckert Filho

no PAC 2 (Programa de Aceleração de Crescimento), afirmando ser este um presente aos Curitibanos. Os principais assuntos abordados em seu discurso foram mobilidade urbana, ampliação da capacidade e velocidade das linhas de ônibus, remodelação da linha Inter 2 e, a conclusão da Linha Verde. O prefeito Gustavo Fruet também aproveito a ocasião para prestar esclarecimentos sobre esses mesmos itens.

Fábio Dória Scatolin, secretário de planejamento de Curitiba, anunciou antes da cerimônia que a primeira fase do metro ganhou mais uma estação, a parada Santa Regina, que fica entre os terminais do Pinheirinho e Capão Raso. As obras da primeira fase terão extensão de 17,6 quilômetros, entre o bairro CIC-Sul e o Terminal do Cabral. A segunda fase das obras ainda não tem previsão de início, mas deve se esten-

Logo após o fim da cerimônia, Dilma fez uma visita à Arena da Baixada, sedes da Copa do Mundo. Foi recebida pelo presidente do clube Mario Celso Petraglia e operários que finalizam as obras no local. A visita foi marcada por protesto contra a copa: do lado de fora da Arena, cerca de 30 manifestante tocavam cornetas e traziam faixas com a os dizeres “menos Copa e mais saúde”, o grupo não foi visto e nem ouvido pela presidente.

Cover de Rei do Pop tem final emocionante Luiza Romagnoli

Show contou com multidão > Foto: Luiza Romagnoli

No ultimo sábado, dia 10 de maio, aconteceu em Curitiba, no Teatro Positivo, o maior Tributo ao Rei do Pop da América Latina. Com Rodrigo Teaser no lugar do Rei Michael Jackson, o show contou com o repertório mais famoso do falecido astro pop. Hits clássicos como They Don’t Really Care About Us, I Just Can’t Stop Loving You, Beat it, Smooth Criminal, Thriller, Billy Jean, Black and White, I Want You Back, I’ll Be There (do Jackson Five), entreteram o público como se o próprio Michael estivesse no palco. O show foi uma realização da Prime Eventos e teve duas horas de muitos efeitos visuais e uma perfomance energética.

Além de contar com os clássicos do Rei, Teaser fez algo inesperado e fora do repertório. No meio do show, o artista fez uma pausa para dedicar a canção Smile a uma fã que sempre o acompanha nos shows e nas redes sociais. Foi um dos momentos emocionantes que marcaram o show. Com uma banda e um grupo coreográfico impecável, o público teve a sensação de reviver os melhores momentos da carreira de Michael Jackson. Ver todas as coreografias exatamente como o Rei do Pop fazia foi nostálgico para todos que estavam presentes. O show contou com várias técnicas de palco,

como elevadores e efeitos audiovisuais que contribuíram para que o espetáculo fosse um prato cheio. O fim do show foi marcado com a música Billy Jean, todo caracterizado “padrão Michael”, com direito a Moon Walk e terno com luzes coloridas. Na sua despedida, Rodrigo Teaser se emocionou ao falar do legado do Rei do Pop, dizendo que não foi apenas música e dança que Michael Jackson deixou. “O Show é dele. Então quem termina, é ele.” Falou Teaser saindo do palco e deixando no telão uma imagem do Rei e um playback com a voz de Michael Jackson.


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GERAL

Escolhas pessoais podem ser consideradas doenças Para manuais de psicologia e medicina, transexualidade é considerada distúrbio e causa sofrimento Beatriz Moreira

Em 2009, um grupo de ativistas espanhóis criou uma plataforma para protestar contra os manuais de psicologia e psiquiatria que tratam da transexualidade como doença. A STP, Campanha Internacional Stop Trans Pathologization, é uma plataforma ativista internacional, criada com o objetivo de incentivar a realização de ações pela despatologização trans em diferentes partes do mundo. Até outubro de 2013, mais de 370 grupos e redes de África, América Latina, América do Norte, Ásia, Europa e Oceânia aderiram à STP. Segundo manifesto do grupo, “a psiquiatrização relega às instituições médico-psiquiátricas o controle sobre as identidades de gênero. A prática oficial de tais instituições, motivada por interesses estatais, religiosos, econômicos e políticos, trabalha sobre os corpos das pessoas amparando e reproduzindo o binômio homem e mulher”. Eles defendem a autodeterminação de gênero, ou seja, a possibilidade de manter as decisões individuais independente das características físicas da pessoa.

escolhas pessoais”, lamenta. Contradições criadas pelas lacunas Ultimamente muito se fala sobre a saúde integral e humanizada. Esse conceito predetermina um tratamento que vai muito além de medidas paliativas e que respeitam o ser humano como um indivíduo que possui emoções e questionamentos psicológicos. No entanto, foi somente o fato de a transexualidade ser considerada doença internacionalmente que levou o Conselho de Medicina a aprovar a cirurgia de redesignação sexual como procedimento do SUS.

Parada da Diversidade 2014 tratou de temas relacionados ao transexualismo > Foto: Arquivo Wikimedia Commons

doença. “Entendemos que a identidade de gênero trans existe e não é um quadro médico. A transexualidade exige uma série de procedimentos médicos, farmacéuticos e psicológicos para ajudar no alinhamento entre físico e psicológico, assim como a gravidez. Isso não é estar doente”, explica. Rafaelly Wiest tem 31 anos, é casada, e presidente do Transgrupo Marcela Prado. Desde pequena possuia trejeitos femininos, com 13 anos resolveu assumir sua identidade como mulher. “Sempre fui uma menina. Meu corpo é minha identidade e me sinto tão mulher quanto qualquer outra”, conta Rafaelly.

A partir dessa perspectiva, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL – RJ) e a deputada Érika Kokay (PT-DF) propuseram a Lei João Ney ou a Lei de Identidade de Gênero, que tenta ratificar a confusão causada pela diferenciação entre o nome “legal” e o nome “social”. Segundo o documento, graças a esse furo legal, há pessoas que vivem sua vida cotidiana com o nome pelo qual são conhecidas e se sentem chamadas, porém outro nome aparece na carteira de motorista, no diploma ou na conta de luz. “Um nome que evidentemente é de outro, daquele “ser imaginário” que habita nos papéis, mas que ninguém conhece no mundo real”, contesta o documento.

A militante conta que o movimento LGBT e as ONGs que trabalham com diversidade sexual uniram a Parada da Diversidade de 2014 em torno da questão da transexualidade a partir de dois eixos principais: a depatologização da identidade de gênero, e a retificação do registro civil. “A retificação

Para Rafaelly, esse constrangimento é frequente, uma vez que apenas as Secretarias de Saúde e de Educação atendem o cidadão pelo nome social. “Já fui parada em aeroportos ou questionada em bancos, por exemplo. Isso me expõe e dá margem para os preconceituosos que acham graça das minhas

“Meu corpo é minha identidade, me sinto mulher.”

De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID), a transexualidade pode ser diagnosticada como doença se existirem “evidências de uma forte e persistente identificação com o gênero oposto, que consiste do desejo de ser, ou a insistência do indivíduo de que ele é do sexo oposto”. Para César Fernandes, psicólogo do Grupo de Trabalho de Psicologia e Questões LGBT do Sindicato do Psicólogos (Sindypsi-PR), não existe acordo sobre o conceito. Para o sindicato, a orientação sexual é uma questão pessoal e não deve ser tratada como

do registro civil é diferente do nome social, pois o nome nem sempre é aceito”, comenta.

Já em novembro de 2013, uma decisão judicial determinou que o Ministério da Saúde encaminhasse as medidas necessárias para definir e ampliar o acesso às cirurgias de mudança de sexo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a nova portaria, o SUS deverá arcar, por meio das Redes de Atenção Básica, com ações terapêuticas para travestis, transexuais e transgêneros que procurem pela cirurgia de mudança de sexo. Também fica definida a criação de um Serviço de Atenção Especializado no Processo Transexualizador. A medida é conhecida como Portaria Nº 2.803, de 19 de novembro de 2013, e leva em consideração medidas anteriores, dos anos de 2010 e 2011. Para o psicólogo César Fernandes, a cirurgia é um direito, mas não é determinante para identidade de gênero. “Há quem quer e consegue, e quem quer e não consegue. E há, ainda, os casos de pessoas que se sentem bem mesmo com seu pênis (no caso de uma transexual mulher), ou seios (no caso de um transexual homem)”, afirma César. Hoje o procedimento é longo e pode demorar alguns anos até que todas as etapas sejam cumpridas. É necessária a aprovação de um psicólogo, de uma assistente social e do médico que realizará o procedimento.


Curitiba, 12 de maio de 2014 > Edição 887 > LONA

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COLUNISTAS

Draft

Igor Castro

Jovens talentos Semana passada aconteceu o Draft da NFL, que nada mais é que o recrutamento de jogadores universitários. O Draft começou na quinta-feira (08), e terminou no sábado (10), e foi feito em sete rodadas, com os 32 times da liga escolhendo os melhores jogadores. Vamos dar ênfase à primeira rodada que é a mais importante de todas, destacando as principais escolhas.

passada. Contudo, a esperança de que os Texans escolheriam um quarterback como Johnny Manziel, considerado o melhor QB universitário, não se concretizou. Os Texans preferiram o defense end da Universidade de South Carolina, Jadeveon Clowney. Um belo parceiro para o também defense end J.J. Watt, que é considerado um dos melhores da NFL.

A expectativa foi enorme. O primeiro time a escolher era o Houston Texans, com a pior campanha da temporada

O segundo time a escolher foi o St. Louis Rams, que fez uma troca na posição de escolha com o Washington

Redskins. A expectativa em cima de Manziel ainda era grande, mas os Rams optaram pelo offensive tackle Greg Robinson, da Universidade de Auburn. Uma excelente escolha para a proteção do QB dos Rams, Bradford, que sofreu muito com as defesas adversárias sacando-o todo tempo. O terceiro time foi o Jacksonville Jaguars, um dos piores da NFL, e que precisa, sem dúvidas, reformular seu elenco. Sua opção foi por um quarterback, mas não Johnny Manziel. O QB escolhido foi Blake Bortles, da Universidade de Central Flórida. Após uma péssima temporada (como vem acontecendo há vários anos) os Jaguars resolveram apostar em um quarteback calouro para mudar os rumos do time. Vai ser difícil. Johnny Manziel só foi escolhido na 23ª seleção, vez do Philadelphia Eagles. Vendo a possibilidade de perder Manziel para o Kansas City Chiefs, o Cleveland Browns trocou de posição com o Eagles, e acabou com a ansiedade de

todos. Manziel foi para um time razoável, mas que precisa melhorar muito se quiser chegar às fases decisivas dos playoffs da NFL. Vou dar destaque também à escolha do Minnesota Vikings que, em um boa troca com o Seattle Seahawks (atual campeão do Super Bowl), decidiu pelo quarterback Teddy Bridgewater, da Universidade de Louisville. A posição de QB foi muito problemática para os Vikings, que tiveram três jogares: Cristian Ponder, Josh Freeman e Matt Cassell. Todos irregulares e sempre no departamento médico. O destaque negativo ficou pela não escolha, na primeira rodada, do quarterback Derek Carr, da Universidade de Fresno. Derek já teve um irmão jogando profissionalmente na liga, David Carr. David teve passagens por Houston Texans, Carolina Panthers, San Francisco 49ers, e New York Giants do qual foi dispensado em 2013. Nas próximas colunas vamos destrinchar mais o Draft 2014, apontando quais foram as melhores escolhas. Hasta lá vista baby!

Nova geração de gregos e troianos Quando um governo está em baixa, a população logo quer derrubar tudo e reconstruir do zero. Isso não é ruim. O problema é escolher o engenheiro dessa obra. Esse ponto é fundamental, já que o novo escohido pode acabar sendo mais um perpetuador de velhos esquemas fraudados que virão a ruir qualquer estrutura. O eleitor tem que se informar, principalmente, da ideologia de cada candidato. Alguns exemplos serão dissecados ao decorrer deste texto, e a similaridade destes com membros no poder em outrora, não é pouca coisa. Começarmos com o herdeiro do trono regado a leite e ouro, Aécio Neves. O tucano comandou Minas Gerais em dois mandatos, e admiração da população mineira pelo candidato é enorme. Mas, nem tudo são rosas para ele. Denúncias de obras faturadas, vida pessoal mais do que agitada, e principalmente a pouca representatividade de seu nome nas regiões Norte e

Nordeste, fazem com que Aécio não esteja conseguindo um cenário melhor nas últimas pesquisas eleitoreiras (seu acréscimo de votos nas últimas medições se deve mais à rejeição ao mandato de Dilma Roussef do que seu próprio ônus). Além de todas essas “virtudes”, Neves ainda precisa se livrar de uma ideologia tucana que remete ao Brasil em tempos bem tenebrosos, tal como o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. Será que com uma vitória do PSDB, o país não viria a mudar coisas positivas (mesmo que poucas) do atual governo e voltar a colocar práticas pouco valorosas ao povo em primeiro lugar? Veremos o que a urna e o futuro nos dirão. No nosso cenário local temos uma candidata que tenta vender a “face da renovação” aos eleitores paranaenses. A atual ministra da Casa Civil, sobre quem circulam fortes rumores (e gravações bem quentes) de ser ligada ao cartel da Petrobrás, pode realmente ser

Politicalizando

Jorge de Sousa

o “sangue novo” na política do Paraná? Acho que não. O esquema atual com o péssimo governo do tucano Beto Richa ajuda a relacionar essa especulação ao nome de Gleisi Hoffmann. Se não fosse esta má gestão, o nome dela estaria mais ligado ao do seu marido (Paulo Bernardo, ministro das Comunicações) do que à postulante a morar no Palácio das Araucárias. No caso de Alexandre Padilha, em São Paulo, sequer ouso colocar que ele tem chance de pontuar o suficiente para chegar em um “téti a téti” com Geraldo Alckmin. Além de seu ex-ministério (Saúde) ser o pior avaliado pelos brasileiros, seu nome vem sendo constantemente ligado

a esquemas pouco louváveis (mérito também adquirido por Alckmin). Bom, para colocar tudo nesse liquidificador louco que é o pleito eleitoral que nos aguardoa, meu caro leitor, só concluo dizendo que os fatores dessa equação são os mesmos de outras, e que as famosas promessas de “boas novas” na realidade são carregadas de “boas velhas” , já vem até embaladas e chegam antes do Natal. O problema é que esse “presente” dura quatro anos, portanto escolha sua ideologia (ou seja, ganhe do Cazuza) e defina seu voto com base nela, e não por outro motivo qualquer.


LONA > Edição 887 > Curitiba, 12 de maio de 2014

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ACONTECEU NESTE DIA

Terremoto na China mata 70 mil pessoas O sismo de Sichuan, ocorrido em 12 de maio de 2008, foi um violento terremoto que abalou a zona de Wenchuan, na província de Sichuan, na República Popular da China, às 14h28 (06h28 GMT). De magnitude 8,0 na Escala de Richter, o terremoto pode ser sentido em localidades tão longínquas quanto Beijing e Xangai, aonde edifícios balançaram com o impacto. A maior cidade próxima ao epicentro do terre-

moto é Chengdu, capital da província de Sichuan. Estima-se que mais de 70 mil pessoas morreram, e mais de 358 mil ficaram feridas. Em Mianzhu, perto do epicentro do terremoto, e na cidade de Mianyang, houve um grande número de vítimas, assim como perto de Beichuan Qiang, onde 80% das construções foram destruídas. Uma réplica de forte intensidade ocorreu 6 dias depois., como é comum. O governo decretou 3 dias de luto pelas vítimas da catástrofe.

Prédios inteiros ficaram destruídos > Foto: Arquivo Wikimedia Commons

#PARTIU Exposições Natureza Construída Av. Mateus Leme, 4700, Parque São Lourenço Data: de 12 de maio a 1 de junho – todos os dias Horário: 2ª a 6ª feira, 9h às 21h sábado e domingo, 9h às 12h e 13h às 16h Local: Centro de Criatividade de Curitiba Ingresso: gratuito Casa Furman Bosque João Paulo II - Centro Cívico Data: Toda 3ª, 4ª, 5ª e 6ª feira, sábado e domingo Horário: 9h às 18h Local: Memorial da Imigração Polonesa Ingresso: gratuito Casa Prezepyura Bosque João Paulo II - Centro Cívico Data: Toda 3ª, 4ª, 5ª e 6ª feira, sábado e domingo Horário: 9h às 18h Local: Memorial da Imigração Polonesa Ingresso: gratuito

Em Cartaz A Grande Vitória Dia 25 de abril > Local Museu Tal O Espetacular Homem-Aranha 2 Aventura > 142min > 12 anos Copa de Elite Comédia > 99min > 14 anos Eu, Mamãe e os Meninos (França) Comédia > 85min > 12 anos

Matéria bruta em forma de matéria viva Exposição dos artistas do Ateliê de Escultura do Centro de Criatividade A natureza é orgânica até mesmo na pedra. Nada está desambientado. O universo possui uma tênue linha que o sustenta, uma rede silenciosa. Constante movimento, que arranja e desarranja a realidade dos humanos. Escultores profissionais, iniciantes e frequentadores apresentarão, com Elvo Benito Damo, instalações com materiais orgânicos integrados com formas de animais em grandes dimensões, oferecendo ao público a oportunidade de interação com as esculturas. Curadoria de Pedro Moreira. Artistas do Atelier de Esculturas participantes: Beth Jabur, Natalia Lara, Angela Komnitski, Juceli Palu, Walmir Weber, Angela Gee, Alan González Groth, Viviane Flores Goldoni, Ivan Anzuategui.

Escultura da exposição > Foto: Divulgação

Novo drama brasileiro estreiou quinta-feira Max Trombini (Caio Castro) teve uma infância humilde e conturbada. Abandonado pelo pai ainda hoje, ele foi criado pela mãe e pelo avô, que morreu quando tinha 11 anos. Revoltado, passou a se envolver em diversas confusões em sua cidade natal, Ubatuba, e depois em Bastos, onde passou a morar. Foi através do aprendizado das artes marciais, em especial o judô, que ele conseguiu se estabelecer emocionalmente e construir uma

carreira que fez com que se tornasse um dos principais técnicos do esporte no Brasil. A Grande Vitória representa uma proposta interessante no universo de cinebiografias produzidas no Brasil, que é justamente investir na história de uma pessoa não muito conhecida. No caso, Max Trombini, um sujeito de infância humilde que vê no judô a chance de ser alguém na vida e de descarregar suas energias.


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