Lona 888

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Ano XV > Edição 888 > Curitiba, 13 de maio de 2014

Universitários criam aplicativos em maratona EDITORIAL “Abril de 2014, mais de 200 colegiais nigeriana são sequestradas em um ataque extremista Boko Haram.” p. 2

OPINIÃO

Pesquisa revela que índices de mortalidade materna cairam no Brasil

Os resultados obtidos pela Organização Mundial da Saúde foram divulgados no dia 06, e revelam uma redução de 43% na taxa entre 1990 e 2013 p. 4

“O espetáculo começou na hora prevista, porém já se notavam alguns problemas. Deixou a desejar.” p. 2

#PARTIU Considerado melhor cantor de samba em 91, Neguinho da Beija-Flor vem a Curitiba para show p. 6

Foto: Laura Torres

Evento durou 32 horas, e contou com a participação de mais de 100 alunos de diversas instituições de ensino superior; o objetivo era criar p.3 aplicativos que solucionassem problemas da cidade COLUNISTAS Uliane Tatit e Nicole Braga “Com o tema “Charles James”, o evento não cumpriu a homenagem. A maioria dos vestidos, que deveriam ser em formato borboleta, só aparecep. 5 ram após o red carpet. “ Bruno Requena “Nesse cenário completamente louco e misturado, que Tulipa Ruiz habita e alimenta-se para a produção de sua música: um pop solar com muito suingue, e vocais eletrizantes.” p. 5


LONA > Edição 888 > Curitiba, 13 de maio de 2014

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EDITORIAL

Todos pela Nigéria

Abril de 2014. Data marcante para mais de 200 colegiais nigeriana que foram sequestradas após um ataque extremista do movimento Boko Haram. O principal objetivo do grupo é manter a tradição da lei islâmica sharia de que “a educação ocidental é pecado”. Por consequência, estes salafistas estão castigando, escravizando e mantendo as meninas como reféns para serem vendidas para casamento. Com idades entre 12 e 18 anos, as reféns vivem um completo inferno que inclui 15 estupros por dia e muita violência. Segundo fontes oficiais da Nigéria, devido às mobilizações sociais da população, o presidente se convenceu que era necessário um ‘esforço maior’ para o resgate, e passou a oferecer 50 milhões de nairas (cerca de 669 mil reais) para quem fornecer informações sobre as garotas e sua localização. Antes de o sequestro se tornar mundialmente público, a população nigeriana criou o movimento “Bring Back Our Girls” - “Devolvam Nossas Meninas”. Famosos como Michele Obama, Anne Hathaway, Cara Delevingne e Madonna abraçaram a causa. Hoje, o mundo inteiro clama pela libertação das estudantes. Canadá, China, Estados Unidos, França e o Reino Unido mobilizam-se para oferecer ajuda através de satélites e drones.

OPINIÃO

Tributo aos Beatles reúne nata da música nacional, mas... Bruna Bozza

Nomes mblemáticos da geração que, nos anos 80 abriu as portas e os ouvidos do Brasil para o rock produzido no país, o belga Dado Villa-Lobos, o brasiliense João Barone, e os cariocas Leoni e Toni Platão foram garotos nascidos nos anos 60 que amaram os Beatles. Dado Villa-Lobos integrou a banda brasiliense Legião Urbana (1982– 1996) e permanece em cena com sua carreira solo. João Barone é, há três décadas, o baterista que marca o ritmo do grupo carioca Paralamas do Sucesso. Projetado como compositor no grupo também carioca Kid Abelha, Leoni formou uma segunda banda nos anos 80, Heróis da Resistência, e na sequência se firmou, já em carreiro solo, como um dos mais habilidosos compositores de música pop do Brasil. Já Toni Platão é reconhecido como o dono de uma das vozes do rock nacional desde os tempos em que era o vocalista do grupo Hojerizah, também ori-

ginário das praias do maravilhoso Rio de Janeiro. Com 26 canções o roteiro embaralha músicas de todas as fases do quarteto de Liverpool. All my Loving, Eight Days A Week, Octopus Garden, Come Together, Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, With a Little Help Of My Friends, Lucy In The Sky With Diamonds e Strawberry Fields Forever são alguns dos clássicos que embalam a noite. Nos shows do projeto Banco do Brasil Covers, o quarteto canta e toca Beatles sob a direção musical de Liminha, o produtor e músico que deu forma a grandes álbuns do rock brasileiro dos anos 80 e 90 e que também participa da banda tocando baixo. Ontem, o projeto passou por Curitiba, no Teatro Guaíra. O espetáculo começou na hora prevista, porém já se notavam alguns problemas com a acústica e o som. Apesar desses grandes nomes do

rock nacional, o show teve falhas e deixou um pouco a desejar. Algumas músicas como “Can’t buy me love” foram tocadas fora do seu tom original, o que acabou prejudicando a performance. Quanto às participações especiais, Sandra de Sá que cantou “Hey Jude” errou a letra na primeira estrofe. Já Paulo Miklos do Titãs agitou a galera mesmo esquecendo a letra de “Helter Skelter”. Marjorie Estiano entrou cantando “Come Together” e após brincou com o público curitibano, afinal de contas a cantora nasceu na cidade. Para quem é fã do Fab For e das bandas que estavam representadas ali no palco, ficou um ar estranho, como se estivesse faltando algo. A apresentação não foi tão empolgante como se era esperada, ela pareceu mais um encontro casual entre amigos que resolveram “fazer um som” do que um projeto de “Cover dos Beatles” em si.

Mais de 50 meninas já conseguiram fugir do cativeiro, mas continuam aterrorizadas por não saber como será o desfecho dessa história. Lutar junto com a Nigéria é dever e responsabilidade do mundo, o estado em que o país se encontra é deplorável. O presidente Goodluck Jonathan acredita que este é o início do fim do terrorismo que acontece há tempo no país e enfim os direitos humanos serão colocados em prática. Cabe avaliar o real posicionamento do governo nigeriano devido a sua inicial falta de interesse no assunto. A equipe americana e a ajuda de outros países podem aumentar as chances de encontrar as garotas, mas não se deve esperar que eles façam toda a diferença no caso. Essa operação não pode ser realizada de um dia para o outro e os nigerianos conhecem melhor a região. Goodluck garantiu que conseguirá trazer as meninas de volta em segurança, agora resta esperar o fim deste inferno nigeriano.

The Beatles > Ilustração: María Díaz Perera

Expediente Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Carolina Justi, Kawane Martynowicz e Luiza Romagnoli Editorial Milena Müller


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NOTÍCIAS DO DIA

Alunos buscam Inovação e Tecnologia no Hackathon Alice Assunção

José Maria Pugas Filho, independente do resultado a cidade ganhou 17 novos aplicativos maravilhosos.” Foi simplesmente maravilhoso, foi lindo ver o esforço de tantos jovens sem esperar prêmio, eram 700 mil em prêmio mas a vontade dele era muito maior,então a cidade pelo menos 130 pessoas que vão contribuir para a cidade até o resto da vida deles”, afirma Pugas.

Mais de 100 alunos se reuniram durante todo o final de semana na maratona que busca desenvolver aplicativo que solucionem problemas da cidade; evento é incentivado pela prefeitura A primeira edição do Hackathon de Curitiba aconteceu no último final de semana na Universidade Positivo. O evento é um incentivo da prefeitura e reuniu mais de 100 alunos em uma maratona de 32 horas. O objetivo é desenvolver aplicativos de empreendedorismo que solucionem problemas da capital paranaense. A Hackathon curitibana é um projeto da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia, em parceria com o Sebrae-PR e a UP, e já é considerada a segunda maior do Brasil. Foram 24 equipes inscritas, três não compareceram, duas desistiram no meio e uma foi desclassificada. As equipes eram formadas por até cinco alunos da mesma instituição, mas de cursos diferentes. Para desenvolver os aplicativos a prefeitura disponibilizou diversos dados, “com isso eles conseguem desenvolver toda uma interface muito mais prática, para o próprio cidadão conseguir se articular de acordo com as informações que a própria prefeitura têm da cidade”, relata Morgana Toaldo Guzela, coordenadora de eventos da Universidade Positivo. As soluções foram classificadas em três áreas: mobilidades, cidadania e saúde. As abordagens foram várias: localização de ônibus, incentivo ao esporte, agendamento de consultas, consulta de preços em estabelecimento, transparência na vigilância sanitária, entre outras. Ao final, os alunos fizeram uma apresentação de venda de três minutos para uma bancada de jurados. O prefeito Gustavo Fruet estava presente e afirmou que independente do resultado, vai tentar aplicar na prefeitura

Os jurados da maratona > Foto: Alice Assunção

alguns desses aplicativos. “O evento reforça a ideia da inovação como um fator de transformação e mais do que nunca mostra o potencial dessa geração. Todos os trabalhos apresentados estão em absoluta sintonia com os desafios da gestão. As soluções apresentadas mexem em questões imateriais, principalmente na área de saúde e na relação do poder público com os cidadãos”. A professora do curso de jornalismo da Universidade Positivo, Rosiane Freitas é mentora de uma equipe e afirma que foi empolgante ver o desempenho dos alunos, “eles ficaram aqui 32 horas sem dormir, sem comer direito e não desistiram. Teve várias pessoas que fizeram críticas ao projeto e eles conseguiram contornar, revolver os problemas, foi excelente, muito animador”. Neste ano serão realizada mais três ediçõs do Hackathon em Curitiba. Nos próximos poderão participar estudantes do ensino médico e empresas nascentes. A próxima edição será realizada na PUC-PR. Estrutura O evento foi um organizado por diversos cursos da Universidade Positivo: eventos; gastronomia (que preparou a alimentação dos competidores); jo-

Evento foi aberto ao público que pôde assistir com conforto > Foto: Alice Assunção

gos digitais (responsável pelo entretenimento); estética (que realizou uma ação dos dias das mães, maquiando as mulheres presentes); e fotografia (responsável pela cobertura do evento). “ A interação de vários cursos proporciona um intercâmbio de informações, e até de contatos”, afirma Morgana Toaldo Guzela. Vencedores Os jurados escolheram os três aplicativos considerados melhores em aplicação para o desenvolvimento tecnológico de Curitiba, foram eles: Magic Numbers, I-Estar e 12345, das categorias saúde, mobilidade e cidadania, respectivamente. Mas segundo

Na categoria mobilidade, a I-Estar criou um aplicativo que compra e ativa cartões de EstaR.Na categoria cidadania, a 12345 venceu propondo a adoção dos parques da cidade por padrinhos cadastrados.Na categoria saúde a equipe Magic Numbers criou um aplicativo que ajuda a estabelecer a relação entre as necessidades de uma região da cidade com a quantidade de médicos nas unidades. Thiago Oliveira, competidor da Magic afirma que ainda não absorveu a ideia que ganhou o prêmio: “Foi um aprendizado muito grande, a gente não esperava ganhar, só o aprendizado já foi algo grandioso, e ganhar algo mais ainda”. As esquipes vencedoras foram premiados com pré-incubação na Agência PUC de Inovação, um ano de acompanhamento e formação (mentoring) pelo Sebrae-PR e 15 bolsas de pós-graduação da UP, além de serem convidados a demonstrar suas ideias para o grupo de investidores do Comitê Internacional de Inovação da Fiep e poderão receber até R$ 500 mil em investimento por projeto.


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GERAL

Mortalidade materna no Brasil tem redução de 43% em 10 anos Relatório da OMS informa que número de casos no país caiu de 120 mães por 100 mil nascidos vivos, para 69 mães por 100 mil nascidos vivos Bruna Karas

No último dia 6, a Organização Mundial da Saúde divulgou um relatório que mostra uma redução de 43% na taxa de mortalidade materna no Brasil entre 1990 e 2013. No mundo todo, as taxas de mortes de mulheres por complicações durante a gravidez ou o parto registraram queda de 45% nas últimas duas décadas. Apesar da boa notícia, a OMS estima que 800 mulheres ainda morram todos os dias por complicações na gravidez ou no parto. Em 2013, foram 289 mil mortes. Em 1990, foram 523 mil vítimas. Do número total de mortes em 2013, 62% foram registradas na região da África Subsaariana e 24% no Sul da Ásia. Dois países respondem sozinhos por um terço dos casos de óbitos de mulheres durante a gravidez ou parto. A índia representa 50 mil mortes e, a Nigéria, 40 mil. O relatório destaca que a taxa de mortalidade nos países em desenvolvimento é 14 vezes maior do que nos países desenvolvidos: 230 mortes contra 16. Em 2000, a OMS estipulou um conjunto de compromissos que tinham como objetivo melhorar o futuro da humanidade. Uma das metas era reduzir, até 2015, as taxas de mortalidade materna em 75%. Com os dados atuais, a

Organização acredita que nem todos os países conseguirão atingir a meta. Os países que lideraram a queda da taxa desse tipo de morte foram Belarus (96% de queda), Maldivas (93%) e Butão (87% de redução). Uma análise dos dez países que mais obtiveram redução mostra um padrão nas estratégias conduzidas pelo governo, como, por exemplo, novos procedimentos de parto. Principais causas de morte materna - Hemorragia grave (especialmente durante e depois do parto): 27% - Hipertensão na gestação: 14% - Infecções: 11% - Parto obstruído e outras causas diretas: 9% - Complicações de abortos: 8% - Coágulos sanguíneos (embolias): 3% No Paraná Para o ginecologista e obstetra, José Jacyr Junior, as principais causas de morte durante a gravidez ou parto são: o não acesso ao exame pré-natal (ou um pré-natal inadequado) e as doenças que podem atingir as gestantes. Com relação aos exames, o motivo pode ser a não ida da gestante ao médico, o mau atendimento ou a inexistência de médicos especializados na região em que ela mora. Já com as doenças, as que mais matam são as relacionais ao aumento da pressão arterial na gestação e as hemorragias no momento

Fórum contra a violência obstétrica simula parto > Foto: Arquivo Sindsaudeprev - ES

Imagem do projeto fotográfico 1:4 > Foto: Arquivo do Projeto

do parto. Segundo a Secretaria de Saúde, o Paraná é o estado que mais reduziu a mortalidade materna no Brasil. Em 2012, foi lançado o programa Rede Mãe Paranaense, que tem como objetivo acompanhar as mães durante os nove meses de gestação e, os bebês, durante o primeiro ano após o parto. Nos últimos dois anos, o programa reduziu as mortes maternas em 40%. Para o médico, a condição sociocultural e financeira é um fator determinante nesse assunto. Ele explica que “a redução das taxas ocorre quando se melhora o acesso e o atendimento das gestantes com recursos físicos e financeiros, o que implica numa ligação direta com interesses políticos e disposição de verbas”. Sobre a meta da OMS de redução de 75% das taxas, Junior explica ser possível alcançar melhoras inclusive superiores à proposta. “Basta melhorar a educação da população, a segurança, as condições de trabalho e de saúde, e também a qualidade dos alimentos, já que a desnutrição contribui muito para a mortalidade materna”, diz o médico. Violência obstétrica Uma pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o SESC em 2011, aponta que uma em cada

quatro mulheres brasileiras relatam algum tipo de agressão durante o parto, tanto em hospitais públicos, quanto privados. Entre as ações que caracterizam violência, estão: submeter a gestante a uma aceleração do parto sem necessidade, privar a mulher da presença do acompanhante, prescrever jejum para a gestante, deixar de oferecer métodos naturais e medicamentos quando necessário para aliviar a dor, entre muitos outros. Várias campanhas têm surgido para defender o direito da mulher à humanização do parto. Mulheres têm relatado casos de violência em que foram obrigadas a fazer cesárea, ou ouviram desaforos das enfermeiras na hora do parto, até mesmo casos desnecessários de episiotomia (um corte feito na região muscular que fica entre a vagina e o ânus) são comuns. Em 2012, foi lançado o documentário “Violência Obstétrica - A voz das brasileiras” com depoimentos de mulheres que tenham sofrido violências físicas e psicológicas quando do nascimento de seus filhos, além de procedimentos considerados desnecessários e tiveram descumprido o direito ao acompanhante. Desde 2013, o projeto fotográfico 1:4 busca retratar as marcas deixadas por esse tipo de violência. São fotos feitas com citações das mulheres explicando as situações pelas quais foram submetidas.


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COLUNISTAS

Catwalk

Uliane Tatit e Nicole Braga

Amnésia temática Com o tema “Charles James”, o evento não cumpriu a homenagem. A maioria dos vestidos, que deveriam ser em formato borboleta, só apareceram após o red carpet. As celebridades apostaram pouquíssimo, Sarah Jessica Parker e Dita Von Teese foram, sem dúvidas foram as mais bem vestidas. É claro, muita gente estava impecável, porém não seguia o tema. Isso, inclusive, foi contraditório, pois Anna Wintour, editora da Vogue americana e dona do evento (primeira

vez no posto), disse há algum tempo que, dessa vez, os trajes seriam altamente analisados e bem mais sofisticados. Estranho, esperávamos que ela também estivesse à la “Charles James”, mas não estava. O Met Gala 2014 não teve nenhum destaque, foi parado e não rendeu tanto assunto para o dia e semana seguinte (hoje, por exemplo, o tema foi praticamente esquecido). Os figurinos não foram polêmicos e diferentes, tudo permaneceu clichê. Os que chamaram

atenção foram os de Sarah Jessica Parker, que usou Oscar de la Renta, apostou no preto e branco e, corretamente, nas luvas brancas. ). A rainha do burlesco, Dita Von Teese, que vestiu Zac Posen e foi uma das mais fotografadas da noite. Johnny Depp, o verdadeiro destaque do red carpet, que surgiu em um traje super fino da Ralph Lauren. E, por fim, Charlize Theron que com um Dior soube trazer um update no formato borboleta. Apesar de estarem fora da temática principal, alguns vestidos e personalidades chamaram bastante a atenção. Como é o caso da top brasileira Gisele Bündchen, que vestiu uma peça preta da grife Balenciaga. Leighton Meester apareceu com uma produção minimalista do estilista Emilio Pucci, cheio de bordados e pedrarias, deu um toque nude para a noite com vestido Gucci com decote nas costas, cauda e com bordados. . Quem veio no mesmo estilo e virou alvo fácil dos fotografos, foi Blake Livily com vestido Gucci com decote nas costas, cauda e com bordados

Já algumas celebridades optaram por algo mais simples, como e o caso da cantora Selena Gomes, que apareceu com um vestido vinho da estilista Diane von Furstenberg. Simples, mas sexy, sem contar que valorizou a cantora. Erraram: Rihanna usou Stella McCarteney e decepcionou bastante em relação ao tema, a cantora está em alta na moda, mas dessa vez passou longe do acerto. Kim Kardashian, que usou Lanvin, errou no tecido e no corte exagerado (Met Gala não é lugar para mostrar calcinha, moça), apesar disso, ela se recuperou muito bem do fiasco do ano passo, no qual Kim parecia estar vestida com uma estampa de sofá. Lupita Nyong’o sempre que está sempre bem vestida vestiu Prada e também errou, a extravagância foi totalmente descontrolada. Rita Ora vestiu Donna Karan Atelier e talvez tenha abusado um pouco demais nas fendas, e em toda sua “sensualidade”, parecia que alguém havia rasgado seu vestido um pouco antes do Met Gala.

Tulipa Ruiz, a flor pop da MPB A cena musical paulistana em minha opinião é uma das mais ricas, se não, atualmente a maior. A cidade de concreto cinza misturado à garoa gera em sua dureza toda diversos embriões culturais, que seu ar denso envolve em um clima áspero, uma realidade e uma globalização gigantesca. É entre esses embriões, nesse cenário completamente louco e misturado, que Tulipa Ruiz habita e alimenta-se para a produção de sua música: um pop solar com muito suingue, e vocais eletrizantes. Tulipa lançou seu primeiro álbum em 2010, intitulado “efêmera”, um disco recheado de novidades, uma crônica moderna da vida metropolitana e caótica, tratado com um ar fresco e jovial, um disco solar. A cantora recebeu várias criíicas positivas e muitos fãs empolgados com seu jeito cult de cantar, com ares de pop sofisticado e dançante. As novidades do disco rendeu a Tulipa vários convites, um deles foi cantar com Arnaldo Antunes, que se interes-

sou muitíssimo pelo trabalho que Tulipa fez em “A ordem das árvores” no qual, juntos, cantaram em um programa da MTV. “Naquele curió mora um pessegueiro, em todo rouxinol tem sempre um jasmineiro, todo bem-te-vi carrega uma paineira, tem sempre um colibri que gosta de jatobá... a ardem das arvores não altera o passarinho”. Lulu Santos acabou participando do segundo disco da cantora intitulado “Tudo tanto”, fo que fixou o nome da cantora no cenário vanguardista da nossa música. Vale lembrar que, dentre as novas cantoras e compositoras, Tulipa foi considerada a que mais chamou a atenção da crítica especializada. Umas de suas músicas mais conhecidas é a canção “Só sei dançar com você”, que a cantora Tiê regravou, tornando-a conhecida do grande público. “Toda vez que eu errava cê dizia, pra eu me soltar porque você me conduzia, mesmo sem jeito eu fui topando essa parada, e no final achei tranquilo, só sei

História da MPB

Bruno Requena

dançar com você, isso é o que o amor faz”. Tulipa imprimiu o modo paulista de se expressar às composições. Juntamente com Tiê, Thiago Pethit, Dudu Tsuda e Tatá Aeroplano, Tulipa ingressou num “movimento” chamado os Novos Paulistas (alusão ao grupo baiano “Novos Baianos” formado por Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Moraes Moreira, entre outros) com o intuito de absorver elementos da MPB e dar a eles uma roupagem diferente e mais atual. Na época houve especulações sobre um trabalho colaborativo entre eles, mas que, infelizmente, não aconteceu. “Em julho de 2009, fomos convidados

pela Ana Garcia, do Coquetel Molotov, para um show no Sesc Vila Mariana chamado “Novos Paulistas”. Ela já conhecia o nosso som e sabia que éramos amigos, daí juntou a gente e levou para o palco”, explica Tulipa Ruiz. O disco que teve a arte de encarte produzida pela mesma, conta com desenhos da cantora, que, diga-se de passagem, são de primeiríssima qualidade, trazendo uma arte gráfica impecável com toda a personalidade da artista. O disco é daqueles pra se ouvir várias e várias vezes, pra colocar no som e aumentar o volume. Só ouvindo pra entender.


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ACONTECEU NESTE DIA

Papa João Paulo II sofre um atentado A primeira tentativa de assassinato do Papa João Paulo II ocorreu em 13 de maio de 1981, uma quarta-feira, na Praça de São Pedro, no Vaticano. O papa foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Agca, um terrorista turco, enquanto estava entrando no local. João Paulo II foi atingido duas vezes e sofreu perda de grande quantidade de sangue. Agca foi detido imediatamente e, posteriormente, condenado à prisão perpétua por um

tribunal italiano. Mais tarde o Papa perdoou o terrorista pela tentativa de homicídio. Ele também recebeu o perdão do então presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, a pedido do religioso, e foi deportado para a Turquia em junho de 2000. O local exato do atentando foi marcado no chão da praça. Em uma rocha, estão o brasão de armas de João Paulo II e a data do atentado, em numerais romanos.

O Papa João Paulo II cumprimenta o autor dos disparos que quase o mataram durante passeio na praça São Pedro, no Vaticano e o perdoa > Foto: Arquivo AP

#PARTIU Show

Neguinho da Beija-Flor faz show em bar de Curitiba

Neguinho da Beija-Flor Data: 13/05/2014 > Horário: às 22h Ingressos: > Feminino: R$ 15 > Masculino: R$ 25

Ganhador do prêmio Sharp (91) de “melhor cantor de samba” é considerado mais carismático intérprete do Carnaval carioca

Local: Citra Bar R. Itupava, 1163, Alto da XV > Fone: (41) 3328-7668 Formas de pagamento: dinheiro, cartões de crédito MasterCard e Visa, e débito automático MasterCard Maestro, Redeshop e Visa Electron.

Em Cartaz Mulheres ao Ataque Comédia > 109min > 12 anos A Grande Vitória Drama > 110min > 12 anos O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro Aventura > 142min > 12 anos Capitão América 2: O Soldado Invernal Aventura > 136min > 12 anos Getúlio Biografia > 100min > 14 anos Hoje Eu Quero Voltar Sozinho Drama > 96min > 12 anos Divergente Aventura > 139min > 14 anos Noé Aventura > 138min > 14 anos

O sambista Neguinho da Beija-Flor se apresenta no dia 13 de maio no Citra Bar, em Curitiba. O músico é a atração principal da “Terça Brasil”. No repertório estão sucessos como “Aquarela Brasileira”, “Sonhar com Rei Da Leão” e “Ângela”, entre outros. Filho de um músico ganhou um concurso aos dez anos de idade puxando um samba de Jamelão. Dono de voz potente e afinada, estreou como puxador de samba no bloco Leão de Iguaçu, em 1970, transferindo-se para a Beija-Flor de Nilópolis em 1975. Lá criou o bordão “Olha a Beija-Flor aí, gente!”, e continua no cargo até hoje. Neguinho da Beija Flor > Foto: Arquivo Rede Globo de Produções

Lançou o primeiro disco em 1980, ao qual seguiram-se outros, com sucessos como os sambas-enredo “Os Cinco Bailes da História do Rio” (Silas de Oliveira / Dona Ivone Lara / Bacalhau), “Aquarela Brasileira” (Silas de Oliveira), “Sonhar com Rei Da Leão” (de sua autoria) ou sambas-canção, como “Nervos de Aço” (Lupicínio Rodrigues). Outros êxitos são “Ângela” (Serginho Meriti / Alexandre), “Divina” (Alexandre), “Magali”, “Esmeral-

da” e “O Campeão”, sua composição de maior sucesso, cantada em estádios de futebol (“Domingo eu vou ao Maracanã / Vou torcer pro time que sou fã”). Ganhou o prêmio Sharp de 1991 na categoria “melhor cantor de samba”. É considerado um dos mais carismáticos intérpretes do Carnaval carioca. Em 2005 lançou seu primeiro DVD , na Cidade do Samba, contando com a presença de Sandra de Sá e dos puxadores das escolas de samba.


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