Lona 889

O único jornal-laboratório diário do Brasil

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Ano XV > Edição 889 > Curitiba, 14 de maio de 2014

UP leva 10 prêmios no Expocom Sul 2014 Foto: Viviane Menosso

Premiação faz parte do Intercom Sul, evento que visa promover a troca de conhecimentos entre profissionais da área de comunicação p.3

EDITORIAL “O jornalismo tem o papel de explicar as causas e os efeitos: fator que os separa das páginas de Facebook.” p. 2

OPINIÃO

Terapia Assistida por Animais é levada a pacientes da capital paranaense

Projeto Amigo Bicho conta com 36 voluntários e faz visitas semanais a noves instituições curitibanas p. 4

“Baseei-me no que para mim, hoje, tornou-se uma religião: um sentimento superior a fé, o amor!” p. 2

#PARTIU Ditadura Militar é tema de mostra especial de filmes na Cinemateca de Curitiba. p. 6

COLUNISTAS Cleberton Mendes “Na Europa, os campeonatos nacionais estão chegando ao fim, quase todos já estão fazendo as malas para a Copa. Enquanto isso, no Brasil o p. 5 campeonato mal começou.”

Luiza Romagnoli “O ponto em que quero chegar é que, em um negócio de US$ 3,2 bilhões, a Apple comprou a Beats. Sim, é aquela empresa que faz fones de ouvidos que custam o preço do seu rim no p. 5 mercado negro.”

LONA > Edição 889 > Curitiba, 14 de maio de 2014

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EDITORIAL

“Jornalismo” que mata

A “justiça feita com as próprias mãos”, no caso do espancamento de uma dona de casa no Guarujá, traz de volta o debate da relação entre o jornalismo, a mídia de massas e o sensacionalismo. Vale lembrar que este último é característica marcante na atualidade dos veículos de comunicação que, ao invés de apostar na qualidade de conteúdo e apuração, desejam vender cada vez mais notícias espalhafatosas.

Para que se estabeleça uma proximidade, sabese que o caso todo do espancamento de Maria Fabiane de Jesus, no litoral paulista, ocorreu devido à uma publicação não em jornais, mas em uma página de Facebook. Que o jornalismo é “ameaçado” pelo crescimento da internet, já se sabe, ou ouviu-se falar, mas alguém parou para pensar que a notoriedade de uma conta na rede social tem a mesma base de alguns jornais do país? E o sensacionalismo?

Assim como os jornais se utilizam do sensacionalismo para tornar as suas capas mais “interessantes”, as pessoas criaram o hábito de também querer chamar a atenção de seus seguidores a partir de “posts bombásticos” na internet, como no caso de Maria Fabiane, que perdeu a vida de forma covarde, após ser espancada por vários “justiceiros”, que não tinham uma prova sequer da tal “magia negra”. A pessoa que acusou Maria Fabiane se fosse um jornal teria, de fato, vendido muito.

OPINIÃO

A religião do amor Heloisa Batistel

Tão difícil acreditar nos horrores e atrocidades cometidas pelos seres humanos, mesmo em um mundo dominado por religiões e restrições que o prendem e impedem de agir conforme sua natureza.

Dentre tantas as opções que me permitiam seguir este raciocínio, escolhi apresentar algo que não passa de uma opinião ainda em desenvolvimento.

Por algum motivo penso em uma sociedade antiga, livre, onde apenas a lei do homem não era suficiente para estabelecer a calma nas relações sociais. Então algum gênio surge com a esperança que todos buscavam: a salvação e a vida eterna, a ideia de que a vida continua de um modo incrivelmente melhor do que a cultivada em terra. Mas, para toda a bondade divina pairar sobre as almas, elas deviam-lhe provas da sua fidelidade à paz e ao amor.

Assim, nos encontramos com mandamentos e restrições religiosas, um Pai que acolhe e perdoa.

Nos encontramos em milagres, e

com um super-herói teoricamente não-fictício, disposto a ajudar a todos que orem e o aclamem. Quem somos nós pra entender tais superstições? Nos dizem para temer ao diabo, nos contam os horrores do inferno.

Com uma criação voltada à religião católica, meu olhar diferenciado sobre Deus pode ser pré-julgado, uma vez que não deixo de acreditar em sua existência, apenas gosto de ter opiniões diversas, buscando não ter uma fé cega, mas sim uma fé baseada em opiniões próprias. Sendo assim, se houver um julgamento e meu livro da vida for aberto, poderei responder pelas minhas atitudes diretamente, com os argumentos necessários de ter levado uma vida plena em base de tudo que julgava correto. Do que me adianta seguir um livro sagrado, ser correta aos olhos de Deus e não acreditar?

Foi assim que me resolvi, baseei-me no que me fazia satisfeita e feliz, no que para mim hoje se

tornou religião: um sentimento superior a fé, o amor! Com o amor tudo se pode, tudo se faz digno e ético, se faz alegria, se faz a família, o apoio. No amor tudo é válido, ele nos responde à altura do que lhe entregamos. Não nos impõe lei, ordem ou mandamentos, mas sim, nos mostra que a vida pode ir muito além do que hoje imaginamos ser. Por isso, depois de muito tempo invejando a fé alheia, me encontrei acreditando em algo de forma completa e homogênea.

No amor nada se contradiz, e suas superstições, mesmo que ineficazes, nos acrescentam de inúmeras formas. Assim, atos de bondade com pensamento egoísta passam longe; fazemos o bem, não em busca de algo bom para nós, mas em busca de um bem recíproco.

Com o amor acredito em Deus, mas acima de tudo, acredito na humanidade.

“Que o amor me fortaleça e que com ele eu possa fortalecer meu próximo”, amém.

Quantas pessoas já foram julgadas ou tiveram a sua vida afetada, de alguma forma, devido à publicação em jornais? Aí vão dizer que as fontes dos jornais são seguras, que a apuração é exata, mas há de se ter em vista que erros acontecem. Sempre. E em qualquer lugar. Nos jornais no caso, ocorre bastante, sem que a população saiba da verdade toda na maioria das vezes. E assim continuamos, em uma caminhada na qual várias Marias ainda irão morrer nas mãos de uma população que realmente compra a informação que deseja ver.

O jornalismo tem o papel de informar, mas, também de explicar à população as causas e os efeitos. E talvez por isso se trate ainda de algo levado a sério: por ser o único fator que separa os jornais das páginas de Facebook.

Tirinha: Bill Watterson

Expediente Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Carolina Justi, Kawane Martynowicz e Luiza Romagnoli Editorial Ágatha Santos

Curitiba, 14 de maio de 2014 > Edição 889 > LONA

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NOTÍCIAS DO DIA

UP se destaca com 10 prêmios no Expocom Sul 2014 Laura Torres

Foram 28 trabalhos inscritos, dos quais 10 foram premiados, em cinco categorias diferentes, durante o evento que visa realizar a troca de conhecimento entre profissionais da comunicação O Intercom Sul de 2014 começou em 8 de maio e reuniu jovens do sul do Brasil para presentar seus trabalhos. Onze alunos do curso de jornalismo da Universidade Positivo foram para a Unisul, em Palhoça (SC): Marina Geronazzo, Viviane Menosso, Bruna Teixeira, Vinicius Santos, Lucas Kotovicz, Ana Kruger, Daniel Zanella, Priscila Pacheco, Priscila Utida, Paula Setsuko Nishizima, e Isadora Nicastro As apresentações foram divididas entre 65 categorias, que contava com uma professora avaliadora em cada sala. Cada categoria tinha, em média, quatro inscritos. Viviane Menosso apresentou o trabalho ‘O que eles fizeram por nós’, na quinta-feira, na categoria reportagem impressa, “estou extremamente feliz por estar aqui, quando escrevi a reportagem não tinha a intenção de inscrevê-la em prêmio algum.

Quando a professora Ana Mira me informou que ela seria indicada, fiquei surpresa.”

Bruna Teixeira participou com o trabalho “Um registro fotográfico das manifestações que tomaram as ruas de Curitiba”, na categoria fotojornalismo e está animada com a experiência: “tem muita gente boa, bons trabalhos. Está sendo sensacional. O espírito de grupo das outras universidades é super bacana, rolou amigo secreto”, diz. Vinicius Santos afirmou que “a galera é muito receptiva, o intercâmbio de informações é muito grande e as negociações para uma parceria do Prorrogação coma galera de Santa Maria já foram adiantadas”. O aluno concorre com o trabalho “O futebol além dos 90 minutos”, na categoria programa de rádio,

- Anúncio Impresso: Institucional American Airlines (Arthur Colaço Ferrari) - Videoclipe: Lip Dub - Mexa-se para Ser Feliz (Gisele Nepomuceno Chaves) - Embalagem: Café Moraes (Carolina Tomedi Boabaid) - Ensaio Fotográfico Artístico: De Perto Ninguém É Normal (Leonardo Freire da Cruz)

Alunos de jornalismo são premiados na Expocom > Foto: Melissa Bergonsi

tv e internet e programa laboratorial de rádio. Para o aluno de Publicidade e Propaganda, Arthur Colaço Ferrari, “poder participar do Expocom na categoria anúncio impresso foi mais uma incrível etapa do trabalho. Ele já havia sido reconhecido pela própria American Airlines, cliente da peça, e agora foi reconhecido academicamente. Espero que no nacional nosso desempenho seja tão bom quanto no Intercom Sul”.

As apresentações se encerraram nasexta-feira, e o resultado do Intercom Regional Sul 2014 foi divulgado no sábado.

Premiados A Universidade Positivo foi para o evento com 28 trabalhos inscritos, juntando os cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Desses, 10 foram premiados. Foram cinco prêmios no curso de jornalismo: - Categoria Jornal-Laboratório Impresso: Lona Especial Paulo Leminski (Marina Geronazzo) - Projeto de Assessoria em Imprensa: Assessoria para Projeto Revelando Olhares (Isadora Nicastro) - Produção em Fotojornalismo: Um re-

Juliana Cordeiro, Paula Nishizima e Isabela Mayer com o prêmio de “Melhor Filme não ficção/documentário/docudrama” > Foto: Bruna Teixeira

corte das manifestações que tomaram as ruas de Curitiba (Bruna Teixeira) - Revista Customizada: Histórias para contar: Uma Revista que Contribui para o Tratamento de Câncer Infantil. (Priscila Utida) - Filme não ficção/documentário/docudrama: No Olho da Rua - A população em situação de Rua e a Informação Jornalística (Paula Nishizima, Isabella Mayer, Juliana Cordeiro) Outros cinco são do curso de publicidade e propaganda: - Agência Jr. de Publicidade e Propaganda: Practice 2013 (Jonathan William Pelaquini)

O Intercom Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos que realiza a troca de conhecimento entre pesquisadores e profissionais de comunicação. A entidade estimula o desenvolvimento de produção científica entre mestres e doutores, e entre graduandos e recém-graduados em comunicação. A Intercom, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, promove eventos ao longo do ano com o intuito de estimular a pesquisa nas áreas da Ciência da Comunicação, discutir os rumos da mídia brasileira, fortalecer vínculos com pesquisadores de outros países e avaliar o ensino dos cursos universitários. Além disso, oferece prêmios para os trabalhos que se destacam nesses eventos. São congressos nacionais e regionais, colóquios, simpósios, seminários, cursos e debates que reúnem especialistas para a troca de conhecimento.

LONA > Edição 889 > Curitiba, 14 de maio de 2014

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GERAL

Hospital Universitário Cajuru recebe visita do Amigo Bicho Projeto Amigo Bicho surpreendeu e alegrou pacientes e funcionários com a visita dos cachorros ao hospital Heloísa Helena de Azevedo

No dia 26, pacientes e funcionários do Hospital Universitário Cajuru tiveram uma visita diferente: eles receberam os cães do Amigo Bicho, projeto de voluntários que levam seus cães para realização da Terapia Assistida por Animais.

Em cada corredor do hospital pelo qual os seis cachorros passavam, formavamse filas para tirar fotos e acariciá-los..

Marli da Silva Bitencourt fez uma cirurgia na coluna e estava no Cajuru há 3 dias, com a visita ela lembrou dos três cães que deixou em casa, e disse que o projeto leva alegria a quem está internado, “algumas pessoas estão aqui há bastante tempo, e os animais acabam sendo uma distração”, afirma.

Nessa visita em especial, foi autorizada pela primeira vez a entrada do projeto no espaço destinado à hemodiálise.

Aparecida de Almeida estava lá, em uma de suas 3 idas semanais ao hospital, e contou que o procedimento dura três horas. Visivelmente feliz com a vi-

sita, assim como os outros pacientes, agradeceu a presença dos voluntários, e pediu que voltassem mais vezes.

O projeto O Amigo Bicho foi criado em dezembro de 2005 pela veterinária Letícia Séra Castanho. “Queria unir o amor aos bichos ao amor às pessoas”, conta. A ideia surgiu dos trabalhos realizados principalmente em São Paulo e nos Estados Unidos, com a utilização da Terapia Assistida por Animais (TAA). Após pesquisar sobre a terapia, Letícia começou o projeto no Paraná, a primeira visita foi em um asilo na Lapa, mais tarde passaram a visitar o Hospital Pequeno Príncipe, e outras instituições.

Para participar do projeto, além de estar saudável e com todas as vacinas e vermífugos em dia, o animal precisa ser dócil, e por isso é submetido a um teste. Letícia conta que o teste utilizado é uma adaptação do norte-americano, e é realizado por ela com a ajuda de um especialista. Nele, reproduzem-se possíveis reações de crianças aos cachorros, como puxões no pelo. Caso o cão não apresente comportamento agressivo, ele passa para a próxima etapa: uma visita experimental. Se tudo ocorrer bem o animal torna-se integrante do Amigo Bicho.

Os pacientes ficam surpresos com a presença dos animais > Foto: Arquivo Amigo Bicho

Nove instituições recebem visitas semanais, entre elas estão o Hospital do Idoso, a Associação Paranaense de Portadores de Parkinsonismo, o Hospital Universitário Cajuru, o Instituto dos Cegos, três escolas especiais e dois orfanatos. O Amigo Bicho não possui sede e conta com a ajuda de 36 voluntários. Durante as visitas, apenas 15 comparecem

Cada voluntário leva seu próprio cão para interagir com os pacientes > Foto: Arquivo Amigo Bicho

regularmente, cada qual com seu cão.

A Terapia Assistida por Animais Presume-se que o uso de animais para o benefício humano tenha tido início no período neolítico, mas as pesquisas científicas que estudam os efeitos terapêuticos dessa relação entre as duas espécies só começaram na década de 60, nos Estados Unidos. Porém, foi

“ Queria unir o amor aos bichos ao amor às pessoas” apenas nos anos 80 que a TAA chegou à Europa, e começou a ser aplicada.

O objetivo da terapia é que o contato com os animais sirva como auxílio no tratamento físico e emocional das pessoas.

A terapeuta ocupacional Andressa Chodus utiliza a TAA há 4 anos. Hoje, ela aplica o método no Hospital do Idoso e na Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo por meio do Amigo Bicho, as visitas são realizadas uma vez por mês em cada instituição. Segundo Andressa, “os pacientes

vão às visitas esporadicamente e não as perdem por nada”, a terapeuta ainda afirma que a TAA auxilia na socialização, e que o bem-estar propiciado pelo contato com os cachorros ajuda com o emocional dos pacientes.

Além disso, é possível trabalhar o desenvolvimento motor, o que é importante para pacientes como os portadores do Mal de Parkinson, uma doença que costuma comprometer movimentos específicos. Para que haja esse desenvolvimento, durante as visitas à associação os cães utilizam roupas com velcro, cordas e zíper. Por meio delas os pacientes podem fazer atividades que impedem a regressão motora. Os animais também tiram o foco empregado no movimento, permitindo que esse seja realizado espontaneamente, evitando a ansiedade e o stress.

As visitas do projeto complementam os tratamentos tradicionais, levam alegria e distraem as pessoas atendidas pelas instituições que recebem o Amigo Bicho. A sensação de bem-estar produz emoções positivas, as quais refletem na recuperação física e psicológica do paciente.

Para saber mais sobre o projeto, e como participar, acesse o site, ou curta a página no Facebook.

Curitiba, 14 de maio de 2014 > Edição 889 > LONA

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COLUNISTAS

Minuto Final

Cleberton Mendes

Títulos, clássicos e inaugurações Na Europa, os campeonatos nacionais estão chegando ao fim, quase todos já estão fazendo as malas para a Copa.

Enquanto isso, no Brasil o campeonato mal começou. Os estádios da Copa já foram quase todos inaugurados (mesmo ainda em obras) estão lindos, o gasto foi alto, mas pelo menos na parte de condições melhores, o futebol e os times ganharam. Sem a Copa o incentivo fiscal talvez não fosse possível.

Na Inglaterra, o milionário Manchester City já levantou o caneco; na Espanha,

Real Madrid está fora, a disputa fica para a última rodada. Barcelona e Atlético de Madrid protagonizarão uma final épica, digna de um campeonato de mata-mata em pontos corridos. O Atlético de Madrid tem a possibilidade de ganhar o campeonato espanhol do Barcelona, e a Champions League em cima do Real (parece um sonho para os atleticanos de Madrid), no entanto, a Champions parece já ter dono. Real Madrid tem o melhor time desde a Era Galácticos (que saudades). Na Itália a velha senhora Juventus é soberana

nos últimos anos, e o título já foi garantido a algumas rodadas do fim. Milan e Inter decepcionam ano após ano. A Alemanha é toda vermelha, o título da Champions escapou do Bayern, mas o nacional já tem dono: o time de Munique a cada temporada evidencia a sua superioridade na competição.

sofrendo uma virada: o último brasileiro na Libertadores, perdeu o primeiro jogo na competição sul-americana e perdeu o maior clássico do time. A semana do Cruzeiro vai ser tensa, a derrota ou não classificação na Libertadores pode mudar tudo no time azul celeste de Minas.

Já no Brasil, os jogos foram quentes, pelo menos nos clássicos paulista, carioca e mineiro. O menos equilibrado talvez tenha sido o do Rio, com um vitória tranquila do Fluminense sobre o Flamengo, mesmo o Fluminense com o problema (benefício) do STJD, o time vem se mostrando muito merecedor de seu lugar na primeira divisão. Uma vitória no FLAFLU com um gol do titular da seleção brasileira: Fred, um jogador que muitos (eu também) não reconheciam o talento, mas o cara é o melhor atacante do Brasil.

O final de Semana foi especial para alvinegro paulista, o time profissional fez um bom jogo, muito equilibrado deixou escapar a vitória e a liderança no Brasileirão. Em compensação a longa história do clube ganhou mais um episódio: o famoso e contestado estádio de Itaquera, que vai sediar a abertura da Copa do Mundo, foi inaugurado com um jogo entre recentes e antigos ídolos do clube. Um tarde histórica, na qual os mais novos torcedores conseguiram ver Biro-biro, Rivelino, Marcelinho Carioca, Vampeta (a ausência de Sócrates foi sentida, mas ele estava lá acompanhado ao lado de outros que também já se foram), entre outros que apresentaram todo o seu talento e amor pelo clube.

Em Minas, para o clássico Cruzeiro e Atlético Mineiro, “virada” é a melhor definição. O galo com uma virada na crise e em campo, e o Cruzeiro também

Viva ao capitalismo, status e ostentação Você já deve estar cansado de ouvir sobre compras bilionárias no mundo da tecnologia. Mas o capitalismo é assim. Até pessoas são compradas por milhões para chutar bolas. Mas enfim, o ponto em que quero chegar é que, semana passada, em um negócio de US$ 3,2 bilhões, a Apple comprou a empresa Beats. Sim, é aquela empresa que faz fones de ouvidos que custam o preço do seu rim no mercado negro.

Ela é bem novinha, só tem 6 anos, mas já conseguiu a alma de muita gente que gosta de ostentar por aí.

Não estou desmerecendo a marca, porque ela é boa mesmo. São fones com uma qualidade gigantesca. Mas mesmo para uma empresa lucrativa como a Apple, o valor de investimento é alto e representa a maior aquisição da sua história. Ok, mas você deve estar se perguntando: por que cargas d’água a Apple, tão endinheirada, tão “High Society”, tão descolada, comprou a Beats?

Eu te dou 5 motivos plausíveis:

1) Status: lançado no início da década passada, o iPod se tornou sinônimo de status. Quem usanva os fones brancos era um usuário Apple. A Beats acabou se tornando uma “Apple da vida” entre as fabricantes de fones de ouvido.

Fundada pelo produtor musical Jimmy Iovine, e pelo músico Dr. Dre, é responsável por 59% do seu mercado, à frente de companhias como Sony e Philips.

Não aqui no Brasil, né, pequeno gafanhoto. Aqui, um fone Beats custa no mínimo 800 “dilmas”. Chore.

2) Lucro de revenda: se você entrar em uma loja da Apple verá que entre os produtos vendidos estão os fones da Beats. Plus: estão também entre os produtos mais vendidos das lojas.

3) Liderança de outro mercado: o mercado de fones de ouvido sempre foi bastante fragmentado. A Beats foi uma das primeiras a ter um diferencial, com foco muito mais no conforto e no design. A cada 100 fones de ouvido

8Bits

Luiza Romagnoli

vendidos no mundo, 59 são da Beats.

E, pasmem, boa parte deles acabam sendo vendidos dentro de uma loja da Apple. Tãdã.

4) Beats Music: a salvação do iTunes.

Embora o iTunes ainda seja referência quando o assunto é a compra de música digital, o formato já demonstra sinais de cansaço. A venda de músicas apresentou uma queda de 12% no ano passado. Em contrapartida, serviços como o Spotify, Pandora, Deezer e Beats Music, em que você tem acesso ilimitado às músicas disponíveis mediante uma assinatura mensal, têm apresentado um crescimento cada vez

maior. Ser dona do Beats Music pode ser um diferencial competitivo para a Apple.

5) Concorrente a ser batido: se há alguém capaz de incomodar o iTunes, é o Spotify. Um usuário do Spotify pode migrar a qualquer momento tanto para o Android, quanto para o Windows Phone, sem que tenha prejuízo algum nesse sentido. Para a Apple, isso não é nada auspicioso. Ou seja, é crucial para a empresa ter o topo do mercado.

Justificável? Sim? Não? Não importa.

Porque a Apple está ganhando com isso e você continua comprando.

LONA > Edição 889 > Curitiba, 14 de maio de 2014

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ACONTECEU NESTE DIA

Primeira transmissão de rádio da história Em 14 de maio de 1897, o físico e inventor italiano, Guglielmo Marconi, conseguiu estabelecer comunicações sem fio entre a França e a Inglaterra. É o primeiro registro de transmissão radiofônica da história, embora a Suprema Corte Americana tenha concedido a Nikola Tesla o mérito da criação do rádio. A inovação de Marconi foi conseguir produzir e detectar ondas eletromagnéticas em longas distâncias. Ainda jovem, começou seus ex-

perimentos em laboratório com seu pai, quando conseguiu enviar sinais pelo telégrafo sem fio a uma distância de aproximadamente 4 km. Demonstrou seu sistema na Inglaterra e fundou sua própria empresa, Marconi’s Wireless Telegraph Company Limited.

Em 1901, transmitiu sinais entre a Grã Bretanha e o Canadá, provando que as ondas sem fio não eram afetadas pela curvatura da Terra, como se pensava.

Guglielmo durante sua primeira transmissão > Foto: Arquivo Revista Life

#PARTIU Em Cartaz Amante a Domicílio Comédia > 90min > 14 anos Capitão América 2: O Soldado Invernal Aventura > 136min > 12 anos Copa de Elite Comédia > 99min > 14 anos Divergente Ficção Científica > 139min > 14 anos

Cinemateca Mostra Cinema pela Verdade (filmes sobre a Ditatura Militar) Ingresso: gratuito Data: 14 e 15 de maio – quartas e quintas-feiras Horário: 20h Local: Cinemateca de Curitiba R. Pres. Carlos Cavalcanti, 1174, São Francisco Fone: 3321.3252 Contato: contato@fcc.curitiba.pr.gov.br

Música V Festival Penalva e VI Mostra de Música Paranaense Ingresso: R$20 e R$10 Data: 13/05/2014 a 15/05/2014 - 3ª e 4ª e 5ª feira Horário: 20h Local: Capela Santa Maria Espaço Cultural Rua Conselheiro Laurindo, 273, Centro Fone: 3321.2840 Contato: janeandrade@fcc.curitiba.pr.gov.br

Cinemateca apresenta filmes sobre a Ditadura Militar O Cinema pela Verdade é uma mostra de filmes sobre o período da ditadura civilmilitar no Brasil e suas consequências.

As exibições dos filmes são gratuitas e abertas ao público. Após as sessões são promovidos debates com acadêmicos, pesquisadores, ex-presos políticos, pessoas ligadas a movimentos sociais, culturais e de direitos humanos, além de participações especiais de diretores ou da equipe de produção dos filmes exibidos. Realizado Pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM), em parceria com o Ministério da Justiça, O Cinema Pela Verdade foi contemplado pelo edital “Marcas da Memória” da comissão de Anistia, que fomenta iniciativas culturais sobre a anistia política brasileira, permitindo que toda a sociedade conheça o passado e dele extraia lições para o futuro.

Cartaz da Mostra > Foto: Divulgação

Festival homenageia músico José de Almeida Penalva O V Festival Penalva e a IV Mostra de Música Paranaense mais uma vez homenageia a obra do sacerdote, músico, regente, professor e escritor José de Almeida Penalva, que terá executadas música de câmara e peças solísticas para piano até obras orquestrais e corais.

Além disso, na programação do evento estão previstos os lançamentos de três CDs (Tangos, de Hélio Brandão, Ricardo Herrmann, do Collegium Cantorum, e Avalanche Jazzfriction,

de Marilia Giller) e do livro Música e Músicos no Paraná, volume 1; um show de tango, com dançarinos, outro de jazz, com a pianista Marilia Giller, e a participação de vários coros, orquestras e grupos de câmara, como o Madrigal Vocale, o Collegium Cantorum, a Camerata Brandão, a Orquestra de Cordas da Embap, o Coro da UTFPR e a Camerata Antiqua de Curitiba (coro e orquestra) sob regência de Norton Morozowicz, além da apresentação de solistas convidados.