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Ano XV > Edição 892 > Curitiba, 19 de maio de 2014
Foto: Juliano Pedrozo/Detran
Curitiba atinge a marca de um milhão de motoristas A marca foi atingida em abril, e mostra que 57% dos curitibanos já tem licença para dirigir pelo menos uma das cinco categorias. Foi um p.3 aumento de 18% no aumento da frota da capital EDITORIAL “A mãe sofreu com a injustiça do povo. Carregava uma Bíblia e acusaram ser um livro de magia negra.” p. 2
OPINIÃO
A loja virtual Made For Fan já tem mais de 25 mil curtidas no Facebook
Sabrine Araújo Matos criou a Made For Fan, loja virtual que faz r oupas e acessórios personalizados de variados artistas para os fãs. p. 4
“Depois anda de vários processos de reformulação, a África do Sul ainda sofre pela manipulação.” p. 2
#PARTIU Mosaicos formados com pedaços de fotografias das cidades, que não são percebidods de primeira p. 6
COLUNISTAS Jorge de Sousa “A questão é, a população (ou até mesmo nós jornalistas) sabemos o que é um “bom mandato”? Esse problema é muito mais interno (e pessoal) do que p. 5 qualitativo.” Igor Castro “Para mim, e boa parte da mídia especializada, o grande vencedor desse Draft foi o San Francisco 49ers que fez escolhas pontuais e não inventou moda.” p. 5
LONA > Edição 892 > Curitiba, 19 de maio de 2014
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EDITORIAL
(In)justiça com as próprias mãos “A sociedade está descontrolada”. Essa frase foi escrita por José Martins, em sua última coluna publicada no Estadão, referente aos linchamentos que estão acontecendo no Brasil. José de Souza Martins, respeitado sociólogo brasileiro, já realiza pesquisas do comportamento coletivo desde o final da década de 1980, e esclarece os pontos dos significados da violência em multidões. O mais recente caso que tem ganhado grande espaço na mídia é o de Fabiane, mãe de duas filhas, religiosa e branca: o estereótipo bem aceito na sociedade. Então por que ela foi linchada? Tocar em assuntos mais delicados para a “família cristã”, como crianças e magia negra, são o suficiente para despertar a ira e o “senso de justiça” em muitas pessoas. A maior parte tem significado. Como explicou Martins, desfigurar a imagem na mulher, inconscientemente, as pessoas acreditam que a desaproxima de Deus, nossa imagem e semelhança.Infelizmente isso não é de hoje. Rosa Maria Fisher já publicou uma pesquisa como estudo social na década de 1980. Essa realidade que 2014 está passando nesse início de ano revela a “indignação” do povo, reflexo do próprio povo, do voto inconsciente, da impunidade diante de pequenas corrupções. É um efeito em cadeia: sem investimento em educação e incentivo à cultura, consequentemente tem-se o aumento da criminalidade. Acentua-se a preocupação com a inocência da vítima: independente de sua culpa, ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém. Nota-se que esse tipo de crime coletivo só ocorre com as verdadeiras vítimas da sociedade, a base praticamente dispensável do crime. É o fogueteiro, a mulher que roubou a bolacha, o garoto que roubou um shampoo, o garoto que rouba cordão de ouro. O passo para a mudança dessa triste realidade é lenta e gradativa, apenas com o investimento certo realizado pelos detentores de poder irá mudar e retirar os injustiçados com a imagem de pária e contribuir efetivamente para o progresso social.
OPINIÃO
Está tudo bem, África do Sul Lucas Souza
Passados 20 anos após o fim do apartheid, mais de 25,3 milhões de sul-africanos irão às urnas para começar a desenhar um novo futuro político e econômico para o país. O apartheid, pra quem não lembra, foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da grande maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca. As eleições são as primeiras em que, dentre os eleitores, além de um povo marcado por um passado racista e de rigorosas legislações separatistas, existe uma geração nascida após tudo isso, que apesar de carregar todas estas marcas, começam se preocupar com os lentos passos de desenvolvimento econômico que o atual presidente, Jacob Zuma, tem mantido. O engajamento político dos novos eleitores é uma
incógnita. É perceptível, mesmo a África do Sul ainda sofre pela manipulação. A população não escolhe diretamente quem será o presidente. O Parlamento nacional é bicameral. A Assembleia Nacional é composto por 400 membros, eleitos diretamente pelo povo para um mandato de cinco anos. O Conselho Nacional de Províncias é composto por 90 membros. Cada legislatura provincial elege 10 membros em proporção á composição da legislatura provincial. Por convenção as eleições da Assembléia Nacional e as legislaturas provinciais são realizadas simultaneamente. Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa IPSOS, 52% dos eleitores estão insatisfeitos com o trabalho do atual presidente, por outro lado, seu partido possui a intenção de voto de 65% da população. Demonstrando então, que, apesar de envolvido em diversos escândalo de corrupção, o presidente
Zuma tem chances de se reeleger. Fica claramente óbvio, que apesar da desaprovação do governo de Zuma, o Congresso Nacional Africano (CNA) apoiará sua volta ao poder. O partido de Nelson Mandela foi a principal organização de oposição ao regime, principalmente na década de 1950 quando os protestos civis contra o controle o apartheid se intensificaram. A forte popularização do partido influencia a decisão de voto. Apesar do indiscutível feito e das grandes contribuições imediatistas da CNA duas décadas atrás, o simples voto por “gratidão” a um passado de lutas e glórias, demonstra uma conformidade populacional com as realidades sociais atuais. Não há problema nenhum o índice de desemprego ser de 25,2%, não há problema nenhum o índice de infetados por HIV no país ser de 80% na população adulta, não há problema 12,8 milhões de pessoas correrem o risco de morrer de fome. Está tudo bem.
Tirinha > Charles Schulz
Expediente Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto
Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira
Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi, Kawane Martynowicz e Luiza Romagnoli Editorial Lucas de Lavor
Curitiba, 19 de maio de 2014 > Edição 892 > LONA
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NOTÍCIAS DO DIA
Em 2013, foram emitidas 1.282.636 carteiras de habilitação Todas essas carteiras foram emitidas por todo o Paraná, o que foi um aumento de 16% em relação ao ano anterior Mariana Moreira
No mês passado, Curitiba atingiu a marca de um milhão de motoristas habilitados. Segundo dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), esse número representa um aumento de 23% nos últimos cinco anos e de 18% no aumento da frota da capital. Segundo o Detran, a frota total da capital era de 1.360.996 até o mês de março, e ajudou no crescimento de 33% de veículos em todo o Estado. Desses, 69% são carros, 9% motos e 6% caminhonetes. De todos os motoristas de Curitiba, 60% são homens e 40% são mulheres, e a principal faixa de idade está entre 25 e 34 anos, sendo que 32 anos é a idade preferida dos curitibanos para tirar a carteira de motorista, representando 3% desses motoristas. Em 2013, foram emitidas 1.282.636 carteiras de habilitação em todo o Paraná, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. O diretor-geral do Detran, Marcos Traad, disse que esse aumento é fruto da modernização e da desburocratização dos serviços e da maior oferta de exames práticos de direção. Além disso, ele afirmou que as consequências desses números são claras e diretas: “Há mais gente transitando, e a probabilidade de acontecer acidentes
aumenta.” A Prefeitura de Curitiba foi procurada, mas não se pronunciou a respeito de possíveis obras e planejamentos para dar comodidade a todos esses veículos. A estudante Jéssica Miyaoka faz parte desse milhão de motoristas habilitados. Ela tirou a carteira há dois meses, por pressão dos pais, que acabaram não deixando dirigir o carro da família por falta de confiança: “Eu tenho carteira mas não tenho carro, então pra mim não faz diferença.” Jéssica acredita que ambas liberdade e facilidade de locomoção são a maior vantagem de ter a habilitação, apesar de considerar o fato de dirigir na cidade como um estresse a mais. Os motoristas curitibanos já representam 20% de todos os condutores do Estado, sendo que só nesse ano 39 mil pessoas já se habilitaram em todo o Paraná. Porém, uma das consequências desses crescimentos são as multas, que acompanham o aumento da frota e dos condutores: em 2013, foram 950 mil multas aos curitibanos. As infrações mais cometidas na capital são: excesso de velocidade, estacionar em local proibido, não parar ao sinal vermelho, ou por irregularidades com o veículo.
Imagem ilustrativa da Carteira de Habilitação
Uma das autoescolas procuradas confirmou o dado do Detran que mostra que a categoria “B” – que permite a condução de carros – é mais procurada do que a categoria “A” – apenas condução de motos.
Como isso representa em números?
Curitiba tem 1,3 carro por condutor, sendo considerada a capital do país com maior número de carros por moradores: 1,82 por habitante. O índice se aproxima ao da Austrália, que é o 10º país com mais veículos por habitante. Em todo o Brasil, são cerca de 45 milhões de veículos, formando uma proporção de um automóvel para cada 4,4 habitantes – nos EUA, esse número cai para 2,4 automóvel/cidadão. No cálGráfico > G1.com
culo inverso, o Brasil tem 1 carro para cada 5 habitantes. Sendo que, da frota total do país, 70% está abrigada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Confira abaixo as cidades e regiões com maior número de carros e motos, por milhões. Outras capitais São Paulo tem 2,9 habitantes/veículo; Paraná, 3,4 habitantes/veículo; Rio Grande do Sul 3,5 habitantes/veículo; Rio de Janeiro 4,7 habitantes/veículo; Florianópolis 2,14 carro/habitante; Belo Horizonte 2,22 carro/habitante; São Paulo 2,34 carro/habitante; Goiânia 2,34 carro/habitante. O Paraná tem a segunda menor razão, ficando atrás dos gaúchos e cariocas, mas não perdendo para os paulistas.
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GERAL
Made For Fan, o projeto empresarial de uma garota de 17 anos Conheça a história de Sabrine Matos, dona de uma loja virtual de confecções direcionadas a fãs, que conseguiu clientes pelo país Luiz Richalski
Com o incentivo da mãe, Sabrine Araújo Matos criou a Made For Fan, loja virtual que confecciona roupas e acessórios personalizados de variados artistas para os fãs.
presa começou a dar resultados. A empresa foi criada oficialmente, quando Sabrine ainda tinha 14 anos, com a colaboração da mãe, que já confeccionava roupas.
A moça que iniciou a vida empresarial muito jovem, atualmente consegue reunir clientes pelo Brasil todo e do exterior. Isso tudo antes dos 18 anos. A jovem empresária, nativa da cidade de Paranaguá (PR), conta que tudo começou aos 13 anos, por causa de um fanatismo pela cantora norte-americana Demi Lovato. Ela procurava algumas camisetas personalizadas da mesma e através de uma amiga, que fazia esse tipo de confecção, ela encontrou. Ela gostou da ideia e com incentivo de Vânia Araújo, mãe dela, pensou que poderia ser algo interessante e começou a desenvolver o projeto “Made For Fan”.
A Made For Fun encontrou algumas dificuldades no início. Sem experiência nesse mercado foi difícil para pegar o ritmo de produção e com o tempo limitado. “Foi difícil, pelo fato da gente ter começado com pouco dinheiro, relativamente, mas tudo isso com o tempo foi se arrumando” relata a empresária. “A primeira vez que eu vi que poderia viver o resto da vida com isso, foi nos primeiros 50 mil em menos de um mês” conta Sabrine sobre o primeiro grande lucro que recebera. Segundo a mesma, o mês que isso aconteceu, todos os produtos que estava à venda foram esgotados.
No início Vânia achou que tudo não passava de uma brincadeira da filha, mas viu que era sério quando a em-
Foi à partir daí que percebeu o grande público para esse tipo de comercialização, além de que tinha potencial para tornar a Made For Fan, a maior empresa de confecções para fãs do Brasil. Mas todo esse trabalho precoce começou a afetar nos estudos. A moça conta que teve muito dificuldade de início em administrar a vida empresarial e de estudante. “Chegou um momento que eu comecei a confundir data de prova com data de reunião” relata a dona da empresa, que ainda afirma já ter marcado visitas com fornecedores, no mesmo dia que tinha três provas.
Imagem ilustrativa da Página no Facebook Mde For Fan
Ela acabava focando mais na empresa que em situações pessoais, por isso era difícil separar o que era mais importante. Agora ela está totalmente focada no trabalho, pois se formou em
Imagem ilustrativa de um dos produtas da Made For Fan, a camiseta do Walter White de Breaking Bad.
2013. Made For Fan atualmente, conta com nove colaboradores diretos, se incluir com fornecedores e pessoal que realiza as vendas, a empresa passa de 80 colaboradores. A loja virtual que confecciona roupas como blusas e camisetas, e acessórios como canecas de artistas ou personagens de sagas famosas, têm frete grátis
“(...) foi nos primeiros 50 mil em menos de um mês” para todas as compras realizadas. Só com o site, a empresa lucra cerca de R$30 mil todo mês e o mês que houve um decréscimo nas vendas, devido à problemas técnicos no site que fez com que ficassem duas semanas sem vender nada, o lucro foi de aproximadamente R$800. Mas segundo Sabrine, eles podem chegar até R$38 mil em vendas mensais, só com o site. Este ano, o Brasil está sediando diversos shows nacionais e internacionais, além de novos festivais sendo introduzidos a este meio. Sendo assim, a Made
For Fan planeja trabalhar na maioria deles, vendendo os produtos para os respectivos fãs. Atualmente, a dona da empresa quer focar mais na transição para o site e no atendimento aos clientes “O site é algo que exige muita atenção, cuidado, carinho e esforço” comenta Sabrine, que completa afirmando “As pessoas veem que é só uma lojinha, mas se soubessem o tanto que tem por trás disso”. Sendo assim, ela quer se dedicar a isso agora, para que no segundo semestre de 2014, a empresa possa cobrir grande parte dos show que acontecerão no país. Com cliente do país todo, Sabrine afirma que há projeto de vendas para o exterior, que será implantado na empresa até o final deste ano. Já que há clientes de lugares como Portugal, Austrália e Londres. A jovem empresária ainda tem projeto à parte da Made For Fan, o qual ela deu uma breve prévia no que será focado. “Algo mais fast fashion, ligado à revenda no atacado, algo que eu gosto e que tá em falta no Brasil” conta a moça, que diz estar recebendo várias propostas, mas que não será algo imediato “Analiso umas coisas e paro, leio outras, ouço propostas e paro. Não tô com tanta pressa assim, mas pro segundo semestre vai rolar” completa Sabrine.
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COLUNISTAS
Politicalizando Jorge de Sousa
O que é um bom mandato? Quando as eleições vem bater à porta, a principal dúvida é se foi (ou não) realizado um bom mandato pelo governante atual. A questão é, a população (ou até mesmo nós jornalistas) sabemos o que é um “bom mandato”? Esse problema é muito mais interno (e pessoal) do que qualitativo. Cada cidadão tem um conceito diferente para essa tese e a menos que um político exerça de forma execrável seu período governamental, a forma de avaliação dele variará de forma es-
trondosa. Quer melhor exemplo que a gestão de Paulo Maluf em São Paulo, na qual o carismático descendente de libaneses conseguiu criar “amor em ódio” em toda cidade. Sua forma de governar era simples. “Roubo mas faço”. Obras como o metrô, o conjunto habitacional Cingapura e o “Minhocão” (conjunto rodoviário que liga quase toda a cidade), deixam saudades nos moradores da capital paulista, mesmo com as frequentes denúncias (até hoje) envolvendo esquemas de desvio de verbas públicas para contas bancárias
do ex-prefeito. Analisando dois ex-presidentes, também teremos bastante divergências. Os mandatos de Fernando Henrique Cardoso e de Lula no Palácio do Planalto, tiverem seus êxitos e erros, (privatizações, estabilização da moeda, crescimento econômico, escândalos de corrupção, entre outros). Os tucanos de plantão achincalham (como diria o excelentíssimo Ministro Joaquim Barbosa) o governo petista e vice versa, mas nunca chegando em um padrão do “bom mandato”. Nós jornalistas tentamos pegar áreas da sociedade e analisa-las uma por uma, e no fim se o saldo foi positivo temos um bom governo. Essa forma de avaliação é muito rasa e dá margem a injustiças no final do balanço. Um bom exemplo foi o mandato Mario Covas no governo do estado de São Paulo. Ampliação das rodovias paulistas, crescimento da indústria no estado e crescimento da economia no interior, sempre renderam grandes elogios a Covas. Porém depois de sua morte grandes escândalos de licitações casadas e desvio
de verbas públicas mostraram que seu governo não fora perfeito, mas mesmo assim, tampouco foi ruim. A busca sempre pela perfeição faz com que o eleitor procure o candidato ideal (o que nos dias de hoje é tarefa de Hércules), o que não é o que deve ser feito, já que sempre deve se analisar o que é mais relevantes para cada um votante. Por exemplo os adeptos da política “malufiana” que procurem candidatos dessa maneira, já que se procuraram uma união de todos os aspectos, pode se deparar com um cenário sem luz no fim do túnel. No final da história que o dedo do eleitor aperte o botão verde (ou em casos mais extremos o laranja ou branco) com certeza do que se esta fazendo, ou seja, com consciência da deficiência humana em seu candidato, que já se saiba até que ponto ele será a mudança (se for a mudança é claro). Pois, ser enganado por quatro anos, já basta para torcedor de sua seleção mundial até a Copa do Mundo.
Ganhadores do Draft da NFL Para mim, e boa parte da mídia especializada, o grande vencedor desse Draft foi o San Francisco 49ers que fez escolhas pontuais e não inventou moda. O time reforçou sua defesa (que já é uma das melhores) escolhendo Jammie Ward, um dos melhores safetys, e outros cinco jogadores de defesa: três conerbacks, fortalecendo a secundária; um linebacker para substituir Navorro Bowman e Patrick Willis em caso de contusões; e um defensive end para ser o substituto de Aldon Smith que teve problemas fora de campo. Não foi só na defesa que os 49ers fizeram bonito, no ataque o time californiano soube pinçar as melhores peças: Carlos Hyde, running back, poderá ser o possível substituto de Frank Gore, que está prestes a se aposentar. Além de Hyde o time escolheu um wide reciver, um center, um offensi-
ve guard (para proteger o quaterback Colin Kaepernick), e um full back para ajudar em jogadas terrestres. O segundo melhor foi St Louis Rams, que teve como principal destaque o offensive tackle Greg Robinson, tido como o melhor em sua posição. Ele será responsável por proteger mais o quaterback da equipe, Sam Bradford, que sofreu com as defesas adversárias. Além de Robinson, os Rams escolheram outros cinco jogadores para o seu ataque (que nas últimas temporadas deixou a desejar): um offensive tackle, um running back para melhorar o jogo terrestre que foi uma lástima na última temporada com a saída de Steven Jackson); um quaterback, e um center. Na defesa, os Rams fizeram um bom papel, complementando a linha defensiva, a principal escolha foi Michael Sam que foi o primeiro jogador da NFL a assumiu ser homossexual. Mais do
Draft
Igor Castro
que isso, ele foi considerado o melhor defensor da Southeastern Conference (Conferência Sudeste) de 2013. Além de Sam, foram escolhidos um defensive tackle, dois conerbacks, dois safetys e um defensive end. Por fim, destaco o Houston Texans, o primeiro time a escolher dentre os 32. Os Texans priorizaram sua já forte defesa, escolhendo o melhor defensive end universitário, Jadeveon Clowney para fazer dupla com J.J. Watts. Além de Clowney os Texans escolheram mais quatro jogadores defensivos: um defensive tackle, um linerback, um defensive linemen e um conerback. Já no
ataque, o time do Arizona fez boas escolhas, pcom uma ressalva: não ter escolhido um bom quaterback na primeira rodada para substituir Matt Schaub, que foi para o Oakland Raiders e não vinha tendo boas temporadas. O único quarterback escolhido, Tom Savage, foi escolhido na quarta rodada. No mais o time texano fez boas escolhas, optando por mais quatro jogadores: um running back, um full back, um tight end e um offensive guard que protegerá o a aposta dos Texans, o QB Case Keenum. Semana que vem falaremos dos candidatos perdedores. Hasta lá Vista Baby.
LONA > Edição 892 > Curitiba, 19 de maio de 2014
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ACONTECEU NESTE DIA
Einstein publica artigos que revolucionaram a Física No dia 19 de maio é comemorado o Dia do Físico. Essa data homenageia o ano de 1905, em que Albert Einstein publicou quatro artigos que revolucionaram a Física do século XX e contribuíram para a fundação da Física moderna, que o levaria ao conhecimento do mundo acadêmico. Em seu primeiro artigo, Einstein propôs a ideia dos “quanta” de luz, que explicou corretamente o efeito Fotoelétrico que lhe rendeu o premio No-
bel. No segundo artigo, ele constituiu uma evidência da existência dos átomos, graças à estatística relacionada ao movimento Browniano. No terceiro, um dos mais famosos da história da Física, conhecido como Teoria da Relatividade Restrita, concluiu que a velocidade da luz é independente do movimento do observador. O último artigo introduz o conceito de massa inercial, dando origem à famosa expressão E=mc².
Einstein > Foto de domínio público.
#PARTIU Em Cartaz O Espetacular Homem-Aranha 2 Aventura > 142min > 12 anos Godzilla Ficção Científica > 123min > 14anos Getúlio Biografia > 100min > 14 anos Mulheres ao Ataque Comédia > 109min > 12 anos Divergente Ficção Científica > 139min > 14 anos
Exposição Construção, Reconstrução, Desconstrução Data: até 30 de maio Horário: de terça a sexta das 10h às 19h. Aos sábados, das 10h às 18h Ingresso: gratuito Local: SIM Galeria — Alameda Presidente Taunay 130 A, Batel.
Artes Visuais Visita ao Erbo Stenzel Os promotores culturais farão a recepção com resumida apresentação do do espaço cultural, seus serviços, seu patrono, o artista plástico e enxadrista, Erbo Stenzel, vida e obra. Ingresso: gratuito Data: Toda 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª feira, sábado e domingo Público Dirigido: não Classificação: livre Local: Clube de Xadrez Erbo Stenzel
Curitiba vista por outro ângulo O espanhol radicado em Nova York Isidro Blasco retrata cenas urbanas da nossa cidade como forma de arte Mosaicos formados com pedaços de fotografias das cidades, que não são percebidos de primeira pelo espectador, são as marcas do artista visual Isidro Blasco. A obra do artista de 52 anos, nascido em Madri, foge do convencional e, de certa forma, coloca o visitante no centro de grandes metrópoles, principalmente de Nova Iorque, onde mora. Com exposições individuais, Blasco já apresentou obras em museus como o Queens Museum (Nova York), no Reina Sofia, (Madri), Museu de Arte e Desenho Con¬tem-porâneo (Costa Rica), além de ter par¬¬ticipado da Bienal de Fotografia de Helsinki, em 2012, na Finlândia, e da 1.ª Bienal Internacional de Fotografia do Museu de Arte de São Paulo (Masp), no ano passado. Em abril do ano passado Blasco esteve aqui e selecionou os espaços apenas andando pela cidade. Foi um encontro intuitivo com os lugares. Caminhando e, o que chamava atenção, ia fotografando. Depois, no estúdio, observava os elementos das imagens com cuidado. Isidro Blasco diz que Curitiba é uma cida-
Obra “Courtyard” de Isidro Blasco em Madrid, Espanha
de encantadora, muito limpa, tranquila, dinâmica e agradável de viver. Ele já tinha estudado o urbanismo de Curitiba na universidade [é graduado em Arquitetura e Urbanismo, além de Artes], e sempre teve vontade de ver como a cidade funciona. Blasco diz que a categorização de seu trabalho é mais como escultura, “porque tem uma tridimensionalidade. São as dimensões e imagens que dão uma perspectiva única”.