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Ano XV > Edição 904 > Curitiba, 06 de agosto de 2014
Caminhão fica sem freio dentro do campus da UP EDITORIAL “A motivação do homícidio é desconhecida, mas, vale lembrar o que importa: estamos seguros?” p. 2
OPINIÃO
Casa do Contador de Histórias promove ações para arrecadação de recursos
Após incêndio que destruiu não apenas a estrutura física da Casa, projeto se organiza para angariar fundos para reconstrução do espaço p. 4
“Somos um só, a junção, somos talvez a evolução, mas de um mesmo projeto, de uma mesma idealização.” p. 2
#PARTIU Cláudia Raia estrela o primeiro musical de sapateado da Broadway produzido no Brasil p. 6
Foto: Ana Mayer
Veículo transportava partes do cenário da produção musical “Crazy For You”, que se apresenta no Teatro Positivo, quando caiu em barranp.3 co próximo ao lago da Universidade Positivo COLUNISTAS Luiza Romagnoli “A criatividade humana já foi esgotada para a invenção de novas tecnologias sustentáveis. Até agora. Eis que quatro designers britânicos e seu pato giganp. 5 te e solar surgem na internet.” Cleberton Mendes “A equipe cruzeirense só vai mal contra o Galo. Já, no derby paulista, o Corinthians levou a melhor; e na Arena da Baixada a torcida rubro negra não pôde acompanhar a derrota p. 5 do Atlético Paranaense.”
LONA > Edição 904 > Curitiba, 06 de agosto de 2014
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EDITORIAL
Curitiba em dia de sol
Para quem o sinal da cruz é a proteção do dia antes de sair de casa, imaginar que passará perto, ou quase, de um tiroteio, está longe da linha de raciocínio. Para Kelvin Grieger Moraes, 22, o sol acabou antes do anoitecer. Como nem tudo são rosas no mundo cão liberal, ontem, um assassinato a tiros na Praça do Japão, bairro Água Verde, mudou o trânsito de ônibus e carros na Avenida Sete de Setembro. A Polícia Militar foi chamada por volta do meio dia, o autor dos tiros fugiu a pé. Segundo a Polícia Civil, a motivação do ocorrido ainda é desconhecida. Mas, vale lembrar que o que importa é: estamos seguros em circular pelas ruas de Curitiba? Até que ponto o ser humano é capaz de colocar em risco vidas alheias para suprir dívidas psicológicas ou emotivas que ele mesmo carrega? A questão aqui é mais relevante do que abrange a consciência humana. Horário de pico na cidade, um bairro relativamente calmo, pessoas circulando de segundo em segundo e um homem com seu sangue, escancarado entre a canaleta de ônibus. Fora o desconforto emocional de quem assistiu, e o trânsito que ficou caótico devido ao isolamento do local, a falta de segurança é um dos maiores problemas. Viver na inércia sem saber quando pode se ganhar um tiro. Kelvin, atingido por 11 tiros, deixou de lado a idealização de um futuro que todo jovem carrega na casa dos vinte. Se era novo, velho, se atinge as leis, a ordem pública e as pessoas, o relevante é que: é uma vida, agora, uma vida a menos. Mas o valor inteiro de tiros se torna pequeno, perto do que poderia acontecer caso um desses vários tiros desviasse o foco e causasse estragos ainda maiores. Esse descontrole de saber onde é seguro e onde não é torna o curitibano, o cidadão em si, um ser desconfiado assim que coloca o pé para fora da casa. Talvez quem atravessa a Avenida Sete de Setembro comece a olhar para trás constantemente, talvez a solução seja não sair de casa. Guardar o viver com medo de o fim chegar sem saber a razão. Esses 11 tiros foram dados como peso na consciência de quem busca uma segurança digna para ir e vir na via pública de sua própria cidade sem medo de, assim como Kelvin, perder a vida em um dia de sol, por uma bobagem.
OPINIÃO
Não julgue um tigre por agir como um tigre Ana Plassmann
Não consigo me lembrar de um dia em que não senti meu peito apertar ao ver qualquer mal trato com animais. Dias em que ao ver um animal molhado, passando fome na rua não senti vontade de gritar. E não consigo também imaginar, um dia que venham com simbolizando maldade, que eu não vá me erguer e me defender. Na realidade, não consigo imaginar qualquer ser humano que não tome a mesma reação que o tigrede-bengala Hu teve. Quando seu pai avisa que vocês vão ao zoológico, você só consegue pensar em pipoca, algodão doce e animais exóticos. Você se anima, passa o dia tirando fotos e apreciando, no final do dia, já cansado de tanto andar, vai para casa e dorme com boas lembranças. Mas infelizmente, a história do menino de 11 anos não terminou assim.
A ignorância do ser humano, por achar que embora o animal tenha sido criado desde seu nascimento em cativeiro, tenha esquecido suas origens, é quase uma insanidade. Você pode esquecer o que almoçou ontem, mas um tigre não esquece seus instintos, embora nunca tenha vivido dessa forma nesse mundo. Tigre vem do iraniano, através do grego “tígris” e do latim “tigre”. Significa, literalmente, “flecha”. Por ser certeiro, rápido, silencioso e mor-
tal como uma flecha. Esta dentro dele, é sua natureza. O pai do garoto foi acusado de abandono de incapaz, o garoto saiu do hospital com o braço amputado, o tigre quase foi sacrificado. Mas o menino apelou: “não mata o tigre!”. Dois olhos, duas orelhas, uma boca, um nariz, quatro patas, ou duas mãos e dois pés, tanto faz no final. Somos um só, a junção, somos talvez a evolução, mas de um mesmo e único projeto, de uma mesma idealização.
Foi no fim da tarde desta última quarta-feira (30), no Zoológico de Cascavel, que ocorreu o episódio. Um garoto, um tigre, um pai descuidado, expectadores e uma cerca de segurança (não tão segura assim) fizeram parte do enredo. O protagonista e vítima da história, depois de brincar com todos os animais com um osso de galinha, que sobrou do almoço, não satisfeito, resolver brincar com o tigre. A inocência, ou a maldade de um indivíduo dessa idade lhe trouxe um diferente fim feliz, comum, que o mesmo costumava ouvir. Foi alertado várias vezes, não sei dizer se ouviu, estava empolgado, mexendo no selvagem. O pai, outro que me deixa duvidosa, não sei dizer se ouviu, estava distraído, esperando dar tudo errado. E deu. Expediente
Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes
Tigress > Ilustração: von Zzyzx
Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira
Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi e Isadora Nicastro Editorial Bianca Ogliari
Curitiba, 06 de agosto de 2014 > Edição 904 > LONA
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NOTÍCIAS DO DIA
Caminhão perde o freio próximo ao lago da UP Caminhão que levava os tablados da peça “Crazy For You” com Claudia Raia, perdeu o freio e caiu próximo ao lago da Universidade Positivo Lucas Souza
Um caminhão desgovernado caiu em um declive, às margens do lago da Universidade Positivo, na manhã de ontem. O veículo, que comportava 8 toneladas em tablados para o cenário da peça “Crazy For You – O Musical”, que tem os atores Claudia Raia e Jarbas Mello como protagonistas, estava estacionado na doca de descarregamento do grande auditório do Teatro Positivo, quando o acidente aconteceu. Segundo Leandro Terra Fontoura, assistente de produção do espetáculo, o sistema de freio a ar do caminhão da Transul Mudanças e Transportes parou de funcionar de repente, o que ocasionou o acidente. “O motorista chegou a se atirar do caminhão, com medo de que o veículo caísse dentro do lago, mas ninguém se feriu”, confirma. “Quando percebi que o caminhão começou a se mover, até tentei segura-lo com as mãos, mas rapidamente ele ganhou velocidade e desceu em direção ao lago”, conta Marcelo Freitas, contra-
A remoção levou cerca de vinte minutos > Foto: Lucas Souza
tado para auxiliar no descarregamento dos equipamentos. Durante a descida, um canteiro de flores e um poste de iluminação foram danificados. Contudo, a maior preocupação dos técnicos em segurança da UP eram as galerias de água que canalizam o lago, que pelo peso da estrutura poderiam romper. Em tentativa de aliviar o peso, os funcionários começaram a retirar as peças de madeira do caminhão, mas logo foram orientados a parar, pois o caminhão corria risco de tombar. O descarregamento só foi retomado por volta das 10h, quando um guincho foi acionado: o carro de apoio fixou cordas de aço que estabilizaram o caminhão. Assim que retiraram toda a carga, o carro guincho foi também estabilizado a outro caminhão de grande-porte e só depois disso foi possível retirar o veículo do barranco. Conforme o caminhão era puxado, as rodas eram travadas e escoradas com pedaços de madeira, para impedir que ele deslizasse novamente em direção ao lago. A retirada não demorou mais que vinte minutos. O motorista que estava na cabine no momento do acidente, aparentava estar assustado e preferiu não se identificar nem dar entrevista. Segundo os técnicos em segurança da universidade, uma parte da galeria ficou exposta, e por pouco não foi atingida. Histórico Acidentes automobilísticos são bem comuns dentro do campus da universidade. E infelizmente, em muitos dos casos a imprudência é o principal fator desencadeador dos mesmos. Há 3 anos, uma estudante capotou o carro dentro do estacionamento do ao lado do grande auditório do Teatro, também depois de cair
Acidentes são comuns no campus da Universidade > Foto: Giovani Izidório Cesconetto (Teia Notícias)
de um pequeno barranco. De acordo com matéria veiculada no portal Teia Notícias, testemunhas dizem ter visto a motorista do carro em alta velocidade. Segundo Márcia Aparecida, segurança da Estapar (empresa que presta serviços de estacionamento à Universidade) o veículo bateu no meio-fio e a condutora até tentou voltar, mas o carro já estava desgovernado. Ano pas-
“O motorista chegou a se atirar do caminhão.” sado, um estudante não identificado também desceu por um barranco em uma das curvas próximas à saída do campus e só foi parado pelas árvores. Segundo uma mensagem anônima na página “Spotted: Universidade Positivo”, o modelo Fiesta prata, acidentado, ficou abandonado no local por algumas horas antes de ser retirado. Nem os ônibus de transporte coletivo estão livres de acidentes. Na manhã da última quarta-feira (31), o ônibus da linha Universidade Positivo colidiu com um Fiat Palio branco, próximo a entra-
da da UP. Segundo relato da própria motorista, que preferiu não se identificar, em um impulso teria cruzado a rua na frente do ônibus por achar que ele iria parar no ponto, o que não aconteceu e acabaram batendo. Piores motoristas da UP A imprudência no trânsito dentro do campus da UP tem se tornado motivo de chacota pelos estudantes. A página “Os piores motoristas da Universidade Positivo” tem o objetivo de alertar as “barbeiragens” feitas pelos motoristas, para que eles “passem vergonha e nunca mais estacionem errado”, diz a página, sem perder o bom humor. Com mais de 5 mil curtidas, a página reúne situações como: carros estacionados em cima da calçada, ocupando duas vagas ou com roda em cima do meio-fio. Ainda são flagradas motos estacionadas em locais de carros e vans ocupando duas ou mais vagas. Casos extremos mostram não só a imprudência na hora de estacionar, mas a irresponsabilidade de muitos donos com seus animais de estimação. Em uma das fotos divulgadas, é possível ver um pequeno filhote de gato deixado dentro do carro com os vidros completamente fechados. Identifique também os piores motoristas da UP. Envie seus flagras (foto ou texto) para a página “Os piores motoristas da Universidade Positivo” no Facebook.
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GERAL
Casa do Contador de Histórias luta para se reerguer A estrutura da casa foi completamente danificada por um incêndio e voluntários realizam ações para reconstruir o local Graziela Fioreze
A Casa do Contador de Histórias é uma entidade cuja principal finalidade é incentivar a leitura para que a prática da contação de histórias não se perca no tempo. No entanto, um incêndio ocorrido em maio deste ano pôs em cheque a continuação do trabalho dos contadores. Com o local destruído, a realização de eventos beneficentes e a arrecadação de doações são algumas das medidas utilizadas para angariar fundos para a reconstrução da casa. O projeto Casa do Contador de Histórias nasceu em 2003, em Curitiba. Na época, não havia um espaço físico para a realização de encontros, porém, a casa estava instalada “no coração de cada contador”, afirmam os voluntários. Desde o início, o objetivo era atingir pessoas que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social, por meio do poder das histórias e da narrativa oral. Os voluntários faziam a contação em asilos, creches, escolas e outras instituições sociais. Três anos mais tarde,
o grupo foi agraciado com a cessão de uso de um imóvel no Centro Histórico da capital paranaense. A batalha para arrecadar o valor necessário para a construção e decoração do espaço levaria mais alguns anos, até que, em dezembro de 2013, instalou-se ali, no edifício amarelo, a verdadeira casa do Contador de Histórias, desta vez formada por paredes sólidas. A instituição conta com o voluntariado de cinquenta contadores, e segundo informações de um vídeo de divulgação que apresenta Martha Teixeira (voluntária e fundadora do grupo), trabalham em parceria com outras 10 instituições, conta . Em média, por mês, cerca de mil pessoas ouvem as histórias contadas pelos voluntários. Cursos são oferecidos para quem deseja participar da contação, como voluntário. Intitulado “a arte de contar histórias”, a oficina acontece cinco vezes por ano. “Ela desperta o contador que existe em cada um de nós”, afirma Lídia Luzia Aparecida Hanke Santos, diretora geral do projeto. O voluntário deve contribuir com o valor de R$270 (à vista), ou R$300 (divididos em duas parcelas). De acordo com os membros da diretoria, a oficina é a principal fonte de captação de recursos da entidade.
Fachaca da Casa, antes do acidente > Foto: Arquivo Casa do Contador de Histórias
O incêndio No dia 9 de maio deste ano, um incêndio tomou conta da casa ao lado e, consequentemente, atingiu a estrutura da Casa do Contador de Histórias. O desastre resultou em móveis perdidos, telhado destruído, acervo de bonecos e livros queimados. “Toda a parte superior da casa queimou”, afirma a
Os voluntários da Casa em frente ao prédio, antes do incêndio > Foto: Arquivo Casa do Contador de Histórias
diretora geral. “Uma sala era da administração, com computadores e todos os documentos, e do outro lado ficava a sala das tecelãs, com todo o material para fazer os chapéus e outros produtos que são vendidos na lojinha da casa”, completa. Diante do estrago, a casa foi imediatamente interditada, como permanece até hoje, dois meses depois. “É triste ver um espaço em que
“É triste ver tanta dedicação ser destruída pelo fogo.” os voluntários se dedicavam para apresentar às pessoas um mundo novo ser destruído pelo fogo”, afirma a educadora Deocélia Mayer Santos. Arrecadação O episódio mobilizou os voluntários da Casa na realização de ações para angariar fundos. A campanha em um site de financiamento coletivo arrecadou o valor de R$52.000,00, e contou com o apoio de 194 doadores. Com a quantia, será possível reconstruir o telhado e as paredes, mas ainda são necessários mais recursos para refazer a rede
elétrica e hidráulica, além de um novo piso, pintura do espaço e reposição de todos os materiais e mobília que foram destruídos pelo fogo. No fim de julho, entre os dias 28 e 29, foi realizado no Guairinha o festival “O que der na telha”, com a participação de artistas como Carlos Simas e Beth Vieiro, que apresentaram a música medieval, Viola Quebrada e o Grupo de Dança Fernanda Becker. “Os artistas doaram seu trabalho para a casa”, ressalta Lídia. Toda a renda da venda de ingressos foi revertida para a entidade. Uma importante parceria também foi fechada com os organizadores do Festival de Inverno de Curitiba. Parte da renda - R$ 1,00 de cada prato vendido – será destinada à Casa. Urnas também foram colocadas nos pontos para receber as doações diretas do público durante todo o evento, que dura 11 dias. Ainda, no mês de agosto e setembro, outras ações já estão programadas, como a realização de um bazar e o Baile Celta, com danças circulares. A previsão é de que até o final de agosto as obras para a reforma possam ser iniciadas. De acordo com a diretora geral da Casa, a expectativa é de que até dezembro o espaço seja totalmente reaberto. “A gente quer reinaugurar a casa com festa, celebrando essa vitória de reerguer a casa”, finaliza.
Curitiba, 06 de agosto de 2014 > Edição 904 > LONA
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COLUNISTAS
8Bits
Luiza Romagnoli
Um patinho foi passear para energia criar A princípio, a criatividade humana já foi esgotada para a invenção de novas tecnologias sustentáveis. Até agora. Eis que quatro designers britânicos, (Hareth Pochee, Adam Khan, Louis Leger e Patrick Fryer) estão fazendo bastante sucesso no maravilhoso país da internet com seu conceito de pato gigante (12 andares de altura!) de painéis solares. Sim, você leu certo e sim, eu tenho certeza que eles não são russos. A escultura do pato é inspirada no simpático patinho eider-edredão, que é
bem comum na Europa e no Canadá. Mas o pato gigante flutuante-sustentável-com-painéis-solares ainda é apenas uma ideia, bem mirabolante - e fofa. A escultura foi projetada para a cidade de Copenhague, na Dinamarca, que pretende ser a primeira capital neutra em emissões de carbono até o ano de 2025. Mas não há previsões para que ele seja construído de verdade. Por ser coberto com centenas de painéis solares, o patinho capta a radiação do nosso astro maior, que dá nome ao
sistema solar: o sol, e transforma em energia elétrica, tchans! Além disso, a escultura também conta com geradores hidroelétricos em sua região inferior, onde fica submerso. Durante a noite, o pato “afunda” o suficiente para que uma quantidade necessária de água entre na região das turbinas. Depois, um sistema de tubos é encarregado de dispensar o líquido de volta para o mar até que a o pato volte para seu nível de flutuação normal. Quando a energia tem de ser distribuída, a base inundada do pato produz uma quantidade de eletricidade necessária para ser transferida para uma rede nacional. Adendo: nas aves aquáticas de verdade, a energia delas é acumulada na barriga, por isso o projeto foi inspirado num pato e não em um T-Rex. Embora a ideia do T-Rex fosse, para essa aqui que escreve, bem mais legal, né? Além de toda a sustentabilidade, o patinho vai ser uma coisa bem bonita de se ver. Ele será construído a partir de aço leve, que define sua forma e su-
porta os componentes solares – que formam a maior parte de sua pele, aplicada mais especificamente em áreas que recebem uma boa quantidade de radiação solar, ou seja, na metade superior do pato. Em seu interior, os visitantes (!!!) são convidados a percorrer o seu caminho através de uma estrutura em forma de favos de mel em aço leve, com vista para cima revelando uma treliça de painéis fotovoltaicos em silhueta, iluminados pela luz do dia que entrará pelas frestas de ar. À noite, o pato é iluminado por lâmpadas LED de alimentação baixa que mudam de cor num ritmo proporcional à saída das turbinas hidráulicas. Ufa! Eta tecnologia maravilhosa! Obrigada, Odin. Segundo o site DesignBoom, o projeto foi desenvolvido para o Land Art Generator Initiative (LAGI), uma espécie de concurso para conceitos que misturem artes visuais e tecnologias para captação de energia renovável. Fofo e sustentável. Mas cá entre nós? Não querendo me repetir: eu preferiria um T-Rex com painéis solares.
E nada mudou Na liderança desde o ano passado, a equipe cruzeirense só vai mal contra o Galo. Já, no derby paulista, o Corinthians levou a melhor, há mais de três anos que a equipe do Parque São Jorge não perde para o arquirrival Palmeiras. E na Arena da Baixada a torcida rubro negra não pôde acompanhar a derrota do Atlético Paranaense, que jogou com portões fechados. O Coritiba foi ao Olímpico e ganhou de virada do Grêmio, aos 48 do segundo tempo. Com uma equipe forte, o time do Cruzeiro dá passadas largas em busca do título brasileiro, tentando embalar dois nacionais seguidos. Fazendo uma campanha de dar inveja ao rival mineiro, e também às outras equipes. A festa é comanda pelo artilheiro Ricardo Goulart e pelo camisa 17, Everton Ribeiro, que vai se tornando o principal craque do brasileiro. A raposa chega à quarta vitória seguida e a nação azul celeste não tem do que reclamar, se continuar no mesmo ritmo, ninguém tira o título.
De camisa nova, o Corinthians venceu fácil o Palmeiras. Com gols de Paolo Guerrero e Petros, o primeiro clássico na Arena Corinthians foi marcado pela supremacia alvinegra sobre seu adversário, que não consegue um resultado positivo há mais de 3 anos. O lado negativo ficou por parte da torcida, que não sabe se comportar nos jogos. Algumas partes do estádio foram danificadas pelos visitantes, e por incrível que pareça, pela torcida da casa. As cadeiras quebradas pela torcida organizada do Palmeiras serão pagas pelo clube, uma vez que, após uma reunião, ambos comprometeram-se a arcar com prejuízos provocados pelas duas torcidas. Tirando esse ato de vandalismo, a partida como um todo correu bem, sem maiores problemas. O time do Morumbi teve a reestreia de um antigo ídolo, Kaká, que conseguiu marcar no primeiro jogo, mas não evitou a derrota do São Paulo. O tricolor
Minuto Final
Cleberton Mendes
jogou mal e perdeu para o Goiás no Cerra Dourada, com gols de Amaral e Bruno Mineiro pela equipe esmeraldina. Em Santos os meninos da vila garantiram os 3 pontos com 3 gols na Vila Belmiro sobre o Chapecoense, e ficam apenas 2 pontos do G4.
ano passado, na Arena Joinville, o clube paranaense precisa cumprir quatro jogos sem torcida. Com a punição, os paranaenses jogaram com portões fechados. Sem críticas, ou apoio da torcida, o furacão foi dominado, atordoado e não conseguiu reagir.
Em jogo sem torcida, o Atlético-PR sofreu uma goleada e caiu para a décima posição. Com gols de Jean, Conca e Cícero, o time carioca pulou para a terceira posição do Campeonato Brasileiro. Por conta da pena sofrida em razão da briga violenta entre torcedores atleticanos e vascaínos, em jogo válido pela última rodada do Brasileirão do
A outra equipe paraense fez bonito, com gol aos 48 do segundo tempo, o Coritiba garantiu a vitória de virada sobre o Grêmio, em pleno Olímpico por 3 a 2. No clássico carioca o Flamengo pegou um Botafogo frágil, com vitória magra, o rubro negro dificultou mais a vida do Fogão, que vai lutar ao lado do Flamengo para não cair.
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ACONTECEU NESTE DIA
“Litlle Boy” mata 70 mil pessoas em Hiroshima No dia 6 de agosto de 1945, durante o período da Segunda Guerra Mundial, a arma nuclear intitulada de MK I “Little Boy”, (“garotinho”, em português), foi largada sobre a cidade de Hiroshima, no Japão, a partir de um avião, a 31 mil pés (9.450m) de altitude. A bomba, vinda dos Estados Unidos, explodiu por volta das 8h15 da manhã, a 600m do solo, com uma potência de explosão equivalente à de 13 Kilotons de TNT. A “Little Boy” tinha
3m de comprimento, 71cm de largura e massa de 4 toneladas. Foi a primeira das duas únicas armas nucleares utilizadas em guerra. Aproximadamente 70 mil pessoas foram mortas, e outras 70 mil feridas. Um número maior de pessoas foi morrendo após a explosão, devido ao resultado de radiações do ataque. Também, muitas mães grávidas perderam seus filhos e, em outros casos, as crianças nasceram deformadas.
Modelo da bomba Litttle Boy > Foto: Arquivo Fotopedia
#PARTIU Em Cartaz A Floresta de Jonathas Drama > 98min > 12 anos A Vida dos Peixes Drama > 84min > 14 anos Lunchbox Romance > 104min > 12 anos Império do Sol Drama > 154min > Livre
Teatro Crazy For You Local: Teatro Positivo Data: 8, 9 e 10 de agosto Horário: 21h30, 21h15 e 19h15 > Classificação: Livre Ingressos: R$31 a R$206 (de acordo com o setor) Até que o Casamento nos Separe Local: Teatro Lala Schneider Data: 8 de agosto Horário: 23h59 > Classificação: 14 anos Ingressos: R$ 30
Shows Forrobodó Local: Teatro Guaíra Data: 9 de agosto Horário: 21h > Classificação: 12 anos Ingressos: R$ 50,00 Capital Inicial Local: Curitiba Master Hall Data: 8 de agosto Horário: 22h > Classificação: 18 anos Ingressos: R$76 a R$306 (de acordo com o setor)
Crazy for you nos palcos da capital paranaense Primeiro musical de sapateado da Broadway produzido no Brasil tem tradução das músicas por Miguel Falabella e atuação de Cláudia Raia A comédia romântica Crazy For You é sobre a história de Bobby Child, um homem rico de Nova York que não tem interesse nos negócios da família: sua vontade é passar a vida dançando e cantarolando. Obrigado, Bobby embarca em uma viagem para cobrar uma dívida na pequena cidade de Pedra Morta. Lá, se apaixona por Polly, a filha do dono do de um estabelecimento endividado, o teatro da cidade. “De repente o amor coloriu essa paisagem. E eu juro não é miragem. Ah! De repente o amor...ele sorriu para mim!”, esses versos são cantados por Jarbas Homem de Mello que interpreta Bobby Child. A interpretação de Polly fica para a atriz Cláudia Raia. Com um estilo country do velho oeste, as melodias originais são do compositor americano George Gershwin e a versão brasileira das músicas foi feita por Miguel Falabella, que traduziu as letras de Ira Gershwin escritas em inglês. O musical conta com uma grande produção com uma orquestra composta por 14 músicos e um elenco de 26 atores, bailarinos e sapateadores. O elenco foi ensaiado por Angelique Ilo, que foi
Musical é estrelado por Cláudia Raia > Foto: Divulgação
escolhida pela criadora da coreografia orginal, Susan Stroman para coordenar o projeto no Brasil. O musical é inspirado em um clássico musical “Girl Crazy”, de 1930. Depois de três adaptações para o cinema, em 1992 o Crazy For You fez sucesso na Broadway e foi indicado para 9 categorias no prêmio Tony, o Oscar dos musicais. Desde essa época, Cláudia Raia sonha em montar o espetáculo em português e hoje é uma das realizadoras do espetáculo.