O único jornal-laboratório diário do Brasil
lona.redeteia.com
Ano XV > Edição 909 > Curitiba, 13 de agosto de 2014
Após 30 anos, ALEP abrirá edital para concurso público EDITORIAL “Um dos objetivos do concurso é diminuir o número de pessoas no cargo por ‘indicação’.” p. 2
Foto: Lucia Nicastro
OPINIÃO
Projeto de extensão dá ao idoso chance de inserção no Ensino Superior
A Universidade Aberta à Terceira Idade proporciona aos idosos acima de 55 anos a oportunidade de inclusão acadêmica de forma gratuita p. 4
“É perceptível que os interesses da Universidade estão acima da intenção de ajudar e valorizar o aluno.” p. 2
#PARTIU Escritor Ariano Suassuna granha projeto multimídia em homenagem à sua obra e vida p. 6
Foto: Bruno Henrique
Comissão está avaliando cargos que estão, ou ficarão, disponíveis após a aposentadoria de diversos funcionários da Assembleia Legislap.3 tiva do Paraná; maiores detalhes ainda não foram divulgados COLUNISTAS Cleberton Mendes “Nos últimos anos, não foram só os gols que decidiram os rebaixados, e os classificados; com uma influência um pouco menor, o STJD teve uma particip. 5 pação maior do que deveria.” Luiza Romagnoli “O Google deu mais um passo para a concretização do seu Império no mundo físico. Se o Darth Vader tem os Stormtroopers, o Google tem o SelfDriving Car.” p. 5
LONA > Edição 909 > Curitiba, 13 de agosto de 2014
2
EDITORIAL
Mais um passo para a mudança
Após 14 anos desde sua última seleção, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), e o primeiro 1º secretário, deputado Plauto Miró (DEM), lançam um concurso público, sendo planejado para acontecer em meados do segundo semestre, sem data prevista, quais nem com informações sobre cargos que serão ofertados e ou número de vagas, . Oo concurso bem vem com novos ideais, dando chances a novas pessoas, o concursoe promete fazer revitalizar a Assembleiauma repaginada, já que grande parte dos trabalhadores de várias gerações estão se aposentando. Rossoni exigiu também que o concurso seja feito com o máximo de transparência, dando continuidade assim no projeto de moralização do Poder Legislativo. “O concurso vai encerrar o ciclo da nossa administração. Queremos muita transparência e vamos elaborar um concurso que deverá atender as demandas técnicas da Assembleia. Tenho pedido empenho e agilidade dos membros da Comissão e também das diretorias envolvidas no assunto. Tenho certeza de que, depois de 14 anos sem a realização de um concurso público, a nossa Assembleia dá mais uma demonstração de que hoje tem uma cara nova”, disse Rossoni. Um dos maiores objetivos do concurso é diminuir o número de pessoas que conseguiram o cargo por “indicação”. , também pudera, dDurante todos esses 14 anos sem concurso, a Assembleia, pode-se dizer, que hoje vive em família, e com o concurso, os profissionais, talvez não tão profissionais assim, serão substituídos por funcionários concursados. O último concurso A última seleção feito feita pela Assembleia foi em junho de 1999, apenas para a função de taquígrafo. Cinco vagas foram abertas e então preenchidas. E só agora foram lançadas novas oportunidades para outras pessoas sem precisar de uma “mãozinha”. Apenas papel, caneta e mente. E para os preocupados que com certeza contra argumentaram com si mesmo durante a leitura, a maresia de eleições que vem pela frente não atrapalhará em nada relacionado ao concurso. Será a chance de a Assembleia se reinventar e estabelecer critérios transparentes e bem mais honestos para contratações. A mudança, que começou com a divulgação de diários secretos que contratavam e exoneravam funcionários sem nenhum tipo de fiscalização, pode ser finalizada com o concurso que está por vir.
OPINIÃO
Via de mão única Pamela Castilho Cohene
Chegar ao último ano de faculdade é, sem dúvida alguma, uma conquista. E para comprovar isso, basta fazer um balanço de quantas pessoas desistiram ao longo do caminho: quando entrei no primeiro ano do curso de jornalismo, em 2011, minha sala tinha aproximadamente uns 30 alunos frequentando as aulas no período da manhã. No turno da noite a turma era pequena, com quase 20 alunos. Perto de outros cursos, o número era pouco significativo. Hoje, em 2014, sobrevivem nesta caminhada apenas uma turma de 25 pessoas à noite, e outra de incríveis três ou quatro alunos que estudam de manhã. Listar os motivos das desistências é irrelevante, uma vez que a maioria dessas saídas aconteceu simplesmente devido à descoberta de que “ops! Isso não é para mim”. Tendo em vista que a grande maioria dos que seguem se encontraram no curso, há quem diga que, por o caminho estar quase todo trilhado, não existem dificuldades relevantes. Mero engano. Quando ingressamos na Universidade Positivo, dissemos com a boca cheia que adoramos a estrutura que nos é oferecida. O campus bonito encanta, é claro. Acontece que, nesses quatro anos, a maioria de nós percebe um paradoxo: recebemos os avisos das mensalidades por e-mail, SMS, e se fosse possível, receberíamos inclusive por sinal de fumaça. Porém, na hora de recolher uma simples assinatura da UP, são necessários inexplicáveis três dias para que eu Expediente
Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes
busque os documentos e, aí sim, possa levar ao CIEE (isso quando não estendem o prazo para essa atividade, e muitos mais dias são adicionados à essa espera). A burocracia é necessária, sim. Mas é perceptível que os interesses da Universidade estão acima da intenção de ajudar e valorizar o aluno. Outro exemplo foi uma iniciativa do curso de publicidade que, numa data comemorativa, queria fazer um projeto de intervenção urbana pelo campus. Uma pena, mas a universidade não apoiou o projeto, e um dos professores bancou os custos da ideia totalmente sozinho. Os computadores dos corredores e da nossa querida Rede Teia, não
é preciso dizer, estão lastimáveis. Em 2012, fiz uma reclamação na Ouvidoria sobre uma goteira no último andar do bloco azul. mesmo assim, quando chove ainda vejo as plaquinhas de “cuidado, piso molhado”. É triste estar para sair com essa impressão da universidade em que passei quase quatro anos muito bons. Para quem ainda tem mais anos pela frente, digo: não deixem passar. Não achem normal sentar em frente a um computador e, por ele não ligar, ter que migrar para outro. Dizer que o aluno faz o curso pode até ser verdade em alguns quesitos, mas ter uma boa estrutura e uma boa relação entre aluno/universidade valoriza e muito qualquer formação.
Franz Kafka e Max Weber ilustram a “Bureaucracy” > Ilustração: Harald Groven
Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira
Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi e Isadora Nicastro Editorial Da Redação
Curitiba, 13 de agosto de 2014 > Edição 909 > LONA
3
NOTÍCIAS DO DIA
Devido a aposentadorias, ALEP se prepara para concurso Objetivo da abertura de um concurso após tanto tempo (30 anos) seria repor funcionários de outras gestões que estão se aposentando Bruno Henrique
A Assembleia Legislativa do Paraná pretende fazer um concurso público para novos cargos e substituir funcionários que estão se aposentando. Segundo a assessoria de comunicação da Presidência, com “a publicação da lei que regulamenta o quadro funcional do Poder Legislativo estadual (Diário oficial do estado imprensa: n18135/2014 pg. 3) foi um passo importante para a realização do concurso público na Assembleia Legislativa. O deputado disse que as tratativas para a realização das provas agora envolvem a Diretoria Geral da Assembleia e a instituição que irá realizar o processo”. Rossoni também ressaltou que o período eleitoral não será um problema para o lançamento do concurso, ou seja, a legislação impede apenas a nomeação de servidores nesse período, não a realização das avaliações. Buscando informações mais atualizadas com a assessoria da Assembleia, já existe uma comissão trabalhando den-
tro da ALEP, verificando as demandas em cada setor. O principal objetivo é repor funcionários, pois grande parte dos empregados de outras gestões e até da atual, estão se aposentando, e a presidência quer fazer a manutenção do quadro de funcionários e a renovação em diversos setores, ou seja, a comissão vai trabalhar com cargos onde tem pessoas se aposentando. Ainda não se sabe a quantidade de vagas, nem as datas previstas para o exame, também não foram informados os cargos pretendidos. O principal objetivo desta comissão é buscar preencher em todas as áreas pessoas com nível técnico exclusivo para determinados setores. Segundo a notícia vinculada ao site da ALEP, a Universidade Estadual de Ponta Grossa, já está em diálogo com a Assembléia, porem não é descartada nenhuma outra instituição.
Comissão interna já está fazendo levantamento para novos funcionários > Foto: Bruno Henrique
A parte boa disso tudo é que muitos dos que estão comissionados a lideranças e partidos terão a oportunidade de se tornarem funcionários efetivos, claro se aprovados na prova, ou seja, quando acabar esta gestão muitos deles perderiam seus cargos e agora podem planejar suas carreiras com o olhar no futuro. A assessoria dizer que ficar 30 anos sem fazer concursos públicos pode ser um desafio, eles pretendem fazer a prova, já os gastos não serão altos e os cofres públicos não sofrerão uma perda significativa, isso é bem do estilo de Rossoni que desde que chegou a presidência da ALEP fez uma economia de mais de 600 milhões, assim diz a assessoria.
ALEP ainda não liberou maiores detalhes sobre o edital > Foto: Bruno Henrique
Sylvio Sebastini denuncia concurso “inexistente” Edital de suposto concurso de 1984 nunca foi encontrado, suspeitase que o ocorrido tenha a ver com contratações irregulares Por outro lado o edital de 1984 nunca foi encontrado. Segundo Sylvio Sebastiani, que já trabalhou na Assembleia Legislativa do Paraná na década de setenta e luta contra o desmando. “Este concurso deve ser um ‘chucho’ para proteger aqueles que são aliados, somado ao ótimo salário e a grande concorrência quem não ia querer participar?”, afirma Sebastiani. “Provavelmente pessoas do Brasil todo venham atrás deste concurso”, ressalta ainda. Sylvio entrou na Assembleia em 1973, sem concurso público e acompanhou este “inexistente edital”, segundo palavras dele. Seguindo o comentário de Sylvio, e procurando por dados constata-se que “houve um único concurso em 1999, para taquigrafo e não existe edital de 1984, acabaram elegendo muitos sem a existência do concurso”. Sebastiani também comentou que Hermas Brandão, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná,
em 2006 baixou uma lei efetivando 500 funcionários. Essa tática pode ter sido utilizada pelo primeiro secretário da comissão executiva na época de Hermas, entre 2001 a 2003, o atual presidente da Assembleia, o deputado Valdir Rossoni. O mesmo era afiliado ao partido Trabalhista Brasileiro, na época, e hoje está no PSDB. Isso tudo aém da existência de funcionários fantasmas e do fato que aconteceu com a família Traiano (Ademar Luiz Traiano Junior, Gabriela Traiano, Osmar traiano, Eduardo Traiano entre outros) que ocupou vários cargos na ALEP como comissionados. “Quem não gostaria de ficar ganhando 25 mil por mês sem aparecer nas seções da Assembleia?”, denuncia Sebastiani, sobre o fato de filhos e parentes serem funcionários laranjas de alguns políticos.
LONA > Edição 909 > Curitiba, 13 de agosto de 2014
4
GERAL
Universidade Aberta pode inserir idosos em faculdade A Universidade Aberta à Terceira Idade traz aos idosos uma nova visão de mundo, oferecendo atividades que os reintegram à sociedade Luiza Rampelotti Pinto
A UNATI, Universidade Aberta à Terceira Idade, é um projeto de extensão da Unespar (Universidade Estadual do Paraná), em Paranaguá. O projeto desenvolve um trabalho multidisciplinar com o objetivo de resgatar a cidadania da terceira idade com atividades físicas, culturais e a possibilidade de inserção acadêmica. A proposta engloba idosos acima de 55 anos, que saibam ler e escrever, e é gratuita. A novidade que a UNATI traz é a possibilidade do idoso entrar na faculdade, sem vestibular, e cursar até três disciplinas por ano. Para isso, é necessário se inscrever, participar das ações acadêmicas (como atividades em sala de aula, palestras, oficinas literárias etc), e após um ano e meio, o idoso recebe seu diploma. A partir daí o aluno pode se matricular na Unespar. A proposta pedagógica da UNATI, coordenada pela pedagoga Rosilda Salete, é a de ser uma Escola Diferencia-
da, já que apesar de existirem idosos que sejam, por exemplo, professores aposentados, fazendo parte do projeto, também existem aqueles que têm muita dificuldade em ler e escrever. Para isso, os assuntos tratados na Escola incluem, além das disciplinas acadêmicas normais (que são tratadas de forma mais leve), o raciocínio, atenção e a convivência social, que são abordados de forma mais profunda. ‘’A Escola Diferenciada pretende dar aos idosos uma nova visão de mundo’’, declara Rosilda. Além das atividades acadêmicas, o idoso conta, ainda, com atividades físicas e recreativas; convivências; viagens; festas; grupo de dança, de vozes e de teatro; aulas de yoga e tai chi chuan; entre outros meios para a inserção comunitária. Jandira Gonzaga, criadora e coordenadora da UNATI, afirma que viver muito não é o suficiente, é preciso qualidade de vida, para isso ela desenvolveu o projeto, que hoje conta com mais de 115 integrantes.
Alunos da UNATI no 17º Encontro da Feliz Idade > Foto: Arquivo UNATI
Glacielly Cascao, professora de dança na UNATI, diz que é uma experiência maravilhosa ter um grupo de dança todo formado por idosos, e se orgulha muito de ser professora do primeiro grupo composto apenas por homens da terceira idade em Paranaguá. ‘’Eles dançam, vão para os bailes, fazem apresentações. É lindo de ver’’, diz. Para Roseli Anastácio, aposentada de 66 anos, entrar na UNATI foi uma renovação de vida. Após se separar do marido, ela se sentia muito solitária e triste. Na UNATI se encontrou. Fez amigos e hoje aproveita todas as oportunidades que a Universidade oferece e tem uma vida muito mais feliz e saudável.
Alunos da Uiversidade em uma de suas apresentações > Foto: Arquivo UNATI
Tai chi chuan é ideal para a terceira idade A atividade terapêutica melhora a saúde física e mental, previne doenças, combate o estresse e tem até poder de rejuvenescimento O tai chi chuan que inicialmente era apenas uma arte marcial chinesa, hoje é uma das cinco melhores atividades físicas, eleitas pela Harvard Medical School. Em seu uso terapêutico, a atividade busca o equilíbrio do corpo e da mente. A atividade é ideal para a terceira idade, já que as vantagens dessa ‘’meditação em movimento’’ reduzem as quedas provocadas pelo avanço da idade. Além disso, sua prática constante gera força, resistência muscular e flexibilidade. O exercício físico melhora a qualidade e a expectativa de vida do idoso, ajudando nas atividades diárias da vida, além de estimular a convivência social. Os benefícios do tai chi são diversos, redução das dores musculares, melhora no equilíbrio e memória, prevenção do estresse e da depressão, além de outros. Valquíria Zamboni, professora de tai chi chuan na Universidade Aberta à
Terceira Idade, diz que é muito saudável os idosos praticarem o exercício. Após a atividade eles sentem uma sensação de bem estar. Elena Viana, aposentada de 62 anos, diz que as atividades promovidas pela Universidade em conjunto com o tai chi foram essenciais para que ela saisse da depressão em que entrou após perder o marido. Ela afirma que com as aulas de tai chi chuan sua saúde melhorou muito. ‘’Acordo bem disposta, tenho um bom equilíbrio, e a depressão sumiu’’, declara Elena. O tai chi chuan é a arte terapêutica mais suave e fácil de ser aprendida. Tem poder de rejuvenescimento, pois a prática pode baixar a pressão sanguínea, estimular a circulação e fortalecer o sistema imunológico. Além dos benefícios físicos, o tai chi é recomendado para aqueles que querem desestressar e relaxar, fortalecendo a ideia de que corpo e alma são um só.
Curitiba, 13 de agosto de 2014 > Edição 909 > LONA
5
COLUNISTAS
Minuto Final
Cleberton Mendes
Decidindo fora de campo Nos últimos campeonatos nacionais, não foram só os gols que decidiram os rebaixados, e os classificados para a Libertadores; com uma influência um pouco menor no campeão, o STJD teve uma participação maior do que deveria. Esse ano não está sendo diferente. Em meio a muitas polêmicas, , é o procurador-geral do Tribunal Paulo Schmitt é personagem principal. Com uma estreita relação com o tricolor carioca, ele deixa sua posição como torcedor transparecer em muitos momentos. Casos de recla-
mações de clubes como Flamengo (caso Ronaldinho, e mais recentemente Léo Moura), Vasco e Botafogo são recorrentes. Punições de infrações idênticas costumam ter peso diferente. O caso da Portuguesa em 2013, no qual o atleta Héverton jogou irregular, e o clube perdeu 3 pontos, sendo rebaixado. Enquanto o Cruzeiro, com Elisson na mesma situação, foi absolvido e não perde nenhum ponto. O Cruzeiro ganhou o campeonato com vantagem, mas a irregularidade foi a mesma, e a punição não veio.
Quando algumas camisas influenciam, de forma negativa ou positiva, depende de qual é o interesse.
gerando fama para a família, chamada uma época de “família tapetão”. Hoje Flávio é auditor na entidade.
Para Flávio Zveiter, ex-Presidente do STJD, o procurador-geral da corte Paulo Schmitt tem mandato ilimitado, podendo se reeleger de forma sucessiva, sem limitação de mandatos para seu cargo. Assim Flávio Zveiter rechaçou a tese de especialistas em direito esportivo, que entendem que o procurador está irregular porque a legislação prevê restrição de tempo na procuradoria. Mas como certas coisas não são para se entender, o procurador segue exercendo a função, aparentemente, de forma irregular. Schmitt contra-argumenta dizendo que a norma só se aplica a auditores, e não a procuradores. Ele ocupa o cargo no tribunal desde de 2006.
A última do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, é a suposta agressão de um jogador do Sport Clube Corinthians Paulista. O atleta Petros chocou-se com Raphael Claus, árbitro do jogo, que não chegou anotar nada em súmula no momento, mas no dia seguinte resolveu alterar a mesma, afirmando que houve agressão. Petros é líder em desarmes na competição, com 43, vem sendo um dos triunfos da equipe paulista no campeonato, que tem a melhor defesa. Ao lado de Elias e Ralf, a equipe não perdeu nenhum jogo.
Flávio Zveiter também não fica de fora no quesito críticas. Filho do ex-presidente do STJD, Luis Zveiter, Flávio recebeu inúmeras censuras durante seu mandato como presidente. Função que já foi, inclusive, de seu tio, e acabou
Se for condenado, o jogador pode desfalcar a equipe paulista, que ocupa a 3° posição, por pelo menos 180 dias. Em um momento importante da competição, com diferença do primeiro colocado para o quarto de apenas 4 pontos, essa interferência do STJD pode ser significativa, e mudar a história que vem se desenhando no campeonato.
Sobre carros e a dominação mundial Google. A empresa que dominará o mundo – segundo as minhas teorias mais mirabolantes -, deu mais um passo para a concretização do seu Império no mundo físico. Se o Darth Vader tem os Stormtroopers, o Google tem o Self-Driving Car. Zoeiras a parte (mentira, não existe isso de “a parte” com a zoeira), a Google vem trabalhando há algum tempo na ideia de carros que conseguem se “auto dirigir”. Isso mesmo, sem um humano por trás do volante. Em maio desse ano, o Google divulgou no seu blog oficial um vídeo de um carrinho protótipo que abandona totalmente qualquer forma de volante. Mas eu ainda me pergunto como o carro lidaria com motoristas humanos bêbados e/ou barbeiros. Outra coisa muito intrigante sobre o Self-Driving Car, é o fato de ele não contar com sistemas convencionais de acelerador e freio. Segundo o cofundador da organização, Sergey Brin, via blog oficial do Google, essas mudanças
trazem alguns benefícios de segurança, já que o carro do Google pode adotar sensores de segurança em locais inacessíveis para veículos normais. Apesar do carrinho ser todo luxo e contar com um sistema de direção assistida e freios eficientes, existe um grande botão “PARE” que dá aos usuários controle sobre a máquina quando ele se comporta de maneira inesperada, e talvez queira se rebelar contra seu dono porque deu erro na Matrix. Segundo o site Re/code, a experiência de andar no novo carro elétrico é igual àquela, bem rotineira e cotidiana, que se tem ao dar um rolê pela Disney — mas faz sentido se levarmos em consideração que a velocidade máxima atingida pelo carro é de 40 quilômetros por hora. Sergey Brin afirma que, assim que os sistemas de segurança desenvolvidos pela Google forem devidamente testados, o veículo deve ser capaz de se locomover a até 160 km/h.
8Bits
Luiza Romagnoli
Quero só ver o tal do botão de “Pare” funcionar nessa velocidade. Apesar da Google não nos dar uma data certa para a novidade tomar as ruas, já fizeram testes com pessoas comuns (só para ver se o carro não explode mesmo), e todos os participantes gostaram muito de como ele funciona. Além disso, em uma conferência de robótica que aconteceu na cidade de Santa Clara, na Califórnia (EUA), os carros que dirigem sozinhos estão apresentando um desempenho de pilotagem mais suave e seguro do que o de motoristas profissionais humanos e treinados. Uma das análises feitas mos-
trou que o veículo foi acelerado e freado de forma significativamente mais brusca enquanto um humano estava atrás do volante, do que quando o carro estava se “autodirigindo”. Ainda de acordo com o texto publicado no blog oficial da Google, o Self-Driving Car já percorreu cerca de 1,1 milhão de km em vias urbanas sem intervenção de nenhum humano! Esse ninguém vende “0km”. Apesar de parecer tudo lindo, eu tenho apenas um medo: que nós acabemos nunca mais levantando desse carro e fiquemos iguais aos humanos roliços de filme “Wall-E”. Oremos.
LONA > Edição 909 > Curitiba, 13 de agosto de 2014
6
ACONTECEU NESTE DIA
Tem início a construção do Muro de Berlim Iniciada na madrugada de 13 de Agosto de 1961, a construção do Muro de Berlim era um segredo até então, e gerou controvérsias por parte de autoridades e da população. O muro era uma barreira levantada pela Alemanha Oriental durante a Guerra Fria, que abrangia toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha e da Berlim Oriental. Além de dividir a cidade ao meio, a barreira simbolizava a divisão do
mundo em dois grandes blocos: a República Federal da Alemanha (RFA), constituída pelos países capitalistas liderados pelos Estados Unidos, e a República Democrática Alemã (RDA), constituída pelos países socialistas defensores do regime soviético. O muro era vigiado por militares com ordens para matar os que tentassem escapar. No total, 80 pessoas foram mortas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas. Em novembro de 1989, o muro começou a ser derrubado.
O Muro de Berlim, em 2009, após o fim da divisão da Alemanha > Foto: Tamara Costa
#PARTIU Em Cartaz O Estudante Drama > 110min > 14 anos Paraíso comédia > 105min > 12 anos Uma Lição de Vida Drama > 121min > 12 anos Vestido Pra Casar Comédia > 101min > 12 anos
Exposições O Decifrador Local: CAIXA Cultural Curitiba Data: até 17 de agosto Horário: de terça a sábado das 09h às 20h e domingo das 10h às 19h > Ingresso: Gratuito Ex-votos (exposição de Ana Vaz) Local: Palacete dos Leões (Espaço Cultural BRDE - Av. João Gualberto, 530) Data: até 27 de agosto Horário: das 12h30 às 18h > Ingresso: Gratuito
Shows Cluster Sisters Apresentação inédita em Curitiba do trio retrô de Londrina, sucesso no programa “Superstar” Data: 16 de agosto Local: Crossroads Horário: 22h30 > Ingresso: R$40,00 O Mundo Lá Dentro - Guto Horn Data: até 17 de agosto Local: Teatro Paiol Ingresso: R$ 5 (inteira) e R$2,50 (meia)
Projeto homenageia vida e obra de Suassuna Planejado ainda antes da morte do paraibano, projeto multimídia já passou por Brasília, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza Mundialmente reconhecido, Ariano Suassuna foi poeta, romancista, dramaturgo, ensaísta, e até mesmo teórico do Movimento Armorial. Entre suas obras estão 15 peças teatrais, seis romances e quatro livros de poesia. Muitas de suas produções acabaram sendo transfomadas em filmes, ou programas de TV, como é o caso de sua reconhecidíssima “O Auto da Compadecida”, de 1955. Ocupante da caideira número 32 da Academia Brasileira de Letras, o escritor também fazia parte da Academia Paraibana de Letras. Entitulado “Ariano Suassuna – Arte como Missão”, o projeto foi idealizado por Elias Sabbag e Marcos Azevedo, a ideia é trazida à capital paranense pela CAIXA Cultural, e além de exposição fotográfica, contou ainda com ciclo de filmes e aula -espetáculo sobre o brasileiro. A exposição fotográfica, que ocorre até 17 de agosto é de autoria do fotógrafo Alexandre Nóbrega, e trata-se da reunião de imagens descontraídas do escritor. Fotografias como a de Suassuna lendo deitado no chão de um aeroporto, ou apenas desansando em sua casa, no Re-
O autor Ariano Suassuna, que ganhou homenagem > Foto: Wilson Dias (Agência Brasil)
cife, estão entre as obras em exposição. Já, o ciclo de filmes, foi realizado do dia 11 até hoje, e é composto pela apresentação de sete produções. São elas: O Auto da Compadecida, adaptação para cinema; o documentário “O sertão mundo de Suassuna”, de autoria de Douglas Machado; e as produções adaptadas para a televisão de peças como “A Pedra do Reino”, “A Farsa da Boa Preguiça” e “O Santo e a Porca”. Hoje, a partir das 14 horas serão apresentados três filmes de obras do paraibano, na CAIXA Cultural com entrada franca.