Lona 912

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O único jornal-laboratório diário do Brasil

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Ano XV > Edição 912 > Curitiba, 18 de agosto de 2014

Foto: Arquivo Prefeitura de Curitiba

Moradores economizam até 30% na cesta básica Além da queda de 7,11% no custo da cesta básica em Curitiba, população carente pode pagar em média 30% a menos no atual valor, uma p.3 economia que faz diferença no bolso EDITORIAL “Sobraram ofensas ao jornalista, a Dilma e Lula, e até para Rubens Paiva, o pai falecido de Marcelo.” p. 2

Foto: Guilherme Dea

OPINIÃO

Encruzilhada econômica na Argentina ameaça estabilidade no país

Crise da dívida externa argentina aumenta, opções disponíveis diminuem e o futuro econômico do país fica cada vez mais nebuloso p. 4

“Legal mesmo seria se as pessoas usassem toda essa criatividade e tempo livre para ajudar os outros. “ p. 2

#PARTIU Coffe Week Brasil traz a Curitiba os sabores e aromas de grãos especiais, e promoções de acompanhamento p. 6

COLUNISTAS Igor Castro “Um garoto de 12 anos é o exemplo de que não há nada que não possamos fazer. Dawson Batts é mais um apaixonado por beisebol, com uma diferença: p. 5 ele tem apenas um dos braços.” Jorge de Sousa “Para todos nós é momento de saudar e desejar paz a Eduardo Campos. Prós e contras o ex-governador tinha, mas suas ideias de renovação para o nosso país não devem jamais ser p. 5 esquecidas.”


LONA > Edição 912 > Curitiba, 18 de agosto de 2014

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EDITORIAL

A era da liberdade de expressão. Será? Marcelo Rubens Paiva, jornalista e escritor, foi à 12 edição da FLIP, em uma mesa de debates sobre os 50 anos de ditadura militar no Brasil. Paiva é filho de Rubens Paiva, morto político do regime militar no país. Durante sua apresentação, Rubens mencionou que lamentava pelos cidadãos brasileiros que não têm a menor noção do que foi, de fato, a ditadura no país. Em seu discurso, citou como exemplo de lástima, o roqueiro Roger, da banda Ultraje a Rigor: o músico possui composições a favor do movimento “Diretas Já” e, atualmente, declara-se completamente de direita. Para Paiva: “Hoje ele tem reações completamente opostas, acusa a Dilma de terrorista, faz uma confusão. Se até pessoas que participaram da redemocratização têm essa confusão, imagina os garotos que moram na periferia das grandes cidades, em escolas que não têm bom material didático.” O comentário enfezou o músico, já conhecido por suas reações agressivas via twitter. Sobraram ofensas ao jornalista, a Dilma e Lula, e até para Rubens Paiva, o pai falecido de Marcelo, quem, para Roger foi perseguido por estar “fazendo merda” durante o regime. O escritor não respondeu, e mesmo assim Roger insistiu: publicou cinco tweets, os quais apagou logo em seguida. Os famosos são pessoas públicas, mas esquecem-se de que a internet também o é. Um festival de despautérios ficou ali, à mercê dos quatro ventos da rede mundial de computadores para que todos os internautas pudessem ver o “desbunde” de obscenidades agressivas. Desde os primórdios da rede tem-se, de uma maneira geral, essa impressão de que a tela do computador protege e oculta o internauta das consequências daquilo que ele resolver expor como “sua opinião”, “sua liberdade de expressão”, doa a quem doer, machuque a quem machucar. Não importa se os caracteres ali, todos juntos, não passam de um amontoado de baboseiras sem argumentos, ou embasamento crítico construtivo e bem feito, basta que pertença a alguém que deseja defender com unhas e dentes - ou teclados e mouses – até seu último suspiro, o direito de dizer aquilo que bem entender. Afinal a internet não tem limites! Ou será que a liberdade do outro é o limite?

OPINIÃO

A morte e as redes sociais Bruna Karas

Infelizmente, tragédias acontecem todos os dias. Pessoas também morrem todos os dias (e muitas pessoas!). Entretanto, me parece um pouco desumano banalizar estes acontecimentos. A morte nunca vem sozinha - ela traz a dor de uma família inteira, de amigos, colegas de trabalho e conhecidos. Por mais inacreditável que possa parecer, mesmo quando a vítima é um político, a família também sofre. Sim! Eles têm família! E amigos, e pais, e filhos. São seres humanos. Na quarta-feira o avião em que estava o presidenciável Eduardo Campos (PSB) caiu em Santos (SP). Não sobrou nada. Nem do avião, nem dos corpos. Você consegue imaginar a dor de perder seu pai numa tragédia assim e ainda ficar sabendo destes detalhes?

estejam precisando tanto assim de atenção, para agirem deste jeito. É assustador como os indivíduos passaram a viver suas vidas para os outros, nãoi para si. Parece que ninguém mais faz nada por prazer próprio. A impressão é de que o importante, agora, é mostrar para os outros que se está feliz, e não mais se sentir feliz de fato. O importante é mostrar que está no lugar X, e não estar ali. A falta de educação também surpreende. Pessoas estavam de luto ali. Não era hora e nem lugar de expressar sua opinião ou insatisfação política.

Faltam respeito e educação. Não só nessa, mas em todas as situações do dia a dia. Em casa, no trânsito, na escola, no trabalho, nos locais públicos. Nossa sociedade vive uma inversão de valores gigantesca. E vive uma síndrome de egoísmo coletivo que impressiona. Legal mesmo seria se as pessoas usassem toda essa criatividade e tempo livre para ajudar os outros. Ou para estudar. Ou trabalhar. Ou só para ficar quieto mesmo. É a melhor atitude para quem não tem nada de bom para dizer (ou fazer no fim das contas).

Ao que parece, para algumas pessoas, a capacidade de sentir empatia está em falta. A frequente tentativa de aparecer e ganhar “likes” tem feito as pessoas perderem um pouco da noção e da sensibilidade. Alguns minutos após as notícias da queda da aeronave, as redes sociais já estavam lotadas dos famosos “memes” com fotos da Dilma ironizando que o acidente foi proposital, ou que o “Aécio é o próximo”. Não é possível que a necessidade de autoafirmação esteja tão grande a ponto de fazer um “like” se tornar mais importante que o respeito pelo próximo. No enterro do político, ontem, a falta de noção foi ainda maior: vaias na chegada de Dilma e Lula. “Selfies” ao lado do caixão. Não consigo acreditar que as pessoas Expediente

Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes

“Reaper and Death Horse” > Ilustração: Almighty Shadow

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi e Isadora Nicastro Editorial Da Redação


Curitiba, 18 de agosto de 2014 > Edição 913 > LONA

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NOTÍCIAS DO DIA

Armazém da Família auxilia economia da população curitibana Custos em média 30% mais baixos dos produtos alimentícios e de higiene permitem que o cidadão invista o dinheiro em outras áreas Luíza Giovana Rampelotti Pinto

No mês de julho o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) registrou em sua pesquisa mensal a queda de 7,11% no valor da cesta básica em Curitiba. Enquanto em maio o curitibano pagava R$ 341,20 pela cesta, em julho o preço girou em torno de R$ 308,66. O que significa que para os usuários do Armazém da Família esse preço ainda tem um desconto de 30%, que torna o valor da cesta básica em média R$ 216,07 para os beneficiados. No Armazém da Família, em Curitiba, são vendidos 190 itens divididos em gêneros alimentícios e produtos de higiene. Produtos de marcas conhecidas com preços aproximadamente 30% mais baixos do que em mercados tradicionais. Óleo de soja, leite, pó para refresco, steak empanado, creme de leite e macarrão são os sete produtos mais vendidos no Armazém, segundo a Secretaria de Comunicação Social. A intenção do Armazém da Família

é que com os descontos a população possa comprar além de apenas os produtos da cesta básica. Margarete Silva, dona de casa, conta que antes de fazer suas compras no Armazém, comprava apenas o básico no supermercado tradicional. Outros produtos ela não tinha condições de comprar. ‘’Não comprava. Iogurte, bolacha, essas coisas, antes não dava pra comprar’’, declara Margarete. Franciele Tugsley, beneficiada do Armazém da Família, afirma que consegue economizar bastante. Ela, que tem uma filha pequena, aproveita os preços mais baixos para levar alimentos que são mais consumidos, como o leite, em quantidades maiores para casa, algo que não seria possível ao comprar em mercados formais. ‘’Aqui no Armazém eu posso levar bem mais caixas de leite para casa, porque minha filha consome muito. E mesmo assim não ter que deixar outros produtos de lado’’ diz Franciele.

Armazém da Família em Curitiba> Foto: Arquivo Prefeitura de Curitiba

Com a economia feita no Armazém da Família, é possível investir o dinheiro em outras áreas, o que aumenta a qualidade de vida e a satisfação dos curitibanos. Elaine Dionísio, que é dona de casa, investe a economia que faz no mercado nos três filhos. ‘’A gente investe em material escolar, um tênis, uma roupa. No final do mês sempre sobra um dinheiro bom pra se fazer outras coisas’’. O Armazém O Armazém da Família é um programa social desenvolvido pela prefeitura de Curitiba, que oferece à população curitibana e de região metropolitana com renda familiar de até três salários mínimos e meio, o que equivale a R$ 2.534, um

Beneficiados do Armazém da Família em Curitiba > Foto: Arquivo Prefeitura de Curitiba

mercado que comercializa produtos alimentícios e de higiene e limpeza a preços em média 30% menores que os do mercado convencional. Como o impacto social do Armazém da Família é muito grande, o limite da renda para poder participar do programa começou a ser ampliado anualmente, para que as famílias possam comprar

“No final do mês sobra dinheiro bom para outras coisas.” produtos além da cesta básica, mas que não deixam de ser importantes na alimentação. São produtos de qualidade, inclusive alimentos especiais para atender a pessoas que sofrem com diabetes, intolerância ao glúten e que possuem alergias às proteínas do leite, por exemplo, que também são vendidos com preços até 30% mais baratos que nos mercados tradicionais. Curitiba possui atualmente 32 Armazéns da Família que atendem aproximadamente 180 mil famílias mensalmente. As famílias que têm mais de três

pessoas podem fazer compras mensais de até R$ 450, já para as famílias com até duas pessoas, o limite mensal é de R$ 300. O valor não é cumulativo, ou seja, no mês seguinte não é possível utilizar o crédito normal mais o que sobrou do mês anterior. Para se cadastrar no Armazém da Família, além de possuir renda máxima familiar de até três salários mínimos e meio, é preciso morar em Curitiba ou região metropolitana, apresentar os documentos de identificação de todos os membros familiares, o comprovante de residência e também comprovar o rendimento. Os Armazéns da Família estão localizados em áreas periféricas da cidade, e funcionam de terça a sexta-feira, das 8h45 às 17h15, e aos sábados das 8h30 às 13h. Além do armazém, existe também o Mercadão da Família, que funciona como os Armazéns, mas são unidades móveis que se deslocam a cada 15 dias para pontos previamente estabelecidos.O Armazém da Família é um programa social e para fazer parte dele é preciso estar dentro dos critérios. Para participar do programa o morador pode ir até o Núcleo Regional da Secretaria Municipal do Abastecimento correspondente ao bairro onde mora. Os horários de atendimento são das 8h às 18h, de segunda à sexta-feira.


LONA > Edição 912 > Curitiba, 18 de agosto de 2014

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GERAL

O que está acontecendo com a Argentina? Com poucas opções disponíveis, governo de Cristina Kirchner se encontra em uma encruzilhada econômica com credores Guilherme Dea

Impacto no Brasil A Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, e uma crise economia interna pode impactar diretamente nas compras e importações, segundo o professor de economia da UFPR, Marcelo Curado. Segundo ele, essa situação aumenta o risco para os investidores, e pode afetar também o bloco econômico da América Latina. Porém esses cenários dependerão muito do andamento das negociações.

No dia 30 de Junho, após uma série de negociações, a Argentina anunciou que iria dar calote em sua dívida externa. Mas afinal, o que aconteceu? E no que isso afeta o Brasil? Toda essa situação da Argentina teve início em 2001. O país se encontrava em um momento turbulento, com crises tanto políticas e economias. Em meio a tudo isso, o país acabou anunciando um calote em sua dívida externa – na época, 100 bilhões de dólares. O calote levou a um afastamento das empresas estrangeiras do país e estremeceu a relação com investidores, manchando a imagem da Argentina e dificultando o acesso aos empréstimos internacionais. A economia interna entrou em crise, com o dólar entrando apenas por exportações da agropecuária. Pouco tempo depois os negócios perderam competitividade, diminuindo ainda mais a entrada da moeda estrangeira. Em 2005, durante o governo de Nestor Kirchner, o país tentou recuperar um pouco de sua credibilidade anunciando que negociaria com os credores afetados pelos calotes. A proposta foi de pagamentos com descontos acima de 70% parcelados em 30 anos. Cerca de 92% dos credores aceitaram a proposta.

Exportações do Brasil para a Argentina oscilaram ao longo da última década, refletindo a crise do vizinho > Tabela: Guilherme Dea

desde 2008, com a moeda argentina em constante queda. Em Janeiro deste ano a diferença disparou, com o dólar chegando a valer 8 pesos argentinos. Fundos abutres

Os 8% dos credores que não aceitaram a renegociação da dívida em 2005 venderam seus títulos de credores a fundos especulativos nos Estados Unidos por preços bem baixos. Em contraparte, esses “novos credores” entraram na justiça americana a fim de receber o valor integral das dívidas. Essa prática ficou popularmente conhecida como “fundos abutre” –a tentativa de lucrar com os títulos de baixo valor.

“Esse cenário ruim pode se tornar ainda pior.”

Para piorar a situação, o peso, a moeda argentina, começou a sofrer uma dura queda em seu valor. O motivo para isso foi de que o governo, para conter os dólares no país, impôs uma série de medidas economias, incluindo maiores taxas de cartão de crédito no exterior e até mesmo restrições em compras online. Com essas medidas, o preço do dólar disparou – situação que continua ocorrendo

Em 2012, o juiz americano Thomas Griesa decidiu a favor dos grupos americanos, determinando que a Argentina pagasse a dívida de 1, 33 bilhões de dólares aos grupos NML Capital e Aurelius. O governo de Cristina Kirchner tentou recorrer, mas o veredito foi mantido.

Segundo calote A Argentina novamente recorreu, desta vez à Suprema Corte dos Estados Unidos. No dia 19 de Junho deste ano, a Corte decidiu que a dívida deve ser paga e que nenhum outro pagamento das parcelas dos credores renegociados pode ser efetuada até que o veredito seja cumprido. O pagamento da última parcela, que venceria no dia 30 de Junho e cujo valor é de cerca de 1 bilhão de dólares - que já havia sido realizada – foi congelada e considerada ilegal no dia 27. O que ocorre na situação da Argentina pagar os fundos abutre é a abertura da possibilidade dos outros 92% poderem recorrer à justiça para receber o valor integral da dívida, que pode exceder as reservas atuais do país. Segundo o relatório de Junho de 2014 do Banco Central da República Argentina, o país tem cerca de 28 bilhões de dólares de reserva.

Já no mercado de importações de automóveis – o principal produto de exportação do Brasil para o país vizinho – já existe uma queda constante. Curado aponta que o crescimento da Argentina tem diminuído ao longo dos anos, e consequentemente as importações. “Se a crise levar a uma piora, da economia argentina, essas vendas podem diminuir ainda mais. Esse cenário, que já é um cenário ruim, pode se tornar pior ainda.” Segundo dados do Ministério de Comércio Exterior, somente de Janeiro a Junho de 2014 a Argentina importou cerca de 1.372 bilhões de dólares em automóveis, uma diferença grande em relação ao mesmo período no ano anterior, cujo total foi de quase 2 bilhões de dólares. A queda de um ano para outro foi de cerca de 30%.

Valor do peso argentino entrou em queda livre a partir de 2008, e pirou ainda mais em janeiro deste ano > Gráfico: Guilherme Dea


Curitiba, 18 de agosto de 2014 > Edição 913 > LONA

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COLUNISTAS

Draft

Igor Castro

Força de superação Para conquistar o que queremos, é preciso lutar, ter força de vontade e superação. Mais uma belíssima história nos esportes americanos: um garoto de 12 anos, residente na Carolina do Norte, é o exemplo de que não há nada nesse mundo que não possamos fazer. Dawson Batts é mais um garoto entre tantos outros apaixonados pelo beisebol, com uma diferença fundamental: ele tem apenas um dos braços. Desde os três anos de idade, Batts aprendeu a arremessar e rebater com o braço

direito, e conseguiu desenvolver uma incrível técnica para colocar as luvas e fazer jogadas defensivas quando necessário. Com tanto esforço e dedicação ele conseguiu colher os frutos do sucesso. Dawson se tronou o grande destaque do All-Star Challenge do National Youth Baseball Championship, (Campeonato Nacional de Juvenis de Beisebol). O garoto joga no time de seu colégio, o Faytetteville, e tem sonhos ambiciosos: atuar pelo time da Universidade de North Carolina State, e ser draftado

pelo Boston Red Sox, um dos maiores campeões da Major League Beiseball, MLB. Sua deficiência não o faz desistir de buscar seus sonhos. Em um dos seus jogos mais marcantes pelo Faytetteville, Batts foi uma única vez ao bastão e conseguiu um walk. Apesar de ter cedido três corridas ao time adversário, sua equipe ficou com a vitória por 8x4. Não é a primeira vez que um jovem jogador de beisebol portador de uma deficiência faz sucesso no esporte. Jim Abbott nasceu sem a mão direita e conseguiu se adaptar, tornando-se um jogador profissional. Abbott como arremessador no time da Universidade de Michigan, e com muita dedicação conquistou a medalha de ouro. Em 1988, o esporte estiva em demonstração nos Jogos Olímpicos de Seul, na Coréia do Sul. Nesse mesmo ano, Abbott foi draftado na primeira rodada pelo Califórnia Angels. Porém sua passagem pela MLB, não foi das melhores. Em 1989, foi quinto colocado na eleição estreante do ano. Já em 1991, o

jogador conquistou o terceiro lugar na Cy Young, prêmio criado em 1956, e que premia a atuação dos laçadores das Ligas Maiores. Em 1967, o prêmio passou a ser dedicado à escolha de um pitcher de cada liga. Em um novo time, desta vez os New York Yankees Jim conseguiu uma grande façanha: realizou um no -hitter (a proeza de não deixar nenhum rebatedor adversário fazer uma Rebatida Válida - HIT). Isso contra o Cleveland Indians. Sua passagem pela MLB começou a decair depois de seis anos dedicados à liga. E de histórias como essa que podemos ter esperança em um mundo mais humano e igual a todos. E nada mais do que o esporte para nos mostrar qual é o melhor caminho para nossa vida, sempre tendo como base que todos podemos ter o que queremos, basta ter força de vontade e perseverança para conseguirmos realizar os nossos sonhos. Força para o menino Dawson Batts e que ele conquiste seus sonhos, não importa o quão longe ele terá que ir para que isso se realize. Basta querer.

Hoje é dia de Marina Antes de qualquer coisa, a coluna desta semana dará sim sua homenagem a Eduardo Campos. Mas primeiro, é tempo de falar do futuro próximo. Mais precisamente do dia cinco de outubro. Sem Campos, o PSB tem tudo para indicar Marina Silva como candidata da sua chapa á presidência da república.Como já discuti aqui nesse espaço, o perfil do exgovernador de Pernambuco era muito diferente de Marina. Esse fator será um forte peso na balança eleitoral, o que faz com que Dilma Rousseff e Aécio Neves comecem a tecer novos planos para essa reta final de campanha, até porque o panorama das eleições mudou completamente. Não que Campos estivesse sendo insosso em seus discursos, muito pelo contrário. O fato é que Marina para muitos grupos sociais é a oposição clara ao atual governo, fator que a impulsiona na corrida eleitoral. Ainda não vejo Marina como a adversária de Dilma em um segundo turno. Ela precisaria remar muito no Sul e

Sudeste, e ainda manter os votos nordestinos que Campos angariava. Mas, ela é muito forte entre os eleitores da esquerda e principalmente os jovens, que segundo as pesquisas eleitorais são o grupo social que mais indicou que irá anular ou simplesmente não votar nesse pleito. A diferença de Campos para Neves na última prévia era de 13 pontos percentuais, fator que pode ser retirado em quase dois meses. Sempre, porém, é necessário ressaltar que o perfil de Campos atraía muitos eleitores da direita liberal (centro direita), já que eles não viam em Aécio potencial para reestruturar a economia nacional. Sem Campos, os votos desse nicho dificilmente não migrariam para o PSDB. Por isso Marina deve tentar se fortalecer como a “verdadeira” candidata de oposição, pois só assim conseguirá chegar ao segundo turno. Ela não deve usar a morte de Campos como

Politicalizando

Jorge de Sousa

chamariz, mas também não pode se esquecer de colocar as políticas do exgovernador em seu palanque. Campos era quem melhor tratava a questão da economia (méritos para um economista genial, como era o político), aspecto no qual Marina nunca foi boa, pelo contrário. Nas eleições de 2010, a ex-senadora foi facilmente batida pelos seus adversários nesse tema. Aécio e Dilma (opositora dela nessa última eleição) sabem disso e irão pressioná-la nesse aspecto. A próxima pesquisa eleitoral sairá dentro de 14 dias. Ela dará uma boa mostra

de como estará o cenário inicial dessa disputa. Na minha opinião Marina fará dessas eleições - mornas até o momento - um verdadeiro caldeirão, o que sempre é bom e ruim ao mesmo tempo. Dilma se prepara para perder votos para sua ex-parceira de partido. Aécio sabe que não terá mais um aliado forte em um segundo turno. Entre petistas e tucanos é hora de análise geral. Para todos nós do Brasil é momento de saudar e desejar paz a Eduardo Campos, onde quer que ele esteja. Prós e contras o ex-governador tinha, mas suas ideias de renovação para o nosso país não devem jamais ser esquecidas.


LONA > Edição 912 > Curitiba, 18 de agosto de 2014

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ACONTECEU NESTE DIA

Iniciam-se as manifestações a favor da 2ª Guerra No dia 18 de agosto de 1942 muitas pessoas, na maioria estudantes, alguns ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE), saíram às ruas em manifestações, exigindo que o governo de Getúlio Vargas entrasse na Segunda Guerra Mundial contra os países do Eixo. No início da guerra, o presidente manifestou-se favorável à política de Hitler. A opinião pública se indignava com os constantes ataques de submarinos

alemães a navios brasileiros, e se comovia com a tragédia de tantas vidas perdidas. A cada navio afundado, mais brasileiros tomavam partido contra a Alemanha e saiam para protestar, exigindo do governo a entrada na Guerra. Finalmente, diante do clamor popular, Getúlio Vargas reconheceu o estado de beligerância em 22 de agosto de 1942. Nove dias mais tarde, em 31 do mesmo mês, o Brasil declarava guerra aos países do Eixo.

Manifestação contra o Eixo, em 1942, no Rio de Janeiro > Foto: Arquivo CPDOC

#PARTIU Saindo da dieta Coffee Week Brasil O evento chega à capital paranaense pela primeira vez para agradar ao paladar com um aroma insubstituível, que apenas um café especial feito com grãos refinados pode proporcionar. Data: 15 até 30 de agosto Festival do Morango Local: Café e Confeitaria Bella Banoffi Data: todo o mês de agosto Horário: 9h às 22h (terça a sábado)e 11h30 às 22h (domingo)

Teatro Billie Local: Teatro Guaíra – Mini Auditório Data: 21 de agosto até 14 de setembro Horário: 20h Ingresso: a partir de R$5 Concerto com o Quarteto Iguaçu - Musical Local: Guairinha Data: 21 de agosto Horário: 20h30 Ingresso: Entrada franca

Shows Ana Carolina Local: Teatro Positivo Data: 20 de agosto de 2014 > Horário: 20h30 Ingressos: R$ 46 (inteira) e R$ 26 (meia) Festival Internacional de Coros de Curitiba 2014 Local: Teatro Guaíra – Pequeno Auditório Data: 22 até 24 de agosto > Horário: 20h Ingressos: R$ 15 a R$ 30* *preços variam de acordo com o setor

Coffee Week Brasil chega à cidade de Curitiba Evento traz à capital paranaense inúmeras variedades e opções de cafés especiais com preços promocionais Acontece do dia 15 ao dia 30 de agosto, a terceira edição do Coffee Week Brasil, e sua primeira edição na cidade de Curitiba. O evento busca levar ao público opções diferentes e especiais no modo de preparar o café. As cafeterias que participam do evento preparam exclusivamente todas as bebidas somente com os grãos mais refinados do fruto do café. O destaque dessa terceira edição ficou por conta da capital paranaense receber o evento pela primeira vez. Além da estreante cidade das araucárias, algumas cidades do interior paulista também entraram na programação nessa edição do evento. O Coffee Week é recebido, ainda, nas cidades de Brasília e São Paulo. Estão participando do Coffe Week na cidade de Curitiba, 14 cafeterias qualificadas em servir as bebidas especiais ao público, são elas: Artesanilo Café Bistrô, Bello Caffè, Bisa Basilio Café, Caffè Fruttato Cafeteria, Chokolat Chocolateria, Espresso 2222, Exprèx Caffè (Batel, Centro e PUC–PR), Rause Café + Vinho (Matriz e Filial), Lucca Cafés Especiais, New York Café e O Giramundo Café.

Cartaz do evento > Foto: Divulgação

Todos os estabelecimentos além de servir as opções especiais de café, ponto forte do evento, também optaram por adotar promoções de comidas para acompanhar a degustação dos diversos e deliciosos sabores do cafezinho, bebida tão adorada pelo povo brasileiro. Para saber mais informações sobre valores, endereços e promoções, acesse o site oficial do evento.


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