Lona 925

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O único jornal-laboratório diário do Brasil

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Ano XV > Edição 925 > Curitiba, 05 de setembro de 2014

Pilotto e Requião esclarecem temas polêmicos EDITORIAL “Eis o absurdo: a sociedade é tão racista que naturalizou o preconceito contra aquele que não é branco.” p. 2

Foto: Ricardo Almeida/SMCS

OPINIÃO

Moradores são contra a criação de ciclofaixa no Bigorrilho

Habitantes demonstram insatisfação sobre suposto projeto de implantação de uma via compartilhada com ciclistas na Rua Padre Anchieta p. 4

“Quão burros somos a ponto de ofendermos alguém por uma questão puramente racial? “ p. 2

#PARTIU Marco Luque traz risos e gargalhadas para aquecer a capital paranaense com o stand up “Tamo Junto”. p. 6

Foto: Ana Justi

No terceiro dia da sabatina realizada pela RIC Mais em parceria com a UP, os candidatos do PMDB, Roberto Requião, e do PSOL, Bernardo p.3 PIlotto, falaram de temas como aborto, LGBT e drogas COLUNISTAS Ana Santos “Lorena Chave prova que o Brasil tem excelente qualidade musical. A mineira já participou do Ídolos em 2006, e gravou a trilha sonora da novela Escrito p. 5 nas Estrelas da Rede Globo.” Lucas Karas “Por três anos consecutivos, a Copa do Brasil teve como um dos finalistas Coritiba ou Atlético-PR. Algo inédito antes de 2011 para os times daqui. Contudo, em nenhuma das deci- p. 5 sões, chegamos ao título.”


LONA > Edição 925 > Curitiba, 05 de setembro de 2014

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EDITORIAL

Racista, eu?

Que o racismo existe e aparece com frequência em episódios catastróficos no país, todos sabem. É um conhecimento quase que universal. Prova disso foi a lamentável cena que se repetiu, mais uma vez, em um estádio de futebol: as câmeras captaram o exato momento em que uma torcedora do Grêmio bradava, em plenos pulmões, xingamentos racistas contra o goleiro do time adversário - Aranha do Santos Futebol Clube. Dessa vez as consequências vieram a passos largos: a moça teve que apagar todas suas contas em redes sociais, foi demitida e precisou prestar esclarecimentos à polícia. É aqui que o fato se mostra mais horrível do que podia se imaginar: em depoimento prestado ontem, a torcedora, que chamava o goleiro negro de “macaco”, confirmou que xingou o goleiro, porém “sem a intenção de ser racista”. De acordo com a reportagem do Zero Hora, o delegado responsável pela investigação do processo por injúria racista declarou: “Ela disse que foi no embalo da torcida, que costuma usar essa expressão nos cânticos”. Ora, se a torcida toda do grêmio tem o hábito de chamar o adversário de macaco, por que ela não teria, certo? Errado. Nas próprias palavras do dicionário, o racismo é definido como, entre outras coisas, um “preconceito efetivado, através da discriminação, e direcionado aos indivíduos pertencentes a uma raça ou etnia diferente daquela de quem discrimina. Comportamento hostil dirigido a pessoas ou a grupos sociais”. Ofender o goleiro do time contrário, comparando-o a um macaco é um comportamento hostil, e trata-se de preconceito referente à etnia de Aranha, é, portanto, crime. O absurdo da situação fica posto aqui. A sociedade é tão racista que naturalizou o preconceito contra aquele que não é branco. É como se fosse um comportamento normal, padrão e saudável, proferir injúrias contra outro, feri-lo, atacá-lo e afrontá-lo apenas por ser diferente. “Eu não tive a intenção de ser racista”, mas foi. É preciso levantar a máscara do preconceito velado, incrustrado nos comportamentos sociais e colocá-lo à luz da realidade. É preciso repensar os absurdos antes que mais situações como essa se repitam, justificadas pela falta de uma consciência verdadeira.

OPINIÃO

Pobreza de espírito ou burrice humana? Matheus Gripp

Uma cena lamentável voltou a acontecer nos estádios brasileiros. Curiosamente ou não, o palco foi novamente o Rio Grande do Sul. Em partida válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o Santos vencia o Grêmio por 2 a 0, no primeiro jogo do confronto. Aos 41 minutos da etapa complementar, o goleiro santista Aranha interrompeu o jogo para reclamar acintosamente com Wilton Pereira Sampaio, árbitro da partida, alegando cantos e gestos racistas por parte de gremistas localizados atrás da meta defendida pelo arqueiro. Como as manifestações cessaram, o jogo teve prosseguimento. O fato mancha ainda mais profundamente a imagem do clube. Ainda neste ano, no primeiro clássico gaúcho de 2014, o Gre-Nal, disputado na Arena do Grêmio, o zagueiro Paulão, do Internacional, afirmou que ouviu gritos de macaco toda vez que tocava na bola. Tal denúncia foi levada a sério pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que condenou o tricolor gaúcho a um pagamento de R$85 mil reais pelo fato. Neste período pós-Copa do Mundo, o grande rival do Grêmio teve o mando no clássico mais tradicional do sul do Brasil. A partida foi realizada no dia dos pais. O momento era de luto para os colorados, afinal, um dos grandes ídolos da história recente do clube, o ex-atacante Fernandão, havia falecido recentemente em um trágico acidente de helicóptero. De maneira extremamente indelicada, os torcedores do tricolor gaúcho presentes no Beira-Rio puxaram um coro comemorando a morte do ídolo do rival. Os filhos e a esposa do craque colorado estavam no estádio e ouviram tudo. Ironicamente, a torcida do Inter locaExpediente

Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes

lizada logo abaixo do setor reservado aos visitantes puxou aplausos, respondendo de maneira inteligente às provocações infantis. Uma torcedora foi localizada através de imagens do canal ESPN proferindo a palavra “macaco” ao goleiro do Santos. O vídeo se tornou viral na internet e, em questão de instantes, uma enxurrada de comentários repudiava a atitude da gremista. No dia seguinte, informações veicula-

das nos principais portais esportivos davam conta de que a moça havia sido, inclusive, afastada do trabalho. Sem dúvida nenhuma a punição foi merecida, mas vale lembrar que ela não foi a única a proferir tais ofensas. Só que a reflexão que devemos fazer vai muito além. Quão burros somos a ponto de ofendermos alguém por uma questão puramente racial? Quando proferimos tais palavras, a ofensa atinge não só a pessoa, mas também a nossa inteligência.

The Hornet magazine; this image is available on University College London Digital Collections (18886)

Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira

Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi e Alessandra Becker Editorial Da Redação


Curitiba, 05 de setembro de 2014 > Edição 925 > LONA

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NOTÍCIAS DO DIA

Requião e Pilotto são sabatinados no terceiro dia de evento Sarah Menezes

a valorização das universidades estaduais. Além disso, quanto à violência nas escolas, Pilotto falou sobre a importância de tornar a escola prazerosa para os alunos: melhorar as condições de trabalhos dos professores e diminuir o número de alunos por sala seriam algumas medidas a serem tomadas.

No terceiro dia de sabatina na Universidade Positivo, o senador Roberto Requião e o candidato do PSOL, Bernardo Pilotto, esclareceram suas propostas de governo e falaram de polêmicas Quinta-feira, 19h. O senador do Paraná chega de bengala e toma seu lugar entre os sabatinadores. O primeiro questionamento já trás à tona o episódio em na penitenciária de Cascavel: como desafogar o sistema penitenciário? Para Requião, é preciso estabelecer uma prisão provisória justificada, e estimular a pena alternativa. “O problema é de gestão”, afirma. Segundo ele, o desgosto dos rebeldes vêm das más condições: “Não adianta construir mais, tem que mudar o regime”. Ainda sobre o tema de segurança, o candidato falou que a UPS “é uma piada, não um modelo”. Defendeu a polícia comunitária e o elo de solidariedade entre a segurança e a comunidade. À respeito da falta de recursos para os policiais, Requião discursou sobre ter pegado o estrado “verdadeiramente quebrado, e cheio de dívidas”. O senador foi interrogado a respeito da Copel, e respondeu: “Eu peguei a Copel quase falindo. Se não fosse pelo Bin Laden, era teria ido a leilão”. Afirmou, ainda, que quando entregou a Copel, ela tinha uma das menores tarifas de energia elétrica. Se eleito, o candidato assegurou que “a Copel eu seguro, e a Sanepar eu congelo”. O candidato do PMDB respondeu perguntas sobre as políticas voltadas aos LGBT, afirmando que não há hipótese de condenação, e garantindo proteção e apoio. Acredita ser uma definição genética, e também uma escolha pessoal. Sobre a questão do aborto, Requião respondeu que não há simpatia pela banalização, e que a legislação sobre tal lhe agrada do jeito que está. O senador ainda afirmou, em questão sobre o feminismo, ser um “feminista militante”, após o nascimento de sua filha.

Requião em coletiva para a Rede Teia, após a sabatina > Foto: Luiz Izalberti

Além disso, Roberto Requião discursou sobre os valores do pedágio, afirmando que com a existência de estradas públicas paralelas de qualidade, a população pode escolher entre o pedágio privado e a alternativa. Por fim, o candidato foi questionado sobre a hipótese da candidata Marina Silva ser eleita; Requião contou que a considera uma amiga pessoal, mas não compreende as contradições presentes em suas propostas. “Não tem a cara da Marina”. Às 20h45, quem sentou ao centro do palco foi o candidato do PSOL, Bernardo Pilotto. A sabatina começou com a mesma questão para todos os candidatos: sobre a rebelião de Cascavel e as propostas para melhorar as penitenciárias do Paraná. Para Pilotto a prioridade são os direitos humanos, que “são para todos, é isso que o PSOL defende”. O candidato defende uma política prisional, e criticou o sistema carcerário brasileiro por ser um dos que mais prende no mundo. Pilotto ainda se posicionou à favor de mais direitos, menos violência, fortalecimento da defensoria pública e desmilitarização da polícia. Para a desmilitarização, segundo o candidato do PSOL, seriam necessárias ações desmi-

Pilotto foi o segundo sabatinado da noite, foi favorável ao aborto e à regulamentação das drogas > Foto: Luiz Izalberti

litarizantes, como regulamento de horas de trabalho de policiais e bombeiros, mudança no código de ética dos policiais, e separação entre policia e bombeiros, uma vez que o governador do estado não pode apenas instituir a desmilitarização. Bernardo foi questionado sobre a terceirização da saúde, e dissertou sobre o método não ter funcionado em São Paulo. Ele afirmou que o modelo traz impacto na força de trabalho e qualidade de serviço, levando a contratos precários e rotatividade de funcionários – o que prejudica os pacientes-. A educação foi outro assunto jogado na mesa, quando o candidato falou sobre

Sempre condizente com as propostas do seu partido como um todo, Pilotto foi questionado quanto à regulamentação das drogas, que defende em sua plataforma. Em seu discurso, o candidato afirmou que o assunto é visto com hipocrisia, já que “somos todos usuários de drogas, bebemos café”. Ainda neste contexto, o candidato posicionou-se contrário à pena de morte, e também defendeu o combate à homofobia. Afirmou que é favorável às melhoras na saúde da comunidade LGTB, e defendeu também a Escola de Saúde Pública. Posicionou-se a favor do aborto, apesar de ainda não legalizado no Paraná. Pilotto falou bastante sobre as posições do PSOL em relação ao financiamento privado nas campanhas eleitorais. Respondeu algumas questões sobre o horário político do partido, e mencionou o baixo orçamento do partido para a campanha: R$100.000, 00. Encerrou pedindo que os eleitores lembrem que a eleição “não é uma corrida de cavalos, não é preciso votar em quem está na frente”, e que a ideia do PSOL é trazer um novo jeito de fazer política.


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GERAL

Abaixo-assinado é criado para barrar ciclofaixa no Bigorrilho A associação de moradores é contra o projeto porque acredita que a implantação pode prejudicar a qualidade de vida da população Graziela Fioreze

A Associação de Moradores e Empresários do Bigorrilho e Campina do Siqueira (ABICam), criou um abaixo-assinado para barrar a suposta implantação de uma ciclofaixa na Rua Padre Anchieta. O presidente da associação, Paulo Bueno Netto, afirma que o projeto de mobilidade geraria congestionamentos na região, prejudicando comerciantes e moradores.

adianta só pensar em várias vias calmas na cidade, se nós não pensarmos em melhorar a qualidade do transporte coletivo, ou pensar em integrá-lo a outros modais de transporte”. Para que a ciclofaixa funcione, Letícia explica que é preciso oferecer outras alternativas para os pedestres. “O transporte coletivo precisa ser tão confortável e tão competitivo quanto o carro”, aponta.

De acordo com o presidente, a implantação de uma ciclofaixa na Rua Padre Anchieta – similar ao projeto implantado na Avenida Sete de Setembro - pode acarretar uma série de problemas para moradores e empresários da região, composta por aproximadamente 63 prédios e 250 comerciantes. A reforma dificultaria a chegada e saída das pessoas.

A principal crítica da ABICam à suposta implantação da ciclofaixa diz respeito à queda no número de vendas no comércio da Rua Padre Anchieta. A doutora não concorda com o argumento: “A verdade é que todos esses projetos de via calma não fazem com que o comércio sofra essa queda. O que as pesquisas mostram é que essa tendência de pedestrelizar espaços e valorizar o pedestre na implantação de ciclofaixas colabora com o comércio, e não o contrário”, relata.

Segundo Netto, “ao dividir o espaço entre ciclistas e automóveis, será criada uma fila indiana de carros”. Além disso, o congestionamento de veículos – estes que deverão reduzir a velocidade para a máxima de 30km/h permitida – seria o principal fator de influência no número de pessoas circulando na região, podendo gerar uma queda nas vendas dos estabelecimentos ali presentes. “Quem em sã consciência entra em uma rua com congestionamento?”, questiona Netto. “Nós só queremos a valorização de cada empreendimento que está aqui”, completa.

A ABICam alega que a qualidade de vida de moradores e comerciantes pode ser afetada > Foto: Ricardo Almeida/SMCS

seja feita nas alamedas Princesa Isabel e Júlia da Costa. As assinaturas começaram a ser coletadas no comércio e em condomínios no dia 22 de julho. Entretanto, a prefeitura informa que ainda não há um projeto de ciclomobilidade na área. “O projeto da Via Calma na Avenida Sete de Setembro está sendo implantado no momento e passará por uma avaliação, para depois ser estendido para outras ruas e avenidas da cidade, em locais e datas que ainda serão definidos”, declara à reportagem. O Plano Diretor Cicloviário de Curitiba, anunciado no ano passado, prevê a implantação de 300 quilômetros de vias cicláveis até 2016, em um investimento de mais de R$ 90 milhões. A Avenida Sete de Setembro foi o projeto piloto na capital.

“Ninguém vai querer morar aqui sabendo que tem engarrafamento.”

Ainda de acordo com o presidente, o patrimônio da região também pode ser afetado com a implantação de uma ciclofaixa. “Os apartamentos vão perder valor, porque ninguém vai querer morar aqui sabendo que vai pegar engarrafamento”, afirma. No ofício, a associação propõe que a implantação

O abaixo-assinado conta com aproximadamente 2.500 assinaturas. Após o recolhimento de todas as cartas, a ABICam pretende encaminhar a do-

cumentação para o prefeito Gustavo Fruet e, então, para o Ministério Público. A previsão é de que isso aconteça ainda no mês de setembro. O conceito de via calma O objetivo da via calma consiste em “acalmar o trânsito em uma determinada região da cidade, priorizando o pedestre ou outros meios de locomoção - como a bicicleta - em detrimento do carro”, explica a doutora em gestão urbana Letícia Gadens. Segundo dados da prefeitura, a estimativa é de que 3 a 5% dos deslocamentos na cidade sejam feitos por ciclistas. A segurança dessas pessoas é o motivo pelo qual as vias começam a ser implantadas na capital, mas a especialista afirma que é necessário que isso se desenvolva em conjunto com outras políticas de mobilidade: “Não

É importante, segundo Letícia, que as pessoas entendam que o deslocamento, de bicicleta ou a pé, possibilita uma nova percepção sobre aquele ambiente: “No carro você não tem essa relação tão próxima com a cidade. Você só passa e muitas vezes nem sabe que ali existe uma loja de roupas ou uma cafeteria, por exemplo”.

Projeto piloto na Avenida Sete de Setembro pode se estender para outras regiões > Foto: Luiz Costa/SMCS


Curitiba, 05 de setembro de 2014 > Edição 925 > LONA

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COLUNISTAS

A mineira que canta o amor

Deus e com os indivíduos dentro da sociedade. Instrumentos de sopros ao longo do disco dão um toque pra lá de especial às canções, e traz a quem ouve uma lembrança do álbum Ventura, do quarteto Los Hermanos. Lorena já disse em entrevista que não gosta de receber títulos como ‘cantora gospel’, ou qualquer outro gênero. Ela mesma não define o gênero que canta, tem apenas muitas influências. Pode-se dizer que é um estilo único, que passeia pelo folk, MPB e rock.

Numa tarde tediosa em frente a TV, me deparo com o comercial de uma jovem cantando uma música gostosa de ouvir. O comercial passou rápido, mas eu fiquei curiosa e queria conhecer mais daquele trabalho que me foi apresentado. Vou pra o Google e digito alguma frase que me lembro da canção, encontro o nome de Lorena Chaves. Lorena veio em 2013 provar que o Brasil tem excelente qualidade musical nos dias atuais. A mineira já participou do reality show Ídolos em 2006, exibido no canal Record, e também chegou a

Uma de suas canções chama-se “Memórias de um Narciso”, onde Lorena fala do desejo de libertar de si próprio: fala de uma pessoa escrava de seus próprios desejos, de seu próprio amor. Em “O Admirado Lamentável Cidadão” é feita uma reflexão sobre pessoas que acreditam que o poder deve estar acima de tudo, deixando coisas importantes e corretas para alcançá-lo sempre, optando por coisas mundanas. Na última estrofe, a frase “pena não saber o valor de nada” é repetida três vezes enfatizando o então “admirado cidadão que agora passa a ser

What’s the story? Ana Santos

gravar a trilha sonora da novela Escrito nas Estrelas exibida na Rede Globo. Em 2013 lançou pela gravadora Som Livre seu primeiro CD que contém um repertório diferenciado de tudo que já tinha feito na vida. A mineira conta em entrevista que tem um contato com a música desde muito cedo. Uma de suas maiores influências musicais é a banda brasileira Los Hermanos. Sem ser definida como cantora gospel, Lorena compõe músicas que falam da relação do ser humano com

lamentável por saber que o dinheiro e o ego não levam a lugar algum. Nas caixas o vazio da minha alma/A cura temporária para a solidão/Procuro esperança pra essa vida vã/É hora de olhar pro céu e caminhar”. A última faixa do disco O Lamento traz instrumentos como sanfona, violões de nylon e é um tanto introspectiva, falando do homem que depositava suas frustrações e decepções em futilidades, sendo algo temporário para uma suposta cura. No final de 2013, Lorena Chaves juntamente com Marcos Almeida, da banda Palavrantiga, lançaram um projeto chamado Nossa Brasilidade. Os dois vãos de norte a sul do Brasil apresentando um repertório diferenciado e variado, com músicas brasileiras de vários artistas, além das próprias músicas de Lorena e da banda Palavrantiga, da qual Marcos fazia parte. Na última apresentação do show Nossa Brasilidade, em Belo Horizonte, a dupla contou com a participação do músico Wesley Santos e da cantora Lilian Soares, vocalista da banda Simonami aqui de Curitiba.

Decepção!(?) Por três anos consecutivos, a Copa do Brasil teve como um dos finalistas Coritiba ou Atlético-PR. Algo inédito antes de 2011 para os times daqui. Contudo, em nenhuma das decisões, chegamos ao título. Para quebrar o tabu, nesse ano, nem às quartas chegamos. O Furacão fez um jogo horrível contra o América-RN e mostrou uma defesa que assustou, por ser tão frágil. Perdeu de três e tinha a dura missão de reverter o placar em casa. Fez dois, na volta da torcida atleticana à Arena. Não foi suficiente, mas o espirito guerreiro foi válido para o torcedor que deu cor e vida à Arena. Teve até canto novo, mas o apoio foi igual. Inclusive, deu para ver um Atlético diferente, com mais coração, com mais vontade. A desclassificação do Rubro-Negro incomodou o torcedor, é claro. Mas a volta para a Arena diminui a decepção. Agora, com a torcida, o caldeirão voltou a ferver e voltou a pôr medo nos adversários.

Já o Coritiba decepcionou. “Ah, mas fomos roubados”. Ok, concordo que o juiz ou era fraco ou então, tendencioso. Mas convenhamos, o Verdão não criou e não foi nem um esboço do time que atropelou o Flamengo no jogo da ida. Com Dudu aberto pela direita, um buraco no meio de campo alviverde possibilitou ao Flamengo um domínio superficial. Zé Love e Martinuccio tentaram, mas não havia criação e não havia aproximação. Rosinei não estreou mal. Mas o meio estava muito inchado do meio para trás. Alex fez falta no time e deveria ter sido o titular. E se não ele, Dudu deveria ter sido centralizado. A verdade é que a desclassificação foi justa e positiva para o Verdão se tocar que têm um time limitado e que o único e grande objetivo desse ano é escapar da zona de rebaixamento. Começou! Seis meses de espera finalmente chegaram ao fim. A NFL está de volta. Não vou me prender muito a comentar sobre, pois já existem colegas competentes que fa-

Futebol Cervejeiro

Lucas Karas

lam semanalmente do Futebol Americano de forma muito mais completa do que eu poderia fazer, como é caso do Igor Castro, que sabe tudo sobre o campeonato. Falo aqui mais como um fã que ainda se considera iniciante, mas que já tem uma queda pelo esporte da bola oval. É incrível como aquelas várias horas passam rápido em frente à TV, quando estou assistindo o futebol americano. São tantos detalhes, tantas estratégias que acabam me prendendo. Acompanhar Futebol Americano requer esforço. Entende-lo, assim como qualquer outro esporte da terra do Tio Sam, requer alguns neurônios. Eu ainda estou em um processo de aprendizado. E quero continuar aprendendo, porque

esse esporte, que timidamente é praticado no Brasil, me encanta com sua complexidade e com sua emoção. Dica de bera Vamos com duas rivais clássicas, que no fim, são praticamente iguais. As irlandesas Guinness e Murphy’s são lindas e com um ótimo sabor. As duas possuem uma bolinha de nitrogênio na latinha e graças a isso, quando servida no copo, gera um efeito cascata que é digno de cinema. As duas são Stouts, ou seja, são negras e com uma espuma cremosa e amarronzada. Beba com paciência e observe cada detalhe dessas cervejas que possuem 4% e devem ser consumidas entre 8º a 12º C.


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ACONTECEU NESTE DIA

O AI-13 é publicado Motivados pelo sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, no dia 5 de setembro de 1969, uma junta militar que assumiu o poder em função da enfermidade de Costa e Silva publicou o Ato Institucional número 13. O AI-13 endureceu ainda mais o regime militar, pois autorizava o governo a expulsar do território nacional qualquer brasileiro que fosse considerado inconveniente, nocivo ou perigoso à

segurança nacional dentro dos conceitos dos militares. A medida estimulou ainda mais o exílio, utilizado para afastar do país os opositores do regime militar. Porém, nem todos os exilados foram forçados a deixar o país; muitos partiram por vontade própria para fugir da repressão. O 20º Presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, foi um dos políticos exilados, partiu para Nova York, assim como os cantores Caetano Veloso e Gilberto Gil, que recolheram-se à Inglaterra.

Manifestantes durante o período da ditadura > Foto: Arquivo FEM

#PARTIU Em Cartaz Se eu ficar Drama > 107 min > 12 anos Um Amor em Paris Drama > 98 min > 14 anos Sobrevivente Ação > 95 min > 12 anos Doctor Who – Respire Fundo Ficção > 98 min > 10 anos

Teatro Marco Luque – Tamo Junto! Local: Teatro Guairá Data: 05 e 06 de setembro Horário: 21h15 > Ingresso: de R$40 a R$120* *valores podem variar de acordo com o setor “Curitiba e seus Vampiros – para Dalton Trevisan” Local: Teatro Guairá Data: 6, 7, 13 e 14 de setembro Horário: 19h Ingresso: R$30 (inteira) e R$15(meia)

Shows Current Swell Local: Music Hall Data: 06 de setembro Horário: 22h > Ingresso: de R$60 a R$120* *valores podem variar de acordo com o setor Fauno Local: Teatro Paiol Data: 06 de setembro Horário: 19h Ingresso: R$20 (inteira) e R$10 (meia)

“Tamo Junto” em Curitiba Marco Luque apresenta nos dias 5 e 6 de setembro seu espetáculo de stand up comedy na capital paranaense O comediante, artista e apresentador da bancada do programa Custe o Que Custar, o CQC, da Rede Bandeirantes de Televisão, Marco Luque, traz gargalhadas para a cidade de Curitiba com a sua nova peça stand up comedy “Tamo Junto”, nos dias 5 e 6 setembro, às 21h15, no Teatro Guairá, no Grande Auditório. Marco Luque é um dos comediantes mais famosos, queridos e reconhecidos pelo público brasileiro. Começou sua carreira profissional como jogador de futebol, atuando em times sem muita expressão nos cenários nacional e internacional. Abandonou a carreira como jogador e voltou a estudar artes optando, então, por seguir a área de atuação nos palcos. Como desde muito jovem esteve envolvido com o teatro, Luque conseguiu obter destaque e sucesso com mais facilidade no meio artístico. Atualmente o artista integra a bancada do CQC junto com Marcelo Tas e Dani Calabresa, trabalho que lhe trouxe maior visibilidade no cenário nacional. . Possui também um quadro de comédia na Rádio Mix FM, no qual interpreta o personagem Jack-

Cartaz do evento > Foto: Divulgação

son Five, um motoboy irreverente que passa por muitas aventuras e se trapalhadas durante as suas entregas. O personagem é legado de outra peça standy up. O solo de stand up comedy “Tamo Junto”, conta de forma bem humorada histórias do cotidiano do artista. Além de também ironizar de forma divertida algumas situações contrárias vividas entre homens e mulheres. A peça tem duração de 1h20, e promete arrancar muitas gargalhadas de toda a plateia presente.


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