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Ano XV > Edição 935 > Curitiba, 22 de setembro de 2014
Publicidade e Jornalismoorganizam Semana acadêmica EDITORIAL “O que se vê é uma bancada de políticos disputando o pódio de quem destrói mais a imagem do outro.” p. 2
Foto: Gelson Bampi
OPINIÃO
Em evento, comediante alerta para os perigos de beber e dirigir
Aurélio Coutinho e Cadu Scheffer participam do Road Show, um projeto humorístico com uma importante missão: conscientizar sobre o trânsito p. 4
“Se existe uma relação de causa e efeito nos dados, então a pena de morte aumenta a criminalidade.” p. 2
#PARTIU Humor nacional é tema do +Comédia, projeto que se apresenta no bar +55, na capital paranaense. p. 6
Foto: Ana Justi
Conhecida como Semana da Comunicação, os dois cursos unem-se para prestigiar palestras e oficinas, trocar experiências e integraremp.3 se no evento que dura três dias COLUNISTAS Igor Castro “A ausência de patrocínios e propagandas em suas camisas é histórica. Porém com a evolução do capitalismo em geral, as ligas americanas estão p. 5 pensando em mudar isso.” Jorge de Sousa “A política nacional está em frangalhos há muito tempo, mas a falta de lealdade que certas cardeais da nossa “democracia” têm com seus antigos amigos e aliados é, no mínimo, p. 5 aterrorrizante.”
LONA > Edição 935 > Curitiba, 22 de setembro de 2014
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EDITORIAL
Muito se fala, pouco se faz
A cada dois anos, a população brasileira vai às urnas para eleger quem serão seus possíveis representantes no poder público. Em ano de eleição o que os eleitores mais escutam pelas ruas, pelas emissoras de rádio e televisão são promessas e mais promessas de indivíduos que desejam angariar cargos na política municipal, estadual ou federal. Os principais desafios que os políticos querem eliminar nas regiões a que correspondem são sempre os mesmos, a prioridade está sempre no tripé da educação, da saúde e da segurança pública. Assuntos como cultura, esporte, transporte público e outros mais são pouco discutidos e debatidos entre os candidatos aos cargos políticos. Debates por sinal são do que menos a população está podendo usufruir, o que se vê é uma bancada de políticos disputando o pódio de quem destrói mais a imagem do outro. Em eventos como sabatinas e “debates” eleitorais, a abertura sempre é feita pelos mediadores abordando algum dos assuntos do tripé. Normalmente o início é com a questão polêmica da segurança pública tão discutida e ao mesmo tempo tão carente de melhoras concretas.
OPINIÃO
A ineficácia da pena de morte Filipe Mendes Webber
Toda vez que um crime ganha repercussão nacional rapidamente descobrimos quem são os defensores da pena de morte. Nesse contexto, o uso da palavra “defensores” é necessariamente paradoxal, visto que a pena de morte é a maior agressão que um governo pode exercer contra o indivíduo. Dentre os argumentos daqueles que são favoráveis à causa, estão a redução da criminalidade, o maior poder de barganha do Estado na hora de negociar confissões e a impossibilidade de reincidência daqueles que são executados. Por mais que seja óbvio que os mortos não cometem crimes, devemos analisar o custo disso. Um dos princípios norteadores do Direito Penal é o in dubio pro reo, pelo qual havendo dúvida sobre
a culpabilidade do acusado, este deverá ser absolvido. Ele pode ser traduzido no ditado popular, “melhor um culpado solto do que um inocente preso”.
independente de culpa. O próprio Direito não reconhece confissões obtidas mediante tortura, então por que deveria ser diferente nos casos de ameaça de morte?
Me parece indiscutível que nenhum sistema jurídico no mundo é infalível, o que torna inevitável que pessoas inocentes sejam condenadas. Logo, a questão deixa de ser quantos culpados você aceitaria que fossem executados e passa a ser quantos inocentes você está disposto a sacrificar para que isso aconteça.
O último argumento sobre a redução da criminalidade é o mais equivocado de todos. São diversos fatores que determinam quantos crimes são cometidos em cada região, o que torna impossível uma análise objetiva sobre os verdadeiros efeitos da pena capital.
A possibilidade de se obter confissões mediante a ameaça de execução pouco contribui para a Justiça. Aqui é impossível não lembrar das caças às bruxas que ocorreram no século XV. Submetidas às mais cruéis torturas, as pessoas acabavam confessando qualquer crime,
Ainda que fosse um argumento válido, ele provoca o efeito inverso do imaginado. Dos 20 estados norte-americanos com maior taxa de assassinatos, 17 aplicam a pena de morte como sentença. Se existe uma relação de causa e efeito nesses números, então a pena de morte aumenta a criminalidade.
De todos os estados do Sul e do Sudeste, o Paraná foi o que mais ampliou nos últimos anos os investimentos em segurança pública, mas os índices alarmantes de homicídios chegaram a aumentar mais da metade nesse determinado tempo. A cada dia os noticiários jornalísticos apresentam casos brutais de homicídios realizados por motivos extremamente banais. Um dos casos mais recentes e que teve muita repercussão nacional foi o do estudante de uma universidade de Curitiba. O aluno foi morto com uma facada em uma tentativa de assalto, no período noturno, quando estava saindo da faculdade com uma colega. Casos de violência não são incomuns na cidade. O policiamento poderia e deveria ser mais constante, assim como foi na Copa do Mundo. E bom seria se as propostas e promessas dos candidatos eleitos não ficassem apenas no papel, assim como tem sido de praxe com a maioria dos que assumem os cargos públicos.
Rascunho da execução de William Kemmler, em 6 de agosto de 1890 > Ilustração: Arquivo Wikimedia
Expediente
Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes
Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira
Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi, Alessandra Becker e Bruna Karas Editorial Da Redação
Curitiba, 22 de setembro de 2014 > Edição 935 > LONA
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NOTÍCIAS DO DIA
Semana de Comunicação aproxima Jornalismo e Publicidade Com duração de três dias, evento conta com palestras e oficinas para ambos os cursos, permitindo integração dos alunos Camilla Oliveira
Acontece nos dias 23, 24 e 25 de setembro a Semana de Comunicação da Universidade Positivo, que traz conteúdos direcionados aos estudantes de Jornalismo e Publicidade e Propaganda. A programação conta com 22 oficinas e 14 palestras, e abrange diversos temas ligados à comunicação, como jornalismo de moda, mercado dos games e educomunicação. Para participar das oficinas, é necessário fazer a inscrição no laboratório de TV, que fica no 3º andar do Bloco Azul, e contribuir com 1 quilo de alimento não perecível. Cada aluno pode inscrever-se em, no máximo, 3 delas. A quantidade de vagas é limitada, mas há listas de espera. Com relação às palestras, a participação é livre e não é necessário fazer inscrição. De acordo com Ana Mayer, estudante de Jornalismo da Universidade Positivo e uma das organizadoras da Semana de Comunicação, o objetivo princi-
Cartaz do evento > Foto: Divulgação
pal do evento é promover um contato maior entre Jornalismo e Publicidade e Propaganda, e preparar os alunos para o mercado de trabalho. “A interação entre os dois cursos é o objetivo maior da Semana de Comunicação”, afirma, e acrescenta: “Os alunos geralmente buscam oficinas relacionadas às áreas que eles querem seguir quando se formarem. Então, acho que o aprendizado e a troca de informações são extremamente relevantes”. O jornalista Felipe Harmata, que também é responsável pela organização do evento, explica que o contato entre os estudantes e profissionais da área de comunicação é fundamental, e afirma que as atividades darão aos alunos uma visão mais empreendedora da profissão. A Semana de Comunicação acontece no período da manhã e da noite (exceto para as oficinas de Gamification – Partes I e II, que serão realizadas à tarde), nos Blocos Vermelho, Azul e Amarelo, e são ministradas por profissionais da área de comunicação, incluindo professores da Universidade Positivo. O evento é voltado, principalmente, para alunos de Jornalismo e Publicidade, mas é aberto para todo o público. Para mais informações, acesse a página do evento (http://fvcmatheus. wix.com/semanadecomunicacao). Confira a programação: PALESTRAS 23/09 8h – Mesa Redonda: Um negócio chamado publicidade (Auditório 1 – Bloco Vermelho); Jornalismo como negócio e empreendedorismo (Auditório 2 – Bloco Vermelho) 10h – A Comunicação Fullthinking e as causas sociais
Felipe Harmata é um dos organizadores da Semana > Foto: Ana Justi
– O case da CCZWOW ‘Corrida pela Cura’ para a APACN (Auditório 1 – Bloco Vermelho) 19h – Lançamento do Livro e Mesa Redonda: Os publicitários das Diretas Já! (Auditório 1 – Bloco Vermelho); e Canal Futura e o jornalismo televisivo (Auditório 2 – Bloco Vermelho) 24/09 8h – Um panorama do mercado de cervejas gourmet no Brasil e Curitiba (Auditório 1 – Bloco Vermelho); e Reportagem Especial (Auditório 2 – Bloco Vermelho) 19h – Prefeitura de Curitiba e o uso das Redes Sociais (Auditório 1 – Bloco Vermelho) 25/09 8h – Como colocar ideias na rua (Auditório 1 – Bloco Vermelho); e Jornalismo Cultural (Auditório 1 – Bloco Amarelo) 10h – Publicidade para Games (Auditório 1 – Bloco Vermelho) 19h – Tendências na Publicidade Pulp Ideias e Conteúdo (Auditório 1 – Bloco Vermelho) 19h – Cobertura da Copa do Mundo 2014 (Auditório 1 – Bloco Amarelo) 21h – Criação de Personagens como entretenimento e negócio (Auditório 1 – Bloco Vermelho) OFICINAS 23/09 10h – Excel (Laboratório - Bloco Azul)
; Assessoria de Imprensa Esportiva (Sala 208 - Bloco Azul); e Comunicação e projetos sociais (Sala 206 - Bloco Azul) 14h – Oficina de Gamification – Parte I (Sala 209 - Bloco Azul) 20h50 – Princípios de Educomunicação (Sala 208 - Bloco Azul); Edição de vídeos – nível básico (Laboratório - Bloco Azul); e Conteúdo para mídias sociais (Sala 219 - Bloco Azul) 24/09 10h – Fonoaudiologia e exercícios de voz (Sala 206 - Bloco Azul); Técnicas de Jornalismo de Moda (Sala 207 - Bloco Azul); Jornalismo Policial (Sala 208 Bloco Azul); Fotografia para eventos (Sala 218 - Bloco Azul); e Oficina de Áudio (Sala 219 - Bloco Azul) 14h – Oficina de Gamification – Parte II (Laboratório 2 - Bloco Azul) 20h50 – Fonoaudiologia e exercícios de voz (Sala 206 - Bloco Azul); Conflitos de Guerra – Dia 1 (Sala 207 - Bloco Azul); Como construir sites em Wordpress (Sala 208 - Bloco Azul); e Oficina de Roteiro (Sala 218 - Bloco Azul) 25/09 10h – Princípios de Educomunicação (Sala 208 - Bloco Azul) 20h50 – Conflitos de Guerra – Dia 2 (Sala 207 - Bloco Azul); Maquiagem para TV (Sala 208 - Bloco Azul); e Redação (Sala 209 - Bloco Azul)
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GERAL
Road Show alerta estudantes sobre segurança no trânsito Evento aconteceu na última sexta-feira, dia 19, na Universidade Positivo e contou com a presença de alunos de diversos cursos Jéssica Senna
Com uma metodologia espanhola e inédita no Brasil, o Road Show é direcionado ao público jovem e visa alertar sobre os perigos e consequências de beber e dirigir. Profissionais que atendem vítimas do trânsito e pessoas que tiveram suas vidas impactadas por acidentes relataram suas experiências na última sexta-feira (19), no pequeno auditório da Universidade Positivo. O evento faz parte da programação do II Open Forúm Trânsito e Transformação, uma iniciativa do Serviço Social da Indústria (Sesi) em parceria entre o Instituto Renault e a Ecovia. “O objetivo é que eles vivessem uma experiência que vai da alegria ao drama, que é o grande desafio da metodologia aplicada” conta a organizadora do evento e coordenadora do Sesi no Paraná, Caroline Arns Arruda. A palestra começa com um momento de descontração com música e luzes e logo após mostra
Cartaz do evento > Foto: Divulgação
vídeos e histórias sobre acidentes de trânsito que envolveram álcool e direção. “Há muitas propagandas para o jovem, mas nem sempre isso faz com que eles mudem o comportamento. Acredito que a forma como o Road Show expõe o problema consiga de fato mudar o comportamento das pessoas”. Acidentes de trânsito são a primeira causa de mortalidade para jovens entre 15 e 35 anos de idade, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Road Show faz parte das atividades de prevenção de acidentes de trânsito criada pela Organização das Nações Unidades (ONU) com o objetivo de diminuir significantemente o número de mortes nas estradas. Para a especialista em trânsito da Agência Nacional em Mobilidade (Anamob), Erica Elisa Nickel, o modo como o evento trata o tema é o mais adequado para levar os jovens a refletir sobre o assunto. “O Road Show transmite ao público informações de uma maneira diferente e inovadora, capaz de sensibilizar o publico. Isto não é dizer ao jovem o que ele deve ou não fazer, mas sim mostrar depoimentos e histórias reais para que cada um tire sua conclusão”. Cadu Scheffer, integrante do canal de humor “Tesão Pia” e apresentador do evento, fala sobre a intenção do Road Show .“Queremos apenas que os jovens reflitam sobre atitudes que tomam e que podem levar a consequências serias. Muita gente pensa que só acontece com outros. Uma bobeira como desprezar o risco que é dirigir depois de ter bebido pode nos levar a uma situação irreversível”.
Cadu Scheffer usa humor para alertar jovens sobre os riscos no trânsito. > Foto: Gelson Bampi
Depoimentos Aos 19 anos, Luiz Vinicius Purkott sofreu um acidente fatal após pegar uma carona com um colega que estava alcoolizado. Na volta de um churrasco, o carro colidiu contra um poste na linha verde. Sua mãe, Dirce Purkott,integrante do Instituto Paz no Trânsito, fez um relato emocionado sobre como uma tragédia assim pode desestruturar toda uma família. “É difícil para uma mãe esperar em casa por um filho e receber uma notícia dessas. Faz cinco anos que o acidente aconteceu e até hoje nunca consegui tirar as coisas do quarto dele. Por favor, não façam de seus carros uma arma. Vamos ser conscientes. Se for beber, por favor, não dirija”. O técnico em enfermagem e socorrista da Ecovia, Aurélio Coutinho, conta que sobre um acidente que presenciou durante seu trabalho e que jamais conseguiu esquecer. Um atropelamento de uma mãe, de 29 anos, e duas crianças – uma de apenas 6 meses e outra de 4 anos, causado por um motorista sob o efeito do álcool. “Impossível não lembrar que meu filho, na época, também tinha seis meses de vida. Espero que ninguém aqui veja uma cena com ela. Vocês sabem que bebida e direção não combinam”. O paratleta Vander Rogério Pereira de Lima, conta aos estudantes como foi o
acidente que mudou sua vida 10 anos atrás, quando um carro colidiu com a sua moto. Vander teve que ter sua perna esquerda amputada devido à gravidade do acontecimento. “A vida tem que seguir. É difícil, porque dói. Mas voltei a trabalhar, voltei a rotina e pratico canoagem. Tento levar a vida da formal mais normal possível. Mas nunca vai ser”, conta. O paratleta faz um pedido aos alunos. “No meu caso, foi só uma perna. Poderia ter sido muito pior. Então vamos abrir o olho e seguir as regras de trânsito”. Conscientização No final do evento, os alunos preenchem uma avaliação para saber se, após a palestra, mudaram de atitude em relação ao trânsito. Com estas informações, os organizadores pretendem ter uma noção do impacto imediato do evento. Para a estudante de engenharia civil, Prescila Croceti Von Tempski, o show conseguiu fazê-la refletir. “Os depoimentos me tocaram porque, às vezes, nós achamos que nunca erramos, até nos envolvermos em um acidente que pode até matar alguém. A responsabilidade é sobre mim e sobre todas as outras pessoas no trânsito. Devemos ser cuidadosos”. A Universidade Positivo foi o último local a receber o evento em Curitiba, que já passou por 16 países.
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COLUNISTAS
Draft
Igor Castro
NHL e as propagandas nas camisas Uma coisa muito comum entre os esportes americanos é a ausência de patrocínios e propagandas em suas camisas. Porém com a evolução do capitalismo em geral, as ligas americanas estão seriamente pensando em mudar essa história. A NBA há alguns anos surgiu com a ideia de ceder à possibilidade de colocar pequenos patches com patrocínios nas camisetas de jogo, dando mais oportunidades de arrecadar verbas para os times. Porém esse projeto tende a demorar algum tempo para ser posto em prática, até porque
não há um consenso entre os dirigentes da liga e donos das franquias. Contudo a NHL também se interessou pela ideia e começou a estudar a possibilidade de incorporar as propagandas às suas camisas. Há poucos dias os dirigentes da liga se reuniram para discutir o assunto e chegaram à conclusão que se houver o acordo entre donos das franquias e dirigentes da liga haveria a liberação de US$4 milhões para cada um dos 32 times que compõem as duas divisões da NHL.
Entretanto a NHL não quer se tornar a primeira a se lançar mão desse recurso de arrecadação, pois teria que conviver com a fama - nada agradável - de ser a liga pioneira em permitir o uso de propagandas de patrocínios nas camisas dos times que fazem parte dela. Segundo alguns especialistas de mercado, se a NHL acabar aceitando essa ideia poderá mostrar às outras ligas (NBA, NFL e MLB) uma declaração de fraqueza, ou seja, daria a nítida impressão que a NHL não está dando conta de arrecadar dinheiro suficiente para manter a ordem financeira dos clubes e também da própria liga. No momento atual, cerca de 30 equipes da NHL já se utilizam de recursos de patrocínios em suas camisas. Dentre as equipes que compõem esse grupo o Detroit Red Wings se destaca por ter o patrocínio do AT&T, companhia de telecomunicações, uma das maiores dos Estados Unidos. De fato as ligas dos esportes americanos estão se rendendo aos poucos às
quinquilharias do mundo capitalista, e estudam formas de se arrecadar mais receitas que o atual montante que já é gigantesco. E como no mundo dos negócios o importante é ter dinheiro em mãos, ás vistas da possibilidade de adquirir mais receitas, todas as ligas e franquias (a qualquer momento) podem fazer o temido anúncio - desejo de muitos e pesadelo de outros. E digo por que. A tradição dos times das ligas americanas em não ter propagandas em seus uniformes é histórica, pois todos tinham o pensamento de valorizar a marca das franquias. No entanto, com um mundo mais globalizado, as ligas têm a oportunidade de expandirem seus negócios para o mundo todo. Agora é esperar para ver qual liga vai dar o braço a torcer e passar a aceitar esse novo método de receita arrecadada tanto pelas ligas, quanto pelas suas franquias filiadas, e saber o quanto de dinheiro será injetado nesse mercado esportivo americano que só tende a aumentar a cada ano.
O homem e o rato Venho escrever a coluna dessa semana quase como um desabafo. A política nacional está em frangalhos há muito tempo, mas a falta de lealdade que certas cardeais da nossa “democracia” têm com seus antigos amigos e aliados é, no mínimo, aterrorrizante. Ora, mas o que eu como eleitor tenho a ver com isso? Veja como a resposta é simples meu caro: se Brutus mata seu próprio tutor, o que ele não faria com um cidadão comum, como eu e você? Então, peço que guarde com atenção esse tipo de atitude. Marina Silva nasceu politicamente no berço do PT. O Partido dos Trabalhadores era (sim, com todas as letras “ERA”) a face da política da esquerda no país e abrigava todas as ideias que floresciam contra o regime militar que roubou a democracia nacional. Só que a velha máxima do Tio Ben veio com toda a força na cabeça do partido. “Grandes poderes trazem grandes responsabili-
dades”. Pena que a parte do compromisso, ficou faltando na agenda das lideranças petistas desde 2002. Por isso Marina Silva e outros fortes ícones da tradicional esquerda nacional se afastaram da legenda e criaram novos partidos, tal como o PSOL. Antes que o caro leitor me lembre, coloco aqui que a própria Marina foi ministra do Meio Ambiente na gestão Lula (de 2003 a 2008), tendo saído do partido (primeiramente migrando para o PV) apenas após as denúncias do caso popularmente conhecido como “Mensalão”. Hoje ela é candidata da oposição ao atual governo Dilma Rousseff. E o que Lula e a cúpula petista fazem? Tratam Marina como “traidora”, e lhe dão alcunhas piores. Ora, mas quem traiu sua ideologia primeiro, deixando seus ideias pelo poder conquistado? O bom senso passou longe nessa história... Como colunista, não preciso me isentar de declarar meu voto. Quem
Politicalizando
Jorge de Sousa
lê esse humildes 2900 caracteres sabe meus candidatos e minha ideologia política e por isso sabe que não voto em Marina Silva. Só que lealdade, é uma virtude que aprendi desde pequeno e acho que mesmo no meandre político deve ser respeitada. Afinal, porque em 2010 Marina não sofreu dessa perseguição, sendo que ela disputava contra a própria Dilma Roussef? Vejo em Lula cada vez menos alguém a se respeitar. Ele como líder simbólico do partido deveria ser exemplo ético e não entrar nesse joguete contra a candidata do PSB à presidência, mas como todos
sabemos (embora ele sempre fale que nunca soube de nada) a moral passa longe do Sr. Lula da Silva. Por isso venho compará-lo a outro líder político de uma legenda. Goste ou não dele, mas Fernando Henrique Cardoso adota uma postura ética louvável. Erros e acertos todos têm, mas caráter é algo que muitas vezes a maioria fica sem crédito na praça. Os americanos tem uma gíria que chamam de rato, um delator ou alguém que não cumpre com suas obrigações para com os seus, os deixando entregues aos inimigos. Nessa história esta bem claro o papel do homem e do rato. Pena que é o rato quem dita os rumos nacionais no momento.
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ACONTECEU NESTE DIA
Tem origem o “Dia Mundial sem Carro” Desde o dia 22 de setembro de 1997, quando cidadãos franceses de 35 cidades decidiram deixar o carro de lado para buscar novas alternativas de locomoção, vários países celebram todo dia 22 de setembro o Dia Mundial sem Carro. O intuito é estimular a utilização de meios de transporte sustentáveis, que não emitam gases poluentes e que colaborem com o efeito estufa na atmosfera, não provoqum conges-
tionamentos e proporcionem saúde para a população por meio da atividade física. A iniciativa francesa deu tão certo que, em 2000, a União Europeia criou a Jornada Internacional “Na Cidade, sem meu Carro”, reunindo 760 centros urbanos. No ano seguinte, foram 1.683 municípios participantes. Estimulados pelo sucesso da ação, afoi lançada em 2002 a Semana Europeia da Mobilidade. No Brasil, o evento começou a ganhar notoriedade em 2003, em São Paulo.
A bicicleta foi o transporte que mais ganhou força como meio alternativo > Foto: Arquivo Fora do Eixo
#PARTIU Em Cartaz Sobrevivente Drama > 96 min > 12 anos Uma Nova Chance Para Amar Romance > 92 min > 12 anos Aviões 2 - Heróis do Fogo ao Resgate Animação > 84 min > Livre Amazônia Animação > 86 min > Livre
Teatro Rogério Morgado e Rodolfo Pereira Local: +55 bar Data: 23 de setembro Horário: 21h Preço: R$15 (feminino) e R$25 (masculino) A Rainha do Gelo – Frozen Local: Teatro Positivo - Grande Auditório Data: 22 e 23 de setembro Horário: 20h Ingresso: valor varia entre R$ 80 e R$ 140
Exposições Quadrinhos Autorais Alemães Local: Goethe-Institut Curitiba Data: até 27 de setembro Horário: de segunda a quinta das 9h às 12h e das 14h às 18h30; sexta, das 9h às 12h30 > Ingressos: Gratuito Quando Tudo Acaba Local: Galeria Portfolio Data: 20 de setembro a 08 de outubro Horário: segundas-feiras, das 9h às 20h Ingresso: Gratuito
Mais Comédia traz Rogério Morgado a Curitiba O projeto mais comédia traz amanhã os comediantes Rogério Morgado e Rodolgo Pereira, no +55
A atração nacional desta edição é Rogério Morgado, o paulista faz apresentações stand-up desde 2007, e começou a carreira como humorista no ano de 2002, quando ainda era locutor e imitador. Após se apresentar no show “Comédia ao Vivo”, a convite do comediante Danilo Gentili, começou a ganhar visibilidade no cenário humorístico. Depois de se apresentar no show “Comédia ao Vivo”, Rogério Morgado passou a ser convidado para realizar apresentações em outros shows de comédia. A partir de então o humorista passou a se dedicar apenas a espetáculos de stad-up. Em 2009, iniciou um projeto novamente com Danilo Gentili e com os humoristas Mauricio Meirelles e Felipe Hamachi para juntos formarem o show “A Divina Comédia Stand Up”. As apresentações foram assistidas por mais de vinte mil pessoas em um ano. Representante regional, Rodolfo Pereira nasceu em Campo Largo e é ator desde os 12 anos de idade. Ele integra o elenco do Curitiba Comedy Club e já participou de shows de stand-up nacionais como “Comédia ao Vivo”, “Risológico”, “Santa
Cartaz do evento > Foto: Divulgação
Comédia” e “Trestoterona”. O projeto Mais Comédia surgiu em agosto de 2014 e traz, sempre às terçasfeiras, duas atrações humorísticas. Os curitibanos Marco Zenni e Afonso Padilha comandam o projeto e convidam sempre um artista nacional e um artista local para dividir o palco no local. O evento já contou com grandes nomes como Nany People, Sérgio Mallandro, Victor Sarro e Marcos Castro. A classificação indicativa é 18 anos. A casa abre às 18h, mas as apresentações acontecem às 21h.