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Ano XV > Edição 923 > Curitiba, 01 de outubro de 2014
Foto: Arquivo Prefeitura de Curitiba
Prefeitura de Curitiba promove Outubro Rosa A campanha que visa à conscientização da população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama inclui ações que p.3 colorem a cidade de rosa EDITORIAL “A ação promovida pela Prefeitura visa conscientizar a população sobre o câncer de mama.” p. 2
Foto: Jefferson Rudy (Agência Senado)
OPINIÃO
Brasileiro passa 14% das horas do dia conectado na internet
Uso excessivo das redes pode se tornar um problema quando há a diminuição drástica de outras atividades sociais p. 4
“Pode parecer pouco, mas é nessas situações que percebemos as sutilezas dos preconceitos.” p. 2
#PARTIU Mostra de cinema espanhol demonstra que o Brasil e a Espanha têm muito em comum. p. 6
COLUNISTAS Luiza Romagnoli “A empresa especializada na fabricação de máquinas e motores pesados, Caterpillar, anunciou durante a IFA 2014 (um evento de tecnologia) o CAT S50. E p. 5 não é um trator gigante.“ Cleberton Mendes “Como é amar um clube de futebol? A maioria deles não ganha nenhum campeonato, joga mal e ainda perde o único jogo que não podia perder, aquele clássico contra um time p. 5 da terceira divisão.”
LONA > Edição 941 > Curitiba, 01 de outubro de 2014
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EDITORIAL
Rosa para conscientizar
A campanha mundial de conscientização ao diagnóstico precoce do câncer de mama, conhecida popularmente como “Outubro Rosa”, começou na cidade de Curitiba ontem e vai até o di 30 do mês de outubro. A ação promovida pela Prefeitura tem como principal objetivo conscientizar a população feminina e masculina sobre a importância do diagnóstico precoce da doença. O destaque na capital paranaense sempre fica por conta da iluminação cor de rosa presente nos principais pontos turísticos da cidade. Neste ano, a Ópera de Arame, a Praça do Japão, o Shopping Curitiba, e também a estufa do Jardim Botânico, adotaram a iluminação diferenciada para lembrar o movimento conscientizador. O Jardim Botânico, por sinal, é um dos únicos pontos que ficará durante todo o mês de outubro com a estrutura da estufa toda iluminada de rosa, para celebrar a campanha. Os dados no Brasil com relação ao câncer de mama são extremamente preocupantes, pois segundo o Instituto Nacional do Câncer, o Inca, a doença já é considerada a segunda principal causa de morte de mulheres em todo o país. Mas, não é só o sexo feminino que deve se preocupar com o câncer de mama: de cada 100 mulheres diagnosticadas com a doença um homem também é.
OPINIÃO
Feminista MAS feminina? Ana Justi
O bafafá de hoje foi sobre o último desfile da Chanel, assinado por Karl Lagerfeld. E não é pra menos, na execução do projeto, uma passeata foi encenada com diversas mulheres segurando placas com dizeres como “Mulheres primeiro” e o famigerado e polêmico “Feminista mas feminina”. A conjunção ‘mas’ encontra-se no grupo das adversativas, ou seja, é o tipo de conjunção que estabelece uma relação de contrariedade. A frase escrita nos cartazes representa bem a ideia estereotipada e rasa de que uma feminista não pode ser, ou em geral não é feminina. O primeiro absurdo da frase é óbvio, em um mundo que busca cada vez mais igualdade, propagar e estabelecer estereótipos equivocados e que geram precon-
ceitos não é a ideia de marketing mais brilhante, especialmente para uma marca como a Chanel. Abro aqui um parênteses para dizer, resumidamente e em poucas linhas, que se há uma estilista que revolucionou o mundo da moda enquanto mulher, foi Coco Chanel. Vale lembrar que nos tempos de Coco, a moda ditava que mulheres usassem saias, e quem mudou esse panorama foi a própria Chanel. O segundo ponto já é mais difícil de ser percebido assim, à primeira vista: a ideia de feminismo, pelo menos aquele que eu estudei, e do qual compactuo, é a de igualdade entre os gêneros (mantenham isso em mente!). Dentro disso, está inclusa a liberdade das mulheres de se portarem, vestirem e comportarem da maneira que bem entenderem, sem pressões sociais que as obri-
guem a ser assim ou assado. Ora, se as mulheres têm a liberdade de escolha, por que reforçar a ideia de que ela tem, obrigatoriamente, que ser femina? Por que incentivar ações que façam-na sentir-se menos mulher se ela não seguir um padrão X ou Y, determinado pela sociedade? Ser mulher vai muito, muito além de conceitos pré-estabelecidos de feminilidade ou beleza. Vai muito além de uma determinação biológica. Da mesma maneira que ser feminista ultrapassa as barreiras dos gêneros: é preciso ser humano, pensar e buscar a igualdade. Pode parecer pouco, mas é nessas situações que percebemos as sutilezas dos preconceitos, e o quão arragaidos eles ainda estão na nossa sociedade.
A consequência dos altos índices dos diagnósticos do câncer de mama no Brasil se deve em grandes números a não periodicidade, por parte da população, na realização de exames específicos que verifiquem a presença da doença precocemente. Quando o câncer de mama é diagnosticado nos primeiros estágios a chance de cura é de aproximadamente 100% e a chance de conter a evolução da doença também é grande. O medo e a vergonha não podem ser barreiras para a população brasileira deixar de realizar os exames de mama com periodicidade. Além dos diagnósticos médicos, o ato de se auto examinar com frequência também pode ser um grande aliado nessa batalha contra o câncer. E se houver colaboração e conscientização, toda a população sairá vencedora.
Desfile da Chanel SS15 > Foto: Divulgação
Expediente
Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes
Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira
Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi, Alessandra Becker e Bruna Karas Editorial Da Redação
Curitiba, 01 de outubro de 2014 > Edição 941 > LONA
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NOTÍCIAS DO DIA
Outubro Rosa deixa a capital paranaense iluminada Tayná de Campos Soares
Aos 35 anos, Ana Clara Kaigour resolveu ir ao médico fazer a mamografia. Já fazia um tempo que ela sentia um nódulo no seio esquerdo. Após alguns exames, foi diagnosticada com câncer de mama e durante dois anos passou por tratamento com quimioterapia. Hoje, 10 anos depois que descobriu a doença, Ana está curada.
A ação promovida pela Prefeitura Municipal de Curitiba tem como objetivo conscientizar homens e mulheres de todas as idades sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama O câncer de mama é a segunda maior causa de morte entre as mulheres. Por ano, 10 mil mulheres morrem de câncer, a maioria delas está acima dos 35 anos. 60% dos casos são identificados em estágios avançados e é aí que o problema se encontra. Pois quando o câncer de mama é diagnosticado precocemente, as chances de cura são de quase 100%. Com a intenção de conscientizar as mulheres a realizarem a mamografia anualmente e a cuidar mais da saúde, a cidade de Curitiba adota todos os anos o movimento mundial Outubro Rosa. A campanha foi criada na década de 90 em Nova York. Para conscientizar sobre a campanha, a estufa do Jardim Botânico ficará iluminada na cor rosa, durante todo o mês. Outros lugares, como a Praça do Japão e o Shopping Curitiba também adotaram a iluminação diferenciada. O objetivo principal da campanha é chamar a atenção da sociedade, pois apesar do câncer de mama ser a segunda causa de morte nas mulheres, o câncer também atinge os homens. A cada 100 mulheres diagnosticadas com o câncer, um homem também é diagnosticado. Segundo o médico Fernando Souza, algumas mulheres tem medo de fazer os exames que detectam o câncer de mama, e por isso acabam demorando. “O grande problema é que elas vão ao médico somente quando encontram algo estranho no seio, e nesses casos, na maioria das vezes, o câncer já está num estado avançado”, explica. Segundo dados do Inca, em 2013, o Paraná registrou 3,1 mil casos de câncer
Estufa do Jardim Botânico > Foto: Joel Rocha
de mama. No país todo, estima-se que em 2014 o número de diagnosticadas com a doença seja de 57 mil mulheres. Quando o câncer é diagnosticado com avanço, a mastectomia (retirada de um dos seios) é inevitável. Porém, em caso de tumores iniciais, a cirurgia realizada é a quadrantectomia, que não precisa retirar o seio da mulher. Casos Eliziane Ferreira descobriu o câncer de mama aos 50 anos, hoje, aos 52 anos, ela ainda luta contra a doença. “É uma luta incansável. Eu sei que posso vencer e cabe a mim lutar”, explica. Eliziane está fazendo as sessões de quimioterapia, e na próxima quarta-feira, dia 8, ela fará a cirurgia de retirada do seio direito. “Estou mais que confiante. Não é um seio que me fará uma mulher mais ou menos bonita. E na verdade, isso não me importa muito agora. Tudo o que eu quero é ser curada e viver a vida normalmente”. Luiza Klaush, 60 anos, descobriu o câncer de mama aos 40 anos, após anos de tratamento, ela ficou curada. Hoje é enfermeira. E o motivo pela escolha da profissão é o câncer de mama. “Quando estamos doentes, tudo o que Praça do Japão > Foto: Luiz Costa
precisamos é de apoio. Da família, dos amigos, de qualquer pessoa. Um ano depois de descobrir que estava curada, eu comecei a faculdade de enfermagem para ajudar as mulheres que, assim como eu sofri, estão sofrendo agora”, conta. A irmã de Glaucielin Lourenz faleceu aos 55 anos, vítima do câncer de mama. Cristal Lourenz descobriu a doença quando ela estava num estado muito avançado e segundo os médicos, já não tinha mais o que fazer. “O tumor da minha irmã era muito grande. Ela fez a cirurgia da retirada do seio, mas em pouco tempo descobriu o câncer no outro seio. E aí a doença se alastrou”, lamenta.
Autoexame O início do diagnóstico precoce pode ser feito em casa, periodicamente. A cada 10 dias após a menstruação. “O ideal é que você faça o exame após os 20 anos de idade. É preciso observar o seio e ver se não tem nada de diferente nele. Se tiver, procure imediatamente seu médico”, explica o médico Fernando Souza. Após os 35 anos, o ideal é que a mulher faça visitas periódicas ao ginecologista ou mastologista. Outubro Rosa Durante todo o mês de outubro, a campanha Outubro Rosa irá realizar diversas atividades em Curitiba com o objetivo de conscientizar a população. Na manhã de hoje, algumas atividades foram realizadas na Rua XV, em frente ao prédio da Associação Comercial do Paraná. A programação do Outubro Rosa acontecerá em Curitiba até o dia 30 de outubro. Até lá, serão organizados atividades especiais para todas as mulheres. Um dos principais locais onde essas atividades serão realizadas são os postos de saúde, que darão auxílio a todas as pessoas que possuem dúvidas ou precisam de informações sobre o assunto.
LONA > Edição 941 > Curitiba, 01 de outubro de 2014
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GERAL
A vida passa enquanto você está conectado Originadas há quase 20 anos, as redes sociais têm cada vez mais espaço no dia a dia das pessoas Amanda Furman
No século XXI, as mídias sociais se tornaram grandes aliados do ser humano. Isso acontece devido à popularização da tecnologia. O fácil acesso a esses recursos permite que um maior número de pessoas passe a utilizá-los. Rapidez e comodidade, são características oferecidas por esses avanços, mas nem sempre isso pode ser visto como algo positivo. Segundo pesquisa realizada pelo Ibope, o brasileiro passa em média 3h39 conectados à web. Parece pouco, mas esse número equivale a 14% do dia. O psicólogo clínico e psicoterapeuta Guilherme Marcelo Moro, especialista em Gestalt-Terapia, explica que o problema aparece quando há uma diminuição significativa de outras atividades, incluindo o relacionamento social. “Há muitas razões para que isso ocorra, mas sobretudo há um ponto central que é a questão do controle. A natureza, esse mundo da ação, do contato, é apenas parcialmente controlável, enquanto os objetos produzidos pelo homem, no caso a Internet, estão sob o domínio do sujeito”, revela.
soal no âmbito do privado quando se vive na Era das Redes Sociais. Saber o que deve ou não ser colocado na rede mundial de computadores é essencial para os adeptos dessas mídias. Fotos, recados no mural e vídeos são algumas das ferramentas que, se utilizadas de maneira errada, podem prejudicar o usuário na vida pessoal e profissional. Atualmente, as empresas têm levado em consideração durante seus processos seletivos a análise das redes sociais. Por isso, é importante que o usuário seja cauteloso quando for realizar uma postagem.
Brasileiros passam 3h39 conectados à internet > Foto: Maria Elena
alguns dos “benefícios” que tornam esse meio tão agradável e atrativo. “Em relações reais, há que se lidar com vontades opostas, desejos estranhos e uma natureza capaz de nos surpreender e ainda com os medos construídos em nós mesmos sobre as relações com o outro. Logo, o mundo virtual torna tudo isso ilusoriamente mais fácil, pois permite que seja evitado o contato com os meus próprios conflitos”, afirma o psicólogo, que destaca também que o uso excessivo desse meio pode prejudicar, até mesmo, o desenvolvimento da espécie humana.
“É um costume que adquiri e não vai ser fácil de tirar de mim.”
Estar conectado se tornou rotina para muitos. Smartphones, tablets e computadores possibilitam que o usuário esteja sempre “próximo” do seu círculo de amizade. No entanto, muitos não abstraem da vida virtual. “Sei que não é bom estar o tempo todo vidrado no celular, mas é um costume que adquiri e para tirar isso de mim não vai ser fácil”, explica a radiologista Anna Violeta, que afirma passar muitas horas do seu dia conectada em redes sociais. No mundo virtual, o conteúdo é selecionável, os bate-bapos são selecionáveis, as pessoas são “descartáveis” bastando remover da lista, e esses são
No entanto, ainda existe quem não se interesse pelo mundo virtual, como é o caso da dona de casa Sandra Garcia, que revela não ter conta em nenhuma rede social. “Meus amigos e familiares estão nesse meio, mas não vejo necessidade de estar conectada através da internet, se preciso falar com alguém eu ligo ou marco alguma coisa com eles”.
A origem Foi em 1995 que as primeira redes sociais começaram a surgir no cenário da web. Denominada Classmates, essa foi a primeira rede de usuários do mundo e tinha como objetivo reunir grupos de amigos que se conheciam desde o jardim de infância. Acabou chegando a 50 milhões de usuários. Desde então, cerca de 11 redes sociais foram criadas, algumas delas são: Cyworld (1999); Livejournal (1999); Deviantart (2000); Habbo (2000); Fotolog (2002) e LinkedIn (2003). No Brasil, somente em 2004 o fenômeno explodiu. Com a chegada do Orkut, milhares de brasileiros se renderam às redes sociais. Depoimentos, scraps e comunidades se tornaram sinônimo sda rede. Redes sociais x privacidade Não é tarefa fácil manter a vida pes-
Você sabe o que é LinkedIn? Com um intuito bem diferente das demais redes sociais no geral, o LinkedIn foi criado para te ajudar profissionalmente. Por meio dela o usuário pode buscar contatos profissionais, e disponibilizar seu currículo na rede para que outras pessoas visualizem. Usuário assíduo do LinkedIn, o gerente de vendas Marcos Aurélio, explica a importância que essa rede social representa na sua vida profissional: “Mantenho ela sempre atualizada, já fiz vários contatos profissionais por meio dela, é como se fosse mais uma ferramenta de trabalho”.
O LinkedIn visa ajudar na vida profissional dos usuários > Foto: Arquivo LinkedIn
Curitiba, 01 de outubro de 2014 > Edição 941 > LONA
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COLUNISTAS
8Bits
Luiza Romagnoli
P-P-P-POWER! Provavelmente você já deve ter escutado que Mjölnir, a.k.a. Martelo do Thor, é feito de um pedaço de estrela, e somente o Deus do trovão pode erguê-lo (não, não estou contando as vezes que outros personagens dos quadrinhos foram capazes de erguer Mjölnir). Onde eu quero chegar? Bem, o Martelo de Thor não é a única coisa indestrutível no momento. A empresa especializada na fabricação de máquinas e motores pesados, Caterpillar, anunciou durante a IFA 2014 (um evento de tecnologia) o CAT S50. E não é um trator gigante.
O CAT S50 é um smartphone (!!!) à prova de tudo. Porque claro, não faria sentido uma empresa de maquinário para construções fabricar um celular tipo o iPhone 6. Por favor, né? E só pra constar, eu acho que o pessoal do Old Spice devia fazer o comercial desse celular. Enfim. O smartphone promete mostrar não ser apenas “indestrutível” e terá como sistema operacional o bem conceituado Android 4.4.2 KitKat. Tudo que uma pessoa desastrada (a.k.a. eu) mais deseja na vida.
O CAT S50 tem uma bateria generosa, bordas cobertas por suportes de proteção e certificações de resistência à poeira, água, quedas, coisas caindo em cima, cimento, entre outros... Com peso de 185 gramas, o novo celular da Caterpillar deverá chegar ao mercado em algum momento deste ano ainda pelo preço sugerido de US$499 (cerca de R$1.120 reais, em conversão direta). As inimigas choram. As especificações do celular são basicamente o que todo smartphone tem hoje em dia: tela de 4,7 polegadas com resolução de 1.280x720 pixels (o que não necessariamente significa que é em HD); CPU Qualcomm MSM8926 (Snapdragon 400) de 1,2 GHz; Armazenamento 8GB de memória para coisas inúteis e apps de gatinhos, com suporte para cartões micros de memória; Memória RAM de 2GB; Câmera traseira de 8MP com flash LED e dianteira com qualidade VGA (o que tira um pouco do ânimo, já que as selfies não vai sair boas); tem conexões Bluetooth 4.0, GSM, HSPA e WiFi; e bateria 2630 mAh.
Como eu disse antes, a bateria do CAT S50 é de longa duração, e promete realizar até 16 horas de chamadas com uma única carga. Pense que isso é mais do que um iPhone pode fazer. Por possuir a certificação IP67, o aparelho é resistente à poeira e pode ficar sob um metro d’água por até meia hora – os comandos junto à tela podem ser feitos mesmo se o visor estiver molhado. Ou seja, partiu tomar banho com o celular. Eita alegria! O S50 Cat possui o certificação Mil Spec 810G, o que significa concretamente que ele pode suportar uma queda de uma altura de 1,2 metros de altura um total de 26 vezes. Eu considero o CAT S50 um celular para pessoas que não tiram muitas fotos (até mesmo porque a câmera não é lá essas coisas), e sim um celular para pessoas que deviam andar com uma placa pendurada no pescoço com os seguintes dizeres: “Cuidado: pessoa altamente desastrada”. Tipo eu. E se você é um fanboy da Apple, peço perdão pelo texto. A iMoeba deve ser bem mais legal, mesmo.
Meu querido e amado futebol Como é amar um clube de futebol? A maioria deles não ganha nenhum campeonato, joga mal e ainda perde o único jogo que não podia perder, aquele clássico contra um time de segunda ou terceira divisão, que não valia absolutamente nada. O time perde ou empata, frustrando as duas equipes e suas respectivas torcidas. O futebol é bem parecido com uma campanha eleitoral. Só que com um bom investimento é possível sair vitorioso. É triste torcer para alguns times, especialmente para “os pequenos”, que nunca chegam no topo das grandes competições. Sempre acho legal quando um equipe do interior disputa um campeonato jogando bem, mesmo que não ganhe a taça, porque dessa maneira consegue manter viva a paixão de algumas dezenas ou centenas de torcedores, que nunca viram o time ser campeão. Ou seja, uma tradição de pai para filho que pode te fazer sofrer por toda a vida. Essa herança é meio
complicada, time de futebol não se escolhe, você já nasce destinado a amar um time (isso para os insanos que já nasceram para ser amantes do esporte, é claro), que pode ser aquele que todo ano ganha alguma coisa, ou aquele que ganhou um único título em toda a sua história, que da sua família apenas seu avó presenciou o momento. E com os grandes, será que é coisa é diferente? Sim, é diferente. É mais fácil amar, ir ao estádio quando você sabe que seu time tem condições de faturar uma vitória, e de lutar por títulos. Quase todo ano vejo meu time campeão, e mesmo assim fico chateado com alguma crise ou um mal momento técnico e físico da equipe. Imagina para aqueles garotinhos de 9, 10 ou 14 anos, que nunca tiveram a oportunidade de ver o time levantar uma taça, e talvez nunca cheguem a ver. Sei que nem tudo se resume em vitórias e títulos, para falar a verdade não
Minuto Final
Cleberton Mendes
sei o que mantém viva essa paixão, que na maioria das vezes parece um vício, uma loucura. O coração é complicado, vai entender né? E o que dizer daqueles grandes que viraram pequenos. Atualmente vejo muito “ex-clubes grandes”, que mesmo com um alto investimento não lutam por nada, não ganham nada. Um regional ali, uma participação em um campeonato sul-americano e não sai disso. O alto investimento não garante a posição de grande no futebol. Na maioria dos clubes brasileiros entra uma grana preta, mas com péssimas gestões, escolhas erradas, as equipes vem se atolando em
dividas milionárias, e nem se importam em tentar pagas. Em alguns casos é melhor virar pequeno e cumprir seus compromissos, que figurar entre os grandes devendo para Deus e o mundo. Voltando para o foco, o amor do torcedor. Qual é a solução para o torcedor sofredor? Infelizmente parece não existir uma solução, a possibilidade de mudar de time é quase improvável, não é uma peça de roupa. Parar de acompanhar os jogos não vai diminuir o amor, talvez aumente. Então nos resta aceitar, quem sabe no próximo jogo acontece um milagre e seu time não sofra uma derrota tão feia.
LONA > Edição 941 > Curitiba, 01 de outubro de 2014
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ACONTECEU NESTE DIA
Resort Disney é inaugurado na Flórida O Walt Disney World Resort, conhecido popularmente como Disney World, foi inaugurado em 1º de outubro de 1971, em Orlando, na Flórida. É considerado o resort de entretenimento mais visitado do mundo. Abrangendo mais de 11 mil hectares, o local pertence e é operado pela The Walt Disney Company. Dividido em parques e resorts, o empreendimemento possui quatro parques temáticos, dois parques aquáticos, 24
resorts temáticos, dois spas e centros de ginástica, cinco campos de golfe e outros locais de lazer. O resort foi desenvolvido por Walt Disney na década de 60, para complementar o parque da Disneylândia, na Califórnia. Em 1971, o Magic Kingdom (mais lúdico e com mais atrações) era seu único parque temático, e desde então, foram acrescentados o Epcot, em 82, o Disney’s Hollywood Studios, em 89, e o Disney’s Animal Kingdom, em 98.
Entrada do Walt Disney World Resort > Foto: Denis Adriana Macias
#PARTIU Teatro Não Se Preocupe É Apenas O Fim Do Mundo Local: Teatro Regina Vogue Data: 2 até 19 de outubro Horário: 20h Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia) Os Dois Amores de Colombina Local: Teatro do Sesi - Portão Data: 1º até 25 de outubro Horário: 20h Ingresso: Gratuito
Shows Expresso Vermelho Local: Teatro do Paiol Data: 1º de outubro Horário: 21h Ingressos: R$20 e R$10 (meia entrada) Banda Mercê Local: Teatro do Paiol Data: 2 de outubro Horário: 19h30 Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia)
Cinema Alternativo
Banda curitibana traz rock vintage ao Paiol Com nome inspirado no ônibus característico da cidade, a banda curitibana Expresso Vermelho apresenta no Teatro do Paiol músicas de seu novo disco “UM” e de seu álbum “Caos”, lançado em 2013. O show conta com uma participação especial do compositor Raul Misturada. O grupo é formado por Jimmy Reuter, Dudu Drewinski e Maurício Escher. As canções sofrem influências de rock vintage com elementos modernos, que se misturam aos ritmos da música brasileira. A banda traz influências também dos anos 1960 e 1970. As letras do grupo paranaense abordam temas como amor, paixões, problemas sociais e sensações. Entre as faixas que compõe o repertório da apresentação estão “Estrada Errada”, “Paranóia” e “O Que Você Me Fez”.
O trio do Expresso Vermelho > Foto: Divulgação
Mostra de filmes dialoga com cultura brasileira
Os Xeretas Local: Cine Guarani Data: 1º de outubro Horário: 16h Ingresso: Gratuito
A Mostra de Cinema Atual Espanhol, que acontece gratuitamente na Cinemateca de Curitiba, traz para a capital paranaense a variedade de gêneros da indústria cinematográfica espanhola, com filmes produzidos em 2012.
Mostra de Cinema Atual Espanhol Local: Cinemateca de Curitiba Data: até 4 de outubro Horário: 18h e 20h Ingresso: Gratuitos
O evento surgiu a partir de uma parceria entre o Escritório Cultural da Embaixada da Espanha no Brasil, a Sociedade Cultural Brasil-Espanha e o Instituto Cervantes de Brasília. A vasta diversidade de temas da cinematografia do país
pretende criar um diálogo com a diversidade cultural brasileira, mostrando como os dois países compartilham valores relativamente parecidos, apesar de diferentes. A mostra vai até o dia 4 de outubro, tem classificação indicativa de 12 anos e traz os filmes: “Branca de Neve”, de Pablo Berger; “Carmina ou que se Exploda”, de Paco León; “Mapa”, de León Simiani; “O que os Homens Falam”, de Cesc Gay e “O Apóstolo”, de Fernando Cortizo.