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Ano XV > Edição 943 > Curitiba, 03 de outubro de 2014
Escolas afetadas por greve não terão reposição de aula EDITORIAL “Há mais de um ano, a Prefeitura Municipal de Curitiba vem conquistando seguidores nas redes sociais.” p. 2
Foto: La Citta Vita
OPINIÃO
Sitomas podem confundir diagnóstico de bipolaridade
Cerca de quatro milhões de brasileiros são portadores da doença, muitas vezes genética, mas desconhecem os sintomas p. 4
“O futebol tem sido cenário de racismo. Entretanto, o preconceito não se restringe ao âmbito esportivo.” p. 2
#PARTIU Professor e publicitário lança, amanhã na FNAC, livro com cartas de amor não endereçadas. p. 6
Foto: Arquivo Nota10
Apenas algumas escolas da rede municipal de Curitiba receberam autorização para repor os dias letivos perdidos em razão da greve, e p.3 professores grevistas têm descontos salariais COLUNISTAS Ana Santos “Como sou uma grande fã d’A Banda Mais Bonita da Cidade, vivo por aí procurando novas versões que eles fazem, novos acústicos, novas parcerias, p. 5 essas coisas…” Lucas Karas “O mandante Coritiba Foot Ball Club recebe o Clube Atlético Paranaense precisando desesperadamente da vitória para sair da lanterna do Campeonato Brasileiro.“ p. 5
LONA > Edição 943 > Curitiba, 03 de outubro de 2014
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EDITORIAL
Entre erros e acertos
Há mais de um ano, a Prefeitura Municipal de Curitiba vem conquistando seguidores nas suas redes sociais por meio de uma forma muito bem humorada e descontraída, sem deixar de priorizar as principais informações para os moradores da cidade. Os conteúdos abordados na página não se apegam apenas a repasse de informações da assessoria de imprensa do órgão. Nas redes sociais da “Prefs” – nome simbólico dado pelos seguidores às redes sociais da Prefeitura de Curitiba – são reproduzidos conteúdos que seguem uma linha de atualização mais informal e leve, enfatizando o cunho cultural, o clima controverso, tudo isso unido as informações da cidade. Além de trazer aos seguidores notícias sobre o que acontece de mais importante em toda a capital paranaense, as redes sociais da prefeitura também reproduzem conteúdos sobre campanhas de conscientização para o público, sendo elas de doação, trânsito, e outras mais. Mas um dos posts veiculados através do Facebook da prefeitura que falava sobre o casamento coletivo que acontecerá em dezembro na cidade de Curitiba entre pessoas do mesmo sexo ou entre pessoas do sexo oposto, gerou muita polêmica. Alguns vereadores da Câmara Municipal repudiaram publicamente a ação, alegando que essa iniciativa incitava e fazia “apologia” ao “casamento gay”. Devido à série de contestações da bancada evangélica, o post foi excluído das redes sociais. Com a situação repensada, o post foi novamente colocado no ar pela Prefeitura. Mas, desta vez, com um pedido de desculpa e informando aos seguidores que a organização tinha errado em ceder às pressões políticas ao excluir a publicação. O fato de a Prefeitura voltar atrás e publicar novamente o post sobre a união sem preconceitos, caracterizou um grande acerto no que diz respeito a uma gestão de crise. Mas, o fato de colocar a publicação novamente no ar pedindo desculpas aos seguidores e admitindo o erro, não apaga por inteiro a pífia atitude que o órgão teve em ceder às pressões da bancada evangélica na Câmara e excluir o post por isso.
OPINIÃO
Racismo camuflado Camilla Oliveira
Os estádios de futebol têm sido cenários de atitudes deploráveis e medievais. Somente nesse ano, ocorreram vários casos de racismo envolvendo torcedores brasileiros. Os xingamentos sofridos por Aranha são um exemplo mais recente. Entretanto, o preconceito racial não se restringe ao âmbito esportivo. As novelas, por exemplo, insistem em perpetuar o racismo, sob uma nova estampa. Notase que os empregados são sempre interpretados por atores negros e os protagonistas por brancos. Apesar de pregar um discurso igualitário, a televisão mantém a segregação racial intrínseca. As consequências do racismo são, contudo, muito mais amplas. Além da discriminação pela cor, os negros sofrem ainda com o preconceito social, já que a maioria ainda é vítima da pobreza. Segundo Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 73% dos beneficiados do Bolsa Família, em 2013, eram negros ou pardos. Com relação à violência, os números são ainda mais alarmantes. De acordo com um estudo do Ipea, de 2013, a chance de um jovem negro ser morto é 3,7 vezes maior do que um branco, e a perda de expectativa de vida é maior entre os negros (no Paraná, caiu 3,95 anos para eles, enquanto para os brancos a queda foi de 2,3 anos). É através da análise do período pós-escravidão que se pode entender a relação entre o racismo e os dados citados. Após a Lei Áurea, os ex-escravos não receberam assistência alguma do Estado. Ou seja, desde a abolição, o negro Expediente
Reitor José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Arno Gnoatto Diretor da Escola de Comunicação e Negócios Rogério Mainardes
tem sido excluído e menosprezado pela sociedade, o que gera consequências sociais e culturais bem graves. Todavia, esperava-se que, no mínimo, a igualdade entre indivíduos fosse alcançada. Infelizmente, não é isso que se vê. O preconceito racial é hoje camuflado, e, por isso, alguns insistem em dizer que os brasileiros não são racistas. Os fatos, porém, provam o contrário. Como já foi dito, a discriminação contra pretos e pardos tem sido exposta no cotidiano, até mesmo em campos de futebol. Talvez isso ocorra porque, no “calor do momento”, os torcedores não controlem o que falam e então revelem suas opiniões “secretas”, ou repitam um discurso
que aprenderam com os pais, sem refletir sobre isso ou pensar nas consequências de tal ato. Entretanto, alguns avanços dão esperança aos que lutam pela igualdade racial e social. De acordo com o Censo da Educação Superior 2011, a quantidade de pretos ou pardos em universidades, entre 1997 e 2011, quadruplicou. Os negros estão conquistando cada vez mais voz e espaço na sociedade, mas a transformação social e até cultural que tanto se almeja ainda não foi alcançada. O objetivo a ser alcançado é a igualdade e cidadania plena para todos, independentemente de sua etnia, classe social, religião ou sexualidade.
Mumia Abu Jamal > Imagem: Pixabay
Pró-Reitora Acadêmica Marcia Sebastiani Coordenadora do Curso de Jornalismo Maria Zaclis Veiga Ferreira Professora-orientadora Ana Paula Mira
Coordenação de Projeto Gráfico Gabrielle Hartmann Grimm Editores Ana Justi, Alessandra Becker e Bruna Karas Editorial Da Redação
Curitiba, 03 de outubro de 2014 > Edição 943 > LONA
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NOTÍCIAS DO DIA
Prefeitura não autoriza reposição de aulas Bruna Karas
Em contato com a Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Curitiba, a assessoria de comunicação emitiu uma nota sobre o assunto: “A Secretaria Municipal da Educação informa que a escola precisa, dentro da organização do calendário escolar, garantir ao aluno, o direito à 800 horas aula, distribuídas em 200 dias letivos por ano, segundo artigo 24 inciso I da Lei de Diretrizes e Bases da Educação”. Com relação aos questionamentos sobre os descontos nos salários e à não autorização de reposição dos dias letivos para alguns professores, a prefeitura não se manifestou.
Segundo o Sismmac, a Prefeitura de Curitiba impôs que apenas algumas escolas teriam direito à reposição e que descontos salariais sejam feitos para os professores que entraram em greve A Prefeitura Municipal de Curitiba não autorizou que todos os professores que entraram em greve em agosto deste ano reponham as aulas. Segundo o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), foi autorizado que apenas as escolas que não configuraram dia letivo pudessem repor as aulas que foram perdidas.“Ao contrário da greve que aconteceu no início do ano, a Prefeitura não autorizou que as aulas dessa segunda paralisação fossem repostas pelas escolas que configuraram dia letivo ou pelos professores que participaram da greve, e confirmou que os descontos dos salários dos professores seriam feitos”, explica Andressa. Para que seja considerado dia letivo, as escolas precisam registrar 50% dos alunos mais um estudante. Ou seja, mais da metade. “Como na nossa campanha nós orientamos os pais a não levarem seus filhos para as aulas, uma grande parte das instituições não registrou dias letivos”, conta a diretora do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), Andressa Fochesatto. O professor de direito do trabalho, Ricardo Tadeu, informou que a Lei nº 7.783 de 1989, que regulamenta o direito de greve, diz que durante a paralisação, o contrato de trabalho fica suspendido, mas “a prática referida assegura aos trabalhadores o direito à percepção dos salários durante o período de paralisação”. Ou seja, não pode haver descontos nos salários por causa de greve. Para a professora e representante do sindicato, Jocélia Chiarello, a situação foi um “absurdo”. “Sou antiga na rede e faz tempo que não vejo uma gestão autoritária.”
Aulas da paralisação mais recente não serão repostas > Foto: SISMMAC
“A luta do sindicato é por toda a categoria e não para apenas alguns”, afirma a diretora. Como a reposição não foi autorizada para todos os professores e os descontos seriam feitos de qualquer jeito, o sindicato propôs que ninguém fizesse a reposição das aulas. “Professores da educação infantil e educação especial, por exemplo, não têm direito à reposição. Achamos injusto que apenas alguns professores fossem prejudicados”, declara. Segundo o professor de direito do trabalho, a reposição dos dias letivos deve ser acordada e aceita por ambas as partes envolvidas, e não de forma unilateral. “Em tese, os descontos de salários só podem acontecer em situações de greves radicais, em que existe quebraquebra e quando a greve é considerada abusiva”, explica Tadeu. A professora de educação física, Cristiane Cordeiro, explica que como a paralisação foi de dois dias, o descanso semanal remunerado também foi descontado. “O meu desconto foi de cerca de R$ 400, mas conheço colegas que tiveram uma redução de mais de mil reais no salário.” Para os professores que participaram da greve e tiveram descontados os valores referentes aos dias parados, o Sismmac resolveu criar uma rifa para auxiliar a perda financeira. “Os profes-
Luta do sindicato teria sido para toda categoria, afirma o Sismmac > Foto: SISMMAC
sores que quiserem podem vir até aqui retirar os blocos no valor do desconto e o dinheiro dos bilhetes vendidos fica para minimizar o impacto do dinheiro descontado”, explica Andressa. A professora Jocélia já havia se programado para os descontos, mas afirma que “a ação solidária é uma maneira de tentar remediar a situação, já que tem gente que não pode arcar com os valores a menos”. “Além da ajuda financeira, os bilhetes são uma forma de divulgação das pautas do sindicato e das dificuldades que nós temos enfrentado nas negociações com a nova gestão da Prefeitura, que se elegeu garantindo prioridade na educação mas não tem colocado isso em prática”, finaliza.
A greve A greve dos professores das escolas municipais que aconteceu em agosto teve como pauta exclusiva a redução do prazo dado pela Prefeitura para implantação do Plano de Carreiras. “As conversas que foram realizadas desde o início de 2012 davam conta de que a implementação do novo plano seria imediata e, quando o documento foi para a Câmara de Vereadores, a Prefeitura havia apresentado uma forma parcelada de implantação que levaria dois anos para se consolidar”, explica a diretora do Sismmac. A professora da rede municipal, Cristiane Cordeiro, conta que a paralisação foi aprovada porque a prefeitura propôs um prazo muito grande para consolidação do novo Plano de Carreiras. “Daqui a dois anos pode ser que o prefeito nem seja mais o mesmo, que garantia nós teríamos de que o projeto seria mesmo efetivado?”, questiona.
LONA > Edição 943 > Curitiba, 03 de outubro de 2014
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GERAL
Bipolaridade: o risco da doença e como ela surge A doença muitas vezes é confundida com outros problemas relacionados à instabilidade do humor Luiza Luersen
A bipolaridade atinge aproximadamente 2,2% da população brasileira, embora cerca de 4 milhões de brasileiros sejam afetados pela doença, muitos desconhecem os sintomas, e caracterizam-na como um “ficar triste e feliz” em um prazo curto. Mais do que isso, a doença é classificada como grave por profissionais da área. Pacientes bipolares têm 28 vezes mais chance de apresentar um comportamento suicida, segundo pesquisas da Associação Brasileira de Psiquiatria. Além disso o problema geralmente é genético. No entanto, nem sempre a doença não surge na fase adulta, podendo surgir na adolescência, os sintomas podem ser confundidos com outros problemas. Segundo a psiquiatra Lucia da Silva, a bipolaridade é caracterizada por oscilações de humor, entre a mania (período de euforia, falta de autocontrole e de bom senso) e depressão. Alguns pacientes podem tentar o suicídio, chegando à fase extrema da doença, por isso a medicação é tão necessária para controlar
os surtos psicóticos que podem acorrer e que necessitar de uma intervenção psiquiátrica. Todo essa alternância pode ainda ser associada a uma série de fatores, como desâmino, choro, hiperatividade, euforia, medos constantes, ansiedade em situações sociais como tarefas de casa, preocupações. Um dos sintomas mais comuns são mentiras e brigas com pessoas próximas. Além da predisposição genética, Lucia explica a existência de fatores externos que podem alimentar a doença, esses fatores são chamado de fatores psicossociais: noites de sono inferiores ao que é necessário; consumo de substância lícitas e ilícitas também interferem no humor. Estudos realizados levantam a hipótese de o excesso (mais de 10l) de cafeína no sangue também gerar uma suposta bipolaridade. Já para as mulheres, sintomas de bipolaridade podem surgir devido à oscilação de hormônios, como no parto e pós-parto. Porém, a doença ainda atinge mais os homens por dificilmente aceitarem ir ao médico. Durante a adolescência, problemas com amigos, família e até mesmo na escola são comuns. A preocupação surge quando o seu comportamento é inadequado às situações. Ele passa a estar eufórico e alegre quando as coisas não estão boas e o contrário também, triste em situações de alegria. Além disso, seu pensamento fica desorganizado e acelerado, gerando confusão ao formular frases e descrever situações. Outro sintoma é a falta de sono em alguns dias e em outros um sono em excesso.
Depressão é uma das fases da bopolaridade > Foto: Sander van der Wel
Beatriz tem 25 e não quis se identificar, para ela os sintomas apareceram aos 19. Seus pais também têm
Em alguns casos, medicação de tarja preta pode ser usada > Foto: Tom Varco
bipolaridade. Recusando-se a usar remédios fortes, a paciente escolheu terapias como ‘’acupuntura” e afirma que os resultados foram satisfatórios, embora hoje use medicamentos naturais, à base de ervas medicinais. A medicina não aprova e não garante que os resultados existam, mas Beatriz garantiu que para fazem a diferença: “Eu nunca quis tomar remédios de tarja
“Outro problema é aceitar que se tem um problema.” preta por causa do alto grau de dependência, e por ser muito nova. Optei por terapias alternativas, remédios naturais e consultas ao psicólogo, a mudança foi extrema na minha vida, me tornei uma pessoa alegre e mais leve”, completa. Ainda assim, grande parte das pessoas só usa medicamentos mais fortes depois que os fracos não fazem efeito. É o caso do Eduardo , de 49 que também não quis se identificar. Ele faz uso de medicamentos como carbonato de lítio, lamotrigina associados ao uso de antidepressivos e antipsicóticos. Para
Eduardo, falar da doença também era difícil no início, o processo para aceitação e compressão da doença levou anos. “Até hoje não consigo falar muito do meu distúrbio. Outro problema é aceitar que se tem um problema.” Psiquiatras acompanham o tratamento de pessoas com bipolaridade fazendo consultas onde o paciente pode manter diálogo com o médico, contando se houve melhora, piora ou nenhum resultado gerado pela medicação. Geralmente surgem dificuldades para esse primeiro contato de abertura, isso porque a doença faz o paciente se inibir, guardando sentimentos, não expondo suas vontades ou pensamentos e consequentemente prejudicando um processo do tratamento. Outro fator importante é a família, que deve também aceitar a doença e se dispor a ajudar o familiar que tem a doença, pois requer cuidados. A maioria das pessoas bipolares alega que sem a família não teria alcançado a aceitação da doença, que até hoje é difícil, mas que com apoio se torna mais fácil. Lucia, psicóloga, alertou para não se acanhar quando achar que está havendo problemas em seu dia a dia ou com seu humor, ainda mais quando há familiares com a doença e que podem gerar a predisposição genética ou até mesmo quando se vive em um ambiente de alto estresse.
Curitiba, 03 de outubro de 2014 > Edição 943 > LONA
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COLUNISTAS que até o nome da banda é referente ao cantor brasileiro.
What’s the story? Ana Santos
Os Caetanos Como sou uma grande fã d’A Banda Mais Bonita da Cidade, vivo por aí procurando novas versões que eles fazem, novos acústicos, novas parcerias… Até que um dia dessees qualquer por aí, me deparo com um vídeo dos integrantes (e mais alguns rostinhos diferentes) cantando uma música gostosa de ouvir: “Pega a Melodia e Engole” com “Uma Atriz”. A música “Pega a Melodia e Engole” é da banda mineira Todos Os Caetanos do Mundo, que nasceu no ano de 2009
na parceira dos amigos: Julia Branco (vocal), Luiz Rocha (guitarrista e vocalista), Thiago Braga (baixista) e Adriano Goyatá (baterista). A canção conta, ainda, com a participação de Alexandre de Sena que dá toque especial com algumas intervenções sonoras. A base de influência da banda mineira vária bastante. Vai de Beatles à Michael Jackson, passando por Serge Gainsbourg e Arnaldo Antunes. E claro Caetano Veloso - este gerou tanta influência na vida do grupo de músicas
A banda surgiu devido à admiração pelo músico baiano e também pelo amor e carinho que os integrantes têm uns pelos outros. A proposta inicial era interpretar canções de Caetano e fazer diversas releituras, mas com o tempo foram surgindo diversas composições próprias da banda. O nome, sem dúvida, é uma homenagem à Caetano e surgiu numa conversa em que Julia e Luiz queriam encontrar um nome para o show que fariam só interpretando canções de Caetano. Queriam “cantar todos os Caetanos do mundo” e assim surgiu o nome. Caetano Veloso, em seu videoclipe da música “Abraçaço”, reuniu, por meio da internet, diversas fotos de inúmeros fãs brasileiros se abraçando. O clipe termina, justamente, com uma foto da banda Todos os Caetanos do Mundo, na qual os integrantes se abraçam ao final de um show do grupo.
Começaram tranquilamente fazendo diversos shows em Belo Horizonte, e a partir daí foram crescendo passando a fazer shows em cidades ainda maiores e com maior número de público como Rio de Janeiro e São Paulo. Já tocaram também ao lado de cantores como Péricles Cavalcanti, Léo Cavalcanti, Banda Do Amor e Pedro Sá (este que é guitarrista e produtor musical de alguns álbuns do Caetano Veloso como exemplo o disco “Cê” lançado em 2006). A banda lançou este ano na internet a proposta de Crowdfunding para gravação do primeiro disco, que é um meio de financiamento coletivo onde todos podem colaborar com a quantia de dinheiro que quiser para a gravação. A proposta encontra-se na página oficial da banda no facebook. A banda se apresentará aqui em Curitiba ao lado d’A Banda Mais Bonita da Cidade e Trombone de Frutas, no dia 17 de outubro no Jokers à partir das 23h. Aproveitem e se deliciem nessa sonoridade atraente.
Ah, o AtleTiba? O mais tradicional clássico do Paraná chegará a sua 361ª edição com dois clubes em situações parecidas: o mandante Coritiba Foot Ball Club recebe o Clube Atlético Paranaense precisando desesperadamente da vitória para sair da lanterna do Campeonato Brasileiro. Já o Atlético-PR vai ao Couto para tentar os três pontos e se afastar da temida Zona de Rebaixamento.
em Maringá, com mando do Furacão, não houve torcida visitante.
E como sempre é, o clássico promete ser pegado. Os dois devem fazer um jogo equilibrado e a decisão deve pintar em uma bola, em um lance. Joel, pode decidir. E Coutinho pode fazer a diferença novamente. Não sabemos. Mas o que temos certeza é que não há clássico sem torcida.
O AtleTiba precisa ser pegado, precisa ser um jogo corrido. O Clássico merece isso. E as torcidas também. Uma pena que a vitória serve para tentar se safar das últimas posições na tabela (última, no caso do Verdão). O mando vai ser do Coxa. Mas em clássicos, sabe como é, né?
Contudo, parece que o presidente do Furacão não pensa bem assim. Ontem, no site oficial do Rubro-Negro, um nota informava que, em um suposto acordo com a diretoria Coxa-Branca, não iria vender ingressos, pois, no jogo de ida,
O Coritiba “desmentiu”. Afirmou que iria seguir o estatuto e disponibilizou os ingressos para a torcida atleticana comprar no Couto ou online. Seja quem estiver com a verdade, o bom é que isso dá um tempero para o clássico que costumava estar sem sal.
A verdade é que pelo menos, o domingo das eleições vai ser animado pra uns e triste para outros. O que não pode é ficar neutro, porque nosso clássico, o clássico do Paraná não pode ser sem sal. Tem que ser muito bem temperado, para que os torcedores se saboreiem com o sabor.
Futebol Cervejeiro
Lucas Karas
Lúcio Flávio? Sério? Fiquei surpreso quando li que o Atlético se interessou pelo Lúcio. Não por ele não ser um bom jogador. Até acredito que ele encaixaria bem no time. Mas qual é, focaram em depenar o Paraná? Gustavo, Claudinei e agora Lúcio Flávio? Acho que o olheiro do Furacão está com preguiça de sair de casa. Há outras opções, mais viáveis, mais novas e, convenhamos, mais éticas. Porque ficar tirando jogadores e técnico de um time somente, ainda mais em pleno campeonato brasileiro, não é lá a atitude de um cavalheiro. Além disso, demonstra uma falta de profissionalismo ao buscar novos jogadores para o time.
Portanto, parem de passar pelo Viaduto da Capanema. A não ser que seja para ir ao aeroporto, viajar pelo Brasil. Dica de bera As abelhas tomaram conta a cervejaria Colorado! Mas não se preocupe, elas eram bem vindas. Afinal, a cerveja do urso contou com a parceria das operárias para produzir uma de sua obras primas: a Colorado Appia. O Mel faz parceria com o trigo em um liquido sensacional. Levemente doce e muito refrescante, esta bera nasceu para dias quentes. Sim, pode dar uma geladinha nela. Mas não exagere e a consuma entre 3º a 7ºC e aprecie os 600ml com o 5,5% muito bem equilibrados.
LONA > Edição 943 > Curitiba, 03 de outubro de 2014
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ACONTECEU NESTE DIA
É criada a Petrobrás A empresa Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás), foi criada em 3 de outubro de 1953, sendo a líder mundial no desenvolvimento de tecnologia avançada para a exploração petrolífera em águas profundas e ultra profundas. É uma empresa estatal de capital aberto, cujo acionista majoritário é o Governo Brasileiro. Com sede no Rio de Janeiro, opera atualmente em 25 países, principalmente nas áreas de exploração, produção, refino, comer-
cialização e transporte de petróleo, gás natural e derivados. Segundo dados oficiais, em 2010 ficou conhecida internacionalmente por efetuar a maior capitalização em capital aberto da história: 72,8 bilhões de dólares, praticamente o dobro do recorde até então, que era da Nippon Telegraph and Telephone. Em 2011, a Petrobras estava em quinto lugar na classificação das maiores petrolíferas de capital aberto do mundo.
Edifício Horta Barbosa é um dos prédios da empresa no Rio de Janeiro > Foto: Junius
#PARTIU Em Cartaz A História do Homem Henry Sobel Documentário > 90 min > Livre Sem Pena Documentário > 86 min > 12 anos O que os homens falam Comédia > 95 min > 12 anos Mapa Documentário > 85 min > 12 anos
Lançamentos Impressões (Exposição) Local: Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões Data: até 9 de outubro Horário: Das 12h30 às 18h30, de segunda à sexta Ingresso: Gratuito Cartas de Amor a Toda Gente Local: Fnac Curitiba Data: 4 de outubro Horário: 19h30 Ingresso: Gratuito
Teatro Palavra de mulher Local: Teatro José Maria Santos Data: De 2 a 26 de outubro, de quinta a domingo Horário: 20h Ingressos: R$50 (inteira) e R$25 (meia) Shakespeare em versão Psycho Rock Local: Teatro Guaíra Data: 4 e 5 de outubro Horário: sábado às 21h e domingo às 20h Ingressos: variam entre R$26 e R$40
Publicitário lança livro de crônicas sobre o amor O escritor André J. Gomes lança o livro “Cartas de Amor a Toda Gente” amanhã na FNAC Curitiba do Park Shopping Barigui O exemplar traz, em tempos de tragédias e notícias sensacionalistas, uma reunião de cartas de amor sem endereço, publicadas semanalmente no site da Revista Bula. Gomes preenche, há um ano, o espaço de colunista da revista com textos de poesias e reflexões sobre as mais diversas formas de amor. A publicação, em parceria com a editora Lumos, terá toda a verba arrecadada revertida para o festival “Era uma vez... eram duas, eram três”, que leva crianças de lares ao teatro. O projeto é realizado pela Montenegro Produções Culturais. O livro traz algumas das crônicas mais famosas do autor, como “Manifesto pela ocupação amorosa dos corações vazios” que teve quase 50 mil curtidas e mais de 700 mil visualizações na Revista Bula. A obra será lançada em formato impresso e e-book, reúne 22 crônicas e marca a estreia de Gomes na literatura adulta. André J. Gomes é jornalista, possui 20 anos de carreira na área e já produziu conteúdos editoriais e publicitários. Atualmente, é Gomes atua como redator
O professor e publicitário André J. Gomes > Foto: Divulgação
em uma agência de publicidade e professor da Escola Superior de Administração, Marketing e Comércio em Sorocaba, no estado de São Paulo, além de ser colunista da revista Bula, de jornalismo cultural. No primeiro semestre, o autor lançou seu primeiro livro infantil e tem mais três títulos com lançamentos previstos para o final de 2014. O lançamento de seus novo livro está previsto para começar às 19h30 de amanhã, no interior da livraria.